Se você utiliza as redes sociais, mesmo que seja só de vez em quando, provavelmente já percebeu o poder que o marketing de influência tem nesses espaços, não é mesmo? É sobre isso que vamos falar neste artigo. Confira!

O marketing de influência é uma estratégia que tem ganhado cada vez mais força entre marcas de diferentes nichos. E, se você também tem um Ecommerce, talvez seja hora de entender como utilizar esse tipo de abordagem ao seu favor. 

Afinal de contas… os influenciadores já estão dominando o mercado. 

Uma pesquisa da Qualibest mostrou que 71% dos brasileiros que têm uma conta em redes sociais seguem algum tipo de influenciador. 

Além disso, 55% dos participantes dessa entrevista afirmaram que buscam a opinião de um criador de conteúdo antes de fazer uma compra importante. Números um tanto animadores, não é mesmo? 

Mas, como utilizar as táticas do marketing de influência para gerar resultados e engajamento para sua empresa? É exatamente essa questão que buscamos responder neste artigo. 

E, para começarmos bem, queremos que você ouça o episódio 54 do EnPCast com algumas das principais referências em marketing de influência do mercado. 

Confira!

O que é marketing de influência?

O marketing de influência é uma estratégia de divulgação e branding usada por marcas que desejam usar a confiabilidade de influenciadores para promover seus produtos. Um dos pilares do marketing de influência é o gatilho mental da prova social, contando com a indicação direta de pessoas com uma audiência fiel. 

Hoje, o marketing de influência é usado por marcas dos mais variados nichos de mercado, indo desde a indústria de cosméticos e moda, até as empresas do ramo de alimentação e saúde. 

A ideia é aproveitar a credibilidade de influenciadores para fazer a divulgação de produtos e marcas que têm a ver com o público que consome os seus conteúdos. Essa é uma espécie de segmentação mais ampla, mas que pode ser muito útil para companhias que buscam reconhecimento de marca e aumento direto nas vendas. 

Por que usar o marketing de influência? 

Diversas pesquisas de mercado mostram que a desconfiança do consumidor na maioria das empresas é grande. De acordo com Rafael Arty, especialista em influência digital, 62% dos consumidores confiam menos em marcas

Nesse contexto, marcas que antes viviam num pedestal, precisam buscar outros modos de credibilidade.

Por outro lado, as divulgações de produtos que são invasivas caíram em popularidade. Em especial porque o modo de consumo mudou. Hoje, os clientes estão nas redes sociais e podem, ali mesmo, saber “a verdade” sobre seu produto ou compará-lo com outras opções.

Precisam existir pessoas validando o produto e, se elas tiverem influência real na compra, ainda melhor. Felizmente, existem vozes dentro da internet que são altamente valorizadas: a dos influenciadores.

Ainda de acordo com os dados apresentados por Rafael Arty, 84% dos consumidores vão até as redes sociais antes de comprar. E como não querem sobrecarga de informação, as pessoas recorrem aos influenciadores para entender quais os produtos que valem o investimento.

Assim, o que chama atenção das marcas para os digital influencers é a audiência com a qual falam. Não apenas o número, mas a segmentação clara e natural.

Por exemplo: sabemos que uma pessoa que segue uma influenciadora de moda slow fashion, que fala sobre roupas feitas com consciência ambiental, provavelmente não tem interesse em produtos de lojas de departamento. 

O que é influenciador digital no marketing de influência?

O  influenciador digital é alguém capaz de influenciar terceiros utilizando as redes sociais como meio.

Em linhas gerais, é uma pessoa com muitos seguidores e engajamento em mídias como Youtube e Instagram. Eles conseguem, por exemplo, produzir conteúdos com muitas visualizações, curtidas e comentários de forma orgânica e ágil.

Provavelmente o nome Whindersson Nunes, o maior youtuber do Brasil – e um dos maiores do mundo –, não é estranho para você. Ele, assim como tantos outros influencers, são o que classificamos como as novas celebridades.

Embora a figura do influenciador exista desde a época do falecido Flogão e do Blogger, eles têm sido destaque em campanhas e estratégias de marketing há pouco tempo.

Isto porque tornaram-se próximos do público e criaram uma ponte de comunicação muito mais crível do que as usuais. Já está mais do que comprovado que tê-los vestindo a camisa da sua marca te dará uma visibilidade incrível.

