Um marketplace é um site de vendas – normalmente gerenciado por uma empresa maior e mais popular – no qual lojistas vendem seus produtos, mediante o pagamento de uma comissão. Depois de ler este guia, você vai entender tudo sobre marketplace e como começar. 



Há não muito tempo, vender e comprar na internet era um processo bem diferente do que vemos hoje. 

Uma empresa que desejasse vender na internet deveria ter uma plataforma própria. Não à toa, o mercado era dominado por grandes marcas. Hoje, no entanto, a história é outra… 

O acesso às vendas online ficou cada vez mais democratizado. E parte disso deve-se à popularização dos marketplaces. O formato colaborativo é, hoje, um dos principais canais de vendas no Ecommerce brasileiro. 

De acordo com dados da Conversion, apenas 10 das maiores lojas do Brasil detém mais de 50% de todo tráfego do Ecommerce nacional – e 9 desses sites são marketplaces.

E se você quer ter sucesso vendendo em marketplaces, é preciso entender as suas particularidades. Neste artigo, vamos falar sobre todas elas, te guiando pelos primeiros passos. 

⏩ No vídeo abaixo, o fundador do Ecommerce na Prática, Bruno de Oliveira, mostra os principais marketplaces para se investir este ano. Vale assistir!

O que é marketplace e como funciona? 

O marketplace é um canal de vendas online que reúne vendedores dos mais variados nichos de mercado. Usualmente, o marketplace é de propriedade de empresa maior, que “aluga” um espaço em seu site para que varejistas menores façam negócios.  

Se isso soa como um shopping, você acertou em cheio! O marketplace funciona de maneira muito parecida com os centros comerciais, onde um cliente que procura por determinado produto encontra diversas opções de vendedores para o mesmo item. 

O termo marketplace é a junção de duas palavras em inglês (mercado + lugar) e, em resumo, diz respeito a um espaço aberto para negócios. Esse é um modelo cheio de vantagens para lojistas e clientes e, não à toa, ganhou muita popularidade nos últimos anos. 

Um marketplace funciona da seguinte maneira… 

Uma empresa detentora do espaço do marketplace – tal como a Americanas, o Mercado Livre ou o Magazine Luiza, por exemplo – disponibiliza a plataforma para que outras lojas online façam vendas intermediadas. 

Cada vez que uma venda é concluída, uma parte do valor pago fica com a empresa detentora do Marketplace. Essa é a taxa de uso do espaço e ela pode variar de acordo com o marketplace utilizado. 

Usualmente, a empresa detentora do marketplace também é a responsável por fazer a entrega dos pacotes, o que traz mais qualidade para a venda dos negócios que utilizam a plataforma. 

Aqui estão alguns conceitos básicos que você precisa entender para saber como funciona um marketplace:

1. Comissão

Essa é a taxa que o marketplace cobra sobre cada venda realizada. Diferentes marketplaces aplicam diferentes comissões. O valor das comissões também pode variar de uma categoria de produtos para a outra.

Nós temos alguns artigos que falam sobre as taxas cobradas nos marketplaces mais populares: 

👉 Entenda a taxa e comissão do Mercado Livre: TABELA 2024;

👉 Comissão Amazon: veja taxas para vender no marketplace;

👉 Comissão AliExpress: guia para vendedores e afiliados;

👉 Taxa Shopee: entenda quanto custa vender no marketplace [2024] 

2. Intermediador financeiro

Essa é a instituição de pagamento responsável por intermediar as transações entre compradores e anunciantes. Esses são parceiros comerciais essenciais para garantir uma compra segura para o cliente e para o lojista. 

Alguns dos principais intermediadores financeiros são: 

3. Prazo de pagamento

O prazo de pagamento é o tempo que o marketplace tem para repassar o dinheiro da compra para o lojista. Esse prazo pode variar desde 2 dias úteis até 45 dias após a postagem ou entrega da encomenda. Em muitos marketplaces, o vendedor recebe o dinheiro apenas quando a mercadoria é entregue e avaliada pelo comprador, a fim de proporcionar mais segurança e comodidade para os usuários.

O mercado dos marketplaces hoje

Como falamos no início do artigo, a popularização do marketplace foi uma das principais razões por trás da democratização do Ecommerce. Isso porque o modelo simplificou e tornou mais barato o processo de vender na internet. 

