Principais pontos do artigo:

  • Temu, Mercado Livre e Shopee são algumas das maiores empresas de Ecommerce do Brasil. Conheça a lista completa no artigo; 
  • Pequenas empresas de Ecommerce não competem com gigantes do copiando. O segredo está em nicho, marca e relacionamento;

Em 2024, segundo a ABComm, o Ecommerce brasileiro bateu R$ 204,3 bilhões em faturamento

Estamos falando de mais de 414 milhões de pedidos feitos na internet, com cada cliente gastando, em média, R$ 492. 

Números impressionantes, certo? 

Para quem quer criar ou crescer um negócio online, esses números mostram uma coisa: 

O mercado é gigante, mas a concorrência também. 

Justamente por isso vale olhar para as empresas de Ecommerce que dominam o jogo

Saber quem são, como atuam e onde deixam espaço pode ser a chave para transformar uma ideia em vendas.

Então, vamos começar? ☺️

As maiores empresas de Ecommerce no Brasil em 2025

De acordo com o Relatório de Setores do E-commerce, da Conversion, essas são as maiores empresas de Ecommerce no Brasil no Brasil atualmente: 

  1. Temu;
  2. Mercado Livre;
  3. Shopee;
  4. Amazon Brasil;
  5. Shein;
  6. OLX;
  7. Samsung;
  8. iFood;
  9. Magazine Luiza;
  10. AliExpress.

O Ecommerce brasileiro é um verdadeiro campo de batalha no qual gigantes brigam pela atenção (e a carteira!) do consumidor. 

Ao longo dos meses, alguns nomes dispararam e outros perderam espaço, e os dados mostram movimentos que pouca gente esperava

Para entender esse cenário, vamos usar dados dos Relatório de Setores do E-commerce – um verdadeiro raio-x atualizado das plataformas mais acessadas no país – e outras fontes. 

Vem ver! 

1. Temu

A Temu talvez seja o caso mais impressionante do Ecommerce brasileiro nos últimos anos. 

Ela chegou oficialmente ao Brasil em junho de 2024 e, em questão de meses, virou de cabeça para baixo o ranking do setor.

O modelo da Temu é simples de entender: marketplace generalista de ultra-baixo custo. Ela conecta o consumidor brasileiro diretamente a fornecedores chineses, cortando intermediários e oferecendo preços que, muitas vezes, parecem inacreditáveis.

E aqui vale olhar para os números…

Em julho de 2025, a Temu alcançou 409,7 milhões de visitas no Brasil, um crescimento de 70% em apenas um mês. 

Isso fez a plataforma ultrapassar Mercado Livre e Shopee, líderes históricos por aqui. 

Para ter noção, é a primeira vez que o Mercado Livre perde o topo nesse ranking.

Claro, toda essa velocidade traz desafios. 

O principal deles é regulatório: o programa Remessa Conforme e o aumento do ICMS para 20% encareceram as compras internacionais. 

Mas, no curto prazo, a Temu é um exemplo vivo de como o consumidor brasileiro é sensível a preço e está disposto a esperar mais tempo pela entrega se sentir que está fazendo um bom negócio.

↪️ Leia também: Curso de Ecommerce: 15 opções para o seu negócio. 

2. Mercado Livre

Quando falamos em Ecommerce no Brasil, é impossível não citar o Mercado Livre. 

Fundado em 1999 na Argentina, ele desembarcou por aqui no mesmo ano e, desde então, virou praticamente sinônimo de venda online na América Latina

Hoje, é o maior marketplace da região e, mesmo com a ascensão de players como Temu e Shopee, continua como um dos gigantes mais sólidos.

Só para ter ideia, em julho de 2025 o Mercado Livre registrou 393,2 milhões de acessos no Brasil, ficando em segundo lugar no ranking, atrás apenas da Temu. 

E no lado financeiro, os números também impressionam: o GMV global bateu US$ 14,5 bilhões só no 4º trimestre de 2024, e o Brasil foi responsável por uma fatia expressiva desse crescimento.

O grande diferencial de vender no Mercado Livre vai além do tamanho da vitrine. 

A empresa investiu pesado em logística própria. 

