Para crescer com saúde, uma empresa precisa ter suas finanças bem gerenciadas. E, ainda que esse gerenciamento seja delegado ao empreendedor, existem fatores externos que podem dificultar esse processo. A inflação é um deles. Neste artigo, vamos mostrar os efeitos da inflação nas empresas e como contorná-los. Confira! 

A inflação nada mais é do que um fenômeno monetário. Ela acontece quando a moeda de determinado país perde seu valor gradualmente, causando um aumento generalizado de preços. 

Ainda que os efeitos da inflação possam ser observados com mais força na rotina de compras dos consumidores, esse é um fator que também tem um profundo impacto no gerenciamento e crescimento de empresas.

Nos tópicos a seguir, falaremos sobre os índices usados para medir a inflação, os efeitos da inflação nas empresas e como é possível minimizar o seu impacto nas operações. 

Mas, antes de começar, confira o vídeo abaixo em que Diego Ceciliano, especialista em finanças, mostra diversos cenários de acordo com a inflação e o que você deve fazer para ajustar o preço do produto:

O atual cenário da inflação no Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que apura a inflação oficial do país, atingiu 0,71% em março de 2023, desacelerando em relação a fevereiro, que ficou em 0,84%. Tal variação resultou no menor patamar desde janeiro de 2021. 

Em março de 2022, o IPCA chegou a 1,62%. No ano, o índice acumula elevação de 2,09% e, nos últimos 12 meses, de 4,65%, percentual menor do que os 5,60% atingidos no período imediatamente anterior. 

Este cenário é importante e nos leva a buscar a compreensão sobre os efeitos da inflação nas empresas de todo o país. Falaremos sobre isso no próximo tópico!

Quais os efeitos da inflação nas empresas no geral? 

De modo geral, uma empresa é afetada pelo aumento da inflação em dois principais pontos: aumento dos custos de produção e gerenciamento e perda no volume de vendas. Explicamos a seguir… 

O primeiro ponto – ou seja, o aumento dos custos de produção e gerenciamento – acontece porque, com a alta da inflação, os preços de matérias-primas também aumentam. Isso faz com que a relação entre uma empresa e seus fornecedores seja mais custosa.

Na prática, a empresa vê o seu poder de compra reduzido, o que pode afetar o seu controle de estoque, por exemplo. Em alguns casos, os custos de frete e gerenciamento logístico também podem aumentar.

Teoricamente, negócios poderiam diminuir o impacto do aumento da inflação simplesmente repassando os custos para seus consumidores. Mas o que acontece na prática é que a empresa absorve a maioria desses aumentos. E nós explicamos o porquê…

Esse cenário nos leva ao segundo ponto: a perda do volume nas vendas.

A inflação afeta o consumidor final mais do que qualquer um. Com o aumento da inflação o comprador tem o seu poder de compra diminuído drasticamente. Isso quer dizer que, com a mesma quantia, ele é capaz de adquirir menos produtos e serviços.

Isso faz com que empresas tenham mais dificuldade para vender, diminuindo o seu faturamento. 

Veja um resumo de como a inflação afeta empresas no geral:

  • A inflação afeta as empresas ao aumentar os custos de produção, já que os preços das matérias-primas também sobem. Isso requer que as empresas monitorem constantemente o mercado em busca de parceiros comerciais mais acessíveis;
  • A inflação pode levar a uma perda no volume de vendas, à medida que os consumidores limitam seus gastos, resultando em uma redução no faturamento das empresas;
  • A inflação pode aumentar os custos básicos das empresas, como luz, água e internet. Isso é particularmente relevante para empresas com um espaço físico;
  • Os colaboradores da empresa podem ser afetados se seus salários e benefícios não forem ajustados para acompanhar a inflação. A transparência na comunicação é fundamental para manter o moral dos funcionários.

A inflação afeta todos os negócios da mesma maneira? 

Não. A inflação afeta diferentes negócios de maneiras distintas. Alguns dos pontos que podem decidir os efeitos da inflação nas empresas são: 

  • Seu nicho de mercado;
  • Seus concorrentes;
  • A natureza dos produtos ou serviços que oferece; 
  • Força da marca. 

Vamos explicar os detalhes de cada um desses pontos a seguir… 

Para começar, empresas alocadas em nichos considerados essenciais são menos impactadas pela inflação. 

Isso porque, com o aumento dos preços, consumidores vão optar por gastar os seus recursos com aqueles produtos ou serviços que são estritamente necessários. Alguns exemplos de segmentos essenciais são o da saúde e o da alimentação. 