Em outras palavras, o marketplace se tornou o modelo ideal para empresas que desejam participar do comércio eletrônico mas não querem investir em uma plataforma de Ecommerce própria. 

E, ainda que este modelo não seja necessariamente novo – o Mercado Livre, por exemplo, começou a operar no Brasil em 2000 – ele tem passado por uma expansão gigantesca nos últimos anos. 

Tamanho sucesso pode ser visto nos números… 

Além de deter mais da metade de todo tráfego do Ecommerce nacional, os marketplaces também detêm 80% do faturamento total do mercado, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).

Embora esses sejam números impressionantes, podemos dizer que o panorama pode ser muito maior. Em países como a China, onde o mercado está muito mais maduro, 90% do faturamento no varejo online vem de marketplaces.

Esse é um bom lembrete de onde o mercado brasileiro pode chegar daqui a alguns anos!Por tudo isso, é possível afirmar que investir em marketplaces é uma ótima estratégia para empresas que desejam começar a vender na internet. Como fazer isso? Continue acompanhando o artigo para descobrir…

Qual a diferença entre loja virtual, marketplace e Ecommerce? 

Uma loja virtual nada mais é do que um site dedicado a vendas de uma única empresa e um marketplace é um canal de vendas dividido por múltiplos lojistas. O Ecommerce, por sua vez, é um termo mais amplo, que serve para designar todas as formas de se vender online.

Ainda existem muitas dúvidas sobre as diferenças entre Ecommerce, marketplace e lojas virtuais. Ainda que estes termos pareçam sinônimos, podemos garantir que eles têm as suas diferenças. Vamos detalhar cada uma delas a seguir… 

Dentro do Ecommerce podem ser encontradas diversas modalidades de lojistas. Desde os que investem em marketplaces, até aqueles que têm um site próprio ou os que vendem por meio das redes sociais. 

As lojas virtuais, por sua vez, também são conhecidas como sites. Usualmente, essas plataformas são dedicadas a mostrar todos os produtos comercializados por uma única empresa. 

O marketplace funciona de forma contrária, concentrando diversos lojistas e ofertas em um só lugar. 

💡 Vale lembrar que ambos os modelos têm as suas vantagens e desvantagens e é comum que uma mesma empresa invista nos dois canais de venda. Por exemplo, uma empresa que tem um site próprio pode, sem nenhum problema, também ter perfis nos principais marketplaces do mercado. 

Essa é uma forma interessante de aumentar o seu alcance e fazer mais vendas. Sendo assim, uma estratégia não exclui a outra.

Os marketplaces podem ser, inclusive, ferramentas poderosas de validação de um negócio. Isso porque o investimento necessário para começar uma empresa dentro desse formato é muito menor do que o necessário para criar um site do zero. 

Quem pode vender em marketplace? 

Os marketplaces são espaços abrangentes, que realmente ajudam as pessoas a lucrar mais vendendo na internet. Mas, quando falamos dos marketplaces profissionais – ou seja, aqueles voltados para empresas B2B ou B2C – existem alguns requisitos que precisam ser cumpridos para que as vendas sejam feitas. 

A seguir, vamos mostrar alguns dos principais pré-requisitos para quem deseja vender profissionalmente dentro de marketplaces. Confira! 

1. CNPJ / MEI ativo e sem restrições

Se você quer vender de forma profissional, o primeiro passo é criar um CNPJ. Dessa forma, você garante que terá as finanças pessoais e profissionais separadas, o que facilita muito o planejamento financeiro

Hoje, com o MEI, esse é um processo muito menos burocrático. Basta ir até o Portal do Empreendedor e solicitar a abertura do seu CNPJ. 

Lembramos que, ainda que o CNPJ não seja uma obrigatoriedade para a maioria dos marketplaces – grandes canais como Shopee, Mercado Livre e Amazon  permitem a venda por CPF – essa é uma obrigatoriedade para quem quer crescer. 

Você não pode construir uma empresa que fatura alto, todos os meses, vendendo como pessoa física.

2. CNAE na categoria correta

Se você atuar como varejista dentro de um marketplace – a categoria mais comum entre as empresas que vendem na internet – você também precisa que o seu CNPJ esteja inscrito na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) correta. 

Se você ainda não tem um CNPJ, vá até o site da Comissão Nacional de Classificação (CONCLA), do IBGE, e busque pelo código adequado. Se você já tem um CNPJ/MEI, mas não está enquadrado na CNAE correta, você também pode solicitar essa mudança por meio do Portal do Empreendedor. 

3. Habilitação para emitir notas fiscais 

Emitir notas fiscais também é um requisito para a maior parte dos marketplaces que atuam no Brasil. Para isso, não basta apenas ter um CNPJ, mas também a autorização da prefeitura local e do governo do Estado.

Esse é um processo que pode variar de acordo com a região na qual você se encontra. Por isso, indicamos que você se informe melhor sobre o assunto. 

📃 Se quiser se aprofundar no assunto, indicamos a leitura deste artigo: Nota fiscal no Ecommerce é Obrigatório? Saiba como funciona

4. Conta corrente vinculada a um CNPJ

Em muitos marketplaces, é necessário ter uma conta corrente vinculada ao CNPJ para fazer vendas e receber pagamentos. Felizmente, esse é um detalhe fácil de se providenciar, visto que a maior parte dos bancos conta com uma opção de conta para empreendedores

Tipos de marketplace

Agora que você conhece um pouco mais sobre marketplaces e suas particularidades, vamos falar sobre os diferentes tipos que existem. Todos os marketplaces podem ser divididos em três principais categorias: 

Marketplace B2B

O marketplace B2B são todos aqueles voltados para o comércio entre empresas. Daí que vem o nome B2B, ou seja, Business to Business. Essa relação pode ser dar, por exemplo, entre empresas e fornecedores, pequenas e médias empresas, grandes e pequenas empresas, as possibilidades são muitas! 

Marketplace B2C

O marketplace B2C, ou Business to Consumer é aquele com o qual já estamos mais acostumados, ou seja, o de empresas que vendem para o consumidor final. Esse é o tipo de marketplace que possui mais variedade e, usualmente, o mercado é composto pelas grandes varejistas. 

Marketplace C2C

Por último, mas não menos importante, existe o marketplace C2C, ou seja, Consumer to Consumer. Nesse segmento é comum encontrar os sites de produtos usados dos mais variados tipos. 

Além dessas definições mais abrangentes, também podemos dividir o mercado de marketplaces em subcategorias como: 

Marketplace de produtos físicos

A maioria dos marketplaces se encaixam nessa categoria. Esses são os sites voltados para a venda de bens físicos. Alguns dos itens mais populares são as roupas, calçados, livros, eletrodomésticos, acessórios, enfim… A lista é longa. 

Alguns dos principais marketplaces de produtos físicos são: 

  • Americanas
  • Amazon;
  • Elo7;
  • Mercado Livre;
  • Magazine Luiza;
  • Casas Bahia;
  • Extra.com;
  • Ponto;
  • E mais!

Marketplace de serviços 

Existem também os marketplaces de serviços, que permitem a comercialização de produtos digitais. Alguns exemplos são: 

  • Ifood;
  • Uber;
  • 99Freelas;
  • Getninjas;
  • Udemy;
  • E mais. 

Marketplace de aluguel 

Já os marketplaces de aluguel são mais comuns dentro do segmento de hotelaria. Um dos exemplos mais famosos é o Airbnb, uma plataforma para locação de casas por temporada. 

A empresa inovou ao permitir que pessoas comuns recebessem pelo aluguel temporário de casas ou quartos, cobrando uma porcentagem pela diária de cada cliente. 

Todo o processo é feito diretamente na plataforma, o que traz mais segurança tanto para o locatário quanto para o cliente.

Vantagens de vender em marketplace

Agora que você já sabe o que é marketplace e quais são os requisitos para vender nessas plataformas, é hora de entender os benefícios de investir neste canal de vendas. A seguir, listamos as principais vantagens, veja só: 

1. Mais visibilidade para os produtos

Uma das principais vantagens de um marketplace é a visibilidade que ele proporciona para empresas de pequeno porte, ou que estão apenas começando a vender. 

