O Diagrama de Ishikawa – também conhecido como diagrama de causa e efeito ou diagrama de espinha de peixe – é uma ferramenta visual que ajuda a identificar e organizar as causas de um problema. Ele facilita a análise de diferentes fatores, promovendo soluções mais eficazes.

Você já enfrentou um problema no seu negócio e não sabia por onde começar a resolver? Esse é um cenário bastante comum, que afeta empreendedores de todos os nichos de mercado. 

A boa notícia é que existe uma ferramenta que pode te ajudar nesses momentos, e ela se chama Diagrama de Ishikawa!

De acordo com uma pesquisa realizada por Yoshio Kojima, publicada no Journal of Quality Maintenance Engineering, o uso do diagrama pode reduzir o tempo necessário para solução dos problemas em 50%. Impressionante, não concorda? 

Por isso, neste artigo, vamos mostrar como o Diagrama de Ishikawa pode ajudar você e a sua empresa, dando exemplos e dicas.  

Pegue seu papel e caneta, e vamos começar! 

O que é o Diagrama de Ishikawa?

O Diagrama de Ishikawa, também conhecido como Diagrama Espinha de Peixe, é uma ferramenta visual que ajuda a identificar as possíveis causas raízes de um problema específico.

Criado pelo engenheiro Kaoru Ishikawa, essa ferramenta é muito utilizada na melhoria de processos e na resolução de problemas. 

O diagrama facilita a análise de processos ao categorizar as causas potenciais em diferentes áreas, como: 

  • Materiais;
  • Mão de obra;
  • Métodos;
  • Máquinas;
  • Medição;
  • Meio ambiente.

Esses são conhecidos como os 6Ms – falaremos mais sobre eles em breve! 

A representação visual do diagrama se assemelha a uma espinha de peixe: a cabeça do peixe representa o problema a ser resolvido, enquanto as espinhas principais representam as categorias de causas. 

Diagrama de Ishikawa

Cada ramificação dessas espinhas principais detalha possíveis causas que contribuem para o problema.

Por exemplo, imagine que uma fábrica esteja enfrentando problemas de controle de qualidade em seus produtos

Usando o Diagrama de Ishikawa, a equipe pode organizar e investigar as causas potenciais sob diferentes categorias, como a qualidade dos materiais, os métodos de produção e as máquinas utilizadas. 

Essa abordagem sistemática ajuda a identificar a causa raiz e a implementar soluções eficazes.

Para que serve essa ferramenta? 

O Diagrama de Ishikawa serve principalmente para identificar as raízes de um problema ou efeito específico.

Em outras palavras, ele ajuda a entender por que algo deu errado, organizando visualmente todas as possíveis causas em categorias. 

Ao utilizar o Diagrama de Ishikawa, você pode:

  • Analisar as possíveis causas de um problema de forma estruturada;
  • Aumentar a eficiência dos processos ao identificar e eliminar as causas raízes;
  • Melhorar a colaboração da equipe ao discutir e visualizar juntos os fatores que contribuem para o problema;
  • Descobrir oportunidades de melhoria contínua, prevenindo a recorrência de problemas.

O objetivo final é desenvolver soluções que abordem as questões fundamentais, evitando que os mesmos problemas voltem a ocorrer. 

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Os 6 Ms do Diagrama de Ishikawa

Os 6Ms do Diagrama de Ishikawa são categorias as usadas para identificar e classificar as possíveis causas de um problema. 

Esse modelo é particularmente popular em indústrias, mas pode ser adaptado para diferentes setores e situações; como o Ecommerce

Antes de entrarmos nos detalhes, aqui vai um resumo: 

Diagrama de Ishikawa

1. Método

O método se refere aos processos e procedimentos usados para realizar uma tarefa ou produção. Em termos mais simples, o método busca responder: como esse erro acontece? 

Qualquer problema no método pode levar a resultados inconsistentes ou de baixa qualidade. 

Por exemplo, se uma loja online tem um processo de atendimento ao consumidor mal definido, pode acabar perdendo clientes devido a respostas lentas ou inadequadas.

