O marketing é um conjunto de ações que têm como objetivo gerar valor para um produto ou para uma empresa. Sua importância e impacto, no entanto, vão muito além da mera definição de “o que é marketing”. Continue o artigo e entenda o assunto mais a fundo…
Você já se perguntou o que faz algumas empresas terem sucesso, acumulando clientes e vendas, enquanto outras falham no meio do caminho? Dificilmente existe uma única resposta para isso, mas todas elas passam por um conceito muito importante: o marketing.
Quem conhece as estratégias de marketing certas abre todas as portas do mercado. Esse conceito é, afinal, a chave para fidelizar clientes, vender mais e posicionar sua marca à frente dos concorrentes.
No entanto, quando falamos sobre o que é marketing, estamos falando a respeito de um conjunto de estratégias, metodologias e ferramentas. Além disso, também nos referimos à constância, à realização de testes e experimentações.
É por isso que, neste guia completo sobre o assunto, vamos te mostrar não só o que é marketing, mas qual sua função dentro da estratégia de uma empresa, quais tipos existem e quais os seus conceitos mais importantes.
Temos muito conteúdo para cobrir, então vamos começar…
Índice:
O que é marketing?
O marketing pode ser definido como um conjunto de ações e estratégias que ajudam uma empresa a definir quais os seus produtos e serviços mais atrativos e como apresentá-los para o público-alvo.
A American Marketing Association (AMA), instituição que representa os profissionais de marketing dos Estados Unidos, define o marketing da seguinte forma:
“Marketing é a atividade, o conjunto de instituições e os processos para criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que tenham valor para consumidores, clientes, parceiros e sociedade em geral”.
Com essa definição, podemos entender que o papel do marketing não é simplesmente vender ou divulgar produtos, mas sim gerar um entendimento profundo sobre o mercado e, a partir disso, oferecer soluções de valor para os clientes.
O próprio nome do conceito – marketing, no caso – vem da palavra em inglês market, ou seja, mercado. Dessa forma, é fácil entender o protagonismo que o mercado e todo seu contexto deve ter na definição das estratégias de comunicação de uma empresa.
Portanto, o marketing tem como objetivo entender as necessidades dos seus clientes, sejam eles fidelizados ou em potencial, para determinar quais produtos são mais adequados para atendê-los.
Hoje, é possível dizer que o marketing está presente nas mais variadas áreas de uma empresa, e não apenas nas que estão diretamente relacionadas às vendas.
Diversas pesquisas de mercado apontam que cada vez mais consumidores se preocupam com os valores das empresas das quais consomem. O estudo “Global Consumer Pulse” da Accenture Strategy, por exemplo, mostrou que 83% dos brasileiros preferem empresas que têm propósitos e valores semelhantes aos seus.
Além disso, 79% dos consumidores disseram preferir marcas com posicionamento claro sobre assuntos importantes, como cultura e meio-ambiente. No total, 76% dos brasileiros acreditam que suas decisões de compra são influenciadas pelos valores propagados pelas marcas.
E qual a melhor forma de comunicar ao mercado os posicionamentos e valores da sua companhia? O marketing, definitivamente.
A origem do marketing
O marketing é um conceito tão comum no mundo empresarial, que muitos pensam que ele foi inventado. No entanto, não existe uma data oficial que marque o surgimento do conceito. É possível dizer que, desde que existem produtos e mercadorias, existe o marketing.
Muito antes da invenção da primeira moeda, o marketing já era uma realidade. Apesar disso, com o fim da Idade Média e o desenvolvimento de centros urbanos, as práticas comerciais foram consolidadas e, com elas, as estratégias de venda.
Mas foi apenas na Revolução Industrial, no fim do século XVIII, que a alta produtividade e eficiência comercial trouxeram as primeiras questões de demanda. Era certo que a capacidade de produzir tinha aumentado, e agora era preciso gerar também uma demanda para este grande fluxo de produtos. É aí que entra o marketing.
Vale lembrar que, assim como o contexto histórico, o marketing sofreu muitas mudanças ao longo dos anos. Em seus primeiros anos, as técnicas de marketing não estavam interessadas em promover um entendimento do público. A intenção era apenas a de vender.
Nesse cenário, houve a propagação de muitas práticas enganosas, que tinham como objetivo gerar a compra a qualquer custo. É por isso que o marketing, por muito tempo, sofreu com uma má reputação.
