Pontos principais do artigo:

  • Trabalhar com produtos importados para revenda exigem pesquisa, testes e atenção às tributações;
  • Categorias como eletrônicos, cosméticos e pets têm boa margem e alta procura;
  • Aprenda sobre importação, vendas e muito mais em nossa escola de Ecommerce. Seja nossa aluno! 💻

Você já pensou em importar produtos para revender na sua loja? Essa pode ser uma oportunidade real de crescimento, principalmente agora.

Segundo a Reuters, o valor das importações brasileiras atingiu cerca de US$ 262,5 bilhões em 2024, registrando um aumento de aproximadamente 9 % em relação a 2023 (US$ 240,8 bilhões).

Diante desse cenário, é claro que importar não é simplesmente clicar para comprar uma mercadoria e esperar ela chegar.

Existem etapas importantes nesse processo, desde a escolha do produto até a gestão de estoque e as questões fiscais. 

Mas com um bom planejamento, dá para transformar a importação em uma vantagem real.

Neste artigo, vamos te mostrar como funciona a busca por produtos importados para revenda e quais são os pontos que merecem atenção. Bora começar?

Como fazer importação de produtos para revenda?

Importar produtos para revender pode parecer complicado no início, mas, com os passos certos, tudo se encaixa. 

Nesta etapa, o mais importante é agir com estratégia: analisar, testar e planejar. Veja a seguir como organizar esse processo de forma prática e evitar prejuízos:

1. Comece com uma boa pesquisa de mercado

Antes de pensar em fornecedores ou valores, você precisa entender o que realmente vale a pena importar. E isso só vem com uma pesquisa de mercado bem feita.

Basicamente, em vez de tentar adivinhar o que vai vender, observe o que já tem demanda

Veja o que os concorrentes estão oferecendo, quais produtos estão nas listas dos mais vendidos nos marketplaces (Mercado Livre, Amazon, Shopee). 

Também vale usar ferramentas como Google Trends para analisar o comportamento de busca dos consumidores.

Por exemplo: 

Se você vende acessórios para celular, talvez importar carregadores magnéticos ou suportes veiculares com design diferenciado possa te destacar. Mas isso só vai funcionar se houver interesse real do seu público.

⚠️ Importante: a pesquisa de mercado também deve considerar a origem do produto. Como explica Rodrigo Giraldelli, especialista em importação e professor da nossa escola:

“Para importar da China, você deve pensar em um produto chinês. Pode parecer óbvio, mas não é. Por exemplo: quando pensamos em vinhos, não é a China que logo vem à mente; mas o Chile, a Itália, a França, etc. É preciso ter coerência na hora de importar.”

Rodrigo Giraldelli - CEO China Gate

2. Foque apenas em produtos importados originais

Esse é um erro comum de quem está começando: cair na tentação de revender réplicas ou versões “inspiradas” de marcas famosas. 

O risco é grande, tanto para a reputação da loja quanto para a parte legal do negócio.

Produtos originais importados passam por controles de qualidade, têm garantia, e oferecem mais segurança para o consumidor. Além disso, são valorizados justamente por isso.

Caso o seu público esteja disposto a pagar mais por um produto de fora, ele provavelmente também espera receber algo legítimo.

Um bom caminho é pedir catálogos, certificados ou amostras aos fornecedores. Se o vendedor foge desse tipo de solicitação, procure outro.

↪️ Leia também: Perfumes importados para revenda: como e onde comprar direto de fornecedores.

3. Teste os produtos antes de investir alto

Não existe nada pior do que importar um lote grande de produtos e descobrir que eles não têm a qualidade esperada – ou pior, que simplesmente não vendem.

Por isso, o ideal é sempre começar pequeno: faça um pedido de teste

Isso vale tanto para verificar a qualidade do produto quanto para entender o comportamento logístico.

Ou seja, tempo de entrega, condições de chegada, embalagem, possíveis taxas extras…

Digamos que você queira importar escovas de cabelo elétricas de uma marca coreana, por exemplo.

Faça um pedido mínimo, use o produto, teste a embalagem e veja como ele se comporta no transporte. 

Esse tipo de avaliação pode evitar prejuízos sérios lá na frente.

