Rebranding é o processo de reformular a identidade de uma marca, seja por meio de um novo logo, nome ou até reposicionamento no mercado. Ele é usado para manter a empresa relevante, conquistar novos públicos ou corrigir a imagem. Quer saber como funciona e quando aplicá-lo? Continue lendo.
Toda empresa começa focada em atender um público específico. Mas, como sabemos, esse público é feito de pessoas – e pessoas mudam o tempo todo.
Então, é natural que as marcas também precisem se adaptar e mudar para acompanhar essas transformações.
De tempos em tempos, é necessário dar uma repaginada na marca, colocando ela em sintonia com o mercado. Isso pode acontecer durante uma avaliação interna ou, às vezes, até em momentos de crise.
E é justamente aí que o rebranding entra em cena!
Se você está pensando em dar um novo significado à sua marca, leia este artigo na íntegra!
Vamos explicar o que é rebranding e como você pode aplicar essa estratégia. Vamos até dar alguns exemplos de sucesso – e insucessos – no rebranding de empresas famosas.
Bateu a curiosidade? 😁
Vamos começar…
Índice:
O que é rebranding?
Rebranding é o processo de dar uma nova cara à sua marca, ressignificando a imagem que ela passa para o público.
É como uma repaginada, na qual a empresa ajusta ou muda elementos como o logo, as cores, o nome, ou até o posicionamento da empresa no mercado.
Empresas fazem isso para se adaptar a novas tendências, corrigir a imagem após uma crise, ou simplesmente para se manterem relevantes.
Esse conceito ganhou destaque com Philip Kotler, no livro "Marketing 3.0", no qual ele mostrou como a relação entre consumidores e empresas estava mudando.
É comum que o rebranding mude a identidade visual – o que inclui logotipo e paleta de cores, por exemplo – mas muitas vezes, ele vai além.
O reposicionamento de marca também pode incluir:
- Novo nome;
- Nova missão, visão e valores;
- Mudanças na cultura organizacional;
- Novo tom e voz;
- Slogan;
- Alterações no site de vendas e redes sociais;
- Nova linha de produtos;
- Nova gama de serviços;
- Novos processos de atendimento e suporte;
- Dentre outros.
Nem sempre tudo é mudado de uma vez, mas geralmente mais de um desses elementos é repensado. Tudo vai depender do que o mercado e os consumidores esperam.
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Por que realizar o rebranding?
O rebranding é uma maneira poderosa de reposicionar uma marca no mercado, atingir novos públicos e se adaptar às mudanças do setor.
Ele ajuda a renovar a imagem, corrigir percepções negativas ou alinhar a marca com novas estratégias e objetivos. É uma maneira de manter a relevância e crescer.
Aqui estão algumas das principais razões para o rebranding de empresas:
1. Alcançar um novo público
Quando uma empresa deseja expandir seu alcance, o rebranding pode ser a chave. Isso envolve adaptar a comunicação e a identidade visual para atrair novos clientes que antes não eram o foco.
Essa mudança estratégica pode abrir portas para mercados que antes pareciam fora de alcance.
2. Mudar a mensagem da marca
À medida que as tendências e valores sociais mudam, uma marca pode precisar ajustar sua mensagem para se manter relevante.
O rebranding permite que a empresa redefina como se comunica com o público, garantindo que sua imagem esteja em sintonia com as expectativas e crenças atuais da sociedade.
3. Entrada em novos nichos
Quando uma empresa decide oferecer novos produtos ou serviços que não faziam parte do seu portfólio original, pode ser necessário um rebranding.
Isso ajuda a criar uma conexão entre a nova oferta e a identidade existente da marca. Sem essa atualização, os clientes podem ficar confusos ou não perceber o valor da novidade.
O rebranding, nesse caso, faz a ponte entre o que a marca era e o que ela passa a ser, garantindo que tudo faça sentido para o público.
4. Superar uma crise de imagem
Ninguém gosta de passar por crises, mas elas acontecem.
Se a sua marca sofreu danos à reputação, o rebranding pode ser a ferramenta para virar a página.
Ele oferece a chance de reconstruir a confiança do público, mostrando que a empresa aprendeu com seus erros e está pronta para seguir em frente de maneira positiva e renovada.
É como uma nova oportunidade para começar do zero, mas com a sabedoria do que não funcionou antes.
5. Acompanhar mudanças internas
As empresas mudam com o tempo – novas lideranças, fusões ou até uma mudança na visão estratégica podem criar a necessidade de um rebranding.
Se a identidade da marca não refletir essas novas direções, ela pode parecer desconectada da realidade interna.
