Atualizado em 19/09/2022 por Karina Ono
Empreendedorismo feminino é um assunto que ganha cada vez mais atenção. Além de promover o forte debate sobre a posição da mulher no campo empresarial, gera transformações na sociedade e na economia de todo o país.
Em 2019, de acordo com o relatório do Sebrae em parceria com IBPQ, a taxa de empreendedoras que estão no estágio inicial do negócio (de até 3,5 anos) chegou a 16 milhões de mulheres, representando METADE dos negócios que estão na mesma fase. O percentual foi comparado com os números do ano anterior (2018).
E, nos últimos anos, as donas de negócio passaram a ocupar a principal posição em casa, um grande marco na luta pela igualdade de gênero.
Ao longo do artigo, vamos mostrar a importância do empreendedorismo feminino, não apenas em seu contexto social com empoderamento da mulher, mas também em seu cunho econômico.
Além disso, vamos apresentar algumas empresas, cujas proprietárias são mulheres com muita relevância no mercado.
No vídeo abaixo, a Babi Tonhela, CPO e Consultora do Ecommerce na Prática, fala sobre 5 livros imperdíveis para mulheres empreendedoras. Assista:
Índice:
O que é empreendedorismo feminino?
Empreendedorismo feminino é o movimento que engloba iniciativas em que mulheres estão em posição de tomada de decisão, definindo estratégias e ações que estabelecem o rumo de empresas.
Contudo, é importante ressaltar que um perfil empreendedor não é algo restrito aos indivíduos donos do próprio negócio. Na prática, tem ligação com o posicionamento, a postura necessária ao ato de empreender…
Isto é, atuar com determinação, foco em crescimento e resultados, inovação etc.
Dia do empreendedorismo feminino
Diante de tamanho destaque no Brasil e no mundo, o empreendedorismo feminino é comemorado por aqui no dia 19 de novembro.
A ideia da data é justamente evidenciar e valorizar as mulheres como protagonistas no setor empresarial. E mais do que isso: o dia do empreendedorismo feminino marca o estímulo à atuação das mulheres nesse sentido.
O papel do empreendedorismo feminino
Como vimos, em teoria, esse conceito diz respeito aos negócios que são criados e geridos por mulheres. Porém, na prática, ele vai além dessa definição.
O empreendedorismo feminino diz respeito à liderança feminina e amplia a visibilidade das mulheres, contribuindo para o rompimento de várias barreiras sociais estigmatizadas.
Por exemplo:
Em um ambiente de negócios – que, precisamos admitir, é majoritariamente masculino -, a imagem do sucesso está, muitas vezes, ligada à figura de força e autoridade do homem. Por isso, a mulher se depara com muitos obstáculos para conseguir empreender, ser levada a sério por parceiros e ser reconhecida.
A revolução que o empreendedorismo feminino encabeça é aquela que propõe a revisão do antigo pensamento e modelo social do homem como figura única de autoridade. Assim, aos poucos, transforma o ambiente empresarial em mais inclusivo e inovador.
O empreendedorismo feminino surge, então, como forma de enfrentamento ao empreendedorismo tradicional, que é conduzido e pensado por homens de acordo com suas próprias regras e conceitos de sucesso.
Ao impulsionar uma forma diferente de pensar os negócios, as mulheres conquistam protagonismo e mais espaço, bem como reconhecimento e satisfação na vida pessoal e profissional.
Além disso, aumentam a renda familiar, geram mais empregos e abrem as portas do mercado para cada vez mais mulheres.
O impacto na economia brasileira
Em um contexto histórico, as mulheres começam a se inserir no mercado de trabalho na Revolução Industrial. No Brasil, as mulheres ganharam mais espaço no Movimento Sindical de 1980 e, com a Constituição de 88, elas conquistaram a igualdade jurídica, sendo consideradas legalmente com os mesmos direitos do homens.
Apesar de as dores e riscos do empreendedorismo serem menores para os homens, com o passar dos anos, as mulheres se tornaram as principais empresárias de alguns setores da economia do país.
Hoje, de acordo com o relatório executivo mais recente do Sebrae, 50% dos empreendedores que estão na fase inicial são mulheres, ou seja, mais de 16 milhões de mulheres estão atuando no mercado empreendedor (dado: Global Entrepreneurship Monitor).
Esse número tem uma possível explicação: as mulheres têm buscado o empreendedorismo como modo de driblar não apenas o desemprego, mas de cruzar a insatisfação com os salários desproporcionais com a necessidade de mais tempo em casa.
