O biscuit é uma daquelas atividades manuais que encantam à primeira vista.
Basta olhar um topo de bolo com bonequinhos personalizados ou lembrancinhas de festas infantis para entender o motivo: é artesanal, delicado e cheio de detalhes que transmitem afeto.
Mas mais do que um hobby, o biscuit também pode ser uma boa fonte de renda, principalmente para quem quer empreender com criatividade.
De acordo com dados da Agência Sebrae, o país tem hoje cerca de 8,5 milhões de artesãos, que movimentam cerca de R$ 50 bilhões por ano.
Neste artigo, você vai descobrir como fazer biscuit para vender: da preparação da massa até as formas de comercializar suas peças.
Vamos começar!
Índice:
O que é biscuit?
O biscuit – também chamado de porcelana fria – é uma massa de modelar que seca naturalmente ao ar.
Ou seja, não precisa de forno nem de equipamentos caros para endurecer, o que já facilita bastante a vida de quem está começando.
A textura lembra uma massinha de modelar mais firme. Depois de seca, a peça fica resistente e pode durar anos se bem conservada.
Por todas essas características, o biscuit é ideal para lembrancinhas, miniaturas decorativas, chaveiros, topo de bolo, personagens personalizados, entre outros produtos.
Uma característica marcante é a possibilidade de personalização. Diferente de peças feitas com molde industrial, no biscuit cada item pode ter um nome, uma profissão, uma expressão facial diferente.
É o tipo de detalhe que os clientes valorizam, principalmente em eventos afetivos como casamentos e batizados.
Uma excelente opção de negócio, não acha? Continue lendo para entender mais. 😉
Como fazer biscuit para vender?
Se você quer montar uma loja virtual de biscuit, saiba que a base desses produtos é a massa.
Você pode comprá-la pronta, mas fazer em casa sai mais barato e te dá controle total sobre a textura e a cor.
Vamos ao passo a passo de como fazer biscuit para vender:
1. Separe os ingredientes necessários
A receita básica leva:
2 xícaras de amido de milho;
2 xícaras de cola branca PVA;
1 colher de sopa de vaselina líquida ou creme hidratante sem silicone;
1 colher de sopa de vinagre ou suco de limão;
(Opcional) corante alimentício ou tinta PVA para colorir;
Panela antiaderente e colher de pau (para preparo no fogão);
Recipiente de vidro (para micro-ondas);
Plástico filme e creme para armazenar.
O vinagre ajuda a conservar a massa por mais tempo, o creme evita que ela resseque. Já o corante pode ser usado na massa crua ou depois da peça pronta, na pintura.
Você pode escolher entre fogão ou micro-ondas. A receita é a mesma, mas o modo de preparo muda um pouco.
Veja:
2.1 No fogão
Misture todos os ingredientes na panela antes de ligar o fogo. Com tudo bem homogêneo, ligue em fogo baixo e mexa sem parar.
Em poucos minutos a mistura começa a engrossar e desgrudar da panela – parecido com brigadeiro em ponto de enrolar.
Quando formar uma massa que não gruda na colher, está pronta.
Se estiver muito mole, cozinhe por mais 1 minuto. Se endurecer demais, pode adicionar um pouquinho de creme enquanto sova.
2.2 No micro-ondas
Coloque a mistura em um recipiente de vidro e leve ao micro-ondas por 30 segundos. Retire, mexa e repita esse processo até chegar na textura de massa cozida.
Em geral, 3 minutos são suficientes, mas depende da potência do aparelho.
Essa opção é prática e rápida, ótima para quem quer testar pequenos lotes.
3. Deixe a massa descansar
Assim que a massa estiver morna, unte as mãos com creme e sove por 5 a 10 minutos. Esse processo elimina bolhas de ar e deixa a textura mais uniforme.
Depois, envolva a massa em plástico filme, coloque num pote bem fechado e deixe descansar por pelo menos 24 horas fora da geladeira.
Isso melhora a elasticidade e evita rachaduras nas peças. Se armazenada corretamente, a massa pode durar de 1 a 2 meses.
4. Faça os acabamentos e a pintura das peças
Com a massa descansada, é hora de criar. Modele com as mãos ou com moldes de silicone, e vá compondo a peça aos poucos.
Quando terminar, deixe secar completamente ao ar livre, protegida de umidade e poeira. O tempo de secagem pode variar de 1 a 4 dias, dependendo do tamanho da peça.
Depois de seca, pinte com tinta PVA ou acrílica. Use pincéis macios e tinta em pouca quantidade para não borrar os detalhes.
Finalize com verniz fosco ou brilhante, dependendo do efeito desejado.
Pequenos acessórios, como laços de fita, pedrarias ou tecidos, também podem ser adicionados para valorizar o acabamento.
Ideias de peças em biscuit para fazer e vender
O biscuit permite criar desde itens utilitários até lembranças afetivas que encantam em qualquer ocasião.
A seguir, veja algumas ideias de peças que podem ser produzidas para venda – inclusive com possibilidades de personalização que aumentam o valor percebido.