4. Fique de olho nas taxas e nos impostos

Pretende trabalhar com produtos importados? Sem problemas. Mas é importante entender como funciona a tributação, como o programa Remessa Conforme

Atualmente, para compras internacionais de até US$ 50, incluindo frete, é aplicada uma alíquota de 20% de imposto de importação, além de uma taxa de 20% do ICMS, um imposto estadual.

Para compras acima desse valor e até US$ 3 mil, a alíquota é de 60% sobre o valor total da compra, com um desconto de US$ 20 no tributo a pagar, além do ICMS.

Diante disso, vale priorizar fornecedores que operam dentro do programa – além de pagar menos impostos, o processo de liberação é mais rápido e previsível.

E claro: lembre-se de incluir todos esses custos na sua precificação para garantir uma operação lucrativa e sustentável.

A tabela abaixo mostra mais detalhes sobre as taxas. 😉

Cenário Imposto de Importação ICMS
Até US$ 50 – loja participante 20% 17% (20% em 10 estados)
Até US$ 50 – loja não participante 60% 17% (20% em 10 estados)
Acima de US$ 50 – loja participante 60%
(desconto de US$ 20)
17% (20% em 10 estados)
Acima de US$ 50 – loja não participante 60% 17% (20% em 10 estados)
Entre pessoas físicas
até US$ 50
Isento Isento
Entre pessoas físicas
acima de US$ 50
60% 17% (20% em 10 estados)

5. Faça os pedidos com antecedência

Importar produtos leva tempo. Mesmo quando o frete é expresso, ainda há prazos alfandegários que fogem ao controle.

Ah, e qualquer atraso pode afetar o seu estoque e, consequentemente, as vendas.

Por isso, você precisa criar um planejamento com margem de segurança

Se você vende bem em datas específicas (como Black Friday ou Natal), o ideal é que os pedidos de reposição sejam feitos com pelo menos dois ou três meses de antecedência.

Além disso, acompanhar o giro de estoque e as sazonalidades ajuda a definir quando e quanto importar.

↪️ Leia também: Como importar do Alibaba legalmente e sem complicações.

12 tipos de produtos importados para revenda

Escolher bons produtos importados para revenda é parte da estratégia que separa lojas comuns de negócios lucrativos. 

A importação pode ser uma boa alternativa para trazer ao seu público aquilo que ele ainda não encontra com facilidade no mercado nacional – ou pelo menos não com o mesmo apelo.

A seguir, separamos 12 categorias de produtos importados que costumam ter boa aceitação e margem de lucro. 

Vale analisar quais combinam com o perfil da sua loja e com o que o seu público valoriza. São eles:

  1. Roupas e calçados;
  2. Cosméticos e perfumaria;
  3. Eletrônicos e smartphones;
  4. Brinquedos e jogos;
  5. Acessórios masculinos;
  6. Artigos de grife;
  7. Suplementos e produtos de saúde;
  8. Relógios;
  9. Acessórios para carro;
  10. Games;
  11. Itens para pets
  12. Decoração.

Veja mais detalhes de cada um ⬇️:

1. Roupas e calçados

Essa é uma das categorias mais procuradas por quem busca estilo e diferenciação

Marcas internacionais, cortes diferentes, tecidos mais sofisticados ou tendências que ainda nem chegaram por aqui... tudo isso chama a atenção.

Exemplo prático: peças básicas, tênis confortáveis ou botas de couro (ou até mesmo de couro sintético)  podem ser diferenciais para um público que gosta de moda, mas não quer se vestir como todo mundo.

 produtos importados

2. Cosméticos e perfumaria

Produtos de beleza de fora têm uma aura de exclusividade. 

Marcas coreanas de skincare, perfumes franceses ou maquiagens de marcas queridinhas no exterior são apostas certeiras para lojas que querem entregar mais valor.

Além disso, essa categoria costuma gerar recompra – ótimo para fidelizar clientes.

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3. Eletrônicos e smartphones

Mesmo com as taxas, há eletrônicos que ainda valem mais a pena se importados, principalmente acessórios ou lançamentos difíceis de encontrar no Brasil.

Pense em fones de ouvido, smartwatches, power banks com design diferenciado, ou até celulares de marcas asiáticas em ascensão (como Xiaomi ou Realme, por exemplo).

