Trabalhar com vendas e ter um Ecommerce são quase sinônimos hoje em dia. Isso porque o modelo de comércio eletrônico proporciona muitas vantagens para clientes e empreendedores. Mas, afinal, quanto custa um Ecommerce? Se você quer descobrir, continue lendo…
Muitas pessoas encontram no Ecommerce uma forma de trabalhar com mais flexibilidade, gerar uma renda extra e atingir seus objetivos financeiros. No entanto, um ponto que muitos não levam em consideração na hora de criar um Ecommerce são os custos relacionados ao projeto.
Abertura do CNPJ, contratação de um profissional de contabilidade e investimento em plataformas são apenas alguns dos investimentos mais importantes de se abrir uma loja virtual.
Se você quer saber quanto custa um Ecommerce e quais os principais investimentos para colocar sua loja virtual no ar, esse artigo tem tudo que você precisa.
No vídeo abaixo, Babi Tonhela, especialista e consultora de Ecommerce, explica em detalhes quanto custa cada fase de um Ecommerce. Vale assistir!
Índice:
Quanto custa abrir uma loja virtual por porte de empresa?
Antes de falar sobre cada ponto que precisa ser observado na hora de ter o próprio negócio, vale a pena entender quanto custa abrir uma loja virtual de acordo com os portes de empresas.
Veja só:
Microempreendedor Individual (MEI)
O MEI é uma das formas mais populares – e menos custosas! – de formalizar uma empresa. Esse é o modelo perfeito para pequenos empreendedores que trabalham sozinhos ou com, no máximo, um funcionário.
O processo de abrir um MEI é gratuito. Basta que você acesse o site do Governo Federal e inicie a formalização. Todos os Microempreendedores Individuais precisam pagar uma taxa mensal, chamada de DAS. Nela, estão incluídos todos os impostos que incidem sobre essa natureza jurídica.
O valor da DAS é fixo: 5% do salário mínimo, mas taxas extras podem ser cobradas de acordo com a sua atividade comercial e o seu município.
⚠️ Aviso: o MEI tem um teto de faturamento anual de R$ 81 mil. Isso pode parecer muito para quem está começando, mas o valor pode ser facilmente superado ao longo do período de validação do seu negócio. Por isso, se você quer realmente criar uma empresa mais robusta, indicamos que você formalize o seu negócio a partir da ME.
Microempresa (ME)
A Microempresa é o segundo modelo de formalização mais popular. Com uma ME, você pode ter um faturamento de até R$ 360 mil por ano e um time de até 19 pessoas. Por ter uma estrutura mais robusta, o custo para formalizar uma empresa dentro dessa categoria é maior…
A boa notícia é que optantes da ME também podem fazer parte do Simples Nacional, um modelo de coleta de impostos simplificado, que recolhe tudo em uma só guia. Nesse caso, os custos para abrir uma ME são:
- ME Individual (optante do Simples Nacional e com um sócio/titular): R$ 1.029,63;
- ME Ltda (optante do Simples Nacional e com dois ou mais sócios): R$ 1.174,63.
Sendo assim, ao analisar quanto custa um Ecommerce, nota-se que os custos de uma ME não são tão absurdos, ainda mais considerando que este modelo dá mais espaço para sua empresa crescer de forma acelerada e segura.
Empresa de Pequeno Porte (EPP)
A categoria EPP, por sua vez, pode contar com até 49 funcionários e faturar até R$ 4,8 milhões por ano. Se você quer saber quanto custa um Ecommerce dentro dessa categoria, aqui vai um dado interessante: a alíquota para esse tipo de modalidade jurídica é de 4 à 7,83% ao ano.
Os custos para a abertura de uma Empresa de Pequeno Porte pode variar grandemente de acordo com a sua cidade ou estado. Por isso, recomendamos que você se informe sobre as taxas que vigoram em seu município.
Empresa de Grande Porte
Uma Empresa de Grande Porte conta com mais de 100 colaboradores e pode ter um faturamento anual superior a R$ 4,8 milhões. A incidência de impostos sobre a operação de empresas do tipo pode ser de até 20% ao ano.
