De acordo com dados da 10ª edição do NuvemCommerce, relatório feito pela Nuvemshop, o segmento de Moda e Vestuário faturou R$ 1,6 bilhões em 2024.
Esse cenário só reforça o quanto vestir-se é uma necessidade básica, mas não é por isso que este é um mercado tão lucrativo.
As roupas também oferecem uma maneira de mostrar a personalidade, diferenciar-se das outras pessoas e, no caso das roupas usadas, consumir de maneira mais sustentável.
Por isso, neste artigo, vamos apresentar onde vender roupas usadas, quais são os melhores sites e como começar. !
🔽 Aproveite para assistir ao vídeo em que Matheus Almeida, especialista em Ecommerce de moda, fala sobre como gerar renda extra com roupas usadas:
Índice:
Por que vender roupas usadas?
Vender roupas usadas é uma opção de negócio lucrativa e não há indícios de que vá deixar de ser.
Para você ter uma ideia, estima-se que a participação na receita global no segmento de moda sustentável cresça 1,4% continuamente entre 2023 e 2026, segundo dados da Statista.
Isso nos faz refletir sobre o fato de que o mercado de roupas usadas não é novo – talvez ele seja até tão antigo quanto o varejo em si.
Mas é um espaço de muitas oportunidades, em que há empresas de pequenas, médias, grandes e gigantes!
Muitas delas, inclusive, começaram de forma despretensiosa.
A empresária norte-americana Sophia Amoruso, fundadora da marca Nasty Gal, começou vendendo roupas usadas no Ebay e alcançou grande sucesso.
Sua história já virou livro e até série da Netflix, ambos chamados Girlboss.
Então, caso você tenha dúvidas se vender roupas usadas é para você ou não, considere se você é do tipo de pessoa que olha para o guarda-roupas e:
Não sabe da onde veio aquela roupa;
Não encontra mais espaço livre, chegando a faltar cabides;
Tem roupas que ainda contam com a etiqueta;
Sente dificuldade ao escolher o que usar.
Provavelmente, você está com roupas além do necessário. Vale a pena desapegar e transformar isso em dinheiro, não acha?
O melhor canal vai variar de acordo com o público que você quer atingir e o tipo de roupa que você vende.
Alguns sites funcionam como verdadeiras vitrines online para que seus produtos alcancem o público interessado.
A responsabilidade de atrair visitantes fica em parte por conta da própria plataforma.
Falamos “em parte” porque você vai precisar fazer anúncios por lá caso queira dar ainda mais visibilidade para os seus produtos.
Já nas redes sociais, funciona diferente – você é responsável por ir atrás do público.
Seja por meio de uma lista de amigos, publicações com conteúdos relevantes acerca dos seus produtos, indicações, interações com outros usuários, etc.
O mesmo vale para uma loja virtual própria. Você fará criará campanhas, anúncios e outras ações focadas em atrair o seu público.
A seguir, vamos mostrar onde vender roupas usadas.
1. Loja virtual própria
Uma loja virtual própria é como uma loja física, mas na internet. É um site que você cria para vender suas peças.
Nela, você pode mostrar seus produtos, receber pedidos e processar pagamentos.
Na prática, você tem controle total sobre a gestão do seu negócio. Isto é, como a loja é configurada, como os produtos são exibidos, etc.
É uma forma de a sua loja ter um endereço próprio no digital e, mais importante, ser capaz de ter escalabilidade a médio e longo prazo.
Para isso, entretanto, é necessário contar com uma boa plataforma de Ecommerce, como a Nuvemshop, por exemplo.
"Hoje, várias das funcionalidades que considero vitais para um Ecommerce você encontra na Nuvemshop sem precisar pagar nenhum valor adicional, como recuperação de carrinho abandonado, formação de kits, sistema de descontos e conexões com os principais meios de envio e pagamento."
Bruno de Oliveira - Fundador do Ecommerce na Prática e sócio Nuvemshop
O Enjoei é um marketplace muito conhecido por quem vende roupas usadas ou qualquer peça de desapego.
Ele tem uma comunicação bem descolada e faz diversas campanhas para atrair consumidores – usam até mesmo celebridades e influencers para potencializar as vendas.