Além disso, mercados com menos concorrentes também tendem a sofrer uma menor variação de preços frente à alta da inflação

Essa é a velha lei da oferta e demanda: quando um segmento oferece poucas opções de vendedores, os consumidores não têm outra opção senão lidar com a alta dos preços. 

Por último, mas não menos importante, temos a força da marca como fator de proteção contra a inflação. Uma marca bem estabelecida entre os consumidores pode passar por variações de preço tendo menos impacto nas suas vendas. 

Por isso, falamos tanto sobre a importância do branding – em alguns casos, também do rebranding – e da construção de uma marca forte. 

Quais os índices usados para medir a inflação?

Agora que você conhece um pouco mais sobre os efeitos da inflação nas empresas, é hora de entender também quais os índices usados para determinar a desvalorização da nossa moeda. 

No Brasil, são usados diferentes tipos de índices. Alguns deles são utilizados para medir como a inflação afeta a vida das pessoas, enquanto outros fazem essa medição dentro do âmbito empresarial. 

Dentro desses cálculos são considerados faixas de renda, regiões do Brasil, períodos determinados de tempo e outros pontos. Confira agora os índices usados para medir a inflação: 

1. IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é considerado a inflação oficial do Brasil e é usado pelo Banco Central para guiar as políticas de metas de inflação.

Calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA mede a variação dos preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos pelas famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos. 

Esta cesta de produtos inclui, por exemplo: 

  • Despesas com alimentação;
  • Habitação;
  • Vestuário;
  • Transporte;
  • Saúde e cuidados pessoais;
  • Despesas pessoais;
  • Educação;
  • Artigos de residência.

O IPCA abrange dez regiões metropolitanas do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Fortaleza, Belém, Porto Alegre, Curitiba e Goiânia), além do Distrito Federal e do município de Campo Grande.

Os itens analisados são ponderados de acordo com a relevância que possuem no orçamento das famílias. Portanto, não é uma média simples, mas uma média ponderada, em que alguns itens têm mais peso que outros.

Além disso, é importante mencionar que existe o IPCA-E – que é o IPCA acumulado trimestralmente – e o IPCA-15, que tem a mesma metodologia de cálculo do IPCA, mas com período de coleta e população-alvo diferentes. 

A inflação medida pelo IPCA tem impacto direto na vida da população, uma vez que reflete o aumento do custo de vida. Por exemplo, se o IPCA de um determinado período fica em 6%, isso significa que a cesta de produtos e serviços considerada teve, em média, um aumento de 6% em seus preços.

2. IGP–DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna)

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) é um dos mais importantes indicadores da economia brasileira, especialmente por refletir a variação de preços no setor atacadista, no consumidor e na construção civil. Ele é calculado e divulgado mensalmente pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O IGP-DI é composto por três subíndices, cada um com um peso específico:

  • Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), com peso de 60%. Este índice reflete as variações de preços de produtos agropecuários e industriais no mercado atacadista, ou seja, na venda dos produtores para os intermediários.
  • Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), com peso de 30%. Este índice mede a variação de preços de produtos e serviços para o consumidor final, englobando vários setores como saúde, educação, alimentação, vestuário, entre outros.
  • Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI), com peso de 10%. Este índice reflete os custos das construções habitacionais, considerando tanto os custos com materiais e equipamentos quanto a mão de obra.

O IGP-DI tem como característica a análise da variação dos preços do primeiro ao último dia do mês de referência, sendo, por isso, chamado de "disponibilidade interna". Este índice é muito utilizado por empresas de energia elétrica e telefonia para reajustes contratuais.

3. IGP–M (Índice Geral de Preços – Mercado)

O IGP-M, ou Índice Geral de Preços - Mercado, é um indicador econômico brasileiro muito importante que busca refletir a realidade de preços do país. Calculado e divulgado mensalmente pela Fundação Getulio Vargas (FGV), esse índice é frequentemente chamado de "inflação do aluguel" porque é amplamente utilizado para reajuste dos contratos de aluguel.

Assim como o IGP-DI, o IGP-M é composto por três subíndices: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Cada um desses índices tem um peso diferente na composição do IGP-M: o IPA representa 60%, o IPC, 30% e o INCC, 10%.

Para entender de maneira simples, podemos dizer que o IPA representa os preços no atacado, o IPC é o custo de vida diário (o que pagamos no supermercado, em remédios, escola, etc.) e o INCC mostra quanto está custando construir casas e prédios.

A principal diferença entre o IGP-DI e o IGP-M está no período de coleta de preços: o IGP-M calcula a variação de preços do dia 21 de um mês ao dia 20 do mês seguinte, enquanto o IGP-DI considera o mês calendário, do primeiro ao último dia.

O IGP-M é uma ferramenta bastante útil e eficaz para compreender a tendência da economia, já que engloba todo o processo produtivo, desde o custo de matérias-primas até o valor dos bens e serviços finais.

4. IPC – Fipe

O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-FIPE) é um importante indicador econômico do Brasil, focado em medir a variação de preços de bens e serviços consumidos pelas famílias na cidade de São Paulo, a maior cidade do país.

Este índice é calculado a partir de uma cesta de produtos e serviços, que são divididos em sete categorias principais: habitação, alimentação, transportes, despesas pessoais, saúde, vestuário e educação. 

A escolha dessas categorias visa refletir os gastos mais comuns das famílias brasileiras, de modo a dar uma visão realista do custo de vida.

O IPC-FIPE considera, para o seu cálculo, famílias com renda de até 33 salários mínimos, abrangendo uma ampla gama da população. A coleta de preços para calcular o IPC-FIPE é realizada durante o mês calendário, ou seja, do primeiro ao último dia do mês.

5. INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)

O INPC, ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor, é um indicador de inflação medido pelo IBGE. Ele tem como objetivo calcular a variação de preços de um conjunto fixo de produtos e serviços consumidos por famílias com rendimento de 1 a 5 salários mínimos. Sua abrangência é nacional, cobrindo as áreas urbanas das 13 principais regiões metropolitanas do país.

O INPC é fundamental para avaliar o impacto da inflação nas classes de menor poder aquisitivo, que costumam ser mais sensíveis a alterações de preços, pois uma maior proporção de seus rendimentos é destinada à aquisição de bens e serviços básicos.

Os itens de consumo levados em consideração no cálculo do INPC são semelhantes aos do IPCA. O período de coleta de preços para o cálculo do INPC é realizado mensalmente, compreendendo o mês-calendário.

6. IPC–S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal)

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal, por sua vez, é calculado pela FGV e considera a variação de preços em apenas 7 capitais brasileiras: Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. 

O índice também considera famílias que ganham até 33 salários mínimos. Para o cálculo do IPC-S é considerado o período de 4 semanas, com o fechamento nos dias 7, 15, 22 e 30 de cada mês.

Os 5 principais efeitos da inflação nas empresas

Neste artigo já falamos sobre quais os índices que calculam a desvalorização do Real e os efeitos da inflação nas empresas. 

Agora, podemos analisar de maneira prática como esse fenômeno econômico impacta o dia a dia de um negócio. 

Veja: 

1. Nas contas básicas

Contas como luz, água, internet, gás e telefone podem pesar – e muito! – no orçamento mensal de uma empresa. E, quando a inflação aumenta, a diferença é logo sentida no bolso do empreendedor, ou melhor, no fluxo de caixa da empresa. 

Muitos empreendedores digitais gerenciam seus negócios diretamente de suas casas, sem ter uma loja física. Isso quer dizer, portanto, que este impacto pode ser sentido mesmo que a companhia opere exclusivamente no Ecommerce

Recomendamos que você fique de olho, implementando medidas de redução  no consumo. Poucas ações podem fazer uma grande diferença! 

2. Na relação com os fornecedores

Outro ponto afetado pela inflação é a relação com os fornecedores. Com o aumento das matérias-primas, é possível que os custos de produção e aquisição de produtos aumente consideravelmente.

Essa é uma situação que pode ser potencializada quando o fornecedor em questão tem poucos concorrentes. 

Por isso, indicamos o monitoramento do mercado com foco em buscar novos parceiros comerciais e não depender apenas de um único fornecedor. 

Essa atitude pode proteger a sua empresa das variações inflacionárias e ainda garantir um produto de melhor qualidade. 

3. Na relação com os colaboradores 

Também vale destacar que o aumento da inflação pode impactar os colaboradores da empresa. Quanto menor for o faturamento, maior a chance de a companhia ter dificuldades para aplicar reajustes salariais e oferecer gratificações extras. 

Por isso, indicamos que você foque na produtividade do seu time e faça contratações de maneira inteligente. Além disso, mantenha um canal de comunicação transparente com esses colaboradores, os mantendo atualizados sobre o estado financeito da empresa. 

