Se você quer vender pela internet, entender os tipos de Ecommerce é uma boa forma de começar.
Cada modelo tem suas particularidades e atende a diferentes perfis de negócio – seja uma loja pequena, uma indústria ou até uma venda entre pessoas.
Conhecer essas opções ajuda a planejar melhor sua estratégia e a evitar gastos desnecessários.
Neste artigo, vamos apresentar os principais tipos de Ecommerce e mostrar como eles funcionam no dia a dia, para você escolher o que mais combina com sua loja.
Índice:
O que é Ecommerce?
Ecommerce (também chamado de comércio eletrônico) é um modelo de negócios em que as vendas são realizadas por meio da internet.
Isso pode acontecer em um site próprio, redes sociais, marketplaces, aplicativos e outros canais digitais.
Engana-se quem pensa que basta montar uma loja virtual e esperar as vendas acontecerem.
Vender online envolve estratégias de marketing, atendimento, logística, gestão financeira e muito mais.
Cada escolha – desde o canal até o tipo de cliente – influencia nos resultados.
“Ecommerce nada mais é do que a estratégia de usar a internet para vender produtos físicos e digitais. Seja você um autônomo que trabalha de casa criando seus próprios produtos, um revendedor que compra de fabricantes ou distribuidores, ou um lojista físico que também utiliza a internet para vender.”
Bruno de Oliveira - Fundador do Ecommerce na Prática e sócio Nuvemshop
💡 Ecommerce te interessa? Você vai encontrar discussões sobre esse e outros assuntos no D2C Summit, evento da Nuvemshop feito para quem vive o universo das vendas diretas ao consumidor.
Como funciona o Ecommerce?
O Ecommerce funciona como uma loja física, mas no ambiente digital. Ou seja, a compra, o contato entre cliente e lojista, entre outros pontos, ocorrem no online.
Basta que o cliente acesse o site de vendas de uma empresa, adicione os itens de seu interesse no carrinho, escolha as formas de envio e de pagamento.
Em alguns dias (às vezes, horas) o pedido chega ao endereço informado no cadastro no ato da compra.
Se o cliente preferir e a loja oferecer esse serviço, o pacote pode ser retirado em uma unidade física.
Assim, cabe ao lojista contar com bons parceiros comerciais para fornecer a melhor logística possível, embalagens, meios de pagamento, etc.
Dito isto, vamos avançar um pouco mais neste conteúdo e explicar quais são, de fato, os tipos de Ecommerce existentes hoje.
7 tipos de Ecommerce
O Ecommerce pode ser dividido em diferentes tipos, de acordo com a relação entre quem vende e quem compra.
Cada um deles tem suas características próprias e atende a necessidades específicas do mercado.
A seguir, explicamos os 8 principais tipos de Ecommerce e como eles funcionam na prática:
1. Business to Consumer (B2C)
O Ecommerce do tipo B2C é aquele em que uma empresa vende diretamente para o consumidor final.
É mais comum no varejo online e o que a maioria das pessoas conhece quando pensa em comprar pela internet.
Marketplaces como Amazon, Shopee e Magazine Luiza são bons exemplos de quem atua nesse modelo.
Também vale para pequenos negócios, como uma loja de acessórios femininos que vende pelo Instagram ou um brechó com site próprio.
Uma característica marcante do B2C é que o consumidor tem acesso direto às informações dos produtos, pode comparar preços e ainda aproveitar cupons e promoções exclusivas.
Sites de descontos, por exemplo, também se encaixam aqui, pois são intermediários que conectam empresa e cliente final.
2. Consumer to Business (C2B)
No C2B, o caminho é o contrário: o consumidor oferece algo para as empresas. Pode ser um produto, um serviço ou até uma solução digital.
Um exemplo prático é quando freelancers ou designers oferecem propostas para um concurso aberto por uma empresa.
Essa empresa vai escolher a melhor proposta e fazer a compra – seja de um logotipo, de um vídeo, de uma arte.
Outro exemplo são sites como o Shutterstock, onde qualquer pessoa pode subir suas fotos e vídeos para que empresas do mundo todo comprem esse conteúdo.
Ou seja: é uma empresa vendendo para outra – seja para revenda, uso interno ou para compor um processo produtivo.
Imagine uma loja de roupas que compra peças direto da fábrica para revender. Ou uma papelaria que compra insumos em grandes quantidades de um distribuidor. Tudo isso é B2B.
É comum em setores industriais, distribuidores e atacadistas.
Em geral, as compras têm volumes maiores e o relacionamento entre as empresas tende a ser mais duradouro.
4. Consumer to Consumer (C2C)
Esse é o modelo que conecta consumidores entre si, sem que uma empresa esteja diretamente envolvida na transação.
Mas, geralmente, existe uma plataforma intermediando o processo. Sites como OLX, Mercado Livre e Enjoei são ótimos exemplos disso.