Por lá, também é possível vender itens novos e outras categorias como móveis, livros e eletrônicos. Mas a grande maioria dos anúncios são relacionados a roupas usadas.
Toda a transação de compra e venda é administrada pela plataforma, dando mais segurança tanto para os consumidores quanto para os lojistas.
Funciona assim:
O cliente compra no seu anúncio, você recebe uma etiqueta para envio através dos Correios e recebe o pagamento direto na sua conta no próprio site.
A comissão é de 12% + tarifa fixa que varia de acordo com o preço da mercadoria. Para saber mais detalhes, vale acessar a página de taxas do Enjoei.
3. Elo7
Se você já ouviu falar no Elo7 provavelmente foi como um site voltado para produtos de artesanato, não é verdade?
Isso está mais que certo, mas saiba também dá para vender roupas usadas nesse marketplace.
Atualmente, a plataforma tem mais de 80 mil parceiros e 35 milhões de itens cadastrados, que podem ser vendidos para todo o Brasil.
É uma boa alternativa na hora de vender roupas usadas e atingir um público qualificado.
4. Repassa
O Repassa é um marketplace dedicado à venda de roupas usadas, intitulando-se como o maior do Brasil.
Ele oferece um serviço chamado “Sacola do Bem”, em que você envia as peças que gostaria de “repassa” e a plataforma fica responsável pro avaliar, fotografar, anunciar e enviar aos clientes.
Você recebe 50% do valor da venda. Interessante, não é?
Sem dúvidas, o Mercado Livre é um dos sites mais conhecidos – afinal, ele é o maior marketplace da América Latina.
A plataforma fica responsável por atrair o público e mediar as transações, cuidando do gerenciamento logístico e entrega, na maioria dos casos.
Como todo marketplace, é indicado que você faça anúncios para gerar mais visibilidade para os seus produtos e, claro, adotar estratégias corretas para vender todos os dias.
🟡 Caso você queira saber como vender no Mercado Livre, sugerimos que conheça o treinamento Mercado Livre do Zero, disponível em nossa escola.
6. OLX
O OLX é um dos marketplaces mais conhecidos pelos brasileiros, atingindo quase 50 milhões de tráfego por mês.
Por lá, é possível vender produtos de várias categorias diferentes, inclusive roupas usadas.
Você pode anunciar suas peças gratuitamente ou optar por anúncios pagos, com planos a partir de R$ 59,90, em várias categorias.
7. Instagram Shopping
De acordo com a Business Dasher, 90% das contas do Instagram seguem pelo menos uma empresa e 70% dos usuários ativos da plataforma já fizeram uma compra na rede.
Para aproveitar esse potencial, você pode criar um perfil comercial, em que divulgue seus desapegos, e vender pelo Instagram Shopping.
Assim, dá para usar a famosa “sacolinha do Instagram”, em que você marca produtos diretamente nas fotos e nos stories, e os clientes compram sem sair do aplicativo.
Para ativar o Instagram Shopping, você precisa ter um catálogo de produtos vinculado à sua loja no Facebook ou a uma plataforma parceira, como a Nuvemshop.
Depois da integração, os produtos são sincronizados e você pode começar a marcar as peças nas publicações.
Juliana Neves, empreendedora e gestora das redes sociais do Ecommerce na Prática, fala um pouco sobre a sacolinha:
“Não basta só adicionar a ‘sacolinha do Instagram’ no perfil da sua empresa. É preciso criar conteúdo relevante e usar imagens de qualidade. Explorar os stories mostrando o dia a dia do negócio também é uma boa estratégia.”
Juliana Neves - Fundadora da loja Negaju Acessórios Afro
8. TikTok
O TikTok pode ser um ótimo aliado na hora de vender roupas usadas – principalmente se você gosta de criar conteúdo e se comunicar de forma leve e descontraída.
A rede é conhecida pelos vídeos curtos e criativos, um formato que combina muito bem com a proposta de mostrar peças de segunda mão de um jeito autêntico.
Você pode, por exemplo, montar looks com as peças que estão à venda, responder dúvidas dos seguidores e até contar a história por trás de alguma roupa especial.
As vendas podem acontecer de forma indireta, com links na bio direcionando para uma loja virtual, WhatsApp ou perfil em marketplaces.