Neste artigo, falamos sobre o assunto em detalhes, confira: Como montar uma equipe de sucesso para seu Ecommerce? 

4. Nos empréstimos 

Muitos empreendedores pegam empréstimos para começar os seus negócios. Essa é uma prática aceitável, desde que seja guiada por um planejamento financeiro adequado, mas também pode ser impactada pelas oscilações da inflação. 

Quando a inflação está em alta, as taxas de juros podem ser menos vantajosas. Nesses casos, é prudente adiar a contratação desse crédito e avaliar outras opções para obtenção de capital.

5. Nas vendas

Como já falamos anteriormente, é impossível analisar os efeitos da inflação nas empresas sem levar em consideração seu impacto nas vendas. 

Com menor poder aquisitivo, os consumidores vão controlar mais os seus gastos, comprar menos e gerar menos faturamento para as empresas. 

Esse é um cenário que pode ser agravado ainda pelo repasse do aumento de custos, o que torna o produto mais custoso para o cliente e desencoraja a compra. 

Leia também: 15 dicas para vender mais em qualquer segmento.

Como se proteger dos efeitos da inflação nas empresas?

Diante de todo esse contexto sobre os efeitos da inflação nas empresas, uma coisa é evidente: é preciso se preparar para essas variações do mercado. A seguir, nós vamos apresentar algumas alternativas que podem ser úteis nesse processo… 

1. Repasse de preços

Tendo em vista o aumento dos custos de fabricação de produtos, muitas empresas não têm outra alternativa senão repassar esses preços para seus consumidores. 

Essa é uma estratégia que precisa ser bem planejada, pois blinda o fluxo de caixa da empresa dessas variações, mas ao mesmo tempo pode representar a perda de alguns clientes. 

No momento de repassar esses custos para o consumidor final, sugerimos que você leve em consideração os seus concorrentes, o seu nicho de mercado e a força que a sua marca tem no segmento. 

Leia também: Análise de concorrentes: o que é e como fazer para sair na frente [+ferramentas]

2. Controle de custos e despesas 

Para funcionar de forma saudável, uma empresa precisa ter os seus custos fixos e variáveis bem controlados. Defina, por exemplo, quais os elementos do seu negócio que precisam de constante reinvestimento e como esse processo pode ser otimizado. 

Também é importante que você mapeie quais desses investimentos estão ligados à geração de receita. Dessa forma, você poderá decidir quais os custos que valem a pena e quais podem ser cortados. 

Esse é um assunto extenso e, por isso, indicamos que você também leia: Redução de custos: 6 maneiras de aplicar na sua empresa.

3. Gestão eficiente de estoque 

Quando o assunto são os efeitos da inflação nas empresas, muitos empreendedores negligenciam a importância de se fazer uma boa gestão de estoque

Ainda que ter muitos produtos em estoque não seja o mais indicado – afinal, o gerenciamento desses ativos também gera um custo para a empresa – é importante manter um nível de itens que proteja a operação de variações repentinas e permita a cobrança de preços competitivos na revenda

4. Aumento do giro do negócio 

Outro ponto que precisa de atenção é o giro da empresa. Mas, afinal de contas, como vender mais em um cenário de diminuição de poder aquisitivo? É nesse momento que muitas companhias procuram expandir o seu público e passam a alcançar uma parcela de consumidores que, antes, não consumia seus produtos.

Uma das alternativas nesse caso é variar o mix de produtos. Isso pode ajudar a aumentar a margem de lucro e elevar o volume de vendas totais.  

5. Cuidado ao retirar o pró-labore

Por último, mas não menos importante: a retirada do pró-labore também pode ser impactada pela inflação. 

O pró-labore nada mais é do que o salário do empreendedor. Muitos empreendedores, sobretudo no início das operações, costumam medir a retirada dessa quantia de acordo com o faturamento, sem considerar os custos envolvidos no gerenciamento do negócio. 

O resultado disso é uma empresa sem fôlego para crescer, que fica ainda mais suscetível às variações inflacionárias. Por isso, nós costumamos orientar nossos alunos a reinvestir tudo – ou pelo menos boa parte – do pró-labore nos primeiros meses de operação. 