Os dados da Nielsen mostram isso: o ROI de campanhas de marketing de influência é 11 vezes maior do que o das tradicionais.

Qual é a diferença entre influenciador digital e celebridade?

Uma vez que a ideia de produzir conteúdo na internet é trazer sua própria visão de mundo, os influenciadores nativos digitais foram classificados, na mente do seguidor, como confiáveis. 

São escolhidos pela audiência. Portanto, as suas opiniões têm muita credibilidade. Quando dizem que um produto é bom, é verdade.

Por outro lado, quando falamos sobre celebridades da TV ou rádio, a credibilidade e confiança é menor. Eles foram escolhidos pela indústria, não pelas pessoas comuns.

Os consumidores sabem que eles são pagos para fazer propaganda.

Um ótimo exemplo disso é o Roberto Carlos fazendo comercial da Friboi. Não transmite muita confiança quando fica tão óbvio que ele só faz isso pelo dinheiro, certo? 

Por isso, muitas marcas estão abandonando as celebridades e partindo para os influenciadores, mesmo os de nicho. Acredita-se que, hoje, para a publicidade na internet, os influenciadores são mais valorizados do que celebridades.

Entendendo essa diferença entre celebridades e influenciadores, podemos conhecer mais a fundo os tipos de influenciadores… 

Os 7 tipos de influenciadores no marketing de influência

1. Top Celebs

São aqueles gigantes, com audiência e repercussão enorme, mas que têm pouca relevância por não ter um nicho definido. 

Ou seja, o público dele é diversificado demais. O que você vai conseguir com esta pessoa é que sua marca seja mais conhecida e não, necessariamente, conversão. 

Exemplo de Top Celebs: as celebridades da televisão, como a atriz Juliana Paes.

2. Fit Celebs

Têm audiência, repercussão e relevância forte. São aquelas pessoas que casam com a sua marca perfeitamente, o que promove maior chance de conversão. 

O lado ruim é que este influenciador sabe o seu poder e, por isso, pede uma remuneração mais alta. Um exemplo: Thássia Naves, blogueira de moda.

3. Autoridade

Tem grande relevância e repercussão com o tema, mas sua audiência é um pouco menor. É aquele bastante nichado e especialista no assunto, como Bruno de Oliveira no tema Ecommerce.

Ele já recebeu prêmios ligados ao assunto, tem cursos, mentorias e criou dois megaeventos sobre Ecommerce. No entanto, é necessário estar ligado ao assunto empreendedorismo e comércio eletrônico para conhecê-lo, percebe?

Como usar uma linguagem comum aos interessados pelo assunto, é próximo deles e trabalha a percepção da marca. A conversão acontece em escala menor, mas baseado em confiança no trabalho da pessoa.

4. Ecossistema

É um conjunto de influenciadores de um mesmo micro-nicho. Seria como juntar vários micro-influenciadores de empreendedorismo para falar sobre uma mesma marca ou evento, expandindo o público que vai ser impactado por esta publicidade.

É interessante para construir o posicionamento da marca e mostrar sua presença em todos os lugares.

Essa tem sido uma prática popular... Em vez de trabalhar com um grande influenciador, utilize vários menores. 

Isto porque eles ainda têm a pegada de intimidade com o público, enquanto existe o perigo de, ao ter uma audiência muito grande, a proximidade (e confiança) diminuir.

5. Trendsetter 

Têm baixo alcance e relevância, mas alta repercussão. São aqueles adotantes iniciais de uma ideia, produto, etc.

No marketing, eles seriam os inovadores. Por serem corajosos o bastante para liderar novas formas de pensar ou consumir, acabam sendo muito respeitados por suas opiniões.

Se pretende trabalhar posicionamento, são boas escolhas. Exemplo: influenciadores de causas.

6. Jornalista

Sabe a Fátima Bernardes fazendo comercial de presunto na televisão? É mais ou menos um influenciador jornalista na internet.

Por ter o endosso da mídia onde trabalhou, traz uma audiência grande. No entanto, por ter uma audiência segmentada e tratar de vários temas, pode não ter uma relevância nem repercussão.