Isso se reflete nos dados apresentados pelo Governo Federal, onde 3 em cada 4 lares são chefiados por mulheres e, deste número, 41% já tem o próprio negócio. Eles, geralmente, são voltados para varejo e serviços.
Os principais desafios para mulheres empreendedoras
Apesar do progresso ter sido grande nos últimos anos, o cenário atual nos mostra que ainda existem muitos avanços a serem feitos.
Além do preconceito, um dos principais desafios que as mulheres enfrentam no mercado de trabalho está relacionado à autoconfiança e ao medo de falhar, especialmente, quando envolve filhos e família.
Para superar essas barreiras, as mulheres buscam aliar aspectos comportamentais e técnicos para estarem cada vez mais seguras e preparadas para a administração do negócio.
Embora haja certa intimidação na hora de negociar e entender propostas, é importante seguir articulando e ampliando seu espaço de forma ativa e empoderada.
Como dizemos aqui: é preciso cavar uma bandeira no seu espaço.
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Mulheres empreendedoras para se inspirar
Já não resta dúvidas: a mulher busca diversificar a forma de trabalhar, sustentar a família e ter independência financeira.
As brasileiras têm alcançado maior índice de escolaridade e se destacam na participação econômica, com ótimas ações de empreendedorismo feminino.
Para te inspirar nesse momento de decisão, separamos alguns exemplos de grandes empresárias do Brasil e ao redor do mundo. Confira:
Camila Farani
Camila Farani é um dos “tubarões” do programa Shark Tank Brasil, a única mulher bicampeã premiada como Melhor Investidora-Anjo no Startup Awards de 2016 e 2018.
Ela também é sócia-fundadora da G2 Capital, uma butique de investimentos em empresas de tecnologia e tem participação como sócia e criadora do Grupo Boxx (alimentação) e Innovaty (educação).
Mas todo esse sucesso não veio do dia para a noite…
Camila começou logo cedo a vivenciar os problemas reais de se empreender em um país como o Brasil. Perdeu o pai aos quatro anos e foi então que sua mãe decidiu abrir uma tabacaria no Rio de Janeiro.
Aos 16 anos, quando Camila trabalhava na empresa da família, fez uma ousada proposta para sua mãe: aumentar em 30% o faturamento do negócio em um determinado prazo.
Na sua estratégia, implementou uma pequena inovação que era oferecer café gelado aos clientes. Se o desafio proposto tivesse êxito, ela passaria a ter porcentagem da empresa.
Pouco tempo depois, aos 21 anos, ela propôs outra inovação na empresa familiar: passou a servir, na área de café, coquetéis da bebida. Com o crescimento das vendas, conseguiu fechar sociedade com sua mãe e, desde então, não parou mais de atuar no mundo do empreendedorismo.
Kylie Jenner
Kylie Jenner, de 20 anos, lançou, em 2016, a Kylie Cosmetics. A empresa começou vendendo online “lip kits” contendo um batom líquido e lápis para boca, tudo por 29 dólares.
Desde então, ela já gerou mais de US$ 360 milhões (quase R$ 1,36 bilhão) em vendas em 2018 (alta de 9% em relação ao ano anterior), segundo estimativas.
Hoje, ela é a mais jovem empreendedora a se tornar bilionária, ultrapassando Mark Zuckerberg, do Facebook. Com 20 anos, ela é a mais nova das 60 mulheres no ranking de empreendedoras mais ricas, ocupando a 27ª posição.
Kylie conseguiu superar o sucesso de suas irmãs, Khloe Kardashian, Kourtney Kardashian e Kim Kardashian e construiu seu próprio império, se tornando além de uma grande empreendedora, mãe e influencer, mas um grande nome no ramo de beleza e cosméticos.
Leia também: Como usar o Marketing de Influência na sua estratégia
Luiza Helena Trajoro
Luiza Helena Trajano é sinônimo de vitória! Ela é uma das três mulheres mais poderosas do Brasil, segundo a revista Forbes.
Nascida e criada em Franca, interior de São Paulo, Luiza Helena Trajano deu início a sua vida profissional bem cedo, com apenas 12 anos de idade.
O desejo de comprar presentes de Natal para sua família e amigos foi o que a levou abrir mão de suas férias escolares para trabalhar como balconista na loja de seus tios.
A empresa era uma pequena loja de presentes em Franca que foi comprada pelos tios de Luíza em 16 de novembro de 1957. Sua tia criou um concurso cultural na rádio local para os moradores da cidade escolherem o nome da loja recém comprada. Com essa estratégia de Marketing, o negócio ganhou o nome de Magazine Luiza, em homenagem à tia, Luiza Trajano Donato.