Hoje, com centros de distribuição em várias regiões do país e até uma frota de aviões, os prazos de entrega são alguns dos menores do mercado

Algo que, claro, traz mais confiança para vendedores e compradores.

Isso sem falarmos do Mercado Pago, que fortalece ainda mais o ecossistema oferecendo soluções financeiras.

3. Shopee

A Shopee nasceu em Singapura em 2015 e chegou por aqui em 2019 – o primeiro país fora da Ásia a receber a operação.

E em poucos anos, virou uma febre. 

Parte desse sucesso veio da estratégia de preço agressivo, cupons de desconto e frete grátis que caíram no gosto do consumidor brasileiro.

Os números mostram a força dessa jogada. 

Em julho de 2025, a Shopee alcançou 286 milhões de acessos no Brasil, garantindo a terceira posição entre os maiores players. 

Além disso, no mobile, ela reina absoluta: só os aplicativos da Shopee concentraram mais de 134 milhões de visitas em julho, representando mais de 40% de todo o tráfego de apps de Ecommerce no país.

Muitos lojistas olham para a Shopee com desconfiança por ser um canal de ticket baixo

Mas justamente aí está o valor dela, dependendo da estratégia. 

Como explica Bruno de Oliveira, fundador do Ecommerce na Prática:

“A Shopee, hoje, para mim, é um excelente canal de aquisição de clientes. Se eu vendo um produto por R$ 5, isso não vai pagar as contas no fim do mês – mas ainda assim, eu estou lucrando para adquirir um cliente.”

bruno quoteBruno de Oliveira - Fundador do Ecommerce na Prática e sócio Nuvemshop

Ou seja: em vez de esperar margens altas logo no início, vender na Shopee pode trazer visibilidade, conquistar novos clientes e, depois, trabalhar formas de aumentar o valor médio das compras em outros canais.

4. Amazon Brasil

A Amazon dispensa apresentações, mas a operação brasileira tem suas particularidades. 

A gigante norte-americana desembarcou no país em 2012 com a venda do Kindle e, aos poucos, foi expandindo: 

  • Livros físicos em 2014;
  • Marketplace em 2017;
  • Centros de distribuição a partir de 2019. 

Esse passo logístico foi um divisor de águas, porque colocou a Amazon de vez no radar do consumidor brasileiro.

Hoje, o modelo é híbrido: a empresa vende seus próprios produtos e, ao mesmo tempo, opera um marketplace aberto a terceiros. 

Isso explica o apelido de The Everything Store – a loja de tudo. E os números confirmam o peso dessa estratégia. 

Em julho de 2025, a Amazon Brasil registrou 209 milhões de acessos, mantendo-se entre os quatro maiores players do país.

O grande trunfo da Amazon aqui também é a logística. 

O programa Fulfillment by Amazon (FBA) permite que quem vende na Amazon terceirize armazenamento, embalagem, entrega e, de quebra, ainda ganhem destaque nas buscas do marketplace por isso. 

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Fonte: Amazon

↪️ Leia também: O que é Ecommerce? Guia completo. 

5. Shein

A Shein é, sem dúvida, um dos maiores marketplaces para vender moda e acessórios. 

A empresa nasceu na China em 2008 e se tornou a maior representante do modelo de ultra fast fashion, lançando coleções em tempo recorde, guiadas por dados e comportamento nas redes sociais. 

No Brasil, ela entrou com força total e hoje já fatura mais de R$ 10 bilhões por ano no Brasil (O Globo).

O segredo da Shein é a tecnologia. 

A empresa usa inteligência artificial para identificar tendências quase em tempo real. 

Se um estilo começa a viralizar no TikTok ou Instagram, rapidamente vira coleção no app. 

E os números confirmam o impacto: em julho de 2025, a Shein bateu 110,5 milhões de acessos no Brasil, garantindo presença entre os cinco maiores players do país. 

Com a pressão regulatória sobre importados, a Shein anunciou que pretende nacionalizar 85% das suas vendas no Brasil até 2026, com um investimento de até R$ 750 milhões em fábricas têxteis locais (G1). 

Ou seja, eles estão se adaptando para continuar relevantes no longo prazo.

6. OLX

A OLX é um caso diferente dentro do universo do Ecommerce. 

