Ao longo dos últimos anos, as tendências de consumo têm evoluído de formas, muitas vezes, inesperadas. Um sinal claro disso é o nascimento da economia colaborativa, um fenômeno que vem ganhando muita força e está mudando as formas de consumo conhecidas. Hoje vamos te falar exatamente o que isso significa.

A tecnologia está mudando os modelos de negócios tradicionais, gerando novas relações produtivas e transformando os padrões de consumo global. 

Foi nesse contexto que surgiu a economia colaborativa, um sistema em que bens e serviços são compartilhados e trocados por meio de plataformas digitais. Sempre com o consumidor no centro da decisão de compra.

Graças a essas plataformas digitais, as barreiras da desconfiança por parte dos consumidores foram reduzidas por meio de classificações e preferências dos usuários e isso dá origem a novas formas de conectar, trocar e monetizar bens econômicos em modelos de negócios tradicionais.

Para você ter uma ideia, a revista Time já posicionou a economia colaborativa entre as 10 ideias que mudarão o mundo.

Acompanhe esse texto para entender o que é economia colaborativa e quem se beneficia com ela…

O que é economia colaborativa?

Economia colaborativa é um modelo em que serviços e bens são utilizados de forma compartilhada. Ela é fruto de três pilares:

  • Social: preocupação com o crescimento populacional e com a qualidade de vida das pessoas;
  • Econômico: preferência pelo uso compartilhado de bens ou itens;
  • Tecnológico: uso de dispositivos e plataformas móveis e das redes sociais.

Por exemplo, em vez de ir a uma loja de materiais de construção e comprar uma chave de fenda, você pode alugar a ferramenta por algumas horas em um aplicativo específico.

Dessa forma, você só é dono do objeto pelo tempo que precisar usá-lo e depois o devolve para outros usarem ou alugarem. Esse modelo de economia surge como alternativa ao consumo atual, substituindo a acumulação, sem alterar a qualidade de vida das pessoas.

Dois bons exemplos práticos para esse tema são o Airbnb e o Uber. Essas plataformas são formas alternativas de hospedagem e transporte, respectivamente, nas quais o usuário paga pelo serviço apenas pelo tempo que utilizar.

Quais são os princípios da economia colaborativa?

Para que você entenda um pouco mais sobre o conceito de economia colaborativa, reunimos os seus princípios. Veja só:

1. Reutilização de produtos

A reutilização de produtos, como o nome já sugere, é a ação de reutilizar, reciclar ou trocar produtos e tem como objetivo reduzir o consumo. Funciona assim: quando um objeto não é mais útil para alguém, ele é transferido para outras pessoas que precisam.

Um exemplo clássico disso são as plataformas de venda de carros usados. Também podemos citar os serviços do site Enjoei, onde as pessoas podem criar suas lojas e vender objetos que não usam mais.

Esse tipo de plataforma procura ser mais pessoal na abordagem aos clientes, o que influencia nas vendas. As peças vendidas são redistribuídas para novos interessados ​​com preços mais acessíveis.

Saiba mais: Moda circular: o que é, como funciona e dicas para começar

2. Estilo de vida colaborativo

Já o estilo de vida colaborativo é um modelo em que as pessoas se unem para apoiar um projeto que seja do interesse delas. Muitos influenciadores se beneficiam disso por meio de financiamento coletivo, como o APOIA.se, por exemplo.

Outro exemplo interessante do estilo de vida colaborativo é o site Vakinha, que é destinado a ajudar pessoas em despesas de festas, medicamentos, operações e viagens.

3. Compartilhamento de serviços

Já o compartilhamento de serviços é quando o empresário busca resolver seus problemas e necessidades por outros meios que não sejam o da compra. É possível optar pelo compartilhamento ou pela locação de produtos ou serviços

Um bom exemplo desse tipo de compartilhamento são os sites onde as pessoas vendem ou compartilham livros e textos que não usam mais. O uso compartilhado de bicicletas e carros elétricos também entra aqui.

Quais são os elementos da economia colaborativa?

