Como ser um ponto de coleta e atrair mais clientes para o seu negócio

Pontos principais do artigo:

• Pontos de coleta reduzem custos logísticos e melhoram a experiência do cliente;
• Lojas físicas podem atrair novos clientes e gerar renda extra ao virar pontos de coleta;
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Nos últimos anos, a forma de entregar e receber pedidos mudou bastante no Brasil. 

Os clientes estão cada vez mais atentos a prazos e flexibilidade, enquanto os lojistas procuram soluções que ajudem a equilibrar custos e manter a satisfação de quem compra. 

Nesse cenário, surgiram alternativas que vão além do tradicional “enviar para o endereço do cliente”.

Entre essas soluções estão os pontos de coleta, que já fazem parte da rotina de grandes marketplaces e começam a ganhar espaço também entre pequenos e médios negócios. 

Neste artigo, vamos entender melhor o que são, por que se tornaram tão relevantes e como você pode aproveitar essa tendência para fortalecer sua operação.

Vem com a gente! 📍

O que são pontos de coleta?

De forma simples, um ponto de coleta é um local físico onde mercadorias podem ser entregues ou retiradas. 

No Ecommerce, isso acontece de duas formas principais: 

1. A primeira é quando o lojista oferece essa opção para os seus clientes: em vez de receber o pedido em casa, o consumidor pode escolher retirar a compra em um ponto parceiro. 

Isso resolve situações comuns, como a falta de alguém para receber a entrega ou a necessidade de retirar o pacote em um horário mais conveniente.

2. A segunda forma é quando o próprio lojista se torna um ponto de coleta oficial de grandes marketplaces, como Mercado Livre, Shopee ou Amazon. 

Nesse caso, a sua loja física passa a receber pacotes de terceiros para retirada. 

Além de colaborar com a rede logística dessas empresas, você atrai novos consumidores para dentro do seu espaço comercial e pode até gerar renda extra pela parceria.

Ou seja, ponto de coleta é uma solução versátil. 

Ele melhora a experiência de quem compra online e, ao mesmo tempo, cria novas oportunidades de negócio para quem empreende.

Qual a importância dos pontos de coleta?

Os pontos de coleta vêm ganhando espaço entre os lojistas, acompanhando o crescimento acelerado do Ecommerce. E quem presta atenção a esse movimento acaba saindo na frente.

Para você ter uma ideia, para o setor, a ABComm prevê faturamento acima de R$ 234 bilhões em 2025, o que representa um crescimento de 15% em relação ao ano anterior.

Nesse cenário, os pontos de coleta se tornam uma alternativa estratégica. 

Se você vende online, eles ajudam a reduzir falhas de entrega, facilitam processos de devolução e garantem uma experiência mais tranquila para o cliente.

Já se você tem loja física, virar ponto de coleta pode transformar seu espaço em um canal de atração.

Ou seja, mais movimento, mais visibilidade e até a possibilidade de gerar uma nova fonte de receita.

Vantagens do ponto de coleta na sua loja virtual

Implementar pontos de coleta não é apenas uma questão de conveniência: é uma estratégia que pode fortalecer diferentes frentes do seu negócio. 

Vamos às vantagens:

Menos problemas com entregas

Quem vende online sabe como uma entrega frustrada pode prejudicar o negócio. 

Atrasos, encomendas devolvidas e reentregas não planejadas significam custos extras e clientes insatisfeitos. 

Com pontos de coleta, boa parte desses problemas é evitada, já que o consumidor escolhe o momento e o local mais conveniente para retirar sua compra.

Imagine um cliente que trabalha o dia todo fora. A probabilidade de ele não estar em casa no horário da transportadora é enorme. 

Se tiver a opção de retirada em um ponto de coleta próximo ao trabalho ou no caminho de casa, a experiência muda completamente. 

Para o lojista, isso representa menos dor de cabeça e uma imagem mais profissional diante do consumidor.