Enquanto Temu, Shopee ou Mercado Livre brigam com catálogos infinitos de produtos novos, a OLX se consolidou como o maior marketplace de usados do Brasil

A plataforma chegou por aqui em 2009, se fundiu com o Bom Negócio em 2015 e, desde então, virou referência quando o assunto é compra e venda direta entre pessoas.

O modelo é C2C – consumidor para consumidor. 

Ou seja, qualquer pessoa pode anunciar e vender, sem a intermediação típica de um marketplace B2C. 

E isso criou uma dinâmica própria: produtos de alto valor, como carros e imóveis, são alguns dos mais buscados, mas também entram na lista eletrônicos, celulares e até itens de casa.

Em termos de números, a OLX continua relevante. Só no Brasil, registrou 105 milhões de acessos em julho de 2025.

7. Samsung

A Samsung é uma das gigantes globais que também marcam presença forte no Ecommerce brasileiro. 

Diferente de Shopee ou Mercado Livre, o modelo principal aqui é o D2C — Direct to Consumer, ou seja, a própria marca vende direto para o cliente final em sua loja oficial. 

Essa é uma estratégia que dá mais controle sobre a experiência, o preço e, claro, a imagem da marca.

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Fonte: Samsung

E os números confirmam essa força. 

Em julho de 2025, o site e o app da Samsung somaram quase 94 milhões de acessos no Brasil, garantindo a liderança no setor de eletrônicos. 

No mercado de smartphones, a empresa domina com folga: no 1º trimestre de 2025, tinha 43% de participação no Brasil.

Enquanto isso, a Apple, líder global, aparecia apenas em quinto lugar no ranking nacional (TudoCelular).

Um movimento interessante foi a abertura da loja oficial da Samsung dentro da Shopee em 2025. 

Esse passo mostra que, mesmo uma marca consolidada no D2C, percebeu a importância de estar também nos grandes marketplaces para alcançar mais clientes. 

💡 Os grandes mostram algo que já ensinamos aqui há muito tempo: não é mais sobre escolher entre Ecommerce próprio ou marketplace – as duas frentes se complementam.

8. iFood

O iFood é um dos maiores exemplos de como o Ecommerce vai muito além da venda de produtos físicos. 

Fundado em 2011 no Brasil, ele começou focado em restaurantes e hoje se transformou em um marketplace de delivery generalista, que inclui comida, supermercado, farmácia, pet e até bebidas.

A escala é absurda. 

O iFood realiza mais de 80 milhões de entregas por mês no país (InfoMoney). 

Para se ter ideia, em julho de 2025, o app registrou 70,7 milhões de acessos só no Brasil. 

E a diversificação tem tudo a ver com esse sucesso. 

A vertical de farmácias, por exemplo, cresceu 78% em 2024 e já representa quase um terço dos pedidos de mercado dentro da plataforma (E-commerce Brasil). 

Isso mostra que o iFood não quer ser apenas “o app da pizza”. 

Ele se posiciona como um ecossistema de consumo rápido, com entregas que resolvem diferentes necessidades do dia a dia.

↪️ Leia também: Qual melhor site para criar loja virtual? 8 opções. 

9. Magazine Luiza

O Magazine Luiza é um dos melhores exemplos de transformação digital no Brasil. 

De uma rede tradicional de lojas físicas, o Magalu se reinventou e hoje é um ecossistema digital e omnichannel

O modelo combina Ecommerce próprio com um marketplace robusto, que já representa uma fatia cada vez maior das vendas.

Os números mostram a força dessa virada. 

Em 2024, as vendas online do Magalu ultrapassaram R$ 46 bilhões, o que equivale a 71% do faturamento total da empresa (Magazine Luiza). 

Assim como outros marketplaces do mesmo tipo, o Magalu aposta alto em logística. 

A empresa investiu no modelo de fulfillment, armazenando produtos de vendedores parceiros em seus centros de distribuição para acelerar entregas.

E tem também um ponto curioso de marketing: a influenciadora virtual Lu do Magalu

Criada para humanizar a comunicação da marca, ela acabou se tornando uma das “personas digitais” mais populares do Brasil e ajuda a fortalecer a conexão com o público, principalmente nas redes sociais.