Vamos dar um exemplo mais concreto… 

Imagine que sua empresa está recebendo muitas reclamações de clientes sobre atrasos na entrega. Ao analisar o método, você descobre que a equipe de logística não tem um processo claro para priorizar envios urgentes. 

Ajustando esse processo, você consegue reduzir os atrasos e melhorar a satisfação do cliente.

Resumindo, então, aqui estão alguns exemplos do que é o método dentro do Diagrama de Ishikawa:

  • Procedimentos mal documentados;
  • Processos inadequados;
  • Falta de padronização;
  • Planejamento deficiente;
  • Inspeção inadequada.

2. Máquina

A máquina se refere ao equipamento e às ferramentas utilizadas no processo de produção. Máquinas defeituosas ou mal calibradas podem causar problemas na qualidade do produto final. 

No contexto de um negócio online, isso pode incluir servidores e sistemas de TI que suportam sua loja virtual.

Digamos que sua loja online está enfrentando muitas quedas de site durante os períodos de pico de vendas. 

Então, você descobre que os servidores estão sobrecarregados. Ao investir em servidores mais potentes ou em um serviço de hospedagem mais robusto, você garante que seu site permaneça no ar, mesmo com alto tráfego.

Aqui estão alguns exemplos de problemas categorizados como “Máquina” no Diagrama de Ishikawa:

  • Manutenção insuficiente;
  • Máquinas obsoletas;
  • Falha de equipamento;
  • Configuração inadequada;
  • Falta de peças de reposição.

3. Medida

Medida se refere às formas de medição e controle usadas para garantir a qualidade e a consistência do processo. Isso inclui tanto as ferramentas de medição quanto os próprios critérios de qualidade. 

Aqui vai um exemplo: você percebe que os produtos enviados pela sua loja online frequentemente custam acima do esperado no envio.

Depois de algumas análises, descobre que a equipe de expedição não tem ferramentas adequadas para medir e verificar os produtos, o que gera diferenças no peso e dimensões de cada pacote.

Nesse caso, implementando melhores ferramentas de medição e critérios de verificação, você pode garantir que os produtos sejam consistentes com os cadastros e você tenha mais previsibilidade nos custos de frete.

Dentro do segmento de “Medida”, alguns problemas comuns são: 

  • Ferramentas de medição não calibradas ou danificadas;
  • Falta de padrões de medição;
  • Técnicas de medição que não são confiáveis;
  • Falhas na leitura ou interpretação humana dos dados de medição;
  • Falta de treinamento.

💡 Ah, e já que falamos sobre frete, que tal ler este artigo sobre o assunto: Como colocar o valor do frete no produto? Veja o cálculo

4. Meio ambiente

O meio ambiente refere-se ao ambiente físico e às condições externas em que o trabalho é realizado. Isso inclui fatores como iluminação, temperatura, ruído e limpeza. 

Um ambiente inadequado pode afetar a eficiência e a qualidade do trabalho, além de impactar o bem-estar dos colaboradores. 

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No contexto de um Ecommerce, isso pode envolver o ambiente de trabalho do time de atendimento ao cliente ou da área de expedição, na qual os produtos são estocados.

Dentro do segmento de “Ambiente” do diagrama, alguns problemas comuns são: 

  • Iluminação, temperatura ou ventilação ruins;
  • Presença de poeira, fumaça ou substâncias químicas no ambiente;
  • Barulho que dificulta a concentração e a comunicação;
  • Layout do local de trabalho mal planejado;
  • Riscos de acidentes ou falta de medidas de segurança.

5. Material

O material envolve todos os insumos e matérias-primas usados no processo de produção. Qualquer problema com a qualidade, disponibilidade ou adequação dos materiais pode levar a defeitos no produto final. 

Para um Ecommerce, isso pode incluir desde a qualidade dos produtos que você vende até o material de embalagem que você utiliza. 

