Pontos principais do artigo:
- Como trabalhar com Ecommerce? Você precisa de um nicho de mercado, uma persona, fornecedores e uma plataforma de Ecommerce;
- Não é incomum que Ecommerces bem planejados comecem a faturar R$ 100 mil por mês ainda no primeiro ano de operação. Veja alguns exemplos;
- Aprenda como trabalhar com Ecommerce na aula Ecommerce do Zero. Assista de graça! 💙
O sonho de ser seu próprio chefe é bem comum no Brasil. Hoje, com o Ecommerce, realizar isso está ao alcance de muita gente.
E você pode trabalhar com Ecommerce mesmo sem ter experiência com vendas ou conhecimento sobre varejo.
A gente sabe que essa vontade de empreender vem acompanhada de muitas dúvidas:
- "Por onde eu começo?"
- "Qual produto escolher?"
- "Como encontrar o nicho certo?".
Se essa é a sua realidade, pode respirar aliviado!
Neste guia completo, você vai encontrar um guia de como trabalhar com Ecommerce, começando do zero.
Vamos colocar a mão na massa?
Índice:
O que é Ecommerce?
Ecommerce, ou comércio eletrônico, é a prática de vender pela internet.
Ou seja, é quando você usa o ambiente digital para realizar transações comerciais – seja em uma loja virtual própria, em marketplaces, redes sociais ou até mesmo pelo WhatsApp.
O Ecommerce no Brasil começou timidamente no início dos anos 2000, com grandes empresas como Americanas e Magazine Luiza expandindo do varejo físico para o varejo online.
De lá para cá, o mercado cresceu muito, impulsionado pela entrada de marketplaces de peso, como Mercado Livre, Amazon, Aliexpress, Shopee e Shein.
Hoje, o Ecommerce brasileiro é um mercado maduro e cheio de oportunidades.
Vamos falar sobre isso no próximo tópico?
↪️ Leia também: Como criar um site de vendas gratuito? 10 passos
A previsão de crescimento do Ecommerce no Brasil
O Ecommerce no Brasil cresceu 286% nos últimos anos, de acordo com dados da Fecomercio e a expectativa é que o mercado continue em expansão daqui para frente.
Dados da Grand View Research, por exemplo, mostram o seguinte:
- A previsão é que o Ecommerce brasileiro alcance um faturamento de US$ 395.0 milhões em 2030;
- A taxa anual de crescimento do Ecommerce por aqui deve se manter em 15.7% ao ano até 2030;
- O Brasil tem tudo para se tornar o líder do mercado de Ecommerce na América Latina em termos de receita em 2030.
Tudo isso coloca o nosso país em uma posição de destaque no cenário do comércio eletrônico, com um grande potencial de influência e inovação.
Hoje, o Ecommerce representa 9% do total de vendas realizadas no varejo brasileiro (FTI Consulting via CNN).
Quando comparado às potências do Ecommerce, como China e Estados Unidos, vemos que ainda há muito espaço para crescer.
E você quer estar preparado para esse crescimento?
Como trabalhar com Ecommerce? 7 etapas validadas
Trabalhar com Ecommerce não é complicado quando você conhece o método certo.
O que vamos compartilhar com você aqui é o mesmo método que ensinamos no treinamento Ecommerce do Zero, disponível na nossa escola.
Vamos tirar seu projeto do papel agora…
1. Defina seu nicho de mercado
Nicho de mercado é um segmento específico dentro de um mercado maior – uma fatia menor, com necessidades e desejos particulares.
Imagine que você quer trabalhar com esportes, por exemplo.
Vender "artigos esportivos" para todos os praticantes de esportes é um tiro no escuro.
As necessidades de um corredor são completamente diferentes das necessidades de um jogador de tênis ou um nadador.
Por isso, você precisa afunilar o seu foco.
Escolha um esporte específico, como corrida, futebol ou tênis.
Ter um nicho traz uma série de vantagens:
- Conhecer profundamente seu público e entender suas dores, desejos, necessidades e comportamentos;
- Oferecer produtos e soluções mais assertivas, que atendem às demandas específicas do seu nicho;
- Criar mensagens e conteúdos mais certeiros, que realmente se conectam com seu público.
2. Defina sua persona
Persona é um personagem criado com base em dados reais e pesquisas.
Ele representa o seu perfil de cliente ideal, detalhando as suas dores, desejos e necessidades.
Esse é um passo importante porque, assim como tudo na vida, não dá para agradar a todo mundo.
É preciso ter clareza sobre quem você quer atingir com o seu produto ou serviço.
Seguindo com o exemplo da loja de produtos esportivos, vamos imaginar que você escolheu o nicho de tênis.
