Pontos principais do artigo:
- Vender para fora do Brasil é uma baita oportunidade – e está disponível também para pequenos negócios;
- As duas principais formas de vender no exterior é com uma loja virtual própria ou com um marketplace. Ambos têm suas vantagens;
- Quer vender para fora do Brasil e não sabe por onde começar? Baixe o Plano de Negócios Pronto em Excel e organize seu negócio. 🌍
No Ecommerce, as barreiras entre países estão ficando cada vez menores.
Mais e mais empresas estão vendendo para fora, aproveitando um mercado que não para de crescer.
Para se ter uma ideia, até 2027, o Ecommerce global deve alcançar um valor de US$ 9,3 trilhões, segundo a GlobalData.
Isso significa que cada vez mais empresas vão disputar espaço em uma arena global, na qual vender para fora não é mais uma necessidade do que uma vantagem.
A grande questão é: sua empresa está pronta para dar esse passo?
Entrar no mercado internacional pode parecer complicado, mas podemos garantir que não é.
Aqui, vamos mostrar o que você precisa saber para vender para fora do Brasil.
Vamos entender isso melhor?
Índice:
Por que vender para fora do Brasil?
Se antes exportar produtos era coisa que só grandes companhias podiam fazer, hoje os pequenos negócios já representam 41% das empresas exportadoras no Brasil, de acordo com a Agência Sebrae.
Ou seja, o processo de vender para fora do Brasil está cada vez mais simples e, com isso, tem muita gente saindo na frente.
Essa não é apenas uma percepção de especialistas, mas é o que dados apontam:
- O número de pequenos empreendimentos que vendem para fora cresceu 120% nos últimos 10 anos;
- Médias e grandes empresas, por exemplo, cresceram apenas 29% no mesmo período;
- Vendas dos pequenos negócios para o exterior aumentaram 152% na última década. Em 2023, esse segmento movimentou US$ 2,8 bilhões.
Com esse crescimento, não dá pra ignorar as oportunidades.
Se empresas menores já estão exportando mais do que nunca, significa que vender para fora não é algo fora da realidade.
↪️ Leia também: Aprenda como calcular taxa de importação no AliExpress com essas dicas.
Como vender para fora do Brasil?
Vender para fora do Brasil é uma chance enorme de crescer, mas precisa de planejamento.
O primeiro passo é escolher o melhor caminho: loja virtual própria ou marketplace internacional.
Cada um tem suas vantagens e desafios, e a escolha depende do seu produto e da estrutura que você tem hoje.
A seguir, vamos te mostrar como cada opção funciona e o que considerar antes de decidir.
1. Em loja online
Ter sua própria loja virtual dá mais liberdade para vender como quiser.
Você define as regras, escolhe os meios de pagamento e frete e evita as taxas e restrições dos marketplaces.
Além disso, pode criar uma marca forte e atrair clientes recorrentes.
Hoje, existem plataformas que facilitam essa operação, como a Nuvemshop.
Nela, você consegue configurar frete internacional sem complicação e integrar meios de pagamento que aceitam moedas estrangeiras, como PayPal e Primefy.
Também é possível ativar a tradução automática da loja.
Se você for por esse caminho, os principais desafios vão ser atrair clientes e gerenciar a logística.
2. Em marketplace
Agora, se a ideia é vender rápido e sem se preocupar tanto com divulgação, marketplaces internacionais são uma boa opção.
Plataformas como AliExpress, Amazon e eBay já possuem milhões de clientes ativos e programas específicos para vendedores brasileiros.
A vantagem é que você entra em um ambiente pronto, sem precisar construir uma audiência do zero.
Além disso, muitos marketplaces oferecem suporte com documentação e tarifas de envio.
Mas essa facilidade tem um custo…
As taxas de marketplace podem ser aplicadas tanto em porcentagem de vendas quanto em mensalidade.
Quem quer vender na Amazon USA, por exemplo, paga US$ 39,99 por mês para vender nos Estados Unidos.
10 dicas para vender fora do Brasil sem dores de cabeça
Agora você já sabe que vender para fora do Brasil não é apenas possível, mas pode ser muito lucrativo.
Aqui estão 10 dicas práticas para te ajudar a dar esse passo com segurança.
Vamos lá!
1. Conheça bem o seu mercado
Antes de você começar a vender lá fora, precisa saber exatamente onde tá pisando.
Não adianta só querer exportar e pronto.
O primeiro passo é entender bem como funciona o país para onde você quer vender.
Dê uma pesquisada rápida para descobrir se o pessoal por lá realmente quer o que você vende, se existe concorrência forte e como é o comportamento desse público.
Tem algumas ferramentas que vão te ajudar bastante nisso:
- Hootsuite Insights: oferece análise de sentimentos e tendências em várias redes sociais, o que pode ajudar a entender as preferências dos consumidores em diferentes mercados;
- Brandwatch: uma ferramenta de escuta social que analisa conversas em várias plataformas para capturar a opinião pública sobre temas específicos, marcas ou produtos;
- SpyFu: especializada em análise competitiva, essa ferramenta permite ver as palavras-chave que os concorrentes compram no Google AdWords, além das variações de anúncios de busca ao longo do tempo.
Fazendo isso, você já evita muita dor de cabeça e consegue ter clareza se vale a pena ou não entrar naquele mercado.
2. Crie um domínio internacional
Antes de pensar em vender fora do Brasil, tem um detalhe importante que muitos acabam esquecendo: seu domínio precisa funcionar lá fora também.