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Fonte: Magazine Luiza

10. AliExpress

O AliExpress foi um dos pioneiros no modelo de cross-border no Brasil, trazendo produtos diretamente da China para o consumidor brasileiro. 

Parte do grupo Alibaba, a plataforma entrou no país há mais de 10 anos e, por muito tempo, foi o nome mais lembrado quando se falava em comprar barato de fora.

Mas o jogo mudou. 

Em julho de 2025, o AliExpress registrou pouco mais de 59,6 milhões de acessos, caindo no ranking depois de perder força para concorrentes como Temu e Shein. 

Ainda assim, o AliExpress continua relevante e vem se reinventando

A empresa investiu em logística local, firmou parcerias com os Correios e até com o Magazine Luiza, para reduzir prazos de entrega e melhorar a percepção de marca no Brasil. 

Outro ponto foi a adaptação ao consumidor brasileiro: aceitando Pix e parcelamento em até 12 vezes.

O que são empresas de Ecommerce e como funcionam? 

Empresas de Ecommerce são negócios estruturados para vender produtos ou serviços pela internet, usando canais digitais como sites, aplicativos e marketplaces

Essas empresas podem adotar modelos diferentes. 

Algumas atuam no D2C (Direct to Consumer), como a Samsung ou a própria Amazon em parte da operação, vendendo direto para o cliente final. 

Outras atuam como marketplaces, conectando vendedores a compradores. 

Há ainda modelos híbridos, em que a empresa combina os dois formatos para maximizar alcance e controle.

O funcionamento é movido por três pilares principais: tecnologia, logística e marketing.

  • A tecnologia garante que a loja esteja disponível e ofereça uma experiência de compra fluida — desde a navegação até o pagamento;
  • A logística cuida de toda a jornada do produto, do estoque à entrega, sendo hoje um dos maiores diferenciais competitivos do setor;
  • Já o marketing conecta oferta e demanda, trazendo visibilidade para que o consumidor encontre o produto certo no momento certo.

Um ponto interessante é que empresas de Ecommerce não se limitam a “vender online”. 

Elas constroem ecossistemas: oferecem meios de pagamento (Mercado Pago, iFood Pago), programas de fidelidade (Amazon Prime, Magalu), soluções de fulfillment (FBA, Magalu Entregas) e até experiências de consumo gamificadas, como faz a Shopee.

↪️ Leia também: As plataformas de Ecommerce mais usadas. 

Tipos de empresas de Ecommerce

Até aqui vimos quais são as maiores empresas de Ecommerce e como cada uma joga o seu jogo. 

Mas existe uma lógica por trás dessas operações; os modelos de negócio.

Entender eles, de certa forma, ajuda a entender também por que algumas crescem tão rápido e outras enfrentam mais resistência. 

Agora, vamos conhecer alguns dos modelos mais populares do Ecommerce brasileiro

1. B2C (Business to Consumer)

B2C significa Business to Consumer, ou em bom português: empresas vendendo direto para o consumidor final. 

É o modelo mais conhecido e o que a maioria de nós já participou, mesmo sem nem perceber. 

Se você já comprou uma peça na Shein, pediu comida no iFood ou assinou o Amazon Prime, já participou de uma venda B2C.

Nesse formato, a empresa fala com a pessoa física – e a decisão de compra costuma ser rápida, muitas vezes guiada por preço, promoções, conveniência ou até pela experiência da entrega. 

É por isso que gigantes como Mercado Livre, Shopee, Temu e Magalu disputam tanto a atenção do consumidor: cada detalhe pode ser o fator decisivo.

2. D2C (Direct to Consumer)

D2C significa Direct to Consumer; em português, direto para o consumidor. 

Nesse modelo, a própria marca assume todo o processo de venda e entrega, sem depender de varejistas ou distribuidores. 

Por que isso é importante? Porque no D2C a marca ganha mais controle e mais margem

No Brasil, já temos vários exemplos fortes: 

  • Samsung e Apple operam Ecommerce próprio para vender smartphones e eletrônicos direto ao cliente;
  • Natura e O Boticário fazem o mesmo no setor de beleza, com plataformas robustas e omnichannel. 

E, claro, não podemos deixar de mencionar as marcas menores que também operam no modelo D2C. 