Nesse caso, sua persona pode ser o "João, 35 anos, que joga tênis nos fins de semana para relaxar, busca equipamentos de qualidade, mas não profissionais, e se preocupa com o estilo dentro e fora das quadras".
Para definir sua persona, faça uma pesquisa com pessoas que se pareçam com ela, seja com entrevistas presenciais ou online.
Um formulário do Google compartilhado em grupos de WhatsApp, por exemplo, já ajuda muito.
↪️ E para te ajudar a organizar esse processo, sugerimos que você baixe o Mapa de Empatia do Ecommerce na Prática. Temos certeza que essa ferramenta vai ser útil!
3. Encontre bons fornecedores
Nesse ponto, você provavelmente já tem uma boa ideia de que produto pretende vender.
Mas pode ser que você ainda não tenha a resposta para uma pergunta muito importante: "Quem vai te fornecer esses produtos?"
A verdade é que essa etapa exige pesquisa e paciência, como explica Babi Tonhela, consultora especialista em Ecommerce:
“Você só vai conseguir ter bons fornecedores se dedicar tempo na pesquisa por esses parceiros. Considere pontos como a qualidade dos produtos que eles oferecem; a confiabilidade nos prazos de entrega e os preços, que precisam ser competitivos.”
Babi Tonhela - consultora especialista em Ecommerce
Existem diversas opções, e você pode combinar diferentes canais para encontrar fornecedores de produto para revenda:
- Google: a ferramenta de busca é um ótimo ponto de partida. Pesquise por fornecedores, distribuidores, importadores, fabricantes ou atacadistas no seu segmento. Use palavras-chave específicas e explore diferentes resultados;
- Na rua: se você já tem uma ideia dos produtos que quer vender, vá até lojas físicas e observe as embalagens. Anote o CNPJ dos fabricantes, distribuidores ou importadores;
- Feiras e congressos: participar de eventos do seu setor pode te colocar em contato direto com fornecedores e te dar a chance de conhecer as novidades do mercado;
- Marketplaces: alguns marketplaces (principalmente os estrangeiros, como Alibaba e AliExpress) também funcionam como plataforma para fornecedores.
Use essa checklist de fornecedores na hora de buscar os seus:
📝 Antes de fechar negócio, marque esta checklist:
↪️Leia também: Como criar uma loja virtual sem estoque?
4. Crie sua marca
A marca é a identidade do seu negócio, é como ele será reconhecido e lembrado pelos seus clientes.
Criar uma marca não é só escolher o nome da loja virtual, embora isso seja importante também!
Envolve definir os valores, a personalidade e a proposta única do seu negócio.
Os elementos principais são:
- Nome: escolha um nome que seja fácil de lembrar, pronunciar e escrever. Ele deve refletir a essência do seu negócio e ser relevante para o seu público;
- Domínio: registre o domínio da sua loja virtual, que será o endereço online onde seus clientes te encontrarão;
- Identidade visual: crie um logotipo, paleta de cores, tipografia e outros elementos visuais que representem sua marca e transmitam a mensagem que você deseja.
A consistência na aplicação dessa marca que você criou deve ser geral em todos os canais – Instagram, WhatsApp, loja virtual, e até loja física, se você tiver.
A marca é um dos maiores patrimônios da sua empresa. Ela é que agrega valor ao que você vende.
5. Formalize seu negócio
Muita gente começa vendendo online como pessoa física, o que é normal no início.
Mas à medida que o negócio se desenvolve, ter um CNPJ se torna uma obrigação.
E nós te incentivamos a resolver isso logo de cara.
Formalizar seu Ecommerce é o que vai te permitir crescer de forma estruturada, transmitir confiança aos seus clientes e aproveitar oportunidades que só um negócio regularizado pode ter:
- Possibilidade de emitir nota fiscal;
- Acesso a fornecedores mais profissionais e com condições melhores;
- Acesso à linhas de crédito para empreendedores;
- Separação das suas finanças pessoais e empresariais.
Existem diferentes formas de formalizar seu negócio, mas a opção que a maioria das pessoas escolhe é o MEI (Microempreendedor Individual).
Ele é simples de abrir, custa pouco e tem um nível de burocracia muito baixo.
Mas, em contrapartida, suas limitações são maiores:
- Só é possível faturar até R$ 81 mil por ano;
- Você só pode contratar uma pessoa.
Se o faturamento passar um pouco, já precisa migrar para ME (Micro Empresa), que permite um faturamento anual de até R$ 360 mil.
