8 ideias de produtos inovadores para vender

Principais pontos do artigo:

• Produtos inovadores criam novas possibilidades de uso, consumo ou experiência. Eles entregam valor real e se destacam por resolver algo de forma surpreendente e simples;

• No mercado brasileiro, temos produtos inovadores em praticamente todos os segmentos – e muitas delas inovam com base em sustentabilidade;

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Criar um produto inovador parece tarefa de quem tem verba alta e grande equipe, não é?

Mas, na prática, as melhores ideias costumam surgir de algo bem mais simples: resolver um problema real, de um jeito que ninguém tinha feito antes.

Neste artigo, você vai conhecer 8 marcas brasileiras que fizeram exatamente isso. 

Vamos começar? 😊

O que são produtos inovadores, afinal? 

Produto inovador é aquele que resolve um problema de um jeito que ninguém tinha pensado, ou que ninguém tinha colocado em prática ainda. 

Ele pode até parecer simples, mas cria uma solução nova, mais prática ou mais direta para uma dor que existe de verdade no dia a dia das pessoas.

E como você vai ver, na maioria das vezes, a inovação não vem de ideias mirabolantes, mas sim de observar o que falta no mercado ou o que poderia funcionar melhor.

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8 produtos inovadores no mercado brasileiro

Agora que você já entendeu o que torna um produto inovador, vamos ver isso acontecendo na prática? 

Abaixo, você vai conhecer marcas brasileiras que enxergaram oportunidades onde quase ninguém estava olhando e criaram produtos que mudaram o jogo para elas.

Veja nossa lista: 

1. Brota Company (Sustentabilidade/Casa e Jardim)

A Brota Company ficou conhecida por criar uma horta inteligente que funciona com cápsulas, como se fosse uma “Nespresso das plantas”. 

A ideia surgiu de um problema real: muita gente queria plantar em casa, mas travava por falta de tempo, espaço ou conhecimento. 

Com isso, a empresa criou uma horta que funciona quase sozinha – só precisa encaixar, colocar água e esperar. 

Nada de terra espalhada ou rega diária.

A ideia cresceu rápido. 

Em um ano, a empresa saltou de 1 para 8 produtos no portfólio e alcançou o faturamento de R$ 4 milhões (Pequenas Empresas & Grandes Negócios).

Mais de 50 mil casas já têm uma horta da Brota. 

A marca vende na sua própria loja virtual, mas também ganhou espaço em grandes redes como Leroy Merlin, Cobasi e Zona Sul – mostrando que dá para conciliar um produto novo com canais de venda mais tradicionais.

2. N.OVO (Alimentos/Foodtech)

A N.OVO ganhou destaque com um produto que parecia impossível: um substituto vegetal para ovos.

Esse produto foi pensado para quem quer reduzir ou cortar alimentos de origem animal, sem abrir mão da textura e do sabor nas receitas do dia a dia.

E o diferencial da N.OVO está na fórmula. A marca apostou em tecnologia alimentar para entregar sabor, aparência e funcionalidade parecidos com o original.

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Uma publicação compartilhada por N.OVO Plant Based (@n.ovoplantbased)

Apesar de ter nascido dentro do grupo Mantiqueira, a empresa virou uma startup independente em 2021 e, desde então, não parou de crescer. 

Dobrou o time, expandiu o portfólio e hoje vende em marketplaces especializados em produtos vegetais, como  Atlantikos, Novos Sabores e VegSim. 

Ao longo dos anos, a marca também ampliou a linha para incluir maioneses vegetais e “carnes” feitas de matéria-prima vegetal. 

3. Neurofood (Saúde/Alta Performance)

A Neurofood ficou conhecida por lançar uma banheira de gelo portátil, feita para quem treina com intensidade, mas não tinha acesso fácil a técnicas de recuperação muscular. 

A ideia surgiu de uma lacuna clara no mercado: crioterapia ainda era coisa de clube, clínica ou academia premium, como explica Mark Facciolla, cofundador da Neurofood: 

O diferencial da banheira está justamente na proposta. 

Ela é portátil, fácil de montar e, mais importante, entrega os efeitos que antes ficavam restritos a quem tinha estrutura ou verba.

É esse tipo de visão que, segundo Mark, faz diferença para um negócio:

A empresa faturou R$ 1 milhão em menos de um ano e vendeu mais de 500 unidades logo nas primeiras pré-vendas. 

Tudo isso com Ecommerce próprio e uma estratégia de marketing com influenciadores.

↪️ Leia também: Qual o produto mais vendido no mundo?

4. Pantys (Saúde Feminina/Tecnologia)

A Pantys se destacou ao criar a primeira calcinha absorvente do Brasil – uma alternativa reutilizável aos absorventes descartáveis.

Ao comparar com o que já existia fora do país, Emily Ewell – criadora da marca – notou uma oportunidade no mercado nacional, uma lacuna.

O Ecommerce foi o primeiro canal da marca, mas a Pantys logo virou omnichannel, com loja física e pop-ups. 

A integração entre os canais permite que o cliente compre online, troque presencialmente e continue com a mesma experiência. 

5. Pipizito (Saúde/Higiene Pessoal)

A Pipizito ficou conhecida por lançar um funil urinário que permite que mulheres façam xixi em pé, sem contato com banheiros públicos sujos ou improvisos desconfortáveis. 

A ideia surgiu de uma experiência pessoal. 

Durante uma viagem de carro, a fundadora Carol Dorow se viu sem banheiro por perto e sem uma forma higiênica de resolver o problema. 

Percebeu ali que essa era uma dor frequente – e pior, que ninguém estava olhando para isso com seriedade.