A prática de priorizar o cliente é trazida por um contexto mais recente, de alta competitividade no mercado. Mas o marketing não é algo estático – ele está em constante evolução, acompanhando o comportamento dos consumidores e da sociedade como um todo.
A história e a evolução do marketing nos dias atuais
Como falamos no último tópico, o marketing sempre foi uma constante na sociedade, desde que as primeiras relações comerciais foram criadas. Apesar disso, levou um tempo até que o conceito fosse visto como objeto de estudo.
Os primeiros esforços nesse sentido foram acontecer apenas em meados da década de 1940, sobretudo após a Segunda Guerra Mundial, quando os Estados Unidos precisavam recuperar a sua economia.
Já na década de 1950 foram publicados alguns trabalhos importantes sobre o marketing. Aqui no Brasil, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), uma das escolas de administração mais conceituadas do país, foi fundada em 1954, introduzindo o marketing em sua grade curricular.
Phillip Kotler, um dos principais autores e pensadores da área, lançou a primeira edição de seu livro “Administração de marketing” em 1967, criando uma grande onda de artigos e estudos sobre o tema.
O crescimento da economia brasileira durante as décadas de 1960 e 1970 criou um mercado acomodado, que pouco investia em soluções de marketing. Por isso, o mercado nacional se tornou subdesenvolvido, o que fez com que o contexto da década de 1980 – marcada pela recessão econômica – fosse muito mais difícil.
No cenário internacional essa foi uma época muito marcada pelo desenvolvimento do mercado, incluindo o surgimento dos famosos gurus de marketing. Essa passou a ser uma preocupação constante nas empresas.
Já na década de 1990 experimentamos o advento da internet e, com ele, abriu-se um mundo de novas oportunidades e possibilidades para o marketing. O comportamento do consumidor se mostrou mais dinâmico, demandando soluções de marketing mais flexíveis.
Esse é um contexto que foi ainda mais acelerado durante o século XIX, que trouxe conceitos mais fortes de fidelização do cliente e aumento da percepção de valor da marca. Ainda hoje, o marketing continua se transformando e evoluindo. Quem sabe o que o mercado reserva para o futuro das empresas? Pode ser difícil prever, mas certamente vai ser divertido descobrir…
Qual a importância do marketing?
Após entender o que é marketing e as mudanças pelas quais o conceito passou nos últimos anos, pode ser meio óbvio questionar a sua importância para empresas hoje.
Apesar disso, muitas companhias ainda veem o marketing com uma perspectiva egocêntrica, voltando-se apenas para as necessidades da empresa. Nós sabemos que o objetivo de toda companhia é vender, mas existem diversos jeitos de se fazer isso.
Existe a noção de que investir em marketing é um processo caro e demorado, destinado apenas para as empresas que têm um alto orçamento. Isso é verdade quando consideramos formas mais tradicionais do marketing – como os anúncios na televisão, por exemplo.
No entanto, hoje, o marketing vai muito além.
Fazer um bom marketing não é mais sobre alcançar o máximo de pessoas possível, mas falar com o público adequado para a sua empresa. Vamos falar mais sobre isso ainda neste artigo, não se preocupe…
Leia também: Marketing Tradicional vs Marketing Digital: qual usar no seu negócio?
Os 11 principais tipos de marketing?
Como você deve imaginar, o marketing é uma área muito abrangente, que conta com diferentes estratégias. Elas podem ser usadas em conjunto, sozinhas, por tempo limitado ou indefinidamente.
Afinal de contas, os diferentes tipos de marketing servem propósitos diversos e devem ser aplicados de acordo com os objetivos e necessidades da sua empresa.
A seguir, listamos alguns dos tipos de marketing mais comuns no mercado. Temos certeza que, ao final dessa lista, você vai ter um entendimento ainda melhor sobre o que é marketing e como ele pode ser aplicado.
Leia agora…
1. Marketing digital
O marketing digital pode ser definido como as estratégias de marketing aplicadas aos meios eletrônicos. Ainda que esta seja uma prática muito atrelada à internet, é possível dizer que o marketing digital surgiu muito antes dessa importante invenção.
Propagandas de rádio, por exemplo, já poderiam ser consideradas formas de fazer marketing digital. Dito isso, hoje, é possível ver o marketing digital acontecendo com muito mais força nos canais de comunicação online.