7. Público Interno 

Esses são os seus funcionários. Acredite se quiser, mas eles podem ser ótimos na hora de humanizar o trabalho e mostrar os valores da empresa.

Ótimo para serviços e para fazer o consumidor se identificar com a marca, uma vez que traz confiança. De acordo com Granja, é uma estratégia de alta relevância.

Para decidir que tipo de influenciador buscar, você precisa saber o objetivo da comunicação.

  • Quer aumentar o share of mind?
  • Quer ter mais seguidores?
  • Quer vender?
  • Quer mostrar um posicionamento?

É preciso, também, definir quem deseja alcançar e quais canais de comunicação quer usar para isso (Youtube, Instagram, Facebook...).

Além disso, deve buscar referências e tópicos legais que o influenciador já abordou e que pode abordar novamente com a sua marca.

A última etapa é de extrema importância, porque é o que vai te ajudar a alinhar o conteúdo com o influenciador.

Como escolher um influenciador para a sua campanha?

A primeira e mais importante coisa que você precisa aprender é que não se escolhe digital influencer pelo número de seguidores.

É óbvia a razão: pessoas podem comprar seguidores e podem ter seguidores pouco relevantes para o seu negócio.

Um micro-influenciador pode ser mais interessante do que uma celebridade com maior público. Portanto, destaco aqui quatro coisas que deve evitar:

  • Escolher influenciadores pelo número de seguidores;
  • Escolher alguém porque gosta dele;
  • Pensar a curto prazo;
  • Fazer só ações pontuais.

A rede social é um trabalho de constância. Aparecer uma vez e nunca mais é o mesmo que rasgar seu dinheiro.

Inclusive, existem estudos que dizem que uma pessoa precisa ver a mesma mensagem até 15 vezes para internalizá-la. E é por isso que as propagandas duram, em média, 2 semanas na televisão, por exemplo.

Nas redes sociais, quando não há diversos pontos de contato, os seguidores percebem que a opinião pode não ser sincera. 

Para a estratégia funcionar, o depoimento deve ser real. Assim, deve pensar em manter uma parceria de longo prazo.

Fora isso, você deve estudar a fundo a audiência da pessoa que pensa em contratar. Peça o mídia kit, olhe os comentários, curtidas, seguidores.

Quando paga por esse serviço, você está comprando a audiência dele, não o influenciador em si. Portanto, tome atitudes pautadas em números e dados, não naquilo que você acha bacana.

Como usar um influenciador na sua estratégia de marketing de influência?

Se você tem uma marca ou quer ser sua própria marca, o mercado de influenciadores digitais pode ser uma boa. Tão boa que existe até faculdade focada nisso, embora sejam muito recentes para serem avaliadas. 

O marketing de influência pode ser essencial para você atrair um público qualificado para sua empresa.

Mas, antes de escolher, pense: como vai associar a sua marca a este influenciador?

1. Conteúdo

Os influenciadores vivem do conteúdo que produzem. Se não tiverem nada o que dizer, ficam chatos e são deixados de lado.

Pode notar que, na sua lista de instagramers e youtubers favoritos, os melhores não postam coisas ruins. São esses que ganham dinheiro na rede. 

Cada publicação é pensada e trabalhada de maneira a sair ótima, porque algo “mais ou menos” não vai ajudar a imagem deles.

Lembre-se: influenciadores trabalham com imagem.

Além disso, você vai precisar escolher qual nicho vai buscar. Ele provavelmente estará relacionado ao segmento no qual sua loja está inserida.

De nada adianta querer falar com todo mundo, pois não conseguirá desenvolver conteúdos bons e relevantes para levar a audiência desse influenciador para sua marca. 

Tenha acesso à ferramentas de edição, também, e invista algum tempo tentando dominá-las. É importante, sim, ter qualidade nas imagens.

2. Consistência

Não vale fingir. Como já foi abordado, os influenciadores são populares por serem reais, gente como a gente.

Se começar a fazer publicidade sem sentido, tanto as marcas quanto as pessoas deixarão de tê-los como referência.

Por isso, sua marca deve ser inserida no discurso do influenciador de modo consistente.

Isso é o que te fará ter sucesso a longo prazo. Consistência e paciência, pois trabalhar com marketing de influência é algo que traz resultados aos poucos.

Quanto os influenciadores recebem? E como pagá-los?