Quanto custa montar um Ecommerce?
Um dos principais pontos que atraem empreendedores para o comércio eletrônico é o seu baixo custo inicial. Ao contrário das lojas físicas, você não precisará gastar com aluguel, alvarás ou inspeções… mas isso não quer dizer que uma loja virtual é completamente gratuita.
Para começar a vender na internet, você precisará fazer alguns investimentos iniciais relacionados à legalização da sua empresa, contratação de serviços e mais. Para te ajudar a entender melhor para onde vai cada centavo, listamos os 9 principais custos de se montar um Ecommerce.
Hora de pegar a calculadora e começarmos!
1. Abertura da empresa
Muitas pessoas começam a vender na internet sem abrir um CNPJ. Essa pode até ser uma opção para aqueles que não querem fazer nenhum investimento inicial, mas precisamos te alertar que vender na informalidade não é uma solução de longo prazo.
Isso porque, sem um CNPJ, você não será capaz de emitir notas fiscais, além de ter a sua atuação limitada dentro de canais de venda como os marketplaces.
Por isso, se você quer entender quanto custa um Ecommerce, saiba que a formalização é um dos primeiros investimentos. Esse custo, é claro, pode variar de acordo com o porte da empresa.
2. Certificado digital
Após a formalização da empresa, você precisará investir em um certificado digital. Esse é um recurso que te permite emitir notas fiscais eletrônicas, assinar documentos digitalmente e mais. Um certificado digital é extremamente importante para empresas de todos os portes.
Nós indicamos que você invista em um certificado digital A1, que custa em torno de R$ 200 e precisa ser pago anualmente.
3. Contabilidade
Nós já falamos bastante sobre quanto custa um Ecommerce do ponto de vista burocrático, mas os investimentos não param por aqui. O terceiro custo de um Ecommerce é um contador.
Ter alguém responsável pela contabilidade é importante principalmente para as empresas que não são MEI – visto que o MEI tem o recolhimento de impostos simplificado.
Um contador ajuda a garantir que os processos de abertura estão sendo feitos corretamente, além de garantir que você está pagando os impostos certos, evitando desperdícios ou problemas com inadimplência.
Atualmente, é possível ter acesso a serviços de contabilidade com muito mais facilidade. Uma rápida pesquisa no Google retorna centenas de empresas que oferecem os seus serviços por volta de R$ 200 a R$ 300 por mês. Pesquise bastante para escolher a empresa de contabilidade para Ecommerce.
4. Identidade visual
Outro investimento importante de se ter mente é a identidade visual. Dentro dessa criação nós consideramos importantes os seguintes elementos: criação do logo, paleta de cores personalizada, fonte e mais.
Esse pode até parecer um custo supérfluo, ainda mais quando analisamos quanto custa um Ecommerce no sentido mais burocrático mas, acredite, este é um cuidado muito importante…
Ter uma identidade visual vai ajudar a sua empresa a ter um posicionamento mais profissional frente ao mercado, o que pode contribuir para melhorar a percepção dos clientes. Esse é um investimento único, ou seja, não precisará ser pago de forma recorrente.
Muitos empreendedores optam por fazer a identidade visual com profissionais freelancers. O custo desse investimento pode variar de R$ 500 até R$ 2.000, dependendo do prazo, da complexidade do projeto, da experiência do designer e da quantidade de elementos que precisa ser criada.
5. Registro de marca
Uma vez que você tem a sua empresa devidamente registrada, é importante que você faça o registro da sua marca, evitando que outras empresas ou pessoas mal-intencionadas comprem os direitos de uso do seu nome ou elementos visuais.
Para registrar a sua marca, visite o site do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e solicite o registro. De acordo com o órgão, o custo para registrar uma marca varia de R$ 142 a R$ 355.