Custos logísticos mais enxutos

A chamada “última milha” – o trecho final da entrega até a casa do cliente – é uma das etapas mais caras do frete.

Ela exige deslocamentos individuais, tempo maior de entrega e mais riscos de falha. 

Quando você concentra pacotes em pontos de coleta, a transportadora faz menos viagens e reduz custos operacionais.

Na prática, isso pode significar fretes mais baratos, o que ajuda a aumentar a conversão na sua loja virtual. 

Para pequenas e médias empresas, que muitas vezes perdem vendas por conta do valor do frete, esse detalhe faz toda a diferença.

Visibilidade e novos clientes

Se você tem loja física e decide virar ponto de coleta de marketplaces ou outras empresas, o impacto vai além da parceria. 

Cada retirada de pacote vira uma oportunidade de apresentar sua marca a pessoas que talvez nunca tivessem entrado no seu espaço.

Pense, por exemplo, em uma papelaria de bairro. Ao se tornar ponto de coleta, ela passa a receber dezenas de pessoas todos os dias. 

Muitas dessas visitas podem se transformar em compras de impulso – um cliente que vai retirar um pacote aproveita para levar uma caneta, um caderno ou até conhecer outros serviços da loja.

Esse aumento no fluxo é muito valioso para PMEs, que dependem de visibilidade local e boca a boca para crescer.

Experiência de compra mais positiva

Oferecer pontos de coleta mostra que a sua loja entende as necessidades do consumidor moderno. 

Hoje, muita gente busca praticidade: quer poder decidir quando e onde vai buscar seu pedido. Ao oferecer essa opção, você demonstra flexibilidade e cuidado.

Essa percepção melhora a satisfação do cliente e aumenta a chance de recompra. 

Afinal, quem tem uma experiência tranquila tende a voltar e recomendar a loja para outras pessoas, concorda?

Em um mercado cada vez mais competitivo como o de Ecommerce, conquistar fidelidade faz toda a diferença para ficar à frente da concorrência.

Apoio de grandes marketplaces

Para lojistas que já vendem em plataformas como Amazon, AliExpress, Mercado Livre ou Shopee, os pontos de coleta são ainda mais vantajosos. 

Essas empresas investem pesado em criar suas próprias redes, com smart lockers, estabelecimentos parceiros e até lojas credenciadas.

Na prática, isso significa que você pode aproveitar uma estrutura logística moderna sem precisar gastar com tecnologia ou espaço adicional. 

Seu cliente tem mais opções de entrega e a sua operação ganha agilidade sem aumentar custos.

Principais empresas que oferecem pontos de coleta

No Brasil, diferentes empresas já estruturaram programas de pontos de coleta. Cada uma tem suas regras, requisitos e formas de remuneração. 

A seguir, você conhece as principais:

Mercado Livre

O Mercado Livre investe fortemente em logística por meio do Mercado Envios, e os pontos de coleta são parte desse ecossistema. 

Neles, os vendedores deixam pacotes que depois são retirados por transportadoras, e os clientes podem buscar ou devolver suas encomendas.

Para ser um ponto de coleta do Mercado Livre, é necessário ter:

• Loja física com CNPJ ativo;
• Internet;
• Espaço para armazenar pacotes
• Funcionamento em horário comercial. 

A remuneração gira em torno de R$ 0,50 a R$ 0,60 por pacote, dependendo do volume movimentado. 

É importante destacar que os pontos de coleta também funcionam por meio do Mercado Envios Coleta.

Shopee

A Shopee também conta com uma rede de pontos de coleta espalhados pelo país. Os parceiros precisam atender a exigências específicas: 

• CNPJ com CNAE adequado;
• Certificado digital;
• Espaço coberto e seguro;
• Internet;
• Câmeras de vigilância;
• Pelo menos um atendente disponível em horário comercial.

A remuneração varia conforme o volume de pacotes: começa em R$ 0,70 por pacote e pode cair até R$ 0,20 conforme a quantidade processada aumenta. 

