Muitas pessoas acham que produto recorrente é só assinatura de streaming ou clube de vinhos.
Mas a história não é bem assim…
Dados da Betalabs revelam que cerca de 74% dos consumidores brasileiros já são assinantes de pelo menos um serviço recorrente.
O consumidor gosta de comodidade, isso já ficou claro.
E neste texto, o assunto é justamente esse: como identificar e escolher produtos que tragam vendas recorrentes?
Continue lendo e descubra a resposta! 😉
Índice:
O que são produtos recorrentes?
Produtos recorrentes são aqueles que garantem ao negócio a chance de reter clientes, porque têm um ciclo de consumo ou substituição previsível.
É algo que acaba, se desgasta ou simplesmente faz parte de um hábito constante do consumidor.
Como explica Bruno de Oliveira, fundador do Ecommerce na Prática:
“Produto recorrente é aquele que você consegue ter previsibilidade de vendas para a mesma pessoa. Você consegue prever em quanto tempo o cliente vai precisar comprar de novo.”
Bruno de Oliveira - Fundador do Ecommerce na Prática e sócio Nuvemshop
Na prática, isso significa vender algo que cria rotina na vida do cliente – e coloca o negócio num jogo muito mais seguro de fluxo de caixa e faturamento.
Aqui vai uma lista com 10 produtos recorrentes que podem entrar no portfólio de qualquer loja virtual.
Essas são ideias para quem busca vender mais vezes para o mesmo cliente e garantir previsibilidade no faturamento.
Confira:
1. Produtos de higiene pessoal e beleza
De acordo com dados do Sebrae, o mercado de beleza no Brasil movimentou cerca de US$ 27 bilhões em 2024, posicionando o país entre os cinco maiores do mundo nesse segmento.
Vitaminas: vitamina C, vitamina D, vitamina E, complexo B.
Se você está neste mercado, é importante encontrar fornecedores de qualidade e garantir que os produtos sejam seguros para consumo.
Esse é um segmento com regulamentação forte.
3. Alimentos e bebidas
O setor de Alimentos e Bebidas cresceu 18,4% em 2024 segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm via E-commerce Brasil).
Esses são produtos de necessidade diária e com preços acessíveis – dois fatores que impulsionam o hábito do brasileiro de fazer compras.
Um exemplo disso são os dados que a Edrone publicou, por exemplo, mostrando que clientes do setor de alimentos e bebidas tiveram mais de 78% dos lucros impactados pelo CRM.
Um indicativo claro de que quem investe em relacionamento e recorrência nesse mercado colhe bons frutos.
Dentro desse nicho, há diversos produtos com alto potencial de recompra, como:
Café e cápsulas de café;
Vinhos e espumantes;
Snacks saudáveis;
Água mineral e bebidas funcionais;
Grãos e cereais;
Massas, molhos e conservas;
Produtos veganos e naturais.
↪️ Leia também: Produto único: entenda como vender monoprodutos na internet.
4. Serviços de assinatura
Segundo pesquisa da Betalabs (via Forbes) com dados da Abcomm, os clubes de assinatura movimentaram cerca de R$ 1 bilhão na economia brasileira.
Um sinal claro de que muita gente prefere a praticidade de receber produtos ou acessar serviços sem precisar lembrar de comprar todo mês.
Nesse modelo, o cliente paga um valor fixo, seja semanal, mensal ou anual, e garante a entrega contínua do que consome.
Para quem vende, isso significa receita previsível e uma relação mais próxima com o público, que tende a ficar por mais tempo.
Alguns exemplos que funcionam muito bem nesse mercado são:
Box de beleza: caixas mensais ou trimestrais com maquiagens, cremes e perfumes;
Clubes do livro: envio mensal de livros alinhados ao gosto do assinante;
Alimentação saudável: refeições prontas, muitas vezes veganas ou sem glúten;
Jogos de videogame: acesso a bibliotecas de jogos por assinatura.
No fim, o segredo está em escolher algo relevante para o público e garantir uma experiência consistente, para manter o cliente conectado à marca mês após mês.