Mas também existe a opção de ativar o TikTok Shop, que permite vender direto pelo app – desde que você siga as regras e tenha os recursos liberados.
A dica aqui é apostar na criatividade e ser você mesmo(a)!
Quanto mais natural for a sua comunicação, maiores as chances de atrair pessoas que se identifiquem com o seu estilo e queiram comprar de você.
"O TikTok é uma mídia social reconhecida entregar um alcance muito maior dos seus conteúdos do que qualquer outra rede social. Isso porque ela não depende do seu número de seguidores, mas do seu potencial de despertar o desejo nas pessoas em assistirem o seu vídeo até o final."
Ana Clara Magalhães - Especialista em marketing e redes sociais
9. Facebook Marketplace
O Facebook Marketplace é uma forma simples e gratuita de vender roupas usadas.
Você cria os anúncios direto pelo seu perfil, com fotos, descrição e preço – e já começa a receber mensagens de interessados.
Por ser integrado ao Facebook, ele tem um bom alcance, principalmente para vendas locais. Isso facilita a entrega e o contato com o comprador, que acontece pelo Messenger.
lembrando que também dá para impulsionar os anúncios com campanhas pagas.
Como vender roupas usadas na internet?
Agora que você já tem uma visão ampla sobre quais são os melhores sites para vender roupas usadas, que tal aprender como fazer isso acontecer?
Confira: ⬇️
Selecione e prepare as peças
Antes de começar a vender suas roupas usadas, selecione cuidadosamente as peças que vai colocar à venda.
Separe aquelas em bom estado, sem defeitos, limpas e que estejam na moda.
Aproveite e faça uma preparação básica das peças, como lavá-las e passá-las, para que estejam apresentáveis para os potenciais compradores.
Escolheu as roupas usadas que vai vender? Ótimo! Agora a missão é decidir onde vai fazer isso.
Como vimos anteriormente, existem várias opções, como Enjoei, OLX e Facebook Marketplace, que já têm um público grande em busca de produtos usados.
Se quiser algo mais personalizado, também dá para vender pelo Instagram, TikTok ou até criar uma loja virtual.
⚠️ Não existe uma escolha certa para todo mundo!
Comece com a plataforma que fizer mais sentido para você e, com o tempo, teste outras para alcançar mais pessoas.
Crie boas descrições de produto
Uma descrição bem feita será responsável por evitar qualquer mal entendido na hora da compra, além de aumentar – e muito – sua chance de vender.
Então, vá direto ao ponto. Descrições não precisam ser muito longas nesse tipo de anúncio.
Tenha em mente que o seu cliente está buscando roupas a preços acessíveis. Se ele já gostou do que viu, só precisa ler a descrição do produto para ter certeza.
Nela, é importante destacar características do produto como: material, estado da peça, marca, coleção, etc.
Sem exagerar, também é válido dar dicas sobre como usar a peça, ocasiões sugeridas e outras coisas que possam agregar ainda mais valor.
Não esqueça de informar as medidas e caso tenha alguém vestindo informe também as medidas da pessoa, combinado?
É importante que você saiba que a precificação de roupas usadas pode variar muito, mas existem alguns pontos a serem considerados na hora de fazer isso:
Preço das peças no ato da compra;
Valores gastos com possíveis ajustes, consertos e lavagens das roupas;
Gastos fixos e variáveis mensais do negócio;
Valores pagos em frete nas compras.
Se você achar que há mais algum fator que pode contribuir para a definição dos preços de cada roupas é só adicionar a essa lista.
💡 Mas eles têm que fazer sentido com essa tarefa, certo? Para ajudar nesse processo, criamos a Planilha de Precificação gratuita do Ecommerce na Prática. É gratuita!
Mostre ao máximo os detalhes e também dê o contexto de uso daquelas peças.
Nesse caso, vale a pena investir nas fotos tiradas com modelos reais. Esse tipo de apresentação de produto tende a melhorar a taxa de conversão.
Saiba que não é necessário um equipamento de alto custo ou fotos em estúdio.
Você mesmo é capaz de realizar utilizando apenas seu smartphone e a iluminação natural do dia.
