E se a sua empresa pudesse manter a qualidade de produção, enquanto diminui os custos envolvidos neste processo? Este é o sonho de muitos empreendedores e, com o private label, pode ser possível.
Neste artigo nós vamos falar sobre o que é private label, como ele funciona na prática e quais as vantagens e desvantagens deste modelo de negócio.
Ah, também vamos citar alguns exemplos de empresas que utilizam este tipo de método de produção e tiveram bastante sucesso. É hora de aprender mais sobre o assunto… vamos juntos?
Índice:
O que é private label?
O private label – também conhecido como private brand, ou marca própria – é quando uma empresa terceiriza a produção de determinadas mercadorias e, depois, vende com o rótulo de sua própria marca.
Na prática, a empresa fica responsável pela produção de produtos, enquanto a outra toma a responsabilidade pela sua comercialização e distribuição em pontos de venda.
Este tipo de modelo de negócio pode ser muito observado em grandes redes de supermercados, que contam com várias marcas próprias. Nesse caso, quase todas elas são fruto do private label.
Ao contrário do que se pode pensar, o uso da marca própria não significa que o produto é de qualidade inferior. Na prática, o que acontece é o oposto.
A varejista ainda tem muito controle criativo e de qualidade sobre as mercadorias produzidas, afinal, é o rótulo dela que chegará ao consumidor final. Sendo assim, muitos produtos de marcas próprias têm fórmulas especiais, ou exclusivas.
O Anuário Internacional de Marcas Próprias da PLMA 2020 mostra que as marcas próprias ganharam força em diversos países em todo o mundo. A participação de produtos como este no mercado foi maior que 30% em quase todos os países analisados.
De acordo com Brian Sharoff, presidente da PLMA, este é “um sinal de que os clientes agora escolhem as marcas dos varejistas primeiro, quando se trata de tomar decisões diárias sobre alimentos.”
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Como funciona o private label?
O private label, dentro da cadeia de produção, funciona da seguinte forma: uma companhia focada em varejo – usualmente ligada aos meios de distribuição diretos – forma uma parceria com uma companhia responsável pela produção dos produtos.
Assim que os itens ficam prontos, eles são rotulados com a marca da distribuidora, e não da empresa que de fato produziu estas mercadorias. Por fim, eles chegam às prateleiras, ficando disponíveis para o consumidor final.
Estes produtos são, frequentemente, exclusivos das marcas que encomendaram a sua produção, não podendo ser encontrados em outras lojas. Interessante, não é mesmo?
Mas, atenção: o modelo de produção private label não deve ser confundido com os cartões private label. Afinal de contas, eles pertencem a estratégias e mercados completamente diferentes.
Os cartões private label são métodos de pagamentos oferecidos por uma rede varejista ou empresa, e eles só podem ser usados em lojas daquela rede. Isso pode ser visto no segmento de mercados ou varejo de moda, por exemplo.
As vantagens e desvantagens do private label
Agora que você já conhece um pouco mais sobre o que é a marca própria e como este sistema funciona, gostaríamos de falar um pouco mais sobre as vantagens e desvantagens deste tipo de modelo.
Vamos lá?
Vantagens
Uma das grandes vantagens do private label para empresas é a diminuição do investimento inicial. Como você deve saber, uma estrutura robusta para produção de mercadorias de qualidade não é nada barato e, com a terceirização da marca própria, o custo pode ser menor.
Outra vantagem deste modelo, como explicamos alguns tópicos acima, é a exclusividade dos produtos. A empresa ainda pode ter muito controle sobre o grau de personalização de cada produto, o que resulta em mercadorias diferenciadas no mercado.
Com o private label, as margens de lucro de uma empresa podem ser maiores, tanto para empresa que terceiriza a produção, quanto para os produtores. Além disso, a fidelização de clientes pode ocorrer de forma mais natural.
Resumidamente, as vantagens deste modelo podem ser listadas da seguinte forma:
- Exclusividade na produção;
- Maior fidelização de clientes;
- Redução de custos;
- Aumento da margem de lucro.