6. Plataforma de Ecommerce
Um outro investimento super importante que precisa ser feito é a escolha da plataforma de Ecommerce. Esse é um serviço que permite que você tenha um site próprio para anunciar e vender os seus produtos, oferecendo maior comodidade para seus clientes.
Isso também aumenta a percepção de valor do seu negócio e permite que sua empresa escale as vendas sem depender de sites de terceiros.
A plataforma de Ecommerce é um dos canais de vendas possíveis para sua loja virtual. Você também pode atuar exclusivamente em marketplaces – como Americanas, Amazon ou Mercado Livre – mas essas plataformas têm custos variáveis e falaremos mais sobre elas daqui a alguns tópicos…
Se você está no processo de escolher uma plataforma de Ecommerce, saiba que nós recomendamos a Nuvemshop. Essa é a maior plataforma de Ecommerce da América Latina e já foi eleita a melhor solução do mercado por três anos consecutivos.
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7. Sistema ERP
O sistema ERP é o coração de todo negócio. É nele que estará guardado o seu certificado digital, é por ele que você emitirá notas fiscais, vai cadastrar produtos e fará toda a gestão do negócio.
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Nesse sentido, nós indicamos o Bling ERP, pois entendemos que esta é uma das soluções mais completas do mercado atualmente. O serviço tem planos a partir de R$ 25 por mês.
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8. Capital de giro
É comum que empreendedores iniciantes esqueçam de uma questão extremamente importante na hora de entender quanto custa um Ecommerce: o capital de giro. Você já ouviu falar sobre ele?
O capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter em caixa para sustentar suas operações diárias. É, basicamente, o dinheiro que você vai utilizar nos primeiros meses de funcionamento do seu negócio, isto é, até ele começar a gerar lucro.
Isso inclui despesas como pagamento de fornecedores, custos operacionais fixos, salários dos funcionários, entre outros.
O capital de giro é importante não só para garantir a saúde financeira do seu Ecommerce e evitar problemas de fluxo de caixa, mas também te dar certa segurança para avançar nas suas estratégias iniciais.
9. Pró-labore
Muitas pessoas não levam o pró-labore em consideração quando se perguntam quanto custa um Ecommerce.
O pró-labore nada mais é do que uma quantia do faturamento que deve ser retirada do caixa da empresa e depositada em sua conta pessoal. O valor mínimo que deve ser retirado é de um salário mínimo.
Nós indicamos que você converse com o seu contador para ter mais detalhes sobre esse processo, mas saiba que a retirada do pró-labore não é opcional. Você pode, é claro, reinvestir esse valor em sua empresa – principalmente no início das operações – para garantir o seu crescimento saudável e constante.
Quais são os custos variáveis de um Ecommerce?
Nos tópicos anteriores, falamos um pouco sobre quanto custa um Ecommerce partindo da perspectiva de custos fixos. Agora, no entanto, vamos olhar com um pouco mais de atenção para aqueles custos que podem variar de empresa para empresa. Veja só:
1. Estoque e logística
Ao abrir um Ecommerce, você tem duas principais opções para lidar com custos de estoque e logística: investir em produtos ou optar pelo dropshipping. Ambos os modelos têm seus prós e contras e, por isso, você deve avaliar essa decisão com cuidado.
Para montar um estoque para sua loja virtual, é indicado que você dedique ao menos 30% do seu capital inicial para compra de produtos. O ideal aqui é que você tenha um produto estrela e invista em quantidade, no lugar de variedade.
➡️ Nós falamos um pouco sobre o processo de montar um estoque neste artigo: Como Montar o Estoque da Minha Loja Virtual? (Quantidade x Variedade).
Com o dropshipping, por outro lado, você não vai gastar com a compra de produtos, uma vez que o fornecedor é o responsável por armazenar e enviar os produtos diretamente para o seu cliente.
📦 Se esse é o modelo logístico que você quer seguir, indicamos que você faça essa leitura: Fornecedores dropshipping: como encontrar? [Lista gratuita].
2. Gateways de pagamento
Ao colocar a sua loja virtual no ar, você vai precisar fazer parcerias com gateways de pagamento. Essas são as empresas que permitem o uso de formas de pagamento variadas em seu Ecommerce.