A sobrinha, Luiza Helena, que tinha começado como balconista ganhou gosto pelo trabalho e aos 18 anos passou a trabalhar de forma efetiva. Após se formar em Direito e Administração de Empresas, ela chegou a ocupar cargos em todos os setores da empresa.
Já em 1991, ela recebeu um bilhete de sua tia avisando que era a hora de assumir o comando da companhia. Luiza não teve dúvidas e aceitou o desafio. O auge de sua carreira aconteceria alguns anos mais tarde, em 2008, quando se tornou presidente da rede.
Sob a sua gestão empreendedora, foram criados, em 1992, Lojas Virtuais da rede. O cliente ia até a loja e comprava pelo computador, com o auxílio de um vendedor, o produto que não estava exposto.
Sendo assim, fica claro que, além de empreendedora nata, Luiza foi um dos primeiros nomes femininos a serem vistos com destaque e como sinônimo de inovação no empreendedorismo.
Em 2011, Luiza foi convidada por Dilma Rousseff para comandar a Secretaria da Micro e Pequena Empresa.
Hoje, ela está entre as mulheres de negócio mais poderosas do país.
Heloisa Helena Assis
Talvez você já tenha ouvido falar dela. Heloisa Helena é dona do Instituto Beleza Natural, reconhecido em diversos lugares do mundo por sua ideia de manter a beleza natural dos fios.
Mas ela não começou assim.
Na verdade, ela era empregada doméstica e decidiu fazer um curso de cabeleireira ainda jovem para aprender a domar os próprios cachos. Após diversas tentativas frustradas (que culminaram na queda do próprio cabelo, usado como cobaia para seus experimentos), Heloisa encontrou uma fórmula para manter a beleza natural dos fios crespos e tirar o volume.
Em 1993, com o dinheiro da venda de um Fusca, ela fundou o próprio salão de beleza no quintal de casa.
Os anos que se seguiram foram de muito trabalho. Hoje são mais de 25 institutos de beleza, com mais de 50 cremes de tratamento para ajudar mulheres a viverem seus dias com mais autoestima e cachos soltos.
Leia também: Faturamento Milionário: ela deu a volta por cima e salvou toda a família
A importância do empreendedorismo feminino para a sociedade
Para administrar seus negócios, as mulheres enfrentam diferenças e mostram que são capazes de trabalhar duro diante de adversidades, se impondo e cobrando os mesmos direitos.
Esse ótimo desempenho faz com que cada vez mais mulheres assumam cargos de liderança, se tornando referências no mundo do empreendedorismo.
Em um cenário de negócios, onde o foco está tradicionalmente ligado às ideias de domínio, poder e força, o empreendedorismo feminino apresenta uma oportunidade de trazer para o primeiro plano elementos comumente ligados ao arquétipo feminino, mas que fazem parte de todos nós e são imprescindíveis para uma gestão efetiva e transformadora.
Nesse sentido, a presença de mulheres no mercado de trabalho destacou o valor do desenvolvimento de habilidades cruciais para a administração de equipes e empresas modernas.
Essas, inclusive, são consideradas competências essenciais dos líderes do futuro, que desejam engajar e motivar pessoas.
Também vale ressaltar que, seja atuando em uma instituição ou tocando seu próprio negócio, mulheres tendem a mostrar índices mais elevados de resiliência, mantendo a estabilidade e o equilíbrio emocional mesmo diante de dificuldades e pressões.
Por tudo isso, é perceptível o impacto positivo da liderança das mulheres na economia e a expansão desses negócios.
Elas criam um espaço mais rico, igualitário e com maior diversidade e pluralidade de ideias.
Podemos ver que empreendedorismo feminino é um importante catalisador de mudanças e uma grande conquista social.
Por isso, ele deve ser encorajado, amparado e valorizado em todas as instâncias na nossa sociedade.
A busca por condições iguais de trabalho ainda parece ser longa, mas as mulheres já demonstram todo o seu potencial e competência para desenvolver negócios inovadores, criativos e revolucionários.
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Após a leitura deste artigo, fica claro que o empreendedorismo não é algo restrito ao sexo masculino.
Hoje, possuímos muitos nomes de mulheres de valor no mercado e você pode ser a próxima a ter o seu próprio negócio…
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Que post motivador, essas mulheres que voce citou são um exemplo, parabens
Amei este post, otimo conteudo!!
Texto maravilhoso!