Aqui no Brasil, você provavelmente usa um domínio “.com.br”.
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Mas, fora daqui, o ideal é um “.com”, “.net”, ou até um “.store”, por exemplo.
Essa é a forma de passar mais confiança e se sair melhor na busca do Google.
↪️ Leia também: Aprenda como criar site de vendas grátis com domínio próprio.
3. Traduza seu site
O idioma influencia diretamente a forma como seu site aparece nas buscas.
Um site bem traduzido, com palavras-chave certas, tem muito mais chance de ser encontrado por quem realmente quer comprar.
As lojas da Nuvemshop, por exemplo, podem ser visualizadas em 3 idiomas: Português, Espanhol e Inglês.
Mas, caso sua plataforma não tenha essa funcionalidade, indicamos que você busque uma tradução profissional.
4. Entenda as leis de exportação
Quem quer vender para fora do Brasil não pode ignorar os detalhes burocráticos, porque isso pode atrapalhar seu negócio mais para frente.
A Receita Federal e o Ministério da Economia cuidam dessa parte.
Uma das obrigações, por exemplo, é fazer o cadastro no SISCOMEX, que é um sistema do governo brasileiro no qual você registra todas as operações internacionais.
Dependendo do produto, como alimentos ou cosméticos, fique atento também às normas sanitárias brasileiras e às exigências do país de destino.
5. Adapte seus produtos às normas internacionais
Você não pode pegar seu produto e simplesmente enviar para fora do Brasil.
Cada mercado exige que você cumpra regras específicas, principalmente ligadas a embalagens e segurança:
- Em alguns países, por exemplo, é obrigatório traduzir embalagens e etiquetas;
- Produtos alimentícios precisam incluir claramente ingredientes e valores nutricionais na língua local;
- Cosméticos exigem testes dermatológicos reconhecidos pelas autoridades de lá;
- Já eletrônicos devem apresentar certificações técnicas, como a CE na Europa ou a FCC nos Estados Unidos.
Fazer essas adaptações garante que seu produto chegue tranquilo e não fique preso na alfândega ou receba multas desnecessárias.
↪️ Leia também: Remessa conforme: o que é, documentos necessários e como calcular
6. Precifique de acordo com o mercado externo
O cliente de outro país tem hábitos de compra e expectativas bem diferentes do consumidor brasileiro.
Por exemplo, o preço que parece atrativo aqui pode ser caro lá fora, e o contrário também acontece.
Veja quais preços as pessoas estão praticando naquele país.
Entenda se seu produto é considerado premium ou se está competindo diretamente com marcas locais mais baratas.
↪️ E se precisar de ajuda com a precificação, baixe nossa Planilha de Preço de Venda gratuita.
7. Planeje a logística
Existem muitas opções de frete internacional à disposição dos lojistas brasileiros.
Cada uma tem seus próprios benefícios, custos e considerações de tempo.
Veja:
- Correios: para volumes menores e produtos de menor valor, o serviço postal brasileiro pode ser uma opção econômica, oferecendo modalidades como o Exporta Fácil;
- Transportadoras internacionais: empresas como DHL, FedEx e UPS oferecem serviços rápidos e confiáveis, com rastreamento detalhado. São ideais para produtos de maior valor;
- Frete Aéreo/Marítimo: o frete marítimo é ideal para cargas pesadas e volumosas, enquanto o aéreo é mais rápido, mas geralmente mais caro.
↪️ Leia também: Como fazer envio internacional nos Correios? Passos simples
8. Ofereça formas de pagamento adequadas
A confiança é uma das coisas mais importantes na hora de vender, seja aqui no Brasil ou lá fora.
Se o seu cliente não sentir segurança, sobretudo no pagamento, ele simplesmente não compra.
Vamos deixar aqui algumas opções que funcionam muito bem:
- PayPal: conhecido e usado mundialmente, oferece segurança tanto para o comprador quanto para o vendedor;
- Stripe: uma plataforma de pagamentos que suporta uma ampla gama de cartões de crédito internacionais;
- Transferências bancárias internacionais: para transações de maior valor, algumas empresas preferem transferências diretas;
- Gateways de pagamento locais: dependendo do mercado-alvo, pode ser vantajoso oferecer métodos de pagamento locais, que são populares e confiáveis naquela região.
Certifique-se de que a sua plataforma de Ecommerce pode integrar-se com esses sistemas de pagamento e que você entende as taxas associadas.
9. Treine sua equipe de suporte
Para vender fora do Brasil o suporte da sua empresa precisa estar preparado para atender clientes com hábitos, culturas e expectativas diferentes.
Um jeito prático de treinar sua equipe é criar scripts claros com perguntas e respostas mais comuns no país onde você vende.
E, não importa o idioma, educação e empatia são fundamentais. Oriente sua equipe a agir de acordo.
10. Invista em marketing
Se você já faz marketing digital aqui no Brasil, saiba que no mercado externo funciona parecido, mas tem detalhes que fazem diferença.
Use redes sociais conhecidas no país onde você pretende vender e entenda o jeito que as pessoas interagem por lá.
Na dúvida, veja como seus concorrentes locais fazem anúncios e como falam com o público.
Outra coisa: se preocupe em aparecer bem no Google de lá.
Pesquise palavras-chave certas para aquele país e coloque isso nas descrições e títulos dos seus produtos.
Se você fizer esse trabalho com atenção, a chance de ter retorno é alta.
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