Quase todas elas cobram determinado valor por seus serviços, que pode variar desde uma mensalidade até uma porcentagem por venda.
Existem, no entanto, meios que permitem o pagamento de clientes sem cobrar nada por isso, como é o caso do Nuvem Pago, um gateway exclusivo para lojistas de Nuvemshop.
Te convidamos a fazer um comparativo entre os gateways de pagamento que existem no mercado, levando em consideração as suas taxas e benefícios.
💵 Aproveite para ler também: Nuvem pago: o que é, vantagens e como ativar o meio de pagamento da Nuvemshop.
3. Registro de domínio
Ao criar um Ecommerce, você vai precisar de uma URL personalizada com o nome da sua empresa. E, para isso, você precisará registrar um domínio.
Esse é um processo relativamente simples, mas que pode ter um custo variável dependendo da quantidade de domínios que você decidir registrar.
Para registrar o seu domínio, visite o Registro.BR, a Locaweb ou a Hostgator e escolha entre as variações: “.com”, “.com.br” ou “.org”. O pagamento, usualmente, é feito uma vez por ano.
💻 Leia também: Aprenda como registrar um domínio em 5 passos.
4. Taxas de marketplaces
Como falamos alguns tópicos atrás, a plataforma de Ecommerce não é o único canal de vendas disponível para sua empresa. Você também pode começar a vender pelos marketplaces.
Essas são plataformas com alto volume de tráfego e autoridade entre os clientes, o que pode contribuir para alavancar as vendas no início da sua empresa. Apesar disso, é importante ter em mente que cada marketplace opera com um conjunto de taxas diferentes.
🛒 Para saber mais sobre o assunto, leia: Como vender em marketplaces? Passo a passo e dicas para começar.
5. Marketing digital
Outro fator importante que deve ser considerado ao estudarmos quanto custa um Ecommerce são os gastos com divulgação, anúncios e criação de conteúdo.
Ou seja, o investimento em marketing digital. Esse é um ponto importante para atrair tráfego para o seu novo site e construir uma audiência consistente.
Além disso, os anúncios em ferramentas como Google Ads e Facebook Ads também são grandes impulsionadores de vendas. Nessas plataformas, você tem um alto controle sobre como o orçamento é utilizado, o que torna este um custo que varia de empresa para empresa.
📊 Leia também: Google Ads ou Facebook Ads? Qual é o melhor?
Exemplo do custo de um Ecommerce
Chegamos ao final deste guia e, depois de ler até aqui, podemos apostar que você tem uma noção muito maior de quais investimentos você precisa fazer para tirar o seu Ecommerce do papel, certo?
A seguir, vamos resumir todos os gastos que mencionamos neste artigo, fazendo estimativas e projeções para te ajudar a entender o quanto o custa um Ecommerce em seus primeiros três meses de atuação. Veja:
- Abertura da empresa: R$ 400;
- Criação da identidade visual: R$ 500;
- Registro de marca: R$ 142;
- Certificado digital: R$200;
- Contabilidade: R$ 200 /mês;
- Sistema ERP: R$75 /mês;
- Plataforma de Ecommerce: R$ 49,90 /mês.
Após calcular os custos de abertura e montagem de uma estrutura inicial, é possível observarmos que um Ecommerce custará aproximadamente R$ 2.216,00 durante seus três primeiros meses de atuação.
Nesse custo não estão incluídos os pró-labore – que varia de acordo com o salário mínimo – gastos com marketing e demais custos variáveis que mencionamos neste artigo.
Gostou de saber quanto custa um Ecommerce? Se sim, te convidamos a dar o próximo passo. E, para isso, você não vai precisar gastar nada…
Tire seu Ecommerce do papel em 6 etapas!
Depois de descobrir quanto custa um Ecommerce e entender que esse é um investimento possível, podemos apostar que você já está pensando em como tirar a sua loja virtual do papel, certo?
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