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Desvantagens
Como todo modelo de produção, a marca própria também tem as suas desvantagens. Por isso, se você pretende implementar este modelo em sua empresa, é importante ter atenção nesse sentido.
A primeira grande desvantagem do private label é a dependência que ele cria entre as varejistas e seus produtores. Caso aconteça algum problema na linha de produção, por exemplo, a distribuidora pode ser prejudicada.
E, porque se trata de duas companhias distintas, não há como controlar este tipo de cenário.
Além disso, com o uso de uma marca privada, você precisa ter cuidado redobrado com a qualidade dos itens utilizados pela empresa que produz as mercadorias.No fim das contas, é a reputação da sua companhia que está em jogo, afinal, é o seu rótulo que é visto pelo cliente final.
Também é importante que seja feita uma pesquisa aprofundada no que diz respeito a esses fornecedores, já que muitos produtores cobram preços exorbitantes pela produção, o que pode diminuir a margem de lucro para pequenas empresas.
Em resumo, algumas desvantagens da marca própria são:
- Dependência entre a empresa produtora e distribuidora;
- A qualidade dos produtos precisa ser constantemente analisada;
- Conseguir bons produtores pode ser uma tarefa demorada.
Exemplos de private label no mercado
Quando falamos em modelos de produção terceirizada, como as marcas particulares, as coisas podem ficar bem teóricas, o que dificulta o entendimento.
Mas, a verdade é que empresas que praticam o private label como modo principal de produção existem aos montes no mercado. E, agora, vamos mostrar alguns exemplos.
O primeiro deles é um grande conhecido do mercado brasileiro: a Qualitá. Esta é uma marca privada do Grupo Pão de Açúcar, e pode ser encontrada apenas nos supermercados pertencentes à rede, como o Extra e o Assaí.
O Carrefour também possui uma marca própria, com o mesmo nome, que é comercializada apenas em suas unidades. Fora do Brasil isso também acontece, uma das grandes empresas que utilizam o modelo é o Wallmart – com a marca Great Value.
Fora do ramo alimentício, as marcas privadas também são usadas. Varejistas como Submarino, Americanas, Renner e Magazine Luiza também terceirizam a sua produção em prol das suas marcas exclusivas.
Dentro da tecnologia também há exemplos de uso da marca própria, sendo o mais famoso deles o iPhone. Todos os componentes eletrônicos do famoso smartphone são produzidos pela Foxconn, uma das maiores produtoras do mundo, ainda que a etiqueta final seja a da Apple.
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Quando se está planejando um negócio, existem muitas variáveis que precisam ser consideradas. E o método de produção é apenas uma delas.
Como saber, por exemplo, se uma marca privada seria vantajosa para sua empresa? Ou se a produção própria deveria ser a alternativa escolhida? Como calcular, afinal, a margem de lucro ideal para manter o negócio vivo a longo prazo?
Essas são dúvidas muito comuns…
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Perguntas Frequentes
Como funciona o private label?
O private label funciona como uma terceirização da produção. Ou seja, uma marca encomenda a produção de mercadorias de uma empresa especializada. Estes produtos, então, chegam ao consumidor final com o rótulo da varejista, e não da produtora.
Como fazer private label?
Para colocar este modelo em prática é importante que você busque por produtores confiáveis e de qualidade. Se a sua marca já tiver uma forte presença no mercado, as chances de que este modelo de negócio seja bem sucedido são maiores.
Quais as vantagens do private label?
Para varejistas, a vantagem está nas maiores margens de lucro. Enquanto isso, para as empresas que produzem, a vantagem está no escoamento da capacidade produtiva. Por fim, para os clientes, a vantagem está na compra de produtos de qualidade por preços menores.
Quais os produtos que podem ser vendidos em marcas privadas?
O ramo alimentício é um dos mais populares quando falamos sobre marcas privadas. Apesar disso, remédios, roupas e itens de tecnologia também podem gerar um bom lucro neste método.