A escolha vai sempre depender do seu momento de negócio, como explica Camilla Magalhães, especialista em vendas:
“A escolha depende do momento do seu negócio. Se você ainda está validando o produto e ainda não vende muito, o MEI é o ideal. Agora, se você já tem estoque e está disposto a investir mais, vai para o ME.”
Camilla Magalhães - Especialista em vendas
6. Escolha seu canal de vendas
Agora, você precisa definir onde seus clientes vão ter acesso aos produtos que você vende.
Como adiantamos, o Ecommerce é um mercado com muitos canais de venda, sendo os principais a loja virtual, o marketplace e as redes sociais.
Nossa recomendação é que você construa a sua própria estrutura e, para isso, você precisa de uma loja virtual própria para sua marca.
Recomendamos isso por que:
- Em uma loja virtual você trabalha de forma independente, sem se sujeitar às regras e taxas dos marketplaces, que podem mudar a qualquer momento;
- Esse é o canal mais propício para criar uma marca de longo prazo. Nele você fortalece sua marca, transmite mais profissionalismo e lucra mais.
E quando o assunto é plataforma de Ecommerce, nossa recomendação é a Nuvemshop.
Lá você consegue criar sua loja virtual de graça, sem precisar de conhecimentos técnicos ou contratar programadores.
A Nuvemshop oferece integrações que acompanham sua loja da primeira venda até o crescimento, sem requerer migrações. Basta alterar o plano.
Com o tempo, depois que você aprender mais sobre o mercado de Ecommerce, é possível expandir a sua marca e vender nos marketplaces também.
↪️ Leia também: Como abrir uma loja virtual em 10 passos?
7. Construa sua audiência
Audiência, na visão de muitos especialistas, é o maior ativo que um Ecommerce pode ter.
Audiência são as pessoas que consomem seu conteúdo, interagem com sua marca e, eventualmente, compram seus produtos.
Construir uma audiência não é tarefa que se completa da noite para o dia, como explica Babi Tonhela:
"Criar a loja e botar os produtos online é apenas um dos passos. Depois, você precisa desenvolver esse negócio, criar conteúdo, conquistar sua audiência, botar isso no mercado, trabalhar sua marca. Por que as pessoas comprariam de você? É isso que você tem que pensar. "
Babi Tonhela - Consultora especialista em Ecommerce
Algumas das formas de se construir audiência são:
- Crie conteúdo relevante: produza conteúdo que seja útil, interessante e informativo para o seu público-alvo. Pode ser em formato de texto, vídeo, imagem, áudio, etc. O importante é entregar valor e atrair a atenção das pessoas certas;
- Esteja presente onde seu público está: identifique os canais de comunicação que sua persona utiliza e marque presença neles. Pode ser em redes sociais, blogs, fóruns, etc;
- Interaja e se relacione: responda a comentários, mensagens e dúvidas do seu público. Mostre que você se importa com eles e que está disposto a ajudá-los;
- Ofereça algo em troca: crie promoções, sorteios, brindes ou outros incentivos para atrair novos seguidores e engajar os que já te acompanham;
- Seja consistente: mantenha uma frequência de publicações e interações. A consistência é fundamental para manter sua audiência engajada e interessada no seu conteúdo.
8. Crie boas ofertas
Criar boas ofertas pode transformar sua audiência em clientes.
Mas atenção: oferta não é sinônimo de preço baixo.
Oferta, na verdade, é tudo aquilo que você apresenta ao seu cliente para convencê-lo a comprar seu produto ou serviço.
O básico é ter um produto que atenda às necessidades e desejos do seu público.
Então, você deve apresentar seu produto de forma clara, detalhada e envolvente.
Isso vale tanto para a descrição do produto no seu site quanto para vídeos e conteúdos que você faça sobre ele.
E por “apresentar o produto” não queremos dizer que você deve usar uma linguagem comercial, mas mostrar como ele é o que o cliente procura ou deseja.
Lembra do exemplo da loja de tênis? Uma oferta para ele seria mais ou menos assim:
- Kit inicial: "Para quem está começando a jogar tênis, oferecemos um kit com raquete, bolas e munhequeira, com 10% de desconto e frete grátis";
- Compre junto: "Na compra de dois vestidos, ganhe um cinto de brinde";
- Desconto progressivo: "A cada peça adicionada ao carrinho, você ganha 5% de desconto, limitado a 20%";
- Frete grátis: "Frete grátis para todo o Brasil em compras acima de R$ 200".
Criar boas ofertas é quase uma arte – uma que exige conhecimento do seu público, criatividade e testes constantes.
9. Invista no atendimento ao cliente
No Ecommerce, o atendimento ao cliente é ainda mais importante do que no varejo físico.
Afinal, o cliente não tem contato direto com o produto, nem com o vendedor.