De forma geral, os influenciadores negociam com as marcas e elas fazem o pagamento mediante a emissão de uma nota fiscal. Hoje em dia, dependendo do tamanho do influenciador, talvez ele não trabalhe com o sistema de nota fiscal, e aí cabe a você decidir se vai seguir com a parceria ou não.

Nós recomendamos que peça a nota fiscal a cada ação de marketing de influência que fechar, assim a sua empresa fica resguardada legalmente, além de contar com uma prestação de contas mais eficiente. 

Aqui vão algumas alternativas de pagamento para você, que deseja utilizar o marketing de influência: 

1. Publipost e eventos

Não resta muita dúvida de como um digital influencer faz dinheiro, certo? Pois bem, vamos ser mais claros: eles são pagos para fazer publicidade (publipost) e aparições em eventos.

Ao redor do mundo, a média de remuneração por publicação vai de US$ 100 a US$ 5000 dólares. Os valores mais altos começam a partir das 100 mil visualizações.

2. Permuta

Nem todas as marcas têm dinheiro para bancar os preços que alguns desses influenciadores cobram para fazer publicações...

Aí entra a permuta ou, ainda, a tentativa de envio sem contrapartida garantida.

Os anunciantes tentam conseguir visibilidade dessa forma, enviando produtos gratuitos, viagens, hospedagens e tudo o mais que possa pensar. Assim, pode acontecer de o influenciador falar sobre o assunto em algum momento.

Mas aviso logo: nem sempre funciona, em especial com os mais populares e com vivência no mercado.

3. Afiliados

Além disso, é comum ações de marketing de influência usarem o sistema de afiliados.

Nesse modelo, o influenciador recebe um link ou um código para divulgar para sua base. Com isso, ele recebe um percentual por cada venda que fizer.

Bom para os dois lados, certo? Pois, além do investimento ser pequeno, é possível acompanhar os dados e entender se trabalhar com esta pessoa faz sentido para sua marca.

Outra prática é o movimento do próprio influenciador. Ele, com um mídia kit pronto, vai até as marcas e propõe parcerias e projetos. Geralmente este é o papel de uma agência de influenciadores, dos empresários ou, ainda, de influenciadores mais novos no mercado.

Qual é o retorno do marketing de influência para o seu negócio?

Talvez, depois de tudo isso, você se pergunte qual é o real retorno do marketing de influência.

O marketing de influência é muito bom para conseguir leads e percepções da marca. O influenciador consegue fortalecer a marca porque transmite confiança e endossa as qualidades apresentadas.

Tenha sempre em mente que não é a marca que dá credibilidade ao influenciador, e sim o contrário, independente do tamanho que tem.

Outros modos como esta estratégia ajuda no posicionamento:

  • Aumento da presença digital nas buscas;
  • Credibilidade para o produto;
  • Depoimentos orgânicos na página do influenciador;
  • Capacidade de viralização do produto;
  • Desenvolvimento das redes sociais da sua marca.

Para gerenciar e mensurar os resultados, é importante utilizar ferramentas de traqueamento em todos os links. Nós indicamos o URL Builder, do Google. Além disso, você deve analisar os comentários das postagens e os dados das redes sociais.

Lembre-se de sempre direcionar a pessoa com quem vai trabalhar para que ela se refira à marca com clareza e marque o perfil nas publicações ou inclua link de compra, dependendo do objetivo.

E, é claro, crie conteúdo de valor para que o influenciador que fizer a parceria com a sua empresa divulgue o seu produto de forma criativa! Mas quais são os melhores conteúdos para postar nas redes sociais? Se você também quer saber, veja o próximo tópico…

Produza conteúdo de valor em suas redes sociais todos os dias! 

Ter inspiração constante do que postar em suas redes sociais não é nada fácil, nós sabemos. Ainda assim, este é um passo essencial para conseguir mais engajamento nos perfis da sua marca.

Para te ajudar nesta importante tarefa, criamos um ebook com 32 ideias de postagens que você pode começar a colocar em prática ainda hoje. 

São ideias simples e fáceis de se implementar, que podem trazer mais curtidas, e comentários. Além disso, este conteúdo também pode contribuir para a retenção de clientes e, claro, vendas. Baixe gratuitamente clicando no botão abaixo!