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↪️ Leia também: Saiba como calcular taxa de importação no AliExpress corretamente.

4. Brinquedos e jogos

Produtos licenciados, brinquedos diferentes ou jogos de tabuleiro têm boa procura.

Para você ter uma ideia, a venda de brinquedos cresceu 44% no Ecommerce em 2024, segundo dados da Nuvemshop, maior plataforma de Ecommerce da América Latina. 

E isso se torna ainda mais importante quando há datas comemorativas e importantes do calendário comercial, como Dia das Crianças e Natal.

Se você atende famílias, esse é um mercado para ficar de olho.

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5. Acessórios masculinos

Relógios, carteiras, óculos escuros, bonés, cintos e outros itens que fazem parte do estilo masculino têm boa saída quando oferecem design ou qualidade superior ao que é facilmente encontrado por aqui.

Exemplo: importar bonés de baseball americanos, carteiras minimalistas ou óculos com proteção UV real pode gerar valor percebido alto.

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6. Artigos de grife

Para quem trabalha com um público mais premium, importar produtos de marcas famosas pode ser um diferencial. Isso inclui bolsas, relógios, roupas e até tênis de marcas de luxo.

Atenção: nesse tipo de venda, transparência e garantia de autenticidade são indispensáveis. Evite qualquer dúvida sobre procedência.

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7. Suplementos e produtos de saúde

Marcas de vitaminas e suplementos dos EUA, por exemplo, são muito valorizadas por aqui. 

Esse público costuma ser fiel e busca exatamente aquela marca específica. Isso seja por recomendação médica, seja por experiência própria.

Na sua loja de suplementos, tenha atenção redobrada à regularização da Anvisa e às regras para importação nesse caso.

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8. Relógios

Esse é um item que pode variar muito de preço, mas mesmo os modelos mais acessíveis – quando têm apelo estético e boas avaliações – vendem bem.

Marcas como Casio e Olevs e Invicta são exemplos que equilibram estilo, durabilidade e preço competitivo.

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9. Acessórios para carro

Câmeras de ré, suportes de celular, capas de volante, organizadores e outros gadgets para motoristas têm boa aceitação.

Esses e tantos outros produtos importados para carros dão mais praticidade e um toque de inovação.

É um mercado menos explorado, o que pode ser vantagem competitiva.

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10. Games

Consoles, controles, jogos físicos e acessórios para gamers estão sempre em alta. 

Em dez anos, a indústria de jogos ficou sete vezes maior no Brasil. Em 2014, existiam 150 estúdios desenvolvedores de games no país.

Já em 2024, a quantidade aumentou para 1.042 estúdios, uma alta de 695% (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Digitais (Abragames).

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↪️ Leia também: Como importar da China? Método legal e lucrativo.

11. Itens para pets

Sim, o mercado pet continua crescendo bem rápido. 

Para você ter uma ideia, o segmento projeta expansão para 2025 focada em: inovação tecnológica, produtos sustentáveis e eco-friendly, serviços premium, de acordo com o Sindpetshop.

Uma boa pedida na hora de trabalhar com produtos importados são:

Brinquedos interativos, comedouros automáticos, coleiras com design exclusivo ou até rações importadas estão entre os itens mais buscados por tutores exigentes.

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12. Decoração

Velas aromáticas, luminárias, quadros com frases estilosas, utensílios de cozinha diferentes, itens minimalistas ou retrôs… 

Tudo isso encanta quem quer deixar a casa com mais personalidade.

Importar esse tipo de produto pode ajudar a sua loja a se posicionar como referência em bom gosto e estilo.

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Onde encontrar fornecedores de produtos importados para revenda?

Existem inúmeras plataformas online que facilitam o encontro de fornecedores de produtos importados para revenda.

Cada uma delas possui características particulares que podem se adaptar melhor ao seu negócio, dependendo do seu nicho, do volume de compras e da sua estratégia de preços. 

Então, se você está pensando em mergulhar no mundo da importação, aqui estão alguns dos sites mais populares que você deveria conhecer:

1. Alibaba

O Alibaba é, sem dúvida, um gigante do comércio eletrônico, especialmente no modelo B2B (Business to Business). 