É inegável que a economia colaborativa vem transformando o mercado com novas formas de fazer negócios, consumir e circular pela cidade. 

Essas mudanças não nos beneficiam apenas enquanto consumidores, como também ajudam o planeta. Veja os principais elementos da economia colaborativa:

1. Maior oferta de produtos

Quando se tem uma maior oferta de bens e serviços, aumentam as opções para quem busca viajar ou comprar itens como eletrodomésticos, roupas e bicicletas.

Esse ponto, muitas vezes, é visto como aumento da concorrência, mas vale lembrar que ela pode ser muito positiva, por levar os negócios a se reinventar, o que provoca muitas transformações a longo prazo.

2. Economia sustentável

Além da questão de evitar grandes custos de produção, esse tipo de economia ainda traz benefícios com um viés sustentável, pois permite o compartilhamento.

Compartilhar é a forma ideal de lidar com os produtos e recursos finitos do planeta, já que muitos deles não são renováveis. Ao compartilhar esses materiais, a produção em escala é reduzida e menos resíduos são despejados no meio ambiente.

3. Acessibilidade dos serviços

A colaboração entre consumidores e empresas também acaba ampliando as opções de consumo do público, pois as pessoas passam a ter mais acesso a produtos que, no mercado normal, não caberiam em seus orçamentos.

E para as empresas, em geral, esse modelo pode ampliar o alcance da marca, permitindo um relacionamento maior e mais próximo com os clientes, além de atrair mais consumidores.

Exemplos de economia colaborativa

Agora que você já descobriu o que é economia colaborativa, vamos conhecer algumas empresas que utilizam esse modelo com sucesso:

1. Enjoei

O Enjoei é um marketplace, criado em 2009, que conecta pessoas que querem se desapegar de bens com outras que desejam adquirir esses produtos. 

Hoje, o Enjoei é uma loja consolidada, na qual é possível vender roupas, sapatos, eletrônicos, itens de decoração, entre outros.

O site aceita pagamento à vista com boleto bancário, cartões de crédito e débito, PIX, créditos Enjoei, etc. Se quiser saber como vender no Enjoei, lei nosso GUIA.

2. Airbnb

Já o Airbnb é atualmente uma das startups mais valorizadas no mundo. Ela é uma das melhores representantes da economia colaborativa e apresenta um novo tipo de mindset que valoriza a experiência do consumidor. 

A empresa começou em 2008, quando dois designers que tinham um espaço sobrando hospedaram três viajantes que procuravam um lugar para ficar. 

De lá para cá, muita coisa aconteceu, e hoje existem milhões de pessoas que anunciam seu espaço e reservam acomodações únicas, em qualquer lugar do mundo.

3. DogHero 

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A DogHero é uma startup que conecta donos de pets e pessoas que queiram trabalhar nesse mercado com serviços de passeios, hospedagem de cachorros e mais. A empresa foi criada em 2014 e já atua em 3 países: Brasil, Argentina e México, além de já estar disponível em mais de 700 cidades.

Os anfitriões, também chamados de herois, são escolhidos criteriosamente e podem começar a ofertar os horários e datas que estarão disponíveis na própria plataforma. Eles também podem escolher qual o preço cobram por seus serviços.

Um diferencial bacana é que a empresa  oferece um sistema de pontuação que permite dar notas ao trabalho dos cuidadores, o que cria a confiança nos seus usuários. 

4. My Open Closet

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Outro grande exemplo de economia colaborativa é a My Open Closet, uma empresa com foco na facilidade de partilhar roupas para ocasiões especiais.

A ideia da plataforma é ser uma rede de amigas que compartilham vestidos e acessórios de diversas marcas, tamanhos e modelos. 

Esse modelo privilegia a conectividade entre os consumidores com os anunciantes das peças, promovendo o compartilhamento.

O melhor de tudo é que isso questiona as formas tradicionais de consumo, além de diminuir o lixo gerado pela indústria da moda e, ao mesmo tempo, aumentar as possibilidades de looks.