Isso porque essas plataformas, usualmente, contam com mais alcance, já que pertencem a empresas com renome no mercado. O resultado é que seus produtos são vistos por mais pessoas e, consequentemente, as chances de fechar uma venda são maiores. 

Por isso, os marketplaces são um bom canal de vendas para negócios que estão dando os seus primeiros passos no Ecommerce e ainda não contam com um vasto público. 

2. Mais praticidade no gerenciamento logístico

Como falamos anteriormente, muitos marketplaces se responsabilizam por todo processo de entrega dos produtos, dando mais praticidade e segurança para o cliente e para os lojistas. 

Alguns marketplaces, como o Mercado Livre, têm programas de fulfillment muito elaborados, que garantem a satisfação do cliente e a praticidade para a empresa em todas as etapas do processo de compra. 

3. Número maior de vendas 

Com uma maior visibilidade, as chances de que você faça vendas é muito maior. Ainda assim, é importante ter em mente que a quantidade de vendas está atrelada a diversos fatores, como a precificação do produto e a qualidade dos anúncios. 

4. Maior credibilidade e confiabilidade

Lembra sobre como falamos que as plataformas de marketplace, usualmente, são de propriedade de empresas com renome de mercado? Esse é um fator que faz uma grande diferença no comportamento do cliente. 

É comum que alguns usuários se sintam mais confortáveis em realizar compras em sites conhecidos, mesmo que o produto não esteja sendo vendido diretamente pelo marketplace. 

Isso empresta à sua empresa uma grande credibilidade, o que aumenta também as chances de fechar uma venda.

5. Investimento inicial baixo

Outra vantagem para quem vende nos marketplaces é o baixo custo e o retorno rápido

Todos os marketplaces cobram uma determinada taxa pelo seu uso, isso é verdade… Mas esse custo é muito menor do que o necessário para criar um site próprio do zero ou até mesmo abrir uma loja física. 

Para você anunciar no Mercado Livre, por exemplo, não é necessário investir nada, pois eles possuem a versão gratuita. 

Além disso, a maioria dos marketplaces oferece opções de impulsionamento de anúncios que podem ser tão efetivas quanto campanhas de marketing. Por isso, o investimento inicial para começar no marketplace costuma ser menor. 

6. Menos risco para o lojista 

Se você vai comercializar seus produtos ou serviços na internet, precisa entender que sem tráfego e sem a confiança dos consumidores será bem difícil fazer qualquer venda.

Por esta razão e devido a nossa experiência no mercado de Ecommerce, aconselhamos a todos os nossos alunos a começarem a vender na internet através dos marketplaces. Sempre. Ainda que sejam pessoas que já têm uma loja física.

Por quê?

Porque o marketplace é o melhor espaço para você validar seus produtos e as estratégias do negócio com baixo investimento. Ou seja: menos risco. 

💡 Inclusive, essa é uma das etapas de criação do negócio digital que ensinamos passo a passo no treinamento Ecommerce do Zero

Você não vai precisar investir muito em divulgação logo no início, porque a plataforma do marketplace já te oferece o tráfego suficiente para realizar as primeiras vendas…

7. Público diferenciado e de várias regiões

Outro ponto positivo dos marketplaces é, não só a quantidade de público, mas a diversificação entre as pessoas que acessam esses sites.

Ambos os sexos, idades variadas, interesses distintos. Todos eles se encontram nos marketplaces. Além disso, o público está espalhado por todos os estados e cidades do país.

Nesse cenário, há uma possibilidade muito grande de segmentar sua estratégia e, mais do que isso, de identificar e aproveitar novas oportunidades

Alguém que venda sapatos para crianças, por exemplo, pode encontrar um cenário positivo para a venda desses itens para o público adulto, e iniciar as vendas nesse segmento com muita facilidade, impactando todas as regiões do país.

Desvantagens de vender em marketplace

Como tudo na vida, existem vantagens e desvantagens em se vender em marketplaces. Agora que você conhece os benefícios, é hora de te apresentar também os pontos de desafio. Vamos lá?

1. Alta concorrência

Os marketplaces são plataformas populares. Isso quer dizer que, muito provavelmente, você vai encontrar alguns dos seus principais concorrentes dentro desses espaços – além de muitas outras empresas que você nem sabia que competiam com você! 

Esse não é um grande problema, principalmente se você sabe como fazer bons anúncios e precificar os produtos corretamente, mas com certeza é um ponto que deve estar em seu radar na hora de analisar esse canal de vendas. 

2. Identidade de marca enfraquecida

Lembra sobre como falamos que marcas renomadas detêm os principais marketplaces? Isso inspira confiança no seu cliente, mas também pode ser um fator que enfraquece o seu branding

Dentro desta plataforma, você não tem como personalizar anúncios com as cores da sua empresa, ou usar uma fonte especial. 

Novamente, esse pode não ser um ponto fraco para pessoas que querem apenas vender produtos, sem se preocupar em construir uma marca. Mas pode afetar empresas que estão em fase de expansão. Nesse caso, o mais indicado é escolher uma plataforma de Ecommerce e começar a vender também com um site próprio. 

Neste artigo, comparamos algumas das principais opções do mercado. Veja:  Plataforma de ecommerce: 6 opções para você considerar na hora de montar sua loja. 

3. Limitações de plataforma

Dentro dos marketplaces, é comum que os lojistas fiquem limitados a determinados meios de pagamento ou métodos de envio. Vale lembrar que a grande maioria dos marketplaces tem uma grande oferta de métodos de pagamento e é possível que sua empresa não sinta falta de nenhum. 

Apesar disso, esses são fatores ditados pelas empresas proprietárias da plataforma e fogem do seu controle como usuário do serviço. 

Outro fator importante é que, nos marketplaces, a sua empresa está sujeita a alterações nas taxas e comissões, mudanças de processos, dentre outros fatores que podem comprometer o seu uso da plataforma.  

4. Cobrança de taxas 

Como já mencionamos neste artigo, os marketplaces cobram uma taxa para que lojistas usem o espaço em seus sites. Essa é a tão famosa comissão. 

A comissão é cobrada de acordo com a porcentagem de venda, e essa taxa varia de um marketplace para outro. Em alguns casos, o marketplace pode até mesmo cobrar uma mensalidade, ou seja, um valor que precisa ser pago independente do volume de vendas. 

Essa é uma troca justa, afinal, você estará aproveitando a credibilidade e a audiência dessa marca para fazer suas vendas. Ainda assim, vale a pena colocar fazer os cálculos e assegurar que, mesmo com a cobrança das taxas, você ainda estará lucrando. 

5. Dependência

Você já pensou no que acontece quando um marketplace encerra suas atividades? Bom, para começar, todos os lojistas que utilizam o serviço ficam com um canal de vendas a menos. 

Esse pode ser um problema e tanto para empresas que concentram seus anúncios em apenas um marketplace ou têm em um desses canais a sua maior fonte de renda. Essa é uma relação que, quer o empreendedor queira ou não, gera uma dependência

Você pode estar pensando que o encerramento das atividades de um marketplace não é uma coisa recorrente. E você está certo! 

A maioria dos marketplaces que temos no Brasil, hoje, são de empresas bem consolidadas e que não têm sinais de desaceleração.

Mas isso não quer dizer que este seja um cenário impossível. Esse foi o caso do Walmart, que encerrou as atividades do seu marketplace no Brasil em 2019. Quem poderia prever isso, certo? 

E um marketplace nem precisa, necessariamente, deixar de existir para comprometer as vendas. 

Uma simples mudança nas regras pode tornar o negócio menos lucrativo e atrapalhar o fluxo de caixa da sua empresa. Isso também aconteceu recentemente, com o Shopee. Você pode entender mais sobre o assunto neste artigo: Mudanças na Shopee: Ainda vale a pena vender no marketplace? 

Por isso, o ideal é que você não concentre todos os seus anúncios em um único marketplace. Você pode considerar aliar sua presença em marketplaces com a criação da sua própria loja virtual, se isso for possível. De qualquer forma, o importante é variar e  fazer testes recorrentes!

Os maiores marketplaces do Brasil

Que tal conhecermos agora alguns dos maiores marketplaces que atuam em solo nacional? 

1. Mercado Livre 

Nós começamos essa lista com ninguém mais, ninguém menos, do que o maior marketplace da América Latina. A empresa, que foi fundada em 1999, já nasceu com o marketplace em seu DNA. 

Hoje, a plataforma conta com mais de 211 milhões de usuários ativos e mais de 10 milhões de vendedores. Estimativas da companhia mostram que são realizadas 9 vendas por segundo dentro da plataforma. Durante o primeiro trimestre de 2022, o Mercado Livre alcançou um faturamento de R$ 11,3 bilhões.

Além da sua popularidade, o marketplace também é conhecido por oferecer uma boa experiência de venda para o lojista.

Com sistemas integrados que ajudam na logística e no intermédio de pagamentos, a plataforma oferece toda a estrutura necessária para começar a vender imediatamente. 

Começar a vender dentro do Mercado Livre é relativamente fácil. Nós explicamos o processo neste artigo: Como Vender no Mercado Livre [Passo a Passo] 

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2. Amazon 

A Amazon é considerada, hoje, a maior varejista do mundo. Fundada em 1994, a empresa domina o mercado de marketplaces, sendo uma das pioneiras neste modelo de negócios. 

Em 2023, a empresa teve seus lucros multiplicados, acumulando US$ 30,4 bilhões. Na plataforma, é possível encontrar produtos para os mais variados nichos de mercado, desde eletrônicos até itens de mercado. 

O Brasil é um dos principais mercados para a gigante do varejo. 

Um detalhe interessante é que você pode vender não só apenas produtos novos na Amazon, mas também produtos usados e/ou reformados. Existe uma lista de categorias disponível para o usuário que aponta aquelas que podem vender itens usados.

Para saber mais sobre como vender na Amazon Marketplace, leia este artigo: Amazon Marketplace: o que é e como vender por lá. 

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3. Americanas Marketplace

A Americanas Marketplace – anteriormente conhecida como B2W – integra sites como Americanas.com, Submarino e Shoptime. Ou seja, se você cadastrar o seu produto na no Americanas Marketplace, eles poderão ser anunciados nesses outros sites também. 

É uma grande concorrente do Mercado Livre aqui no Brasil por abrigar mais de um marketplace. São várias forças unidas, aumentando o potencial da plataforma. 

Se você já tinha interesse em se cadastrar em algum desses três marketplaces, é por meio da Americanas Marketplace que você vai conseguir.

4. Shopee

Criada em 2015, a Shopee é uma plataforma de marketplace de Singapura. Sua atuação no Brasil começou apenas em 2019, e desde então, é possível dizer que a companhia causou tremendo impacto no mercado nacional. 

Essa é uma plataforma muito interessante para pequenas e médias empresas, pois conta com diversos incentivos de compra, como frete gratuito, cupons de desconto e mais. 

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Se você quiser algumas dicas sobre o que vender por lá, confira o artigo: Conheça 125 Produtos Para Vender na Shopee

5. Via Marketplace 

A Via Varejo Marketplace é a marca detentora dos marketplaces da Casas Bahia, Ponto, Extra.com.br e alguns outros nomes importantes do varejo brasileiro. Durante o primeiro trimestre de 2022, o grupo teve um lucro líquido de R$ 86 milhões, com um aumento de 111% nos pedidos. 

6. Magalu Marketplace

A Magazine Luiza é uma gigante do varejo 100% brasileira. No seu início, a empresa focava apenas na venda B2C, mas hoje conta com a solução Magalu Marketplace, uma das plataformas de marketplace mais populares do Brasil. 

Ela foi fundada em 1957, portanto, tem suas raízes no varejo tradicional. Mas isso não impediu a empresa de inovar a cada ano e figurar entre as pioneiras de alguns dos movimentos de mercado mais importantes. 

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7. Facebook Marketplace

O Facebook Marketplace se diferencia dos outros itens desta lista pois é mais voltado para negócios C2C, ou seja, de consumidor para consumidor. Ele é perfeito para pessoas que desejam começar vendendo produtos usados ou itens novos, mas em pouca quantidade. 

Um dos grandes diferenciais deste marketplace é a sua integração com uma rede social popular, além do uso de ferramentas de geolocalização que ajudam a sua empresa a se conectar com clientes que estão perto de você. 

Vale lembrar, no entanto, que o Facebook não se responsabiliza pela entrega dos produtos ou pelo recebimento do pagamento. Essas são questões que devem ser acordadas pelo cliente e pelo vendedor. 

8. Elo7

O Elo7 é um dos principais marketplaces de nicho hoje. Ele é voltado para produtos artesanais e vem tendo muito sucesso dentro desse mercado. O marketplace foi fundado em 2008 e já conta com mais de  90 mil lojistas e 4,8 milhões de produtos cadastrados.

Em 2021, a empresa foi comprada pela Etsy, gigante norte-americana focada no mercado de artesanato. 

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9. Olist

A Olist é como se fosse uma grande mãe dentro das plataformas existentes. Ela pega seu produto e tenta vender nessas plataformas, seja nas Americanas.com ou em outras. Quando a venda é efetivada, a Olist te avisa para que possa postar o produto.

O processo é automatizado e funciona direitinho. Não é muito utilizado dentro dos nossos treinamentos porque tentamos influenciar as pessoas a irem direto ao marketplace, mas, se sua loja é bem pequena e prefere automatizar isso, vale o teste.

💻 Para conhecer mais alguns dos principais marketplaces do Brasil, leia este artigo: Top 30 Maiores Marketplaces do Brasil.

10. Shein

A Shein é um dos exemplos mais notáveis de marketplace global que tem ganhado espaço no Brasil

Fundada em 2008, a empresa chinesa se especializou inicialmente em moda feminina, mas rapidamente expandiu suas coleções para incluir moda masculina, infantil, acessórios, sapatos e até itens para casa.

O crescimento impressionante da Shein é atribuído à sua habilidade de oferecer produtos de tendência a preços acessíveis, atraindo especialmente o público jovem.

Marketplace

Como começar a vender em marketplaces?

Se você chegou até aqui, é seguro dizer que o seu interesse em vender em marketplaces é grande. Podemos apostar que, depois de entender mais sobre o mercado, esse desejo apenas se tornou mais forte. 

Bom, se esse é o caso, saiba que durante os próximos tópicos, vamos compartilhar todas as dicas mais valiosas para quem está começando nesse mercado. Bateu aquela curiosidade? Veja agora…  

1. Defina o seu segmento de atuação

Antes de dar o primeiro passo, é preciso que você pense de forma estratégica sobre o segmento de mercado que deseja atuar. Avalie, por exemplo, se este é um mercado escalável, que conta com um público engajado, se tem bons fornecedores disponíveis e por aí vai… 

2. Pesquise as funcionalidades e taxas de cada plataforma

Nós falamos sobre algumas plataformas neste artigo, mas a verdade é que existem muitas outras no mercado. E cada uma delas oferece funcionalidades diferentes, assim como taxas distintas.

Por isso, pesquise bem antes de escolher quais as plataformas de marketplace que você deseja atuar. Estude, por exemplo, quais as soluções logísticas das empresas e quais os segmentos que elas atendem. 

3. Faça o cadastro adequado de produtos

Para começar a vender em marketplace, você precisará fazer o cadastro dos produtos na plataforma. Esse é um processo que inspira cuidados, já que os anúncios de produtos serão o ponto de contato entre a sua empresa e os clientes. 

Capriche nas fotos e, se possível, faça descrições detalhadas dos itens que vão ser comercializados. Também não se esqueça de informar as medidas e o peso correto, já que esses são fatores que influenciam os custos com frete

4. Invista em anúncios

Uma grande dúvida de muitos lojistas é a de como anunciar no marketplace. Afinal, esse é um processo realmente necessário? Nós acreditamos que sim. 

Muitos marketplaces oferecem a opção de impulsionar anúncios de produtos e, quase sempre, essa é uma estratégia muito vantajosa. Isso porque os impulsionamentos colocam o anúncio do seu produto à frente da concorrência, aumentando as chances de conversão. 

5. Esteja sempre de olho na concorrência

Acompanhar o que os seus concorrentes estão fazendo é um exercício contínuo. Por meio dessa prática, você será capaz de acompanhar movimentos de mercado e melhorar a sua oferta. 