Uma pessoa anuncia um produto que não usa mais e outra, interessada, faz a compra. Pode ser um celular, um tênis, um sofá… vale tudo.
Esse tipo de Ecommerce é muito associado à venda de itens de segunda mão.
E é aí que ele se destaca: muitas pessoas preferem comprar produtos usados por um preço mais acessível – e o C2C facilita bastante esse processo.
5. Business to Administration (B2A) ou Business to Government (B2G)
Uma empresa de tecnologia pode desenvolver um sistema de controle de orçamento para uma cidade (B2A).
Já uma fornecedora de mobiliário escolar pode fechar contrato com o governo federal (B2G).
Para atuar nesses modelos, é preciso participar de processos de licitação e atender a exigências específicas.
Apesar da burocracia, esses modelos podem gerar contratos estáveis, de longo prazo e com alto volume de fornecimento.
6. Citizen to Government (C2G)
O C2G, por sua vez, diz respeito à interação entre o cidadão e o governo, principalmente em relação à prestação de serviços ou pagamentos.
Vamos a um exemplo prático:
Sabe quando uma pessoa paga o IPVA pelo site do Detran, se inscreve em um curso oferecido pelo governo ou faz o agendamento de um atendimento de saúde?
Tudo isso é C2G.
Apesar de não envolver exatamente uma “compra” no sentido tradicional, o funcionamento digital desses processos é muito semelhante ao de um Ecommerce.
Há um serviço sendo solicitado, pago e entregue – mesmo que o “produto” final seja um atendimento público.
7. Direct to Consumer (D2C)
O Ecommerce do tipo D2C diz respeito a venda feita diretamente para o consumidor – sem precisar de revendedores, marketplaces ou lojas parceiras no meio do caminho.
É muito usado por marcas que querem ter controle total sobre a experiência do cliente.
Um exemplo disso é a Consul, que vende seus eletrodomésticos no próprio site, além de estar presente em grandes varejistas.
Lembrando que, nesses casos, a empresa precisa atuar no mercado com a devida permissão para vender diretamente ao consumidor final.
No geral, apostar no Ecommerce D2C como estratégia de negócio é uma boa opção para expandir as vendas na indústria, encontrando nichos de mercado e atingindo os consumidores.
Quais são os tipos de Ecommerce de acordo com o canal de vendas?
Outra forma de classificar o Ecommerce é observando os canais por onde as vendas são realizadas.
Esses canais influenciam diretamente na experiência do consumidor e nas estratégias adotadas pelas empresas.
Abaixo, veja os principais formatos, que vão desde o mobile commerce até transmissões ao vivo:
1. M-commerce
O Mobile Commerce, ou M-commerce, é um tipo de Ecommerce feito a partir de dispositivos móveis, como smartphones e tablets.
Ele cresceu de forma acelerada nos últimos anos, acompanhando o aumento do uso de celulares para compras online.
Para se ter uma ideia, segundo dados divulgados pelo site Cropink, espera-se que o mobile commerce represente 75% de todas as vendas online até 2025.
Por isso, investir em uma experiência mobile de qualidade não é mais luxo, mas sim estratégia.
Os sites que são responsivos, com checkout rápido e formas de pagamento mobile-friendly (como carteiras virtuais) conseguem vender e fidelizar ainda mais clientes.
Mantenha isso no seu radar na hora de escolher um tipo de Ecommerce específico para o seu negócio, combinado?
Já o S-Commerce, mais conhecido como Social Commerce, integra a loja virtual às redes sociais.
Desta forma, quem aplicar esse modelo de negócio consegue interagir com o conteúdo oferecido.
Esse modelo tem crescido à medida que as plataformas de rede social criam funcionalidades de venda direta e indireta – como o Instagram Shopping, por exemplo.
Do ponto de vista do consumidor, o principal é que o consumidor pode classificar a qualidade do produto, do atendimento e compartilhar sua visão sobre a empresa e experiência de compra.
Do ponto de vista da empresa, o benefício é o alcance e visibilidade que o negócio pode ter a partir de uma estratégia conjunta de loja e redes sociais.
Isso porque a audiência pode compartilhar seus conteúdos de forma gratuita, ampliando sua voz.
3. T-commerce
O T-commerce é um tipo de Ecommerce feito por meio de smart TVs. Com a popularização desses aparelhos, esse canal tem ganhado cada vez mais atenção.
Hoje, as smart TVs, aparelhos com acesso à internet, estão presentes em 61% dos lares brasileiros, de acordo com pesquisa da Nielsen e MetaX.
Isso significa que boa parte da população pode comprar direto da TV enquanto assiste a um programa, filme ou live. Tudo com poucos cliques no controle remoto.
Embora ainda seja pouco explorado no Brasil, esse formato cresce em mercados como Estados Unidos e Ásia.