Já devoluções geram um valor fixo, em torno de R$ 0,80 por pacote. 

Além do ganho direto, virar ponto de coleta Shopee aumenta o fluxo de pessoas no local, o que pode gerar novas vendas.

Amazon

O programa da Amazon funciona de maneira parecida. 

O lojista se cadastra e, após aprovação, passa a receber pacotes para retirada no seu comércio. O processo de análise leva entre 4 e 8 semanas.

Entre os requisitos para ser um ponto de coleta da Amazon, estão: 

• Ter CNPJ ativo (MEI não se enquadra);
• Regime tributário Simples Nacional;
• Local físico seguro e acessível. 

A Amazon não divulga publicamente o valor pago por pacote, mas o lojista ganha com visibilidade e movimento adicional no seu ponto de venda.

AliExpress

No Brasil, o AliExpress opera pontos de coleta por meio de empresas parceiras, principalmente a Pegaki. 

Para participar, é preciso ter:

• CNPJ;
• Espaço de pelo menos 2 m²;
• Dois atendentes;
• Funcionamento em horário comercial.

O ganho por pacote varia de R$ 0,20 a R$ 0,50, e pesquisas da própria Pegaki indicam que cerca de 30% das pessoas que vão retirar seus pedidos acabam comprando algo no local. 

Em linhas gerais, tornar-se um ponto de coleta do AliExpress pode ser uma boa oportunidade de renda extra e aumento de visibilidade.

Correios

Os Correios também mantêm um programa de credenciamento para pontos de coleta. 

Neles, os parceiros recebem encomendas com destino nacional, fazem a conferência pelo sistema e guardam até que os Correios recolham.

Entre os requisitos estão: 

• Espaço adequado;
• Acesso à internet;
• Impressora;
• Treinamento fornecido pelos Correios. 

As dimensões aceitas são limitadas a pacotes com soma dos lados de até 200 cm. 

O valor da remuneração não é divulgado, mas o benefício está no fluxo de clientes e na associação da sua marca à dos Correios.

Pegaki

A Pegaki é uma rede independente que conecta Ecommerces a estabelecimentos parceiros. 

O processo é simples, mas o lojista precisa:

• Ter um espaço de pelo menos 2 m²;
• Atendimento em horário comercial;
• Internet e celular para usar o app na hora de escanear etiquetas.

Não há custo de adesão para ser um ponto de coleta Pegaki  e a remuneração fica entre R$ 0,20 e R$ 0,50 por pacote. 

Segundo o site da empresa, além do ganho direto, cerca de 30% dos clientes que retiram pacotes fazem compras adicionais na loja, aumentando a renda indireta do parceiro.

Nuvem Envio

Diferente dos marketplaces e dos Correios, em que a loja física se transforma em um ponto de coleta parceiro, o Nuvem Envio tem outra proposta. 

Nesse caso, o lojista não vira ponto de coleta, mas passa a oferecer essa opção de entrega para os clientes que compram em sua loja virtual.

Tudo acontece dentro do painel da Nuvemshop: basta configurar a funcionalidade de pontos de postagem e retirada, que já estão integrados com transportadoras parceiras da plataforma. 

Assim, no momento da compra, o consumidor pode escolher um ponto próximo para retirar o pedido, sem depender apenas da entrega em domicílio.

Para o empreendedor, a vantagem é clara: não há necessidade de se credenciar em cada transportadora ou marketplace individualmente. 

O Nuvem Envio Collect concentra essas opções em um só lugar, simplificando a operação e aumentando a conveniência para os clientes.

🔵 Para facilitar, deixamos aqui uma tabela comparativa com as informações relevantes de todas as empresas: 

*Valores médios informados pelas próprias empresas ou parceiros.

Como se tornar um ponto de coleta?

O processo para virar ponto de coleta pode parecer complicado no início, mas, na prática, segue uma linha parecida em todas as empresas. 