Plataformas como blogs, sites de venda, aplicativos, redes sociais e buscadores, por exemplo, estão no centro de estratégias deste tipo de marketing. Esses são canais usados para realizar a comunicação com os consumidores, entregando valor.
O marketing digital na internet traz muitos benefícios para a empresa, principalmente no que diz respeito à coleta de dados.
Dentro desses canais que mencionamos, todos os movimentos dos clientes são registrados – dentro das normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), é claro – criando relatórios muito ricos.
Eles podem ser usados para segmentação do público em campanhas, mensuração de resultados e tomada de decisões no geral. Isso é o que chamamos de data driven marketing – ou seja, o marketing guiado por dados.
Dentro desse cenário, vale a pena entender como algumas empresas tradicionais do offline têm usado o marketing digital online para alavancar as suas vendas e expandir a marca. O Magazine Luiza é um ótimo exemplo disso.
A empresa, que era uma tradicional varejista, com lojas físicas espalhadas por todo o País, construiu também um império no Ecommerce. Hoje o Magazine Luiza é um dos maiores marketplaces do Brasil.
2. Marketing de conteúdo
O marketing de conteúdo nada mais é do que a produção de conteúdo de qualidade, que realmente gera valor para o cliente. Nessa estratégia, a ideia é atrair o consumidor oferecendo algo que vai ser útil para o cliente, que vai tirar as suas dúvidas ou entretê-lo.
Assim, no contexto do marketing de conteúdo, o objetivo não é vender diretamente.
Ainda que, hoje, este seja um conceito muito utilizado pelas empresas, ele está longe de ser novo. Quer um exemplo?
O Guia Michelin – um dos mais respeitados guias turísticos e o principal indicador de qualidade de um restaurante – foi publicado pela primeira vez em 1900, por André Michelin.
Ele era o fundador da Michelin, uma das maiores fabricantes de pneus do mundo. Seu objetivo era aproveitar o crescimento do setor automobilístico, fomentando o turismo e, por consequência, aumentando a venda de pneus. Interessante, não acha?
Também temos exemplos brasileiros. A Brastemp, famosa marca de eletrodomésticos, publicou um livro de receitas quando lançou o seu primeiro micro-ondas. Essa foi uma forma que a marca encontrou de educar o seu público, entregar um conteúdo útil e gerar mais oportunidades de venda.
Até hoje, agora em seu blog, a marca ainda usa do marketing de conteúdo para atrair mais clientes.
Vale lembrar, no entanto, que o marketing de conteúdo é uma estratégia de longo prazo. Ela prevê a construção de um relacionamento duradouro com os consumidores.
De nada vai adiantar criar um conteúdo bom apenas de vez em quando. Para dar certo, a sua estratégia de conteúdo precisa ter constância e realmente entregar o que os clientes precisam.
Para nós, do Ecommerce na Prática, o marketing de conteúdo é um assunto sério. Nós não só indicamos esta estratégia para todos os nossos alunos, como também a aplicamos – não à toa, você está lendo este conteúdo agora mesmo.
O treinamento Marketing de Conteúdo para Negócios é um dos mais bem-sucedidos de nossa plataforma, ajudando milhares de empreendedores. Para conhecer mais sobre o curso, clique aqui.
3. Inbound marketing
O inbound marketing também é conhecido como marketing de atração. Aqui, a ideia não é buscar os consumidores ativamente, mas atraí-los. Ou seja, fazer com que eles procurem pelas soluções da sua empresa.
Parece um cenário dos sonhos, não é mesmo?
Esse é um tipo de marketing que acontece em etapas. Elas podem ser observadas com clareza no funil de marketing. Todos os consumidores começam do mesmo ponto de partida: eles não sabem nada sobre a sua empresa.
Então, por meio de técnicas como anúncios e criação de conteúdo, você consegue gerar tráfego para o seu site, transformando completos desconhecidos em visitantes. A partir deste momento, essas pessoas se transformam em clientes em potencial, o que chamamos de lead.
Os leads precisam ser nutridos com conteúdos, seja por meio do e-mail marketing, do seu blog ou das redes sociais. Eles serão educados sobre o seu produto e suas funcionalidades.