Para marcas que apostam em interatividade, o T-commerce pode ser uma oportunidade promissora de unir conteúdo e consumo em um só lugar.
4. Live commerce
O live commerce, ou live shop, é o modelo de vendas que acontece nas transmissões ao vivo.
Durante essas lives, os produtos são apresentados em tempo real, com explicações, demonstrações e ofertas exclusivas.
É um formato ótimo para estimular o engajamento e o senso de urgência, já que os consumidores podem tirar dúvidas e comprar instantaneamente.
Essa tendência vem crescendo no Brasil, especialmente em datas especiais e ações promocionais.
“O live commerce é a fusão perfeita entre o entretenimento e as compras online. Imagine uma transmissão ao vivo em que você pode não apenas mostrar os seus produtos, mas também criar uma experiência de compra interativa e divertida. Os consumidores modernos amam isso.”
Babi Tonhela - Consultora especialista em Ecommerce
5. Voice commerce
O voice commerce é um tipo de Ecommerce que utiliza comandos de voz para realizar compras.
Ele é possível por meio de assistentes virtuais como Alexa, Google Assistente e Siri.
Apesar de ainda estar em fase de amadurecimento no Brasil, esse formato tem potencial de crescimento com a popularização dos dispositivos de automação e a busca por mais praticidade na jornada de compra.
6. Site de Ecommerce
O site de Ecommerce é o canal mais tradicional de vendas online.
Trata-se de uma loja virtual própria, hospedada em uma plataforma de Ecommerce, em que o empreendedor pode divulgar seus produtos, receber pedidos e integrar meios de pagamento.
É um dos tipos de Ecommerce que permite um maior controle sobre o layout, os dados dos clientes e as estratégias de marketing.
Além disso, oferece mais profissionalismo e autoridade para o negócio.
Como escolher o melhor tipo de Ecommerce?
A escolha do tipo de Ecommerce ideal depende de vários fatores.
Por exemplo: o público que você quer atingir, os produtos que pretende vender, sua estrutura logística e até o orçamento disponível.
Antes de decidir, é importante analisar onde estão seus clientes, como eles consomem conteúdo e fazem compras, além de entender qual modelo de negócio mais se encaixa na sua realidade.
Também vale lembrar que você não precisa se limitar a apenas uma categoria. Muitas empresas combinam diferentes modelos e canais para potencializar os resultados.
O mais importante é garantir que sua operação seja eficiente, que o cliente tenha uma boa experiência de compra e que você consiga escalar o negócio de forma sustentável.
Ecommerce é a venda de produtos ou serviços pela internet, podendo acontecer em sites próprios, redes sociais, marketplaces, aplicativos e outros canais digitais.
Quais são os principais tipos de Ecommerce?
Existem vários tipos, mas os 8 principais são: B2C (Business to Consumer; C2B (Consumer to Business); B2B (Business to Business); C2C (Consumer to Consumer); B2A (Business to Administration); C2G (Citizen to Government); D2C (Direct to Consumer); B2G (Business to Government).
Como escolher o tipo certo de Ecommerce para o meu negócio?
Considere seu público, os produtos que pretende vender, sua estrutura logística e orçamento. Também avalie onde seus clientes estão e como preferem comprar.
Bruno de Oliveira é fundador do Ecommerce na Prática, investidor, mentor, palestrante e autor do best-seller Crie Seu Mercado no Mundo Digital. Com mais de 20 anos de experiência em Varejo e Comércio Digital, hoje o Bruno é considerado um dos grandes especialistas em e-commerce do Brasil. No Ecommerce na Prática, já ajudou mais de 150 mil pessoas construírem negócios de sucesso na internet.
Oi Bruno boa tarde! Adorei o artigo, mais fiquei confusa..eu li várias vezes e o modelo de negocio que quero fazer tem um pouco de dois tipos de modelos de negocio apresentado no artigo, entao bateu a dúvida em qual tipo se enquadra o meu modelo de negocio. Eu sei que vou ter que ter redes sociaise midias sociais, sei que vou ter que fazer uma loja virtual, e tambem estar presente nos marketplaces, entao nao sei ao certo onde se encaixa exatamente meu modelo de negocio.
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Comentários
Oi Bruno boa tarde! Adorei o artigo, mais fiquei confusa..eu li várias vezes e o modelo de negocio que quero fazer tem um pouco de dois tipos de modelos de negocio apresentado no artigo, entao bateu a dúvida em qual tipo se enquadra o meu modelo de negocio. Eu sei que vou ter que ter redes sociaise midias sociais, sei que vou ter que fazer uma loja virtual, e tambem estar presente nos marketplaces, entao nao sei ao certo onde se encaixa exatamente meu modelo de negocio.
Depende do que vai vender e pra quem vai vender, Anna