Se os materiais não forem de boa qualidade ou adequados, isso pode afetar negativamente a experiência do cliente. Dentro dessa categoria, alguns exemplos de problemas são:

  • Uso de materiais de baixa qualidade ou com defeitos.
  • Fornecedores inconsistentes;
  • Condições de armazenamento que deterioram os materiais;
  • Danos aos materiais devido a práticas de manuseio inadequadas;
  • Escassez de materiais necessários para a produção.

6. Mão de obra

A mão de obra se refere às pessoas envolvidas no processo e à sua habilidade, treinamento e motivação. 

O nível de competência e o comprometimento da equipe garantem que os processos sejam seguidos corretamente e que o trabalho seja executado com qualidade.

No contexto de um negócio online, isso pode incluir o pessoal de atendimento ao cliente, equipe de marketing, gerentes de logística, entre outros. Veja agora alguns exemplos de problemas que se categorizam como “Mão de obra”: 

  • Funcionários não capacitados para realizar suas tarefas;
  • Falta de engajamento dos trabalhadores;
  • Alta taxa de saída de funcionários experientes;
  • Problemas de comunicação entre equipe e gerência;
  • Excesso de tarefas, que leva ao estresse e erros.

Qual a vantagem de usar o Diagrama de Ishikawa? 

O Diagrama de Ishikawa tem muitos benefícios que tornam a análise e resolução de problemas bem mais eficazes

Vamos dar uma olhada nas principais vantagens:

  • Estrutura visual e organização: o diagrama fornece uma visão clara e organizada das possíveis causas de um problema. Isso facilita entender como as coisas estão interligadas e ajuda a organizar todas as informações de forma lógica;
  • Envolvimento da equipe: utilizar essa ferramenta promove a colaboração entre os membros da equipe. Todos podem contribuir com suas ideias e conhecimentos, o que não só melhora a análise como também fortalece o trabalho em equipe;
  • Priorização de causas: com uma visão geral das possíveis causas, a equipe pode priorizar as mais importantes. Isso ajuda a focar nos pontos que realmente farão a diferença, otimizando tempo e recursos;
  • Melhoria contínua: ele se integra facilmente a processos de melhoria contínua, como o Kaizen – uma filosofia japonesa. Isso ajuda a encontrar oportunidades de aprimoramento e a implementar mudanças progressivas de forma eficiente;
  • Prevenção de problemas futuros: ao identificar as causas principais e tomar medidas corretivas, o diagrama ajuda a evitar que os mesmos problemas voltem a acontecer.

Como fazer um Diagrama de Ishikawa?

Se você chegou até aqui, já deve ter percebido que o Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta versátil, que pode ser adaptada de acordo com as necessidades da sua empresa e equipe. 

Ainda assim, existem alguns pontos principais na hora de aplicar essa ferramenta na prática. Vamos te mostrar agora alguns desses passos: 

1. Defina o problema a ser resolvido 

O que guia o seu diagrama é o problema que você quer resolver. Por isso, seu primeiro passo deve ser identificar e definir claramente o que é isso. 

Para montar visualmente, coloque-o no lado direito do papel ou quadro onde você vai desenhar o diagrama. Essa será a “cabeça do peixe” ou o ponto central do seu diagrama. 

Aqui é onde você descreve de forma simples e direta o problema que precisa ser analisado. Isso vai servir como base para todo o restante do processo, garantindo que todos na equipe entendam exatamente o que está sendo abordado.

2. Identifique as categorias das causas 

Depois de definir o problema, o próximo passo é identificar as categorias principais das possíveis causas. Isso ajuda a organizar as causas de maneira lógica.

No Diagrama de Ishikawa, as categorias mais comuns são os 6Ms. Já falamos sobre eles, mas não custa lembrar: 

  • Método;
  • Máquina;
  • Medida;
  • Meio ambiente;
  • Material;
  • Mão de obra. 

Cada uma dessas categorias representa uma área diferente que pode estar contribuindo para o problema.