Confira a seguir:
Chaveiro
São rápidos de fazer, fáceis de transportar e têm ótima saída.
Podem ter nomes, profissões, personagens, datas especiais ou miniaturas temáticas (como pets ou símbolos religiosos).
Muito procurados para eventos como casamentos, batizados e jantares comemorativos. Podem seguir cores específicas ou temas sazonais, como Páscoa e Natal.
Porta-copo
Dá para criar modelos com flores, personagens ou até com nome do cliente.
São ótimos para kits de presente ou para vender em conjuntos, como kits com 4 unidades temáticas.
Ímã de geladeira
Clássico do artesanato em biscuit, os ímãs são fáceis de fazer, leves e ideais para vendas em quantidade.
Você pode criar modelos com frases divertidas, miniaturas de comidas, personagens ou temas religiosos.
Os ímãs de biscuit também funcionam bem como lembrancinhas de festas e brindes corporativos.
Topo de bolo
Peça com alto valor agregado, geralmente feita por encomenda. Pode ser para casamentos, aniversários, formaturas ou datas comemorativas.
Permite explorar cenários e miniaturas de pessoas ou pets.
Marcador de página
Atinge um público que gosta de itens e lembrancinhas delicadas. Pode incluir rostinhos, flores, corações ou miniaturas em uma haste de palito, papel ou fita.
São aplicações que ficam na alça ou na borda, como mini cupcakes, carinhas, corações ou flores. Alguns modelos podem acompanhar colheres decoradas.
Onde vender suas peças de biscuit?
Depois de produzir suas peças, chegou o momento de pensar em como (e onde) vendê-las.
Escolher os canais certos faz diferença tanto no alcance quanto na forma de se posicionar no mercado.
Vamos apresentar os principais caminhos que você pode explorar: loja virtual própria, marketplace, redes sociais e feitas de artesanato.
Já adiantamos que o indicado é começar apenas por um e, conforme o negócio for crescendo, expandir para outros.
Confira:
Loja virtual própria
Criar uma loja online é um passo importante para quem quer profissionalizar o negócio.
Ela permite que você tenha controle total sobre os preços, prazos, identidade da marca e relacionamento com o cliente.
Plataformas como a Nuvemshop facilitam esse processo mesmo para quem nunca vendeu online antes.
Há layouts personalizáveis, integrações com métodos de pagamento e sistemas de frete automático.
Além disso, uma loja própria transmite mais credibilidade, já que o cliente faz todo o processo de compra dentro do seu ambiente.
Ou seja, sem distrações de concorrentes como acontece nos marketplaces.
"Hoje, várias das funcionalidades que considero vitais para um Ecommerce você encontra na Nuvemshop sem precisar pagar nenhum valor adicional, como recuperação de carrinho abandonado, formação de kits, sistema de descontos e conexões com os principais meios de envio e pagamento."
Bruno de Oliveira - Fundador do Ecommerce na Prática e sócio Nuvemshop
Marketplaces
Canais como Elo7 e Shopee são ótimos para dar visibilidade ao seu trabalho, especialmente no início.
Como esses sites já têm muito tráfego, é possível alcançar compradores que talvez nunca encontrariam seu perfil nas redes sociais.
A desvantagem são as taxas cobradas por cada venda e a concorrência acirrada.
Por isso, é importante destacar seu diferencial: boas fotos, descrições bem feitas e um bom atendimento pós-venda ajudam a fidelizar o cliente mesmo dentro desses grandes portais.
Ah, e se possível fazer anúncios também. É o que vai te ajudar a fazer mais vendas.
Essas plataformas são excelentes vitrines para mostrar o seu processo criativo, o dia a dia da produção e até bastidores de feiras e entregas. Isso cria conexão com o público e pode gerar vendas mesmo sem anúncios.
No Instagram, por exemplo, Reels com produção acelerada, vídeos curtos com dicas de modelagem e stories com pedidos em andamento são ótimos para gerar engajamento.
⚠️ Mas atenção: a especialista Juliana Neves adianta um ponto importante para ter sucesso nas vendas por lá:
“Não basta só adicionar a ‘sacolinha do Instagram’ no perfil da sua empresa. É preciso criar conteúdo relevante e usar imagens de qualidade. Explorar os stories mostrando o dia a dia do negócio também é uma boa estratégia.”
Juliana Neves Especialista EnP - Fundadora da loja Negaju Acessórios Afro
E também vale incentivar os clientes a marcarem sua loja quando postarem as peças.
Isso se chama “prova social” e pode ser determinante para outro clientes confiarem e comprarem na sua loja de biscuit.
Feiras e eventos de artesanato
Agora, vamos sair um pouquinho do ambiente digital – mas não totalmente, já que hoje esses espaços estão cada vez mais conectados. 😎
Participar de feiras, bazares e eventos locais é uma maneira excelente de estabelecer uma ligação direta com o público.
Além de vender, você pode observar reações às suas peças, ouvir sugestões e entender melhor o que agrada em cada nicho.