Seu foco principal é a China, o que garante acesso a uma variedade enorme de fabricantes e fornecedores.

No Alibaba, é possível encontrar desde eletrônicos até roupas, acessórios e até máquinas industriais

A plataforma permite negociar preços diretamente com os fabricantes. 

Contudo, os pedidos mínimos costumam ser altos, o que a torna mais indicada para quem já tem um volume maior de vendas.

2. AliExpress

Também pertencente ao Grupo Alibaba, o AliExpress funciona com uma dinâmica diferente. 

Ele é um marketplace B2C (Business to Consumer), conectando diretamente fabricantes ou revendedores com o consumidor final.

Aqui, você pode comprar em quantidades menores, o que é ótimo para quem está começando ou testando novos produtos. 

Os preços costumam ser competitivos, mas é importante prestar atenção à qualidade dos itens e à reputação dos vendedores.

3. Amazon 

Apesar de ser mais conhecida como marketplace para o consumidor final, a Amazon também pode ser usada como uma fonte estratégica de produtos importados para revenda.

Muitos lojistas aproveitam a Amazon dos Estados Unidos para comprar suplementos, eletrônicos, brinquedos, livros, itens de casa e até cosméticos que ainda não são vendidos oficialmente no Brasil.

O diferencial é que a Amazon calcula e cobra antecipadamente as taxas de importação em muitos produtos, evitando surpresas na hora da entrega. 

E como o foco da plataforma é a experiência do cliente, os prazos e condições de devolução costumam ser mais claros.

Funciona bem para quem quer testar categorias com menor risco ou importar produtos de marcas já consolidadas, com garantia de procedência.

4. eBay

O eBay é uma das plataformas de comércio eletrônico mais antigas e conhecidas. Seu formato de leilão e venda direta conecta vendedores e compradores do mundo todo.

É um ótimo lugar para encontrar itens únicos, produtos colecionáveis e de nicho, difíceis de encontrar em outros sites. 

⚠️ Mas atenção: os preços e o frete variam bastante, então é importante fazer uma boa pesquisa antes de finalizar a compra.

5. DHgate

O DHgate é uma plataforma chinesa que também conecta compradores e vendedores internacionais

Assim como o AliExpress, permite compras em quantidades menores e oferece uma ampla variedade de produtos – de eletrônicos a roupas e joias.

Os preços são atrativos, mas é fundamental verificar a confiabilidade do vendedor e a qualidade do que está sendo oferecido antes de fechar qualquer pedido.

6. Banggood

O Banggood é outra plataforma popular para importação da China. 

Ele é conhecido por seus preços competitivos, principalmente em categorias como eletrônicos, drones e gadgets em geral.

Muitas vezes, oferece frete grátis para o Brasil, o que ajuda na composição do preço final.

Ainda assim, como em qualquer site internacional, é importante ler as avaliações dos produtos e dos vendedores antes de comprar.

7. GearBest

Voltado para eletrônicos e produtos tecnológicos, o GearBest é mais uma opção para quem quer importar diretamente da China.

A plataforma oferece uma grande variedade de itens (de smartphones a produtos para casa e jardim) com preços atrativos e política de garantia de 1 ano para muitos eletrônicos. 

Assim como nas outras plataformas, vale a pena pesquisar o histórico dos vendedores antes de fechar negócio.

Aprenda a revender produtos importados do jeito certo! 

Como você viu neste artigo, revender produtos importados é uma excelente oportunidade de negócio, principalmente da China, que é um dos maiores mercados do mundo.

Entretanto, como falamos anteriormente, o processo de comprar produtos de lá para revender é regulamentado por diversas leis e conhecê-las é vital para evitar dores de cabeça. 

Foi pensando nisso que criamos o treinamento Importação da China, disponível em nossa escola de Ecommerce. 💻

Disponível em nossa plataforma de educação por assinatura, o curso ensina sobre: 

  • Custos;
  • Fornecedores;
  • Preparativos para embarque; 
  • Desembaraço aduaneiro;
  • Logística;
  • E mais! 

As aulas são ministradas por Rodrigo Geraldelli, CEO da China Gate e grande especialista em importação da China. 

Para começar as aulas, seja aluno do Ecommerce na Prática:

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