Segundo dados da BigDataCorp, já são quase 2 milhões de lojas virtuais no Brasil

Até marcas menores, de moda e acessórios, vêm apostando no D2C para não depender apenas de marketplaces.

3. C2C (Consumer to Consumer)

C2C significa Consumer to Consumer, ou seja, pessoas vendendo para pessoas. 

Esse é o modelo dos classificados online, em que quem tem um produto usado ou novo pode anunciar diretamente para outro consumidor. 

No Brasil, os exemplos mais claros são OLX, Enjoei e até o Mercado Livre no começo da sua história.

A força do C2C está em categorias como usados, autos, imóveis e eletrônicos, onde o valor da negociação direta faz sentido. 

Além disso, é um caminho comum para quem está começando a vender: testa a demanda, gira estoque parado e aprende a negociar sem precisar de uma estrutura complexa.

4. B2B (Business to Business)

B2B significa Business to Business, ou seja, empresas vendendo para outras empresas. 

Esse modelo existe desde sempre, mas no Ecommerce ele ganhou força porque digitalizou processos que antes eram lentos e cheios de papelada. 

O que marca o Ecommerce B2B é o ticket médio mais alto e a recorrência. 

Outro exemplo muito comum são as plataformas de software – ERPs, CRMs, as próprias plataformas de Ecommerce, como a Nuvemshop – que vendem assinaturas direto para empresas.

As vantagens incluem contratos maiores e mais previsibilidade de receita, mas a venda B2B costuma ser mais complexa

↪️ Leia também: Varejo online: o que é, como criar e panorama do mercado.

5. B2B2C (Business to Business to Consumer)

O nome pode parecer complicado, mas a lógica é simples: no modelo B2B2C, uma empresa vende para outra, que repassa o produto ou serviço para o consumidor final – só que de forma integrada, como se fosse uma única operação.

Para o cliente, a experiência é direta, sem perceber que existem duas empresas envolvidas no processo.

Um exemplo claro é o iFood. O restaurante (B) usa a plataforma (B) para chegar até o cliente final (C). 

Quem pede a comida não vê essa divisão; enxerga apenas o iFood entregando a refeição na porta de casa. 

O mesmo vale para o Zé Delivery, da Ambev. 

O consumidor faz o pedido pelo app da Ambev, mas quem entrega é o bar ou distribuidor parceiro mais próximo. 

Tendências e oportunidades para empresas de Ecommerce

O mercado de Ecommerce é um dos mais dinâmicos do mundo. 

Novos players surgem, tecnologias mudam o jeito de vender e o comportamento do consumidor dita o ritmo do jogo. 

Para quem empreende, acompanhar essas mudanças é questão de sobrevivência

Agora, é hora de olhar para onde o mercado está indo e identificar as brechas que podem virar oportunidade.

1. Crescimento do social commerce

As redes sociais deixaram de ser só vitrines de conteúdo para virar verdadeiras plataformas de venda. 

O chamado social commerce já não é tendência distante: em 2025, esse mercado no Brasil deve movimentar US$ 4,16 bilhões, e a projeção é chegar a US$ 6,92 bilhões até 2030 (GlobeNewswire).

Esse crescimento tem uma explicação simples: o consumidor brasileiro já adotou esse modelo de compra. 

Hoje, 73% das pessoas já compraram por meio de redes sociais, e 80% acreditam que elas serão o principal canal de compras até 2030 (Ecommerce Brasil).

Para as empresas de Ecommerce, isso abre um campo enorme. 

Marcas pequenas conseguem vender usando recursos como Instagram Shopping, WhatsApp Business, TikTok Shop e lives de vendas

Já vimos lojistas que, com audiência bem trabalhada, esgotaram estoque em minutos durante uma live.

2. Integração com marketplaces

Os cinco maiores – Mercado Livre, Americanas, Magazine Luiza, Via e Amazon – concentraram quase 80% de todas as vendas online, com um faturamento conjunto de R$ 203,4 bilhões (Estadão).

Além do volume, o comportamento do consumidor mostra a força desses canais: de acordo com o Consumidor Moderno, 48% das compras online no Brasil acontecem em marketplaces.

Para quem empreende, isso significa oportunidade direta de escala. 

Ao integrar sua operação com marketplaces, é possível acessar milhões de consumidores prontos para comprar, aproveitar soluções de logística compartilhada e até anúncios patrocinados. 

