O Pix taxado pode acontecer quando você usa o Pix para vender online ou faz muitas transações no mês. A cobrança de tarifas pode afetar o caixa da sua empresa. Quer saber como se preparar? Leia o artigo completo.


O Pix Taxado pode parecer mais uma complicação para quem vende online. Contudo, fique tranquilo porque a nova regra não é nada complexa e não envolve todos os casos.

A verdade é que se você usa o Pix para receber, entender quando ele é taxado vai te ajudar a  manter as finanças em ordem e evitar custos extras.

Afinal, o sucesso do seu negócio depende de uma gestão financeira bem afiada. E estar por dentro das regras é o primeiro passo para isso.

Quer descobrir como o Pix Taxado pode impactar suas operações e o que você pode fazer para se preparar? 

Continue lendo e confira todas as informações que você precisa para manter seu Ecommerce no azul. 😁

É verdade que o Pix pode ser taxado? 

Sim, o Pix pode ser taxado. No entanto, é importante entender que isso depende de como e para quê você está usando o serviço. 

Para quem usa o Pix no dia a dia, como enviar dinheiro para amigos ou pagar uma compra, geralmente não há cobrança de tarifas. 

Mas, se você é um pequeno empresário ou um trabalhador autônomo que usa o Pix para receber pagamentos de vendas e pagar fornecedores, algumas situações podem gerar taxas.

As instituições financeiras podem definir o valor dessas tarifas, por isso elas podem variar de um banco para outro. 

Vale a pena conferir com o seu banco quais são as tarifas aplicáveis ao seu caso.

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Pix taxado: conceito e regras

O Pix Taxado é a aplicação de tarifas sobre o uso do Pix em determinadas situações específicas, principalmente voltadas para empresas. 

Isso significa que, embora o Pix seja gratuito na maioria dos casos, existem cenários em que ele pode gerar custos para o seu negócio.

Vamos explicar como funciona, de acordo com a  Resolução BCB nº 19, de 1 de outubro de 2020

Para pessoas jurídicas

Para pessoas jurídicas, ou seja, empresas, o Pix pode ser cobrado em várias situações. 

Algumas dessas situações incluem o envio de dinheiro entre contas ou o recebimento de pagamentos por produtos e serviços vendidos. 

Além disso, se sua empresa utiliza QR Codes, seja estático ou dinâmico, também pode haver cobrança de tarifas, conforme as regras do seu banco.

No caso das pessoas jurídicas, o Pix é gratuito para até 8 transações mensais, quando usado para fins de saque ou troco. 

para MEIs e empresários individuais, o Pix continua sendo gratuito na maioria das situações, especialmente em transações pessoais. 

No entanto, se você começar a usar o Pix regularmente para receber pagamentos comerciais, essas transações podem passar a ser taxadas.

↪️ Leia também: Split payment no Ecommerce: tudo o que você precisa saber 

Para pessoas físicas

Para pessoas físicas, o Pix permanece isento de tarifas na maioria dos casos, exceto: 

  • Se você fizer um Pix pelo atendimento presencial no banco ou pelo telefone, em vez de usar o aplicativo, pode haver cobrança de taxa.
  • Se você receber um Pix como pagamento por vendas, como mais de 30 transações no mês, via QR Code dinâmico, ou de uma empresa, também pode ser taxado.

Quanto os bancos podem cobrar pelo Pix?

Os bancos têm liberdade para definir as tarifas cobradas pelo uso do Pix, mas essas tarifas podem variar bastante de uma instituição para outra. 

Por exemplo, alguns bancos podem cobrar uma porcentagem do valor transferido, com uma tarifa mínima e máxima, enquanto outros podem oferecer pacotes que incluem um número de transações gratuitas.

A regulamentação do Banco Central determina que os bancos não podem cobrar mais pelo Pix do que o que já cobram por serviços semelhantes, como saques em caixas eletrônicos. 

Mas o que isso significa? 

Em termos simples, se o seu banco tem uma tarifa para saques, a taxa do Pix para serviços como saque e troco não pode ser maior do que essa tarifa. 