No fim, com a compra, você terá mais do que apenas clientes. A ideia é atrair apenas as pessoas que têm o perfil mais alinhado com a sua empresa, fomentando as compras recorrentes.
4. Outbound marketing
No último tópico falamos sobre o inbound marketing e, agora, vamos explicar o que é outbound marketing.
Se o inbound é uma forma nova de anunciar os seus produtos, fomentando a busca ativa dos clientes pela sua loja, o outbound representa o método mais tradicional de anunciar… ou seja, focando no contato proativo com os clientes.
Nesse tipo de marketing, vemos iniciativas como propagandas e anúncios, pop-ups, remarketing e até mesmo recursos físicos, como os outdoors OOH. Muitas empresas até mesmo montam equipes de outbound, cujo objetivo é engajar o cliente em diferentes canais.
O marketing outbound tem uma fama controversa pois, como você pode imaginar, ele se insere na rotina dos consumidores de forma considerada invasiva, sobretudo quando não é feita da forma adequada. Quem é que nunca ficou irritado com uma propaganda insistente no YouTube, por exemplo?
Ainda assim, vale lembrar que não há nada de errado com uma abordagem direta, desde que ela seja feita dentro de uma estratégia…
Dito isso, também é importante lembrar que a sua empresa não deve depender somente do outbound marketing. Ou seja, você também deve investir no relacionamento de longo prazo com a sua audiência…
5. Marketing de produto
O marketing de produto tem como principal objetivo criar uma conexão entre produtos e pessoas. O primeiro passo para essa estratégia é, claro, identificar o público-alvo e a persona do negócio.
Então, a empresa vai desenvolver técnicas de divulgação que destaquem as funcionalidades do produto, de acordo com as necessidades desse nicho de mercado.
Um bom exemplo de empresas que trabalham muito bem com o marketing de produto são as startups. Elas começam buscando um segmento de mercado pouco atendido e desenvolvendo um produto de teste, fazendo os ajustes necessários no meio do caminho.
Alguns dos pontos que o marketing de produtos pode ajudar são:
- Desenvolvimento do posicionamento de um produto, novo ou que já existe;
- Criação de uma narrativa para o produto;
- Determinação do diferencial competitivo do item;
- E mais.
O marketing de produtos pode ser usado até mesmo por empresas que não têm um mix de produtos tão variado. Um exemplo bem-sucedido de reposicionamento de produto, usando técnicas de marketing foi o da Crocs.
A marca era conhecida pelo seu design controverso, muito atrelado a uma imagem de consumidor mais tradicional, sem grandes preocupações com tendências de moda ou estilo. Mas, nos últimos anos, repaginou o seu produto, mirando em um público mais jovem.
Leia também: O que é co-marketing? Entenda como aplicar e conheça exemplos de sucesso.
6. Marketing multinível
O marketing multinível é baseado na criação de uma rede de revendedores. Essa rede representa a maior força de vendas da empresa.
A ideia aqui é que os vendedores não limitem a sua atuação apenas à venda do produto em si, mas também dediquem esforços a apresentar a marca para outros vendedores em potencial.
Nesse caso, o lucro vem da venda direta dos produtos e das comissões que cada vendedor recebe pelas vendas feitas pela sua rede. Temos muitos exemplos de empresas bem-sucedidas que trabalham com o marketing multinível, como a Mary Kay, a Avon e a Tupperware.
É comum que o marketing multinível seja, erroneamente, confundido com os esquemas de pirâmide. Vale lembrar que os esquemas de pirâmide são proibidos no Brasil e nada têm a ver com o marketing multinível.
Ao contrário dos esquemas de pirâmide, não existe um prazo limitado para se atuar no marketing multinível. Além disso, a entrada de novos participantes é apenas uma das formas de se lucrar, já que existem produtos com alta demanda que são oferecidos para os consumidores.
Outro fator importante é que, usualmente, as empresas que focam no marketing multinível investem na capacitação de seus vendedores, oferecendo cursos e treinamentos.
7. Marketing de relacionamento
O marketing de relacionamento engloba todas as ações tomadas para tornar os laços com o público mais estreitos. Isso vai desde os cupons de desconto até o atendimento pós-venda.
Esse tipo de marketing se apoia fortemente em datas comemorativas comuns a todo mercado – como o Dia das Mães, Natal, Dia do Cliente – e datas especiais para o consumidor, como seu aniversário.
Esse é um tipo de marketing muito importante e gera resultados muito bons no longo prazo. É por meio dessas técnicas que você cria um relacionamento com os seus consumidores e se mantém relevante ao longo do tempo.
8. Marketing viral
O termo “viralizar” é usado para designar conteúdos com alto alcance e engajamento. Essa é uma característica das campanhas de marketing online, que podem ser replicadas em diversos canais de comunicação. Ainda assim, pode-se dizer que o marketing viral precede a era das redes sociais.
O marketing viral também é conhecido como buzz marketing. Normalmente, criar uma campanha viral não é uma iniciativa barata. É preciso investir tempo para achar um bom conceito e, depois disso, investir na veiculação dessa ideia.
Apesar disso, muitas vezes o marketing viral acontece de forma orgânica, ou seja, sem a necessidade de investimento em anúncios. Basta uma boa ideia.
Se você precisa de uma inspiração, aqui vai…
Quem lembra da campanha “Pôneis malditos” da Nissan? A iniciativa foi feita para divulgar a picape Nissan Frontier, com mais cavalos de potência. A ideia era comparar a potência dos carros concorrentes a pôneis, com um jogo de palavras.
O resultado foi um sucesso. Logo após a veiculação do anúncio, a Nissan vendeu 5.375 unidades da Frontier, um número 81% maior do que o observado no ano anterior. Relembre a propaganda agora:
Você também pode gostar deste artigo; Marketing de Oportunidade: o que é e como te ajuda a vender mais.
9. Marketing direto e indireto
O marketing direto e indireto podem até parecer dois lados da mesma moeda, mas eles se referem a conceitos diferentes. No marketing direto, a empresa usa um banco de dados para entrar em contato com o cliente ou cliente em potencial. O e-mail marketing e os contatos telefônicos são dois bons exemplos de marketing direto.
Ele deve ser feito com muito cuidado, pois a linha entre a abordagem direta e a importunação pode ser escorregadia.
Já no marketing indireto, estamos falando de uma divulgação – seja da marca ou de produto – que não demonstra uma intenção direta de venda. Isso pode ser visto, por exemplo, na inserção de produtos em jogos, clipes e filmes.
10. Marketing de influência
O marketing de influência é uma estratégia de divulgação e branding muito usada por marcas que desejam promover o seu negócio, usando a confiabilidade de influenciadores. Esse tipo de iniciativa se apoia muito no gatilho mental da prova social, contando com a indicação direta de pessoas com uma audiência fiel.
O influenciador digital é alguém capaz de influenciar terceiros utilizando as redes sociais. Eles têm uma audiência cativa e disposta a ouvir as suas recomendações. Sua responsabilidade é produzir conteúdos que engajam, seja por meio das curtidas, compartilhamentos ou comentários.
Para usar essa estratégia, o ideal é que você escolha um influenciador que tenha a ver com o seu nicho de mercado. Além disso, é interessante analisar se a parceria vai ser feita no curto, médio e longo prazo.
11. Marketing de afiliados
O marketing de afiliados é uma estratégia que empresas usam para divulgar produtos, sobretudo infoprodutos. Esse tipo de marketing funciona a partir de 3 pilares principais: produtores, afiliados e clientes.
Funciona mais ou menos assim… o produtor é uma empresa ou uma pessoa com expertise em determinado assunto. Ele cria um produto digital, que pode ser um curso, livro ou qualquer outro formato.
Então, os afiliados são acionados para ajudar na venda desses itens. Cada afiliado tem um link personalizado para compartilhamento e ganha uma comissão sobre cada venda realizada nele.
A técnica também pode ser usada para venda de produtos físicos. Algumas das maiores empresas de Ecommerce do mercado já usam a técnica. Vamos deixar alguns artigos aqui, para te ajudar a entender melhor:
- Como ser afiliado Shein? Confira o passo a passo;
- Como ser afiliado Shopee? Entenda o passo a passo;
- Como ser afiliado da Amazon? Confira passo a passo!
Quais os 4 Ps do marketing?
Os 4 Ps do marketing, também conhecidos como mix de marketing, são 4 elementos que representam as principais atividades de venda de uma empresa. O conceito data da década de 1960 e diz respeito a 4 pilares principais: produto, preço, promoção e praça.
Desde a criação desse conceito, ele é usado para dar início na divulgação de produtos e serviços, afinal, mostra uma alternativa simples e prática para tirar planos do papel. Ainda que a nossa explicação separe cada um dos Ps, é preciso pensar neles como um conjunto.
Produto
Tudo começa com o produto, não é mesmo? Enquanto a marca pode ser, muitas vezes, um conceito intangível – principalmente quando estamos falando de Ecommerce, que não tem lojas físicas – o produto é algo que o cliente experimenta em primeira mão.
Dentro do P de Produto, a empresa pode determinar os seguintes atributos:
- Funcionalidades do produto ou serviço;
- Quais emoções ele desperta;
- Quais necessidades o produto supre;
- O design e a embalagem;
- Ingredientes e matérias-primas usadas.
Leia também: 12 estratégias para vender mais durante todo o ano.
Praça
O P de Praça se refere à distribuição do produto no mercado, isto é, os lugares nos quais os produtos vão ser vendidos.
Esse é um ponto importante pois define quando e como os clientes vão ter contato com a sua marca. Quando falamos de Ecommerce, as principais praças disponíveis são as lojas virtuais, marketplaces e algumas redes sociais, como o Instagram.
Alguns dos pontos que devem estar no seu mapeamento quanto à Praça do produto são:
- Canais de venda;
- Número de intermediários entre a sua empresa e o cliente final;
- Parceiros de logística, como as transportadoras.
Preço
O preço de um produto é a quantia que a empresa escolhe cobrar pelos seus produtos ou serviços. Ao contrário do que muitos podem pensar, esse não é um valor aleatório.
Técnicas de precificação consideram o markup sobre o produto, a margem de lucro pretendida, os concorrentes e até mesmo fatores mais subjetivos, como a percepção de valor do cliente sobre o que está sendo vendido. Determinar o preço certo de um produto pode ser a grande diferença entre prosperar ou quebrar dentro de alguns meses.
O preço também pode ser um indicativo do posicionamento da marca. Uma empresa que escolhe ter o produto mais barato do mercado pode influenciar a percepção do público sobre a sua oferta. Nem sempre ter o produto mais barato é a escolha mais inteligente.
Precificar corretamente, portanto, é extremamente importante para as estratégias de marketing.
Promoção
O último P, é o de Promoção. Muitas vezes, a promoção é tratada como o coração do que é marketing, mas veja que essas ações compõem apenas ¼ do que as iniciativas representam.
Nesse caso, o conceito de promoção não tem a ver com descontos sazonais, como estamos acostumados a usar a palavra, mas sim com promoção de marca. Em outras palavras, a promoção é a comunicação do seu produto. O seu objetivo é mostrar ao público o que a sua empresa oferece.
Aqui, a identidade visual da sua empresa vai falar alto, assim como os posicionamentos escolhidos para essa comunicação. A promoção vai mexer com conceitos como a psicologia do consumidor, neuromarketing, copywriting e mais.
Existem outros Ps no marketing?
Agora que você sabe o que é marketing e quais os seus principais pilares, pode ir ainda mais fundo. Os 4 Ps que mostramos anteriormente são muito importantes mas, ao longo do tempo, novos conceitos surgiram.
Vamos te mostrar alguns deles agora:
- Pesquisa: este P tem o objetivo de entender o comportamento de busca do consumidor. Alguns dos elementos-chave são conceitos como a pesquisa orgânica e anúncios;
- Planejamento: o planejamento envolve as ações feitas na estratégia de marketing digital. O início de toda estratégia de marketing deve começar por aqui;
- Personalização: na era da internet, é preciso personalizar a sua comunicação para alcançar o público certo. Tentar atingir o máximo possível de pessoas é um erro que pode custar caro;
- Precisão: as estratégias de marketing digital online são extremamente mensuráveis. Boa parte das ferramentas oferece relatórios em tempo real, garantindo mais precisão para suas estratégias.
E, falando em ferramentas…
Quais as principais ferramentas de marketing?
Como você já deve ter percebido, o marketing é uma estratégia complexa. Exatamente por isso, ela faz necessária diversas ferramentas. Elas são essenciais para trazer mais dinamismo para o fluxo de trabalho, reduzir falhas e aumentar a produtividade.