O rebranding, nesse cenário, alinha a imagem externa com a nova fase da empresa, garantindo que todos, tanto dentro quanto fora da organização, estejam na mesma página.
Como fazer o rebranding da sua empresa?
Agora que você já tem uma boa base sobre rebranding, chegou o momento de aprender como colocá-lo em prática.
Confira os passos mais importantes:
1. Analise a situação atual da sua empresa
Antes de partir para o rebranding, é essencial entender a situação atual da sua empresa.
Isso porque rebranding não é uma mudança qualquer – ele demanda tempo, esforço e recursos.
Só vale a pena seguir por esse caminho se realmente houver uma necessidade clara, caso contrário, você corre o risco de afetar a produtividade, o fluxo de caixa e até o desempenho geral da empresa.
O ideal é que o rebranding seja considerado quando há uma mudança substancial nos elementos da empresa.
Então, se após essa análise você percebeu que o rebranding é o próximo passo certo, excelente!
Agora, identifique o que precisa ser ajustado e qual mensagem você quer passar ao seu público. Vamos para o próximo passo…
2. Trabalhe a identidade visual
A identidade visual é o que faz sua empresa ser reconhecida à primeira vista. Então, se você está pensando em rebranding, é fundamental repensar esses elementos visuais com atenção.
Desde o logo e a paleta de cores até o design do site e as publicações nas redes sociais, tudo deve estar em sintonia com a nova estratégia da empresa.
⚠️ Mas cuidado! Não vá descaracterizar o que sua marca já construiu.
É importante que as pessoas ainda consigam reconhecer e se identificar com a sua marca.
A chave é encontrar o equilíbrio entre inovação e continuidade, garantindo que sua empresa mantenha sua relevância no mercado enquanto se adapta às novas direções.
3. Posicione a marca em canais de mídia relevantes
O reposicionamento da sua marca precisa ser comunicado aos consumidores.
Para isso, você deve utilizar os principais canais de comunicação em que os seus clientes estão presentes.
Entre os mais comuns que podemos citar, estão: telefone, e-mail, redes sociais, blog, site institucional, chats de atendimento e mais.
Além disso, dependendo do porte da sua empresa, também é indicado que o contato com os veículos de comunicação, como sites de notícias, por exemplo.
Isso pode ser feito tanto pelo seu time interno de comunicação ou por uma assessoria de imprensa contratada.
4. Monitore o público
Um dos focos do processo de branding é gerar um impacto nos consumidores, fazendo com que eles fiquem curiosos a respeito de todas as mudanças aplicadas pela sua empresa.
Mas tão importante quanto despertar o interesse das pessoas, é monitorar a reação delas.
Isto é, analisar tudo o que está sendo falado no mercado sobre o rebranding da sua marca. Isso vale, inclusive, para a opinião de especialistas, concorrentes, etc.
Como vimos, o processo de rebranding não é algo que acontece da noite para o dia…
Ele precisa de um tempo para ser implementado da maneira adequada, o que abre margem para que possíveis ajustes e otimizações sejam feitos quanto necessário.
5. Contrate ajuda especializada
Rebranding pode ser um processo complexo, que exige a colaboração de diferentes áreas como comunicação, marketing e até finanças.
Nem sempre as empresas têm equipes internas preparadas para lidar com todas as demandas dessa transformação.
Então, vale a pena pensar em contratar especialistas que sejam focados em branding e rebranding.
Eles podem trazer a expertise necessária para garantir que a mudança seja bem-sucedida.
Claro, essa decisão vai depender da magnitude do rebranding que você está planejando e do orçamento disponível.
Mas a boa notícia é que existem opções no mercado para todos os bolsos, permitindo que você tenha apoio especializado sem estourar o orçamento.
Vamos falar mais sobre isso ao final deste artigo. 😉
10 exemplos de rebranding em marcas famosas
Falar sobre rebranding e seu impacto pode parecer meio abstrato se não trouxermos exemplos concretos do mercado.
Mas, felizmente, não faltam cases de sucesso por aí.
Por isso, separamos alguns exemplos que mostram como o rebranding pode transformar uma marca.
Vamos dar uma olhada?
1. Burguer King
O rebranding do Burger King, após 20 anos sem mudanças significativas, foi uma jogada estratégica para modernizar a marca e mantê-la relevante.
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Em parceria com a consultoria Jones Knowles Ritchie (JKR), a empresa passou dois anos reformulando sua identidade visual, abrangendo logo, fontes, comunicação e até os uniformes dos colaboradores.