Desenhe essas categorias como espinhas principais do "corpo do peixe", conectadas à "cabeça", que é o problema. Isso ajuda a estruturar sua análise e a garantir que você considere todas as possíveis fontes do problema, facilitando a identificação das causas raízes.

3. Diagnostique as possíveis causas específicas 

Com as categorias principais definidas, é hora de diagnosticar as causas específicas dentro de cada categoria. 

Pense em todas as possíveis razões que podem estar contribuindo para o problema, detalhando cada uma delas.

Para cada categoria (Método, Máquina, Medida, Meio ambiente, Material e Mão de obra), adicione ramificações menores que representem causas específicas

Por exemplo, se uma das categorias é "Máquina", as ramificações podem incluir "manutenção inadequada", "equipamento desatualizado" ou "falhas frequentes".

Essa etapa é essencial para quebrar o problema em partes manejáveis e entender melhor suas origens. 

Ao detalhar cada possível causa, você e sua equipe podem discutir e investigar mais a fundo, facilitando a identificação das causas raízes e a elaboração de soluções eficazes.

4. Analise e priorize 

Depois de diagnosticar as possíveis causas específicas, o próximo passo é analisar essas causas

Isso envolve avaliar cada uma para determinar qual tem o maior impacto no problema e qual deve ser abordada primeiro. Em outras palavras, é hora de priorizar

Reúna sua equipe para revisar todas as causas identificadas e discutir a probabilidade e a gravidade de cada uma. 

Algumas causas podem ser mais fáceis de resolver ou ter um impacto maior na solução do problema. Utilize dados e evidências sempre que possível para fundamentar sua análise.

Classifique as causas em ordem de prioridade, concentrando-se nas que parecem ter o maior impacto ou que são mais fáceis de corrigir. 

5. Desenvolva um plano de ação

Com as causas principais identificadas e priorizadas, é hora de desenvolver um plano de ação para resolver o problema. 

Esse plano deve ser detalhado e incluir etapas claras e específicas.  Primeiro, defina as ações necessárias para abordar cada causa prioritária. 

Seja claro sobre o que precisa ser feito, quem será responsável por cada ação e os prazos para a conclusão. 

Estabeleça metas e indicadores de desempenho para monitorar o progresso e garantir que as ações estejam sendo eficazes.

Diagrama de Ishikawa: exemplo para empreendedores 

Imagine uma loja online de decoração que enfrenta reclamações de clientes devido a produtos danificados ao chegarem no destino

Vamos usar o Diagrama de Ishikawa para identificar as causas desse problema. Neste cenário, as categorias de causas, ou os 6Ms, podem ser aplicadas da seguinte forma:

Mão de obra:

  • Falta de treinamento adequado dos funcionários de embalagem;
  • Pouco pessoal, o que leva à sobrecarga dos funcionários;
  • Desatenção ou negligência durante o processo de embalagem.

Método:

  • Processo de embalagem não padronizado;
  • Falta de procedimentos claros para manuseio de itens frágeis, como peças de porcelana;
  • Uso inadequado de materiais de proteção durante a embalagem.

Máquinas:

  • Equipamentos de embalagem desatualizados ou mal calibrados;
  • Falhas nas máquinas de selagem que não garantem a segurança do pacote;
  • Problemas nos dispositivos de etiquetagem que resultam em rótulos incorretos.

Materiais:

  • Uso de caixas ou embalagens de baixa qualidade;
  • Materiais de proteção insuficientes ou inadequados (como plástico bolha ou espumas);
  • Fornecedores de embalagens que não fornecem materiais consistentes e de qualidade.

Meio Ambiente:

  • Condições de trabalho desorganizadas ou estressantes no setor de expedição;
  • Espaço insuficiente na área de embalagem, levando a manuseio inadequado dos produtos;
  • Temperaturas extremas que podem comprometer a integridade dos materiais de embalagem.

Medida:

  • Falta de um sistema eficaz de verificação e controle da qualidade da embalagem;
  • Ausência de registros detalhados de incidentes de produtos danificados para análise posterior;
  • Falta de auditorias regulares nos processos de embalagem para identificar falhas.

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