5. Uber

economia colaborativa

O último exemplo é o Uber, que é considerado um dos ícones da economia colaborativa. A plataforma conecta motoristas com passageiros, oferecendo um atendimento a um custo mais acessível. 

A empresa tem mais de três milhões de motoristas parceiros e mais de 75 milhões de usuários pelo mundo, se consolidando a cada dia como uma opção de economia colaborativa voltada para mobilidade urbana prática e eficaz para todos os públicos.

5 estratégias para aplicar a economia colaborativa no seu negócio

Conheça agora 4 estratégias para tirar proveito da economia colaborativa e fazer a sua marca crescer:

1. Venda objetos que não são mais úteis para a sua empresa

Sabe aqueles objetos que estão encostados num canto da sua empresa há um bom tempo? Você pode montar um pequeno Ecommerce com eles. 

Para isso, basta fotografar esses itens e os descrever detalhadamente, destacando o tamanho, cor, tempo de uso e qualquer outra informação que achar interessante.

Inclusive, temos um artigo que fala exatamente sobre isso: O que é Recommerce? Entenda Como aproveitar essa tendência

2. Faça parcerias com empresas que prezam pela sustentabilidade

Faça parcerias de marketing com empresas que prezam pela sustentabilidade. Essa pode ser uma forma excelente de mostrar para um público maior as iniciativas que a sua empresa está tomando.

Esse tipo de ação cria um nível de confiança na sua marca, o que é muito interessante para aproximar as pessoas de suas iniciativas na economia colaborativa.

Leia também: 7 formas de ter um Ecommerce sustentável que QUALQUER empresa pode aplicar

3. Esteja atento à experiência do cliente

A experiência de compra do cliente deve ser um pilar essencial para construir a sua marca. Isso porque fornecer uma experiência de alto nível ao cliente é um passo necessário para atrair novos compradores em uma era de consumo colaborativo. 

Um ponto importante é interagir com seus clientes com frequência, para identificar maneiras de fornecer uma experiência cada vez mais encantadora, sempre de olho na percepção que ele tem do seu negócio

4. Controle os custos da sua empresa

Entender o equilíbrio entre ganhos e gastos é essencial para qualquer empresa. Afinal, de nada adianta crescer o número de clientes e vendas, se os seus custos aumentarem na mesma proporção. 

Nesse sentido, o uso da tecnologia presente na economia colaborativa ajuda a diminuir os custos do seu negócio. Dessa forma, você consegue se destacar da concorrência. 

Inclusive, temos um artigo que pode te ajudar nisso. Veja só: Redução de custos: 6 maneiras de aplicar na sua empresa

5. Estimule a cultura da colaboração

Um ponto essencial para que a economia colaborativa continue crescendo é estimular a constante troca de experiências entre a sua equipe e também com outras empresas e clientes

Para aproveitar essa estratégia, crie canais de comunicação e integração entre todos esses agentes, estimulando o envio de sugestões, críticas, opiniões e novas ideias.

Economia colaborativa e conhecimento: uma união perfeita

O avanço do acesso à internet e o surgimento de uma geração de pessoas dispostas a iniciar grandes transformações são alguns dos componentes culturais responsáveis pela consolidação da economia colaborativa.

Esse novo modelo está redefinindo a forma como fazemos negócios e nos relacionamos por meio da troca de bens e serviços entre as pessoas.

O principal valor agregado dessa nova tendência de colaboração, além do econômico, é a democratização do conhecimento…

Nesse sentido, o modelo da economia colaborativa pode trazer benefícios pessoais, financeiros e de crescimento pessoal e intelectual.

A era da economia colaborativa representa uma mudança cultural e o Ecommerce na Prática faz parte dessa cultura. 

A assinatura Ecommerce na Prática se insere nesse contexto, pois em vez de adquirir um curso ou treinamento por valores muitas vezes exorbitantes, você assina um serviço e tem acesso a diversos cursos ao mesmo tempo. 

Assim, você deixa de ser o dono de um curso ou treinamento específico e passa a compartilhar o acesso a conhecimentos diversos e valiosos.

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