“Muitas pessoas pensam ‘ah, não posso o meu negócio porque não tenho como tirar boas fotos dos meus produtos’. Isso é um grande erro. Não é preciso de câmeras profissionais para fazer boas fotos; um smartphone com uma boa câmera já é o suficiente. Ou seja, comece com o que você tem.”
Thales Editions - Especialista em Edição Audiovisual
Promova sua loja
Não adianta ter peças incríveis se ninguém souber que elas estão à venda, né?
Por isso, divulgue sua loja nas redes sociais, nos grupos que você participa e até para amigos e familiares.
Se possível, crie anúncios em ferramentas como Facebook Ads (que serve para o Instagram também) e TikTok Ads, por exemplo.
Mostre as peças nos stories, monte looks, compartilhe os bastidores do seu negócio… Tudo isso ajuda a chamar a atenção para os seus produtos.
Quanto mais gente souber o que você vende, maiores as chances de fazer boas vendas.
Ah, e não tenha medo de falar do seu negócio! Vender começa com visibilidade.
Crie políticas de troca e devolução
Mesmo em vendas de roupas usadas, é importante oferecer segurança para o cliente.
Tenha regras claras sobre trocas e devoluções — e comunique isso de forma transparente.
Isso ajuda a criar confiança, evitar conflitos e fidelizar o comprador.
Escolha quais formas de pagamento você aceitará em sua plataforma de vendas.
Já adiantamos que é preciso disponibilizar as mais utilizadas pelos consumidores, como cartão de crédito, boleto bancário, PIX, dentre outros.
Oferecer várias opções de pagamento vai te ajudar a atrair mais clientes, fazendo com que você não perca nenhuma oportunidade de venda por causa disso.
Escolha os meios de envio
Quais serviços de entrega você utilizará para enviar as roupas vendidas aos compradores?
Considere fatores como rapidez, segurança e custo do serviço de entrega.Indicamos que feche uma parceria com os Correios e/ou outras transportadoras.
E um ponto importante: não deixe de informar claramente as opções de envio disponíveis e os prazos de entrega aos seus clientes.
Ofereça um bom atendimento
Para vender roupas usadas, não tem jeito: é preciso ter um atendimento de primeira.
A melhor maneira de fazer isso é seguindo algumas práticas como:
Responder prontamente às perguntas e dúvidas dos clientes e se
Manter-se disponível para ajudar durante todo o processo de compra, desde a seleção das peças até a entrega.
Um bom atendimento pode fazer toda a diferença na satisfação do cliente e na reputação do seu negócio de roupas usadas. Não ignore isso.
Prepare-se para negociar
Vender roupas usadas também envolve jogo de cintura. Muitos clientes gostam de negociar o valor das peças – e isso faz parte da experiência.
Por isso, esteja aberto para escutar propostas, mas já tenha em mente até onde pode ir.
Ter uma margem para desconto ajuda, desde que o preço final continue fazendo sentido para você.
Ah, e aqui vai uma dica de ouro: quanto mais você souber sobre a peça (marca, tecido, estado de conservação, estilo), mais segurança passa na hora da negociação.
Isso transmite autoridade e confiança – dois ingredientes que ajudam (e muito!) a fechar a venda.
Venda roupas usadas do jeito certo!
Que tal aprender mais sobre como criar um negócio de moda lucrativo no ambiente online?
Atualmente, a internet é o melhor lugar para vender roupas usadas. Você pode escolher vender em marketplaces, em um site próprio, ou por meio das redes sociais. O melhor canal vai variar de acordo com o público da sua empresa, seu posicionamento de mercado e até mesmo o tipo de roupa que você vende.
Como vender roupas usadas?
Para começar, é importante ter boas fotos. Afinal de contas, o mercado de moda é muito movido pela estética. Depois, é importante que você faça boas descrições do seu produto e precifique os itens corretamente.
Como colocar preço em roupas usadas para vender?
Para precificar os seus produtos corretamente, leve em conta os seguintes fatores: preço das peças no ato da compra; valores gastos com possíveis ajustes, consertos e lavagens das roupas; gastos fixos e variáveis mensais do negócio; valores pagos em frete nas compras.
Fundador da marca .PORMENOR e Especialista em Ecommerce de Moda do Ecommerce na Prática. Atuante no Mercado de Moda e Ecommerce desde 2012.
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