O importante é entender a jornada: da escolha do parceiro até a adaptação do seu espaço.

Vamos explicar os passos a seguir:

1. Escolha a empresa ou rede parceira

Antes de qualquer coisa, avalie com quem vale a pena trabalhar.

Grandes marketplaces oferecem visibilidade e um volume alto de pacotes. Já redes independentes, como a Pegaki, costumam ser mais ágeis na aprovação e menos burocráticas – embora isso possa variar.

Na hora da escolha, pense na estratégia do seu negócio.

Você busca aumentar o fluxo de pessoas no seu ponto físico? Ou prefere se associar a uma marca de peso, como Mercado Livre ou Amazon, para reforçar a credibilidade?

💡 Lembrando que as duas opções são válidas e podem até se complementar no futuro.  

Mas, para começar, é recomendável optar por apenas um modelo. 

Você se adapta à rotina de um ponto de coleta sem sobrecarregar a operação e, depois, pode expandir para outros parceiros conforme ganhar experiência. 

2. Verifique se sua loja está preparada

Mais do que cumprir requisitos formais, é importante olhar para dentro do seu negócio.  Pergunte-se: 

Tenho espaço para receber encomendas sem atrapalhar o funcionamento da loja? Minha equipe consegue encaixar essa rotina sem sobrecarregar o atendimento? Tenho condições de manter a organização para que cada retirada seja rápida e prática? 

Se as respostas forem positivas, é sinal de que você está no caminho certo.

3. Faça o cadastro e aguarde a aprovação

Cada empresa tem seu próprio sistema de inscrição. 

Em alguns casos, você preenche um formulário online e recebe retorno em poucos dias; em outros, pode levar semanas até ser aprovado. 

O segredo aqui é paciência: muitas vezes, a análise inclui visitas técnicas ou checagem de informações, e isso faz parte do processo.

4. Adapte a operação da sua loja

Depois de aprovado, sua loja passa a receber um novo fluxo de pessoas. 

Vale pensar em como organizar o espaço para que a experiência seja prática e não gere filas ou confusão. 

Alguns lojistas reservam uma prateleira exclusiva para pacotes, outros usam armários fechados. 

Se puder, coloque um atendente só para cumprir os atendimentos e retiradas do ponto de coleta – caso a demanda exija isso, claro.

No geral, o seu maior objetivo deve ser garantir agilidade no atendimento e transmitir confiança a quem vai retirar.

Qual a diferença entre ponto de coleta e ponto de retirada?

Apesar de parecerem iguais, ponto de coleta e ponto de retirada têm propostas diferentes dentro da logística do Ecommerce.

Como vimos, o ponto de coleta é um local parceiro credenciado por marketplaces ou transportadoras para receber pacotes. 

Ele funciona como intermediário na entrega ou na devolução. O cliente escolhe retirar a compra nesse endereço, que pode ser uma farmácia, um mercado, uma loja de bairro ou até um locker.

Exemplo: ao comprar na Shopee, o cliente pode optar por retirar o pedido em uma padaria cadastrada como ponto de coleta próximo de sua casa.

O ponto de retirada, por sua vez, é  quando o lojista oferece a retirada diretamente em sua própria loja física ou estoque. Não há parceria externa envolvida: é o próprio negócio que disponibiliza esse serviço.

Um pequeno brechó online permite que o cliente busque o pedido no próprio espaço físico da marca, sem depender de transportadora.

Em termos simples, ele está dentro da estrutura do próprio lojista, funcionando como uma extensão do seu negócio. 

Tudo certo sobre ponto de coleta? Agora, vá além! 

Depois deste conteúdo, temos certeza de que você está preparado para adotar o ponto de coleta no seu negócio! 😁

Mas, precisamos te lembrar: este é apenas um dos desafios que você vai enfrentar na hora de ter um empreendimento de sucesso. 

É preciso entender sobre o universo das vendas online, desde o marketing ao atendimento e à logística. 

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