E a Pipizito virou negócio rápido. 

Seu primeiro produto foi lançado em 2022 e, desde então, já vendeu mais de 750 mil unidades e entrou em 1.500 pontos de venda.

A marca também tem uma pegada sustentável interessante. 

Além do funil ser biodegradável, toda a produção é feita por mulheres, aqui no Brasil. Uma verdadeira referência em empreendedorismo feminino. 

6. VegPet (PetFood/Sustentabilidade)

A Vegpet se destacou ao lançar uma ração vegana para cães, focada em um público que já buscava produtos naturais e mais conscientes para seus pets. 

Com isso, virou uma das primeiras marcas do país a atender esse nicho de forma estruturada.

Assim como muitas outras ideias de produtos inovadores, a da Vegpet surgiu de uma necessidade pessoal. 

Os fundadores, Victor Ramos e Thaís Almeida, procuravam uma ração vegetariana para seus próprios cães e não encontraram nenhuma opção de qualidade no mercado brasileiro. 

O grande diferencial da Vegpet está na marca própria, a Bicho Green, que responde por 80% das vendas da empresa. 

O negócio começou com uma página simples de vendas, ainda em 2013. 

Hoje, a Vegpet fatura mais de R$ 1,2 milhão por ano, com 70% das vendas no Ecommerce próprio e o restante no B2B (Nuvemshop). 

Para dar conta do crescimento, migraram para a Nuvemshop Next, com atendimento consultivo e suporte dedicado.

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7. Zee.Dog (Pet/Design)

A Zee.Dog chamou atenção ao transformar produtos comuns para pets – como coleiras, guias e peitorais – em acessórios com personalidade. 

Foi uma das primeiras marcas brasileiras a tratar itens para cães e gatos como parte do estilo de vida dos donos.

O que colocou a Zee.Dog num outro nível e fez do seu produto realmente inovador foi o cuidado com o design e com a identificação do público, como explica Patrícia Pacek, Head de Ecommerce da Zee.Dog:

Os produtos têm estampas exclusivas, materiais duráveis (como o neoprene) e propostas inovadoras – como peitorais anti-puxão e coleiras com LED. 

A Zee.Dog começou no digital, mas já ganhou lojas físicas em várias cidades, criou sua própria plataforma de entregas rápidas (Zee.Now) e, hoje, vende até roupas para humanos. 🐶

8. Zerezes (Moda/Óculos/Sustentabilidade)

A Zerezes se destacou no varejo de moda ao criar óculos com design de ponta e foco total em sustentabilidade. 

A marca apostou em materiais recicláveis, produção responsável e um posicionamento claro: mostrar que moda e consciência ambiental podem caminhar juntas.

O que diferencia os óculos da Zerezes vai além do visual. 

A marca usa acetato de celulose à base de fibras naturais, substitui plástico por materiais reciclados e até lançou uma linha feita com canudos plásticos coletados. 

No Ecommerce, a Zerezes também dá uma aula. 

A marca criou um provador virtual e oferece ajustes nas lojas físicas para prolongar a vida útil das peças. 

O que fica de aprendizado para quem busca produtos inovadores é que criar valor também é revolucionário. 

A  Zerezes não quis competir com preço, mas a marca se posicionou com clareza, prometeu e entregou.

O resultado disso é a fidelização de um público que topa pagar mais caro por um produto que, em tese, pode ser comprado em qualquer lugar. 

5 jeitos de ter uma ideia de produto inovador para vender

Depois de ver como essas marcas conseguiram se destacar com ideias fora do padrão, fica mais fácil entender que inovação não precisa ser complicada. 

O que elas têm em comum é justamente a clareza sobre o problema que queriam resolver.

Agora, vamos mostrar 5 dicas para quem quer criar um produto inovador e vender na internet.

1. Resolva uma dor que você já viveu na pele

Como você viu em muitos dos casos que mencionamos aqui, alguns dos produtos mais inovadores costumam nascer de quem sentiu o problema na prática. 

Quando você conhece a dor de perto, fica mais fácil saber o que precisa melhorar.

E, além disso, é mais fácil também comunicar isso com quem passa pela mesma situação. 

Em vez de tentar adivinhar o que vender, olhe para os perrengues que você já enfrentou e pergunte: “o que teria me ajudado naquela hora?”. 

A resposta pode ser o ponto de partida do seu produto.

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2. Busque um propósito 

Na hora de criar algo novo, muita gente pensa só na função. 

Mas um produto inovador de verdade também carrega uma ideia maior por trás.

Um estudo da Accenture, por exemplo, mostrou que 83% dos brasileiros preferem marcas que defendem valores parecidos com os seus. 

Então, em vez de criar só pelo que dá lucro, pense: que causa ou visão de mundo esse produto reforça? 

Quando o público sente que compra algo com sentido, ele volta. E ainda traz mais gente junto.

3. Olhe para o que já existe e melhore o básico

Inovar nem sempre é criar do zero. 

A maioria das marcas que mostramos aqui fez justamente o contrário: pegou algo comum e entregou melhor. 

A Pantys não inventou calcinha ou absorventes, e a Zee.Dog não inventou coleiras para pets. 

Elas só olharam para o que já existia, perceberam o que incomodava e criaram versões mais práticas, bonitas ou conscientes. 

Se você quer um bom ponto de partida, comece olhando para o que já existe no mercado, mas ainda é mal resolvido.

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Depois de conhecer tantas histórias reais, dá para ver que uma boa ideia não precisa ser mirabolante, ela só precisa resolver um problema de verdade. 

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