A nova identidade reflete as melhorias nos alimentos, especialmente a remoção de ingredientes artificiais.
Além disso, a nova marca foi pensada para funcionar perfeitamente no ambiente digital, algo que não era uma prioridade na última mudança em 1999.
O design agora é mais minimalista e moderno, mas sem perder a essência da marca.
O logo mantém as fatias de pão ao redor do nome "Burger King", mas de forma mais simples e natural.
As cores e a nova fonte, chamada “chama”, foram escolhidas para reforçar o processo de grelhar os hambúrgueres no fogo.
2. Max
O rebranding da HBO Max para simplesmente "Max" foi uma estratégia bem pensada para refletir a nova fase da plataforma, que agora oferece muito mais do que apenas o conteúdo premium pelo qual a HBO é famosa.
Com a fusão da Warner Bros. e Discovery, a plataforma precisava se reinventar para acomodar uma gama mais ampla de conteúdos, incluindo esportes, notícias e programas de entretenimento diversificados.
Patrizio Spagnoletto, diretor de marketing da plataforma, explicou que o grande desafio era equilibrar a poderosa marca HBO com a nova oferta mais variada.
A solução?
Criar uma marca mais abrangente, "Max", que pudesse abrigar todo esse novo universo de conteúdos, sem limitar a percepção dos assinantes ao que a HBO tradicionalmente representa.
3. Itaú
O rebranding do Itaú, um dos bancos mais icônicos e valiosos do Brasil, é um excelente exemplo de como uma marca pode evoluir sem perder sua essência.
Com um histórico de design de alta qualidade desde a década de 1960, o Itaú sempre valorizou a identidade visual como uma ferramenta estratégica.
O rebranding não fugiu dessa tradição, trazendo uma atualização cuidadosa que respeita o legado da marca enquanto a posiciona para o futuro.
O slogan “Feito com você” foi atualizado para “Feito de Futuro”, refletindo a visão do banco de estar sempre à frente, conectado com as transformações sociais e tecnológicas.
Essa mudança no posicionamento se reflete também na identidade visual, que foi refinada para ser mais moderna e acessível, sem perder a sensação de segurança e confiança que sempre marcou a relação do Itaú com seus clientes.
O logotipo passou por uma evolução significativa: o quadrado com bordas arredondadas agora tem laterais abauladas, o que suaviza a imagem da marca, tornando-a mais flexível e contemporânea.
A tipografia também foi ajustada para um formato mais “bold” e arredondado, com o "i" de "itaú" agora em minúsculas, o que aproxima ainda mais a marca do público.
A paleta de cores foi mantida com o icônico laranja como destaque, mas agora com mais saturação e vivacidade.
Essa escolha não só preserva a forte associação do público com a cor, mas também segmenta os diferentes serviços do banco, facilitando a identificação de cada área de atuação.
4. Postos Ipiranga
O rebranding dos Postos Ipiranga foi um movimento estratégico para reforçar a conexão da marca com os brasileiros, algo que vem sendo construído ao longo de mais de 85 anos.
Uma das principais inovações desse rebranding é a nova experiência que os postos Ipiranga oferecem.
A marca ouviu seus consumidores e entendeu que, para continuar relevante, precisava ir além do posto de gasolina tradicional.
O resultado foi a criação de ambientes que não apenas atendem às necessidades de mobilidade, mas que também proporcionam conforto e conveniência, integrando serviços que fazem parte do dia a dia das pessoas.
Além disso, o rebranding trouxe um foco forte na sustentabilidade e na eficiência operacional.
As novas unidades foram desenhadas com materiais e estruturas modulares que reduzem custos de implantação e manutenção, beneficiando tanto a rede quanto seus revendedores.
5. Pepsi
A Pepsi, após 125 anos de história, sentiu que era hora de atualizar sua identidade visual mais uma vez.
O objetivo era criar um design que mantivesse a conexão com o passado, mas que também refletisse a direção futura da marca.
O novo design trouxe algumas mudanças importantes: a paleta de cores agora inclui um azul elétrico e o preto, representando o Pepsi Zero Açúcar, junto com as cores clássicas da marca.
A tipografia também foi ajustada, ganhando um toque mais contemporâneo e confiante.
Além disso, o logotipo e o globo, elementos tradicionais da marca, foram integrados de uma forma mais dinâmica, permitindo que se adaptem bem tanto em ambientes físicos quanto digitais.
E quando o rebranding não dá certo?
Quando falamos de rebranding, é importante reconhecer que nem sempre as mudanças trazem os resultados esperados.