A ideia é garantir que você não pague mais pelo Pix do que pagaria por outras formas de sacar dinheiro, mantendo as coisas justas e evitando cobranças exageradas.

Como o Pix taxado pode afetar o Ecommerce?

A taxação do Pix pode ter um impacto direto no fluxo de caixa do seu Ecommerce, especialmente se você recebe muitos pagamentos por essa via. 

Quando as tarifas começam a ser aplicadas, cada transação pode diminuir um pouco mais a margem de lucro, e esse efeito se acumula ao longo do tempo. 

Se não for bem gerido, isso pode apertar o caixa, tornando mais difícil cobrir outras despesas operacionais, como estoque, logística e marketing.

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No entanto, comparando o Pix com outros métodos de pagamento, como cartões de crédito ou boletos, existem outros pontos a serem considerados. A velocidade de pagamento é um deles.

O Pix, em geral, tem a vantagem da liquidez imediata, enquanto outros métodos podem demorar dias para liberar os fundos. 

No entanto, se as tarifas do Pix forem altas, essa vantagem pode ser reduzida, fazendo com que os métodos tradicionais, mesmo com prazos mais longos, possam ter melhor custo-benefício.

Como se preparar para o Pix taxado no seu negócio?

Com as possíveis tarifas no Pix, é importante se preparar para evitar sustos no fim do mês. 

A boa notícia é que alguns passos simples podem ajudar a minimizar esse impacto no seu Ecommerce. 

Entenda agora:

1. Compare as tarifas do seu banco com outras instituições

O primeiro passo é bem simples, mas extremamente eficaz. Faça uma pesquisa detalhada das tarifas do Pix em diferentes bancos e instituições financeiras. 

Muitas vezes, a diferença de valores pode ser significativa, e mudar de instituição ou até mesmo negociar com a sua pode resultar em economia no longo prazo. 

Vale lembrar que algumas fintechs oferecem condições mais vantajosas para pequenos e médios empreendedores, então vale a pena estar atento a essas oportunidades.

2. Diversifique as opções de pagamento

Não dependa apenas do Pix. Diversificar os métodos de pagamento oferecidos aos seus clientes pode diluir o impacto das tarifas e ainda agradar diferentes perfis de consumidores. 

Cartões de crédito, boletos e carteiras digitais, por exemplo, são opções que podem ser integradas à sua loja virtual.

Além disso, ter vários meios de pagamento pode aumentar as chances de conversão, já que cada cliente tem suas preferências.

E aqui vai uma dica extra: considere oferecer incentivos, como descontos ou frete grátis, para quem escolher métodos de pagamento que tenham menos custos para o seu negócio. 

Isso pode ser um ótimo jeito de manter o fluxo de caixa saudável e ainda agradar o cliente!

3. Automatize o controle de fluxo de caixa 

Manter o controle do seu fluxo de caixa é essencial, especialmente com as novas tarifas do Pix. Uma ótima forma de facilitar essa tarefa é automatizar o processo. 

Ferramentas de gestão financeira podem ajudar a monitorar entradas e saídas em tempo real.

A ideia é evitar que você se perca nas contas e permitir a identificação rápida de como as taxas estão afetando seu caixa. 

4. Reveja seus preços, se necessário

Se as margens estão apertadas, talvez seja hora de ajustar os valores para garantir que você não acabe no prejuízo. 

Mas calma, isso não significa sair aumentando tudo de uma vez. 

Revise seus custos, considere as taxas e veja onde pequenos ajustes podem fazer uma grande diferença

E claro, sempre comunique as mudanças de forma transparente aos seus clientes, destacando os benefícios que eles continuam a receber.

5. Busque orientação especializada

Consultar um contador ou um especialista em gestão financeira pode ajudar você a entender melhor o impacto dessas taxas no seu negócio.

Eles podem te orientar sobre como estruturar melhor suas finanças, aproveitar possíveis incentivos fiscais e até mesmo como se preparar para as mudanças no cenário tributário do Brasil.

↪️ Leia também: Contabilidade para Ecommerce: como deixar sua empresa em dia? 

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