A seguir, vamos te mostrar algumas das principais ferramentas de marketing, gratuitas e pagas, que uma empresa precisa ter para colocar em prática suas estratégias de marketing.
1. CRM
O CRM, ou Customer Relationship Management, é uma plataforma que centraliza diversas tarefas de relacionamento com o cliente. Assim, as iniciativas do negócio são mais voltadas para as necessidades dos consumidores, em vez de ser direcionada mais para os produtos, por exemplo.
Com um CRM a sua empresa pode, por exemplo, coletar, registrar e gerenciar as informações dos consumidores.
Além disso, você ganha mais agilidade para o envio de e-mails e propostas. Também é possível otimizar tarefas e gerar mais tempo para que o time de vendas foque em tarefas estratégicas.
2. Google Analytics
Lembra sobre como falamos que o marketing digital é conhecido pela enorme quantidade de dados que gera? Bom… o Google Analytics é uma das ferramentas usadas para analisar esses dados e tomar decisões.
Nele, você pode observar o tráfego do seu site, entendendo quais as páginas que mais atraem clientes, quais produtos eles mais acessam e até mesmo entender os motivos por trás dos carrinhos abandonados.
3. E-mail marketing
O e-mail marketing é uma forma de comunicação direta, essencial para a construção do relacionamento com o cliente. Por meio dela é possível enviar sugestões de produtos, aplicar técnicas de remarketing, distribuir conteúdos e até mesmo cupons de desconto exclusivos.
Vale notar, apenas, que o uso do e-mail marketing inspira cuidados quanto à frequência. É importante que seus envios sejam bem-vindos, do contrário, o cliente pode entender essa comunicação como um spam.
4. SEO
O SEO, ou Search Engine Optimization, é um conjunto de ações que têm como objetivo levar as páginas de um site aos primeiros resultados de busca do Google, Bing ou qualquer outra ferramenta de busca.
Sempre que um cliente busca por um produto ou serviço no Google, ele usa certos termos. Eles são chamados de palavras-chave. A ideia é fazer com que as páginas do seu site sejam otimizadas para as palavras-chave que os seus clientes mais usam.
Dessa forma, o seu site vai aparecer com primeiro resultado de forma orgânica, sem que você precise investir em anúncios. Essa é uma estratégia de médio a longo prazo, mas que pode gerar resultados mais duradouros.
5. Anúncios
Os anúncios geram tráfego para o seu site e suas páginas de produto. Eles podem ser veiculados nos mais diferentes canais, sendo o Google Ads e o Facebook Ads os mais populares.
O Google Ads é a ferramenta de anúncios do Google e, com ela, você pode criar campanhas patrocinadas para blogs, sites, para a rede de pesquisa e até mesmo para outros sites do grupo, como o YouTube.
Já o Facebook Ads pertence à Meta, concentrando em um único lugar todas as soluções de mídia paga para sites que fazem parte do grupo. É no Facebook Ads que você pode criar campanhas para o Instagram, Facebook e para aplicativos parceiros.
Leia também: Como aumentar as vendas no Instagram: 12 dicas para fugir do óbvio.
5 elementos essenciais para começar sua estratégia de marketing
Agora que você já sabe o que é marketing, é hora de dar os primeiros passos para tirar essa estratégia do papel. Como você viu até aqui, existem muitos tipos de marketing e muitos caminhos que você pode escolher para a sua empresa.
Nem todas as iniciativas vão chegar aos mesmos resultados. Por isso, você, empreendedor, precisa investir um tempo para estudar seus objetivos e entender quais as abordagens mais adequadas.
Dito isso, é possível afirmar que a maioria dessas estratégias começam com alguns pontos em comum. A seguir, vamos falar sobre eles…
1. Conhecimento da persona
As personas são personagens usados para determinar o perfil ideal de consumidor para a sua empresa. Eles são fictícios, mas baseados em dados reais. A ideia é que as personas sejam bem mais específicas do que uma definição de público-alvo. Elas precisam ser detalhadas e criadas com muito cuidado.
Um mesmo negócio pode ter várias personas diferentes, dependendo da variedade de seu mix de produtos e posicionamento de mercado.
Se você precisa de uma ajudinha para criar a persona do seu negócio, baixe o Mapa de Empatia do Ecommerce na Prática. Esse é um material gratuito, feito por especialistas em Ecommerce. Clique aqui para fazer o download.