Um exemplo claro disso é o caso do Ponto Frio, que passou por um rebranding em 2021, mudando seu nome para "Ponto".
A ideia era modernizar a marca, tornando-a mais direta e descontraída. No entanto, três anos depois, em 2024, a marca voltou a se chamar "Ponto Frio".
Esse "vai e volta" no nome mostra como um rebranding pode não pegar como esperado. O público simplesmente não abraçou o novo nome.
Mesmo com toda a intenção de renovação, as pessoas continuaram a chamar a empresa de Ponto Frio, o que demonstra o quanto o nome original estava enraizado no imaginário dos consumidores.
Aqui, fica claro que talvez as pesquisas realizadas antes da mudança não tenham captado toda a força e o reconhecimento que o nome "Ponto Frio" tinha.
Outro ponto importante é que a mudança foi parcial – apenas o nome mudou, mas outros elementos importantes da marca ficaram os mesmos.
Isso pode ter causado confusão, já que o rebranding não foi completo.
Quando não há uma mudança coerente e total, o impacto esperado pode não se concretizar, o que, nesse caso, levou a marca a dar um passo atrás.
No final das contas, o retorno ao nome "Ponto Frio" mostra como é crucial pensar bem antes de mudar algo tão fundamental.
Rebranding não é só uma questão de dar uma nova cara para a marca; é sobre como as pessoas a percebem e a lembram.
E, como vimos aqui, o nome da marca é muito mais do que uma palavra – é parte vital da sua identidade.
Se não se considera todos os aspectos, o rebranding pode acabar não funcionando e custando caro, tanto em termos financeiros quanto de reputação.
Quais são os tipos de rebranding?
Como você pode ter percebido, fazer o rebranding envolve muito mais do que meramente atualizar a identidade visual da empresa.
É importante ter em mente que nem todos os processos de rebranding são iguais…
Diversas iniciativas podem ser utilizadas para promover a nova visão de uma companhia.
Confira os tipos de rebranding a seguir:
1. Rebranding parcial
Como o nome indica, o rebranding parcial é aquele em que não há mudança total na marca, mas apenas em alguns elementos pontuais.
Assim, os consumidores sentem que existem pontos diferentes, mas não enxergam a empresa de maneira descaracterizada ou algo do tipo.
Um bom exemplo disso foi a mudança na logo do banco Nubank:
2. Rebranding evolutivo
O rebranding evolutivo diz respeito às mudanças em uma marca que vão sendo aplicadas com o passar do tempo, isto é, aos poucos.
Normalmente, são feitos apenas ajustes pontuais, sem grandes mudanças que causem um impacto muito grande no público da empresa.
A logo da cafeteria norte-americana Starbucks é um exemplo de rebranding evolutivo:
3. Rebranding revolucionário ou radical
Por fim, há o rebranding revolucionário ou radical, que implica em mudanças transformadoras em elementos da empresa.
Muitas vezes, muda-se não só o logotipo, mas também a visão, missão, valores e até mesmo o nome da companhia.
A mudança no logo da Casas Bahia, companhia pertencente ao Grupo Via, é um bom exemplo:
Quando é o momento de aplicar estratégias de rebranding?
O rebranding é mais indicado quando há mudanças importantes na empresa.
Decidir se o rebranding faz sentido ou não depende muito das necessidades do seu negócio.
Mas uma coisa é certa: quando necessário, ele pode transformar completamente a forma como sua empresa é percebida.
Sabemos que esse processo pode ser desafiador, especialmente para quem trabalha com Ecommerce.
Por isso, é essencial ter o apoio de profissionais que entendam do assunto.
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Perguntas Frequentes
O que é o rebranding?
Rebranding nada mais é do que o conjunto de estratégias criadas com o objetivo de ressignificar a imagem de uma empresa. É uma prática muito adotada por companhias de diversos setores e que buscam fazer mudanças substanciais em seus posicionamentos no mercado.
Para que serve o rebranding?
O rebranding serve para empresas se posicionarem frente ao mercado e ao público. Basicamente, é uma oportunidade que as companhias têm de fazer mudanças consideráveis para atingir um determinado objetivo.
Quais são os tipos de rebranding?
Existem três tipos de rebranding: rebranding parcial, rebranding evolutivo e rebranding revolucionário ou radical.
Como fazer um rebranding?
Para fazer o rebranding da sua empresa, você deve analisar a situação atual dela primeiro. Depois, trabalhar em sua identidade visual, posicionar a marca em canais de mídia relevantes, monitorar o público e, por fim, contar com ajuda especializada, se achar necessário.