Outra vantagem é a possibilidade de criar uma base de contatos presencial: entregar cartões com o endereço da sua loja virtual ou redes sociais pode gerar novos pedidos depois do evento.
Feiras sazonais, como as de Natal, Dia das Mães e maternidade, podem ser estratégicas para quem trabalha com lembrancinhas ou produtos afetivos.
Produzir peças bonitas é importante. Mas, para transformar o artesanato em um negócio sustentável, é preciso ir além.
Abaixo, estão algumas práticas que fazem diferença no dia a dia de quem quer viver de biscuit (ou pelo menos gerar uma renda constante com isso):
Otimize o processo produtivo
Trabalhar com organização faz diferença, principalmente quando você começa a receber várias encomendas ao mesmo tempo.
Uma boa dica é dividir sua produção por etapas: em um dia, modele todas as peças; no outro, pinte; depois, finalize com verniz e detalhes.
Esse sistema, além de poupar tempo, reduz o retrabalho e ajuda a produzir mais em menos horas.
Também vale a pena ter um espaço fixo para trabalhar, mesmo que pequeno, para evitar perder tempo organizando tudo do zero a cada pedido.
Gerencie o tempo e os recursos
Sem uma boa gestão, é fácil se perder nos prazos ou gastar mais do que devia.
Anote tudo: o tempo que você leva em cada tipo de peça, os materiais usados, os valores investidos e os pedidos em andamento.
Planilhas simples ou ferramentas como Notion, Trello ou até um caderno bem organizado já ajudam muito.
Assim, você evita surpresas e consegue entender quais produtos realmente são lucrativos – e quais talvez estejam consumindo tempo demais.
Invista em ferramentas e materiais
À medida que o negócio cresce, vale investir em bons materiais.
Moldes de silicone, estecas de precisão, pincéis macios e vernizes de qualidade fazem diferença tanto na produção quanto no acabamento final.
Esses investimentos geralmente se pagam com o tempo, já que melhoram a aparência das peças e agilizam a produção.
Além disso, trabalhar com bons materiais também torna o processo mais prazeroso. Já parou para pensar nisso?
Precifique os biscuits adequadamente
Um erro comum de quem está começando é cobrar apenas pelos materiais usados, esquecendo de incluir tempo de produção, custos indiretos (como energia, embalagem, transporte) e margem de lucro.
O ideal é contar com uma planilha que tenha todos esses fatores e definir um preço justo, que cubra os gastos e ainda gere lucro.
Definir o preço de venda dos seus produtos de maneira automática;
Evitar prejuízos na hora de vender;
Descobrir a margem real de cada produto;
Entender se você está vendendo barato ou se pode aumentar o preço dos seus produtos.
Fazer isso não é necessariamente uma regra, mas é uma dica que vai te ajudar bastante na hora de entender como calcular preço de venda das suas peças de biscuit.
Antes, confira uma dica de uso do especialista Diego Ceciliano:
“Tenha atenção ao utilizar a planilha de precificação, pois todas as cédulas brancas são editáveis, mas as cinzas não são. Elas têm fórmulas que vão te ajudar no processo de precificação no Mercado Livre.”
Diego Ceciliano - Especialista em finanças
Faça treinamentos sobre biscuit e empreendedorismo
A técnica artesanal pode (e deve) ser aprimorada com o tempo.
Existem vários cursos acessíveis – até gratuitos – sobre modelagem, pintura, acabamento, fotografia de produto e embalagem.
Mas além da parte criativa, também é importante buscar aprendizados sobre vendas, marketing e gestão.
Quanto mais você entender de negócio, mais segurança terá para tomar decisões, conquistar clientes e crescer com consistência.
E, nesse aspecto, é claro que nós podemos te ajudar… do início à escalada do seu empreendimento! 💙
Aula gratuita | Crie o seu negócio com a ajuda do Ecommerce na Prática!
O seu desejo é estruturar um negócio de biscuit e conhecer as melhores estratégias para obter bons resultados a longo prazo?
Nela, você vai aprender tudo que há por trás de um negócio digital milionário e como dar os seus primeiros passos para chegar nesse patamar de lucratividade.
Biscuit, ou porcelana fria, é uma massa de modelar usada para criar peças artesanais como lembrancinhas, topo de bolo, chaveiros e itens decorativos.
O que é necessário para fazer biscuit?
Você vai precisar de amido de milho, cola branca PVA, vaselina líquida ou creme hidratante, vinagre ou limão e, opcionalmente, corante. Também é importante ter utensílios como panela, colher de pau ou recipiente de vidro para preparo, além de plástico filme e um pote com tampa para armazenar a massa.
Onde posso vender minhas peças de biscuit?
Você pode vender em loja virtual própria, marketplaces como Shopee e Elo7, redes sociais como Instagram e em feiras de artesanato.
Formada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, atua desde 2013 na produção de conteúdo em áreas como Empreendedorismo e Educação. Certificada em Google Marketing pela M2BR Academy, é redatora do blog do Ecommerce na Prática, em que cria conteúdos diários para empreendedores e profissionais de Ecommerce que buscam alavancar seus negócios.
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