O desafio está em equilibrar os custos de comissão, a concorrência intensa e as regras rígidas de reputação.

3. Inteligência artificial para personalização e atendimento

A inteligência artificial já virou peça-chave no Ecommerce brasileiro. 

De acordo com TI INSIDE, 40% das empresas no país já utilizam IA em alguma área do negócio, e esse movimento tem impacto direto: 

  • Crescimento médio de 31% na receita;
  • Expectativa de redução de custos para 85% dessas empresas.

No varejo online, a força da IA aparece principalmente na personalização. 

Hoje, 71% dos consumidores esperam interações personalizadas e mais; 76% se frustram quando isso não acontece (McKinsey). 

Ou seja, a personalização já deixou de ser um grande diferencial para se tornar um ponto importante da jornada de compra. 

4. Figital: a integração entre lojas físicas e online

O termo pode soar novo, mas o conceito já faz parte do dia a dia do consumidor: o figital é a fusão entre físico e digital, criando uma experiência única de compra. 

Na prática, é quando o cliente pesquisa online e retira na loja, ou entra no ponto físico para experimentar e depois conclui a compra pelo site ou app.

Esse movimento ganhou força porque o consumidor quer conveniência e consistência

No Brasil, grandes varejistas já usam o figital como diferencial. 

O Magazine Luiza, por exemplo, transformou suas lojas físicas em mini centros de distribuição para acelerar entregas do Ecommerce. 

Redes de moda e beleza, como Renner e O Boticário, apostam em provadores inteligentes e integração de estoque, permitindo que o cliente compre em qualquer canal e receba do jeito que preferir.

Mas isso não significa que o figital é uma possibilidade apenas para grandes empresas. 

A marca de acessórios afro Negaju, por exemplo, vendeu por muito tempo exclusivamente no online, mas em 2025 inaugurou uma loja física. 

A ideia por trás da iniciativa foi criar um espaço para trazer os produtos da empresa para mais perto dos clientes.

5. Ecommerce sustentável

O consumidor brasileiro está cada vez mais exigente com o impacto das suas compras. 

Não basta só entregar rápido ou ter o menor preço, como mostram alguns dados do EY's Future Consumer Index

  • Hoje, 46% dos brasileiros estão dispostos a pagar mais por produtos sustentáveis;
  • E 66% já consideram o impacto ambiental como critério de compra;
  • Além disso, 68% levam em conta o impacto ético da marca na hora de decidir.

Esse comportamento já reflete no mercado. 

A OLX, por exemplo, movimenta a economia circular ao incentivar a revenda de produtos usados, evitando toneladas de resíduos e emissões de CO₂. 

Como pequenas empresas podem competir com gigantes do Ecommerce?

Primeiro, é importante entender: competir não significa fazer a mesma coisa que Mercado Livre, Shopee ou Amazon. 

Esses gigantes jogam no volume, na logística de larga escala e em campanhas milionárias de marketing. 

Uma pequena empresa não vai vencer esse jogo tentando copiar, mas pode se destacar onde os grandes não conseguem ser tão ágeis

  • Especialização;
  • Relacionamento;
  • Autenticidade.

Apesar de não existir uma solução única para todo e qualquer negócio, uma parte da resposta está em encontrar nicho e construir marca

O pequeno negócio pode atender um público específico com muito mais proximidade.

Isso inclui oferecer atendimento humanizado, criar conteúdos que conversam diretamente com as dores e desejos do cliente.

É como explica Babi Tonhela, Consultora de Ecommerce:

"Criar a loja e botar os produtos online é apenas um dos passos. Depois, você precisa desenvolver esse negócio, criar conteúdo, conquistar sua audiência, botar isso no mercado, trabalhar sua marca. Por que as pessoas comprariam de você? É isso que você tem que pensar. "

Babi Tonhela QUOTEBabi Tonhela - Consultora especialista em Ecommerce

Gigantes do Ecommerce dificilmente conseguem se personalizar nesse nível.

E uma das ferramentas para isso é o multicanal

Marketplaces, por exemplo, são ótimos para ganhar visibilidade rápida, mas o jogo de longo prazo está em construir uma loja própria e fidelizar

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