A Tag Livros é um case muito legal nesse mercado – além de um bom exemplo de como nichar faz diferença.
A Tag não tenta vender para quem lê qualquer coisa; mira em leitores que valorizam exclusividade e descoberta.
O mercado de bebidas como vinhos e cervejas apresenta uma excelente oportunidade para o seu Ecommerce.
Esses produtos atraem uma clientela apaixonada e conhecedora, além de favorecer a criação de um modelo de assinatura que pode gerar receitas recorrentes.
Ao oferecer assinaturas de vinhos e cervejas artesanais, você não apenas mantém seu público engajado, mas também oferece a eles a oportunidade de descobrir novos sabores e marcas.
Dentre os produtos nesta categoria, podemos destacar:
Vinhos: tinto, branco, rosé, espumante;
Cervejas artesanais: IPAs, lagers, stouts, ales.
Acessórios para enófilos: taças, rolhas herméticas, saca-rolhas, porta-vinhos, baldes resfriadores, etc.
Um bom exemplo de empresa que vende vinho com recorrência é o Clube Wine
O sucesso deles está na soma de curadoria, preço competitivo e experiência.
Não vendem só vinho, mas toda a jornada: seleção de rótulos, informações sobre harmonização, revistinha que educa o cliente, descontos exclusivos.
Fonte: Site Wine
Investir neste segmento pode ser lucrativo, especialmente se você puder oferecer produtos exclusivos ou edições limitadas.
Além disso, é importante desenvolver parcerias com fornecedores confiáveis e que sejam reconhecidos por sua qualidade e excelência.
Se estiver ao seu alcance, proporcionar eventos de degustação e workshops sobre vinhos e cervejas também pode aumentar o interesse e fidelização de seus clientes.
No Ecommerce, produtos orgânicos não são só uma questão de alimentação; entram também em cuidados pessoais e limpeza, sempre com a promessa de menos químicos e mais segurança para quem consome.
Algumas boas apostas nesse segmento incluem:
Alimentos: frutas, legumes, grãos, carnes, ovos;
Bebidas: sucos, chás, cafés orgânicos;
Beleza e higiene: shampoos, sabonetes, cremes;
Limpeza: alvejantes, desinfetantes.
Para quem quer fazer venda recorrente nesse nicho, a dica é trabalhar a proposta de valor, porque o público que busca orgânicos está disposto a pagar mais – desde que entenda o benefício real do produto.
A Raízs é um exemplo de empresa que tem se destacado no mercado de recorrência.
Além de oferecer produtos orgânicos via delivery, eles também contribuem para o empreendedorismo colaborativo, já que trabalham com pequenos produtores.
A rotina cada vez mais acelerada fez o mercado de refeições prontas disparar.
Muita gente quer comer bem, mas sem perder tempo na cozinha.
Empresas como a LivUp são exemplo disso, oferecendo pratos saudáveis, congelados ou frescos, que chegam prontos para esquentar e comer.
Fonte: site LivUp
O diferencial nesse nicho está em atender diferentes estilos de vida e restrições alimentares, como dietas vegetarianas, veganas, low carb ou sem glúten.
E não se limita só ao almoço ou jantar. Tem muita oportunidade também no café da manhã e lanches rápidos.
Alguns exemplos de produtos recorrentes nesse mercado são:
Pratos principais: lasanhas, risotos, pratos com quinoa;
Refeições saudáveis: saladas completas, pratos com superalimentos;
Café da manhã: overnight oats, bowls de açaí.
Para quem quer trabalhar com esse tipo de produto, o cuidado precisa estar em qualidade, frescor e comunicação clara.
O cliente quer saber ingredientes, valores nutricionais e como preparar.
9. Itens de jardinagem
O interesse por jardinagem como hobby tem aumentado, especialmente entre aqueles que procuram uma atividade relaxante para fazer em casa.
Oferecer itens de jardinagem pode atrair desde jardineiros amadores até profissionais, promovendo um estilo de vida mais verde e sustentável.
Ao fornecer tudo o que seus clientes precisam para cuidar de seus jardins e plantas, você pode criar uma base de clientes fiéis e engajados.
Aqui estão alguns exemplos de itens de jardinagem que podem ser vendidos:
Ferramentas de jardinagem: pás, tesouras de poda, luvas, regadores;
Sementes e bulbos: variedades de flores, ervas, frutas e vegetais;
Produtos para cuidados com plantas: fertilizantes, pesticidas naturais, substratos.
10. Kits de artes e artesanato
Na onda do faça você mesmo, os kits de artes e artesanato ganharam espaço, atraindo desde quem está começando até artistas mais experientes.
Quem faz artesanato, normalmente volta para buscar novos projetos, novas técnicas ou simplesmente para repor materiais, como explica Bruno:
“Produtos ligados a hobbies tendem a facilitar a recompra. Pessoas colecionam de tudo: carro, bonequinho, brinquedo. Quando chega um produto novo na mesma categoria, quem coleciona vai querer comprar.”
Bruno de Oliveira - Fundador do Ecommerce na Prática e sócio Nuvemshop
Alguns exemplos que funcionam bem nesse mercado são:
Kits para pintura: telas, tintas acrílicas, pincéis, paletas;
Kits de bordado: agulhas, linhas, tecidos, bastidores;
Kits para velas artesanais: cera, pavios, formas, essências;
Kits para bijuterias: contas, fios, fechos, ferramentas.
Uma boa sacada aqui é criar kits temáticos, alinhados a datas comemorativas ou estações do ano, porque isso ajuda a manter o cliente sempre interessado em algo novo.
Como criar modelo de venda recorrente para produtos?
Trabalhar com venda recorrente é o caminho para ter previsibilidade de caixa e construir um negócio mais sólido.
No fim das contas, quem começa a vender online busca justamente isso: um faturamento constante que não dependa só de conquistar novos clientes todo mês.
Para chegar lá, alguns pontos práticos precisam estar no radar:
Escolha do produto certo;
Logística bem estruturada;
Ofertas claras;
Um fluxo de atendimento;
Um plano de marketing.
⤵️ Vamos entender cada um desses passos?
1. Escolha o produto certo
O ponto de partida para vender de forma recorrente está em escolher o produto certo.
Precisa ser algo que o cliente consuma sempre ou que tenha um ciclo de vida previsível.
Foi o que se viu nos exemplos que apareceram antes: alimentos, suplementos, produtos pet, artigos colecionáveis – tudo que acaba, desgasta ou faz parte de um hábito.
Mas atenção, antes de bater o martelo, é fundamental entender se existe demanda real e sustentável, como explica Bruno:
“Nem todo produto de uso contínuo é recorrente. Por exemplo, quem compra uma camisa estampada dificilmente vai querer outra igual. Já produtos básicos, como camisetas pretas, têm mais chance de gerar recompra.”
Bruno de Oliveira - Fundador do Ecommerce na Prática e sócio Nuvemshop
Aqui, vale a pena ir além do óbvio e pesquisar bastante, buscando algo que combine com a proposta da marca.
O ideal é trabalhar com produtos essenciais ou que despertem desejo constante no cliente, porque é isso que segura a recorrência.
2. Estruture a logística
Depois de escolher o produto, é hora de pensar na logística, porque vender de forma recorrente exige que o cliente receba tudo certinho, sem atraso nem surpresa ruim.
Alguns produtos pedem um cuidado maior.
É o caso dos orgânicos ou das refeições prontas, que exigem transporte rápido, temperatura controlada e embalagens seguras para manter a qualidade.
O mesmo vale para vinhos ou outros itens sensíveis…
Por outro lado, existem produtos que tornam a logística bem mais simples, como os cosméticos, por exemplo.
O importante é garantir que o processo seja rápido, confiável e previsível, porque na recorrência, qualquer erro na entrega vira motivo para cancelamento.
3. Faça ofertas claras
Depois de escolher o produto certo, vem uma etapa essencial: definir a oferta.
É aqui que se constrói a proposta de valor, deixando claro para o cliente por que vale a pena assinar ou comprar de forma recorrente.
Existem alguns formatos possíveis, e cada um faz mais sentido para tipos diferentes de produtos ou serviços:
Assinaturas: ótimas para produtos consumidos regularmente, como suplementos, vinhos ou refeições prontas. O cliente faz um pagamento recorrente, geralmente mensal ou anual, e recebe o produto de forma contínua;
Renovações automáticas: funcionam bem para itens que precisam ser atualizados de tempos em tempos, como softwares ou licenças. O cliente não precisa lembrar de renovar – o sistema faz isso sozinho;
Pedidos programados: excelente para produtos essenciais, onde o cliente prefere escolher a frequência, mas sem ter que ficar fazendo pedidos manuais toda hora.
Vale também trabalhar com diferentes níveis de planos, oferecendo versões básica, intermediária e premium.
Assim, dá para atender desde o cliente mais econômico até aquele que quer exclusividade ou benefícios extras.
4. Crie um fluxo de atendimento
Um bom fluxo de atendimento precisa responder rápido, resolver problemas e até antecipar necessidades, como lembrar o cliente quando está perto de acabar o produto.
Outro ponto essencial é ter regras claras para cancelamento ou pausa.
O cliente precisa saber que pode interromper a assinatura sem dor de cabeça.
E, por mais estranho que possa parecer, essa liberdade acaba ajudando a reduzir cancelamentos, porque passa confiança.
5. Monte um plano de marketing
Para vender produtos de forma recorrente, é preciso educar o público sobre como esses itens fazem diferença no dia a dia.
O jogo aqui não é só empurrar produto, mas mostrar de forma prática como ele resolve problemas reais ou facilita a rotina.
O marketing digital oferece várias ferramentas para trabalhar isso:
E-mail marketing: funciona muito bem para apresentar o conceito de assinatura e destacar benefícios, como praticidade e economia. E-mails frequentes, com ofertas, novidades ou dicas de uso, ajudam a manter o cliente sempre próximo;
Redes sociais: Facebook, Instagram, LinkedIn… todos servem para mostrar conteúdo relevante. Vale usar posts, vídeos, Reels ou até depoimentos de quem já é assinante para provar o valor do produto na prática;
Anúncios online: investir em mídia paga, seja em redes sociais ou no Google, permite segmentar o público certo com mensagens personalizadas – principalmente se o produto atender a nichos específicos, como orgânicos, beleza ou produtos pet.
Um ponto forte é mostrar clientes reais contando suas experiências.
Depoimentos e histórias ajudam muito a construir confiança, porque nada convence mais do que alguém falando como o produto mudou a rotina dela.
Seja vendendo alimentos, suplementos, produtos pet ou kits de artesanato, o segredo está em entender o que o público consome de forma constante e entregar uma experiência que faça valer a pena a recompra.
Mas nada disso sai do papel sozinho, como explica Bruno:
“O negócio agora é colocar em prática. Pesquise, porque tenho certeza de que você vai encontrar produtos incríveis para incluir no portfólio e fazer seu cliente realizar a segunda, terceira, quarta compra muito mais rápido.”
Bruno de Oliveira - Fundador do Ecommerce na Prática e sócio Nuvemshop
Aula grátis | Venda com recorrência na internet!
Agora você já tem algumas ideias de produtos recorrentes para vender em seu Ecommerce.
Mas, o que faz o cliente voltar não é apenas o produto, sabia?
Ana Clara Magalhães é senior manager de aquisição do Ecommerce na Prática e especialista em marketing e redes sociais. Pós-graduada em gestão de Marketing, ela foi responsável por desenvolver a estratégia de conteúdo da maior escola de e-commerce do país e, desde 2018, compartilha seu conhecimento ministrando treinamentos e criando conteúdos focados em auxiliar empreendedores a alcançarem o sucesso nas vendas online.
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