Tenha cuidado, no entanto, com a competição de preços. Quando um concorrente anuncia um produto por um valor muito menor do que o de mercado, não se sinta compelido a cobrir a oferta. No lugar disso, procure entender quem são os seus fornecedores e quais as técnicas de precificação que ele utilizou. 

6. Ofereça um bom atendimento 

Como você já sabe, os marketplaces são ambientes muito competitivos. Por isso, a sua empresa deve se diferenciar em todos os aspectos que pode – e o atendimento é um deles. 

Procure sempre se comunicar de forma empática e próxima do consumidor, focando na resolução de problemas. Isso também vale para pontos como o despacho de encomendas e solicitações de troca.

Como anunciar nos marketplaces?

Toda vez que um cliente procura por um item em um marketplace, ele tem acesso a diversos anúncios para o mesmo produto. Esses anúncios nada mais são do que páginas que contêm informações sobre o produto. 

Isso quer dizer que os anúncios da sua empresa vão competir diretamente com os de seus concorrentes. Sendo assim, como anunciar nos marketplaces de forma eficiente? Nós temos algumas dicas: 

  • Use fotos de qualidade, que mostrem a real natureza do produto; 
  • Utilize preços competitivos, mas tenha cuidado com a sua margem de lucro;
  • Faça descrições de produto detalhadas, com bastante informação.

Quer melhorar as fotos do seu Ecommerce ou marketplace? Neste artigo, ensinamos como fazer um mini estúdio fotográfico com materiais baratos: Saiba como fazer mini estúdio fotográfico [+ dicas de fotos]

Qual o melhor marketplace?

Cada marketplace tem suas vantagens e desvantagens, por isso, é impossível dizer qual o melhor marketplace. O que você precisa fazer é mapear quais os principais canais para o seu público-alvo e para o seu mercado e tomar uma decisão baseada em dados. 

Dizemos isso porque, enquanto existem os marketplaces mais generalistas, onde produtos de todos os tipos podem ser comercializados, existem também os mais específicos, voltados para um nicho de mercado. 

Dito isso, aqui vai uma lista com alguns dos melhores e mais confiáveis marketplaces do Brasil: 

  • Mercado Livre;
  • Shopee
  • Amazon;
  • Americanas Marketplace;
  • Shein; 
  • Magazine Luiza.

Baixe agora o Mapa dos Marketplaces!

Depois de ler sobre o que são marketplaces, quais suas vantagens e características, é hora de colocar a mão na massa

Nós mencionamos muitos marketplaces ao longo do texto, mas saiba que esses são só alguns dos vários parceiros comerciais que você pode – e deve! – explorar para vender na internet. 

Mas, afinal, como escolher o marketplace ideal para o seu negócio? 

Nós aconselhamos que você faça uma pesquisa e entenda as particularidades de todas as plataformas. Assim, você saberá se está no caminho certo.

Para te ajudar nessa etapa, nós criamos o Mapa dos Marketplaces, um e-book com detalhes sobre os maiores marketplaces do Brasil.

Nele, você terá acesso a um guia rápido com taxas cobradas, categorias de venda em destaque, exigências da plataforma e outras informações importantes. 

Baixe o Mapa dos Marketplaces clicando aqui:

Perguntas Frequentes

O que é marketplace? Como funciona?

O marketplace é um canal de vendas online que reúne vendedores dos mais variados nichos de mercado. Usualmente, o marketplace é de propriedade de empresa maior, que “aluga” um espaço em seu site para que varejistas menores façam negócios.

Qual a diferença entre loja virtual, marketplace e Ecommerce?

Uma loja virtual nada mais é do que um site dedicado a vendas de uma única empresa e um marketplace é um canal de vendas dividido por múltiplos lojistas. O Ecommerce, por sua vez, é um termo mais amplo, que serve para designar o mercado das vendas online como um todo. Contudo, também é comum que empreendedores utilizem o termo como sinônimo de loja virtual.

Quem pode vender em marketplaces?

Qualquer pessoa, desde que tenha um CNPJ ativo e cadastrado no CNAE correto. Também é preciso ter uma conta corrente vinculada ao CNPJ e a habilitação para emitir notas fiscais.

Quais as vantagens de se vender em marketplaces?

Mais visibilidade para os produtos, mais praticidade na logística, múmero de vendas maior e mais credibilidade para sua empresa.