6. Diversificação de fornecedores

A diversificação de fornecedores pode ser uma estratégia essencial para mitigar os efeitos da inflação nas empresas. Quando uma empresa depende de um único fornecedor para um determinado produto ou matéria-prima, ela se torna vulnerável a qualquer mudança nos preços desse fornecedor, 

No entanto, se uma empresa tem vários fornecedores para o mesmo produto ou matéria-prima, ela tem a possibilidade de alternar entre eles, dependendo das condições de preço de cada um. 

Além disso, a diversificação de fornecedores pode também oferecer uma segurança adicional em caso de problemas de fornecimento. Se um fornecedor não consegue entregar por algum motivo – seja por dificuldades financeiras, problemas logísticos ou situações fora de seu controle – a empresa pode recorrer a outros fornecedores sem interromper suas operações.

7. Renegociação de contratos 

Renegociar contratos pode ser uma excelente maneira de se adaptar aos efeitos da inflação em sua empresa. À medida que os preços sobem, é possível que acordos anteriormente estabelecidos com fornecedores, locatários e prestadores de serviços se tornem menos vantajosos ou mesmo insustentáveis.

Considere, por exemplo, que os contratos de fornecimento de matérias-primas podem precisar ser renegociados se os custos dos fornecedores aumentarem devido à inflação. Uma opção pode ser a negociação de um ajuste de preço que reflita as mudanças nas condições de mercado, ou até mesmo a busca por fornecedores alternativos, como explicamos no tópico anterior. 

É importante lembrar que a renegociação de contratos deve ser conduzida de forma justa e transparente, com ambas as partes buscando um acordo que seja mutuamente benéfico. A ideia não é simplesmente transferir os custos da inflação para a outra parte, mas sim encontrar uma maneira de distribuir esses custos de maneira equitativa e sustentável.

8. Investimento em tecnologia

Investir em tecnologia pode ser um poderoso antídoto contra os impactos da inflação em sua empresa. As soluções tecnológicas, cada vez mais avançadas e acessíveis, oferecem uma série de benefícios que podem compensar os efeitos da inflação e até mesmo gerar vantagem competitiva.

Um desses benefícios é a automação de processos. Ferramentas automatizadas podem substituir tarefas manuais e repetitivas, aumentando a produtividade da equipe e reduzindo custos operacionais. Por exemplo, um sistema de gestão integrado pode automatizar processos de contabilidade, vendas, controle de estoque, entre outros, minimizando erros e economizando tempo. 

Nesse sentido, a automação ajuda a tornar a empresa mais eficiente e resiliente diante da inflação, permitindo a realocação de recursos para áreas mais estratégicas.

É importante mencionar que o investimento em tecnologia deve ser feito de forma estratégica e considerando o retorno sobre o investimento (ROI). Isso significa que, antes de investir em uma nova tecnologia, é importante avaliar se ela realmente trará benefícios para a empresa.

Proteja a sua empresa dos efeitos da inflação vendendo mais!

Como falamos ao longo deste artigo, uma das maiores armas das empresas contra a inflação é o aumento do volume de vendas. Apesar disso, para chegar a este patamar, é preciso muita estratégia e planejamento… 

Foi por isso que criamos o treinamento Implantando a Máquina de Vendas. As aulas, ministradas por Thiago Reis – especialista em vendas e marketing com mais de 12 anos de experiência no mercado – te ensinarão a: 

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Perguntas Frequentes

Quais os principais efeitos da inflação?

A inflação impacta diretamente o poder de compra de consumidores e empresas. Ela pode reduzir investimentos, comprometer o planejamento financeiro a médio e longo prazo e comprometer os lucros dos negócios.

Quais os efeitos da inflação na renda do trabalhador?

O principal efeito da inflação no salário do trabalhador é a redução do poder aquisitivo. Esse é um fator que impacta diretamente as vendas de empresas, o que leva a uma desaceleração econômica.

Por que a alta da inflação impacta os preços praticados por uma empresa?

Uma empresa depende do preço de seus fornecedores para fixar os valores de seus produtos. Se a inflação impacta essa parte da operação, os custos precisam ser repassados para os consumidores, a fim de que a empresa seja economicamente viável.

Quais são as três vias pelas quais a inflação afeta os valores contábeis?

A inflação afeta os valores contábeis em três principais vias: depreciação, estoques e os ativos/passivos financeiros.

Quais são as principais consequências da inflação?

A inflação desacelera o crescimento econômico, pois gera um ambiente de incertezas para empresas e consumidores.

O que significam as siglas INPC e IPCA?

INPC significa Índice Nacional de Preços ao Consumidor e IPCA significa Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Ambos são índices de medição da inflação.