2. Presença nos canais de comunicação certos
O ambiente online é rico em canais de comunicação, mas isso não quer dizer que a sua empresa deve estar presente em todos eles simultaneamente.
A grande verdade é que gerenciar esses canais é um trabalho que demanda tempo e dinheiro. Você não quer ver estes recursos sendo desperdiçados em um canal que não tem relevância para o seu nicho, certo?
E outra… também não adianta nada ter um canal de comunicação que não é usado. Digamos, por exemplo, que a sua empresa tem uma página comercial no Facebook, mas todas as informações estão desatualizadas. Essa não é a primeira impressão que você quer causar…
Alguns dos canais de comunicação mais populares nós já mencionamos ao longo do artigo, mas não custa nada reforçar:
- Blog;
- Perfil no Instagram;
- WhatsApp;
- Canal no YouTube;
- E-mail marketing;
- Perfil no TikTok;
- E mais…
3. Ferramentas adequadas
Nós falamos das ferramentas alguns tópicos acima e, devemos admitir, elas são parte essencial das estratégias de marketing. Assim como um chef de cozinha precisa de bons ingredientes, um profissional de marketing também precisa de boas ferramentas para fazer o trabalho dar certo…
Existem muitas outras ferramentas além das que mencionamos neste artigo. Se você quiser entender mais sobre o assunto, sugerimos a leitura: 4 Ferramentas de Marketing Digital.
4. Objetivos bem determinados
Nenhuma estratégia de marketing pode ser bem-sucedida sem, antes, ter objetivos bem definidos. Nós costumamos mensurar estes objetivos com os KPIs – ou Key Performance Indicators.
Esses são indicadores de performance que ajudam os profissionais de marketing a determinar se as estratégias estão funcionando, ou se elas precisam de ajustes.
Se o seu objetivo é, por exemplo, aumentar o tráfego no seu site, um KPI interessante pode ser o número de novos visitantes. Se, por outro lado, o seu objetivo é aumentar as vendas, o KPI utilizado pode ser de novos clientes ou compras realizadas por clientes recorrentes.
Analise o que mais faz sentido para a sua empresa!
5. Entendimento sobre o seu mercado
Um dos pontos mais importantes sobre aplicar estratégias de marketing – mas também um dos mais subestimados por empreendedores – é o entendimento sobre o mercado.
Quando falamos em entender o mercado, estamos nos referindo ao conhecimento do público e dos concorrentes, mas também do posicionamento da sua marca dentro desse contexto.
Campanhas de marketing são investimentos, seja de tempo, recursos ou dinheiro. Você não quer ver esses investimentos desperdiçados por conta de erros que poderiam ser evitados com um pouco de estudo, certo?
A grande verdade é que, para cada estratégia de marketing e ferramenta que mencionamos, existem diversas boas práticas que precisam ser seguidas para assegurar os melhores resultados.
Pode ser desanimador pensar em aprender tudo isso, mas saiba que você precisa fazer tudo sozinho.
Na plataforma de educação do Ecommerce na Prática, você encontra centenas de aulas e cursos completos sobre o mercado de Ecommerce, incluindo estratégias de venda e marketing.
Todo mês, a plataforma é atualizada com novos conteúdos, criados por alguns dos principais especialistas do mercado. Se você quiser saber mais sobre a nossa assinatura, clique aqui:
Perguntas Frequentes
O que é marketing e qual sua função?
O marketing pode ser definido como um conjunto de ações e estratégias que ajudam uma empresa a definir quais os seus produtos e serviços mais atrativos e como apresentá-los para o público-alvo.
Qual é o conceito de marketing?
A American Marketing Association (AMA), instituição que representa os profissionais de marketing dos Estados Unidos, define o marketing como uma atividade, o conjunto de instituições e os processos para criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que tenham valor para consumidores, clientes, parceiros e sociedade em geral.
Qual é o papel do marketing?
O papel do marketing não é simplesmente vender ou divulgar produtos, mas sim gerar um entendimento profundo sobre o mercado e, a partir disso, oferecer soluções de valor para os clientes.
Quais os 3 objetivos de marketing?
O marketing pode ter muitos objetivos diferentes, mas os mais comuns são: aumentar as vendas de um produto ou no geral; promover o reconhecimento de uma marca; aumentar a base de clientes.
Deixe um comentário