Mas o que é um atendimento de excelência no Ecommerce?
- Disponibilidade: esteja presente nos diferentes canais de comunicação (chat, e-mail, telefone, redes sociais);
- Agilidade: resolva os problemas e solicitações dos clientes de forma ágil. Ninguém gosta de esperar por uma resposta ou solução;
- Clareza e objetividade: Comunique-se de forma clara e sem rodeios. Evite jargões e termos técnicos que o cliente pode não entender.
Além dos canais tradicionais de atendimento do Ecommerce, você também pode criar uma página de perguntas frequentes (FAQ) no seu site.
10. Impulsione sua loja
Depois de montar sua loja, criar ofertas irresistíveis e construir um relacionamento com sua audiência, é hora de dar um gás nas suas vendas e tirar seu Ecommerce do zero.
Impulsionar, ou divulgar, sua loja significa investir em estratégias de marketing para atrair mais visitantes e gerar mais vendas.
Continue produzindo conteúdo relevante e de qualidade para atrair e engajar sua audiência, sobretudo nas redes sociais.
Dados da Business Dasher, 90% das contas do Instagram seguem pelo menos uma empresa e 70% dos seus usuários ativos já fizeram uma compra na rede.
No TikTok, a situação é parecida: uma pesquisa da Opinion Box mostrou que 45% dos usuários seguem marcas por lá.
Ali, além do conteúdo orgânico, você pode também investir em anúncios direcionados.
Ao usar essa estratégia, você precisa segmentar bem seus anúncios e garantir que eles estão atingindo a sua persona, aquela que falamos lá no início do artigo.
↪️Leia também: 70 frases para inauguração de loja (virtual e física).
Quais os requisitos para trabalhar com Ecommerce?
Para trabalhar com Ecommerce é importante saber que existem alguns requisitos.
1. Mentalidade empreendedora
Antes de tudo, é preciso ter a mentalidade certa.
Ecommerce é um negócio como qualquer outro, e exige comprometimento e disciplina.
Esteja preparado para enfrentar desafios, aprender com os erros e se adaptar às mudanças do mercado.
Isso porque os resultados no Ecommerce não aparecem da noite para o dia.
É preciso ter paciência, persistência e foco nos objetivos de longo prazo.
Não desanime com os primeiros obstáculos e continue trabalhando duro para alcançar o sucesso.
2. Um espaço para trabalhar
Para começar um Ecommerce você não precisa ter um escritório chique, com mesa de vidro e cadeira ergonômica.
Se você trabalha sozinho (como 64% dos alunos do Ecommerce na Prática) pode começar na sala de casa, em um cantinho do quarto ou até mesmo em um coworking.
Os itens essenciais de um escritório em casa são:
- Computador ou celular com boa conexão à internet;
- Mesa e cadeira confortáveis.
Você também precisa de silêncio e organização.
Sugerimos que você crie uma rotina para trabalhar com foco, como você faria em um emprego tradicional.
3. Vontade de aprender
Novas tecnologias, tendências e estratégias surgem a todo momento – especialmente no Ecommerce.
E mesmo que você já tenha experiência no mercado, sempre há algo novo para descobrir.
Por isso, a vontade de aprender é um requisito. Busque cursos, livros, artigos, vídeos e outros conteúdos que possam te ajudar a crescer.
Quanto ganha alguém que trabalha com Ecommerce?
Se a metodologia certa for aplicada, os ganhos no Ecommerce crescem aos poucos, mas não há nenhum tipo de garantia de faturamento.
Para te dar uma boa ideia, veja quanto a empresa de 5 dos nosso alunos faturam:
- A Yuri Plantas & Vasos fatura cerca de R$ 100 mil por mês;
- A Curly Beauty fatura R$ 200 mil por mês;
- O Clube da Grama fatura R$ 250 mil por mês
- A Neurofood faturou R$ 1 milhão em menos de um ano;
- A Sinal Center fatura R$ 3 milhões por ano.
Aula gratuita | Aprenda como trabalhar com Ecommerce
Você tem aquela ideia incrível de negócio, que te tira o sono à noite, mas se sente perdido na hora de colocar tudo em prática?
↪️ A aula gratuita Ecommerce do Zero é o mapa que você precisa para ter um negócio validado, mesmo que você esteja começando do absoluto zero.
Você vai aprender:
- Como montar um negócio com pouco investimento;
- Como criar ofertas que realmente vendem;
- Como atrair clientes todos os dias, sem depender de sorte.
Você não precisa de experiência para trabalhar com Ecommerce!
O Método Ecommerce do Zero vai te mostrar como tirar tudo isso do papel.
⤵️ Assista de graça: