Pontos principais do artigo:

  • Quer saber como montar uma loja de acessórios femininos? O processo passa por escolher bem os produtos, abrir seu CNPJ, encontrar fornecedores confiáveis e organizar um estoque inicial;
  • Na hora da divulgação, você pode começar com baixo investimento usando estratégias como Reels, TikToks, WhatsApp e até programas de indicação para atrair clientes;

Quem acompanha o mercado de moda já percebeu que os acessórios deixaram de ser detalhe para virar protagonistas… 

Se você sempre pensou em abrir sua loja de acessórios femininos, mas ainda não sabia por onde começar, este artigo é o seu guia. 

Aqui, a nossa missão é simples: mostrar como transformar sua paixão em negócio.

Nada de teoria distante – é passo a passo direto, com insights de especialistas, para você entrar nesse mercado com o pé direito. 

Como anda o mercado de acessórios femininos? 

O segmento de moda e acessórios no Brasil segue em forte expansão e já mostra números que chamam atenção:

  • 25,3 mil unidades produtivas formais no setor de moda e acessórios no país (ABIT);
  • O mercado internacional de acessórios de moda deve crescer em média 12,3% ao ano até 2029 (Mordor Intelligence).

Ou seja: tem espaço para quem quer começar agora e construir uma marca que se destaque – especialmente no online. 

Hoje, lojas que operam exclusivamente no virtual, sem vendas físicas, são mais da metade (67,4%) de todos os Ecommerces no Brasil (O Globo).

E quem compra acessórios femininos no Brasil?

Quando o assunto é moda, as mulheres são um motor de vendas no geral: 66,7% dos compradores digitais de moda são mulheres (Mercado & Consumo).

Mas, qual o perfil das mulheres que compram acessórios, especificamente? 

Existem nuances importantes:

  • Bijuterias: 78% das consumidoras estão entre 15 e 35 anos (Revista Pensamento Contemporâneo em Administração);
  • Mercado de luxo: o maior poder aquisitivo está nas mulheres acima de 50 anos (75%), mas as mais jovens, até 35 anos, já respondem por 49% dos gastos. (Terra).
  • Classe C é protagonista, representando 52,1% dos digital shoppers (Mercado & Consumo);
  • 51% compram pelo menos uma vez por mês, sendo que 8% compram toda semana (Opinion Box).

↪️ Leia também: Procurando fornecedor de prata atacado? Veja 8 boas opções. 

Como montar uma loja de acessórios femininos? 

Com tantas oportunidades no mercado e um público que compra acessórios com frequência, a pergunta que fica é: como transformar essa demanda em negócio

É aqui que começa a parte prática. 

Abrir uma loja virtual de acessórios femininos, assim como qualquer outra loja, requer um processo. 

Aqui, vamos te explicar passo a passo… 

1. Defina produto, público e posicionamento

Antes de pensar em site, embalagem ou qualquer estratégia de marketing, a primeira decisão é a mais estratégica de todas: o que você vai vender e para quem

Parece óbvio, mas o mercado de acessórios é enorme e nada homogêneo. 

Se você tentar vender tudo para todo mundo, acaba não se conectando de verdade com ninguém.

E não basta escolher “brincos” ou “pulseiras”, você precisa entender qual a proposta por trás desses produtos, como explica Camilla Magalhães, especialista do Ecommerce na Prática:

“Com o produto definido, pense: quem é o cliente ideal? Quais são as dores desse cliente? Quais são os desejos desse cliente? Como seu produto pode ajudá-lo a solucionar os problemas que ele tem?” 

camilla magalhãesCamilla Magalhães - Especialista em vendas

✍️ E já que você está estruturando seu negócio, aproveite para preencher nosso modelo de Canvas de Negócio gratuito.

Com ele, você vai definir:

  • Oferta e valores;
  • Persona e atendimento;
  • Estrutura;
  • Pagamento;
  • Logística;
  • Canais de vendas;
  • Fontes de tráfego;
  • Parceiros;
  • Produtos;
  • Fornecedores. 

Veja um exemplo de Canvas de Negócio preenchido:

💎 Topo/Base – Oferta e Valores
  • Oferta: Semijoias minimalistas e bijuterias antialérgicas com foco em uso diário e mix & match.
  • Valor principal: Beleza descomplicada: peças versáteis que elevam o look sem pesar no bolso.
  • Diferencial: Garantia de 90 dias, conteúdo de estilo personalizado e certificação de materiais (banho ouro 18k/ródio, aço 304).
📌 Coluna Esquerda ✨ Coluna Direita

Persona: Mulheres de 22 a 45 anos, urbanas, conectadas e práticas; buscam peças curinga para trabalho, faculdade e eventos.

Atendimento: Resposta rápida via WhatsApp Business (templates e catálogo), Direct do Instagram e chat da loja.

Dores:

  • Alergia a metais e medo de escurecimento.
  • Falta de orientação para combinar peças.
  • Prazo de entrega e rastreio pouco claros.
  • Dificuldade para encontrar presentes “prontos para dar”.

Soluções:

  • Etiqueta de composição e guia de cuidados em cada pedido.
  • Guia “3 formas de usar” por produto e combos prontos.
  • Envio em 24–48h com rastreio automático por e-mail/WhatsApp.
  • Embalagem-presente inclusa e cartão personalizado opcional.

Produtos:

  • Argolas leves (P, M, G) e pontos de luz hipoalergênicos
  • Chokers e colares em camadas com pingentes minimalistas
  • Pulseiras finas para mix, braceletes ajustáveis
  • Anéis reguláveis e sets (2–3 peças coordenadas)
  • Tornozeleiras e ear cuffs para tendência

Fornecedores:

  • Polos de semijoias (Limeira-SP, Guaporé-RS) com certificação de banho
  • Ateliês independentes para edições limitadas
  • Distribuidores nacionais de aço 304/316L
⚙️ Meio do Canvas – Estrutura do Negócio

Pagamento: Pix imediato, cartão em até 6x (Nuvem Pago), link de pagamento e carteiras digitais.

Logística: Nuvem Envio (Correios + transportadoras), retirada local agendada e motoboy em capitais.

Canais de venda: Loja virtual (Nuvemshop), Instagram Shopping, WhatsApp Business (catálogo) e lives de lançamentos.

Fontes de tráfego: Reels com tendências, tutoriais de combinação, UGC de clientes, parcerias com microinfluenciadoras e SEO para intenção “como usar + acessório”.

Parceiros: Criadoras de conteúdo de moda/beleza, boutiques multimarcas para consignação, salões e estúdios de maquiagem, fotógrafos para editoriais.

2. Crie seu CNPJ 

Depois de definir produto e público, vem uma etapa que transforma a sua ideia em negócio de verdade: criar seu CNPJ.

Muita gente enrola nesse momento porque acha complicado, mas a verdade é que esse passo é simples, barato e muda totalmente a forma como o mercado enxerga você.

Com o CNPJ ativo, você passa a ter:

  • Credibilidade: não é mais “a pessoa que vende umas peças”, e sim uma empresa;
  • Segurança: pode emitir nota fiscal e se proteger juridicamente;
  • Melhores condições com fornecedores: muitos exigem nota para vender no atacado;
  • Acesso a recursos financeiros: conta PJ, maquininhas e até crédito específico para empresas;
  • Liberdade para crescer: você pode anunciar em plataformas como Instagram, Facebook e Google de forma regular.

O MEI (Microempreendedor Individual) é o formato mais popular para quem está começando do zero e, apesar das suas limitações, é um bom modelo

Veja alguns itens que precisam estar no seu radar ao se tornar MEI: 

  • Limite de faturamento: até R$ 81 mil por ano (R$ 6.750/mês);
  • Só permite contratar 1 pessoa com carteira assinada;
  • Sem sócios: MEI só pode ter um dono, não permite sociedade.

Para compensar, o custo fixo é baixo e o cadastro é rápido. Tudo é feito 100% online no Portal do Empreendedor, em poucos minutos.

Se você está disposto a investir mais, o ME (Microempresa) é o mais indicado.

“A escolha depende do momento do seu negócio. Se você ainda está validando o produto e ainda não vende muito, o MEI é o ideal. Agora, se você já tem estoque e está disposto a investir mais, vai para o ME.”

camilla magalhãesCamilla Magalhães - Especialista em vendas

↪️ Leia também: Como montar uma loja de bijuterias online sem gastar muito? 

3. Ache bons fornecedores

Antes de começarmos a falar sobre fornecedores, vale explicar que não existe “o melhor fornecedor do Brasil”

Existe o fornecedor que faz sentido para o que você quer vender e para o público que você quer atender: 

  • Se sua proposta é semijoia com banho de qualidade, você precisa de quem garanta esse padrão;
  • Se sua ideia é bijuteria acessível, o foco vai ser outro.

Agora, vamos te mostrar três caminhos práticos que funcionam muito bem para quem está começando:

3.1. Polos de fabricação e atacado 

O Brasil tem cidades que são referência no setor. 

Limeira (SP), por exemplo, é conhecida como a capital da semijoia. Já Guaporé (RS) é fortíssima na joia folheada. 

Em São Paulo, a 25 de Março e o Brás são polos para bijuterias e peças populares.

Qual a vantagem de olhar para esses polos?

  • Variedade enorme: você encontra de tudo, do mais simples ao mais sofisticado;
  • Preço competitivo: comprar direto na fonte reduz muito os custos;
  • Testar qualidade: quando possível, vá até o local, pegue as peças na mão e veja se o banho ou o acabamento entregam o que prometem.

Quem tem medo de estoque grande pode começar comprando quantidades menores em atacadistas e ir testando. 

Só não caia na armadilha de investir pesado de cara em um fornecedor só.

3.2. Feiras e eventos do setor 

Pouca gente fala, mas as feiras são ouro puro para quem quer abrir loja de acessórios. Um exemplo é a Bijoias, em São Paulo, que reúne centenas de expositores em um só lugar.

“Pesquise as feiras e eventos do seu segmento. É lá que os melhores fornecedores costumam estar. Depois que comecei a ir a feiras, nunca mais precisei procurar fornecedor na internet.”

bruno quoteBruno de Oliveira - Fundador do Ecommerce na Prática e sócio Nuvemshop

Por que vale tanto a pena?

  • Você conhece tendências em primeira mão: as coleções que vão bombar geralmente aparecem nesses eventos antes de chegar ao varejo;
  • Negociação direta: falar olho no olho com fabricantes e distribuidores abre espaço para preços e condições melhores;
  • Networking: você descobre contatos que não estão no Google e faz conexões que podem render muito no futuro.

Se você não pode viajar para uma feira, fique de olho nos catálogos digitais que muitos expositores disponibilizam. 

3.3. Plataformas online de atacado

Aqui entra a parte prática do digital. Hoje, dá para montar um catálogo inicial só comprando em plataformas online. 

Shopee, Aliexpress e Alibaba são conhecidos, mas recomendamos dar atenção também a sites nacionais de atacado e até Instagram de fornecedores.

Mas, cuidado: fornecedor online precisa ser validado.

  • Pesquise o CNPJ no Reclame Aqui e no Google para ver a reputação;
  • Peça amostras antes de fechar pedidos grandes;
  • Observe os detalhes: tempo de entrega, política de troca, embalagem. Tudo isso conta na experiência do cliente final.

Use plataformas online não só para comprar, mas para testar variedade sem travar capital em estoque enorme. É um jeito inteligente de validar o que seu público gosta antes de escalar.

↪️ Leia também: Nomes para loja de bijuterias e acessórios: saia do clichê com 320 opções. 

4. Monte o estoque inicial

Aqui é o momento em que muita gente se perde: 

  1. Comprar demais, ficar com caixa parado;
  2. Ou comprar de menos e perder venda. 

Pensa assim: no começo, seu cliente ainda não conhece sua marca, então ele precisa ver opções que transmitam o estilo do seu negócio. 

Mas isso não significa comprar cem modelos diferentes. 

Melhor ter poucas peças bem escolhidas, com qualidade e coerência, do que um amontoado de coisas que não conversam entre si.

O que recomendamos é trabalhar com uma base equilibrada, algo como:

  • Brincos: argolas de diferentes tamanhos, pontos de luz e uma peça mais “statement” para chamar atenção;
  • Colares: um choker, um modelo longo e um gravatinha – juntos, já permitem criar combinações;
  • Pulseiras: mix de correntinhas e uma peça mais chamativa (bracelete ou berloque);
  • Anéis: ajustáveis e conjuntos, que facilitam para quem compra online sem medo de errar tamanho.

Agora, duas dicas que só a prática ensina:

  1. Quantidade inicial: em vez de investir pesado em volume, compre em pequenas tiragens – 5 a 10 unidades de cada modelo já são suficientes para testar.
  2. Controle desde o início: use saquinhos individuais, etiquetas de código e separe uma peça de cada modelo só para fotos e conteúdo. Isso evita bagunça e garante agilidade na hora de vender.

E nunca é demais reforçar: a escolha do estoque precisa conversar com seu posicionamento. 

O jeito que você monta sua primeira coleção já conta para o cliente a história da sua marca. 

5. Crie sua loja online e personalize

Agora chegamos no ponto que muita gente estava esperando: colocar a sua marca no ar. 

E, hoje, criar uma loja online hoje não é mais aquele bicho de sete cabeças que era há alguns anos. 

Plataformas como a Nuvemshop já entregam uma estrutura pronta, e você só precisa adaptar ao estilo do seu negócio.

E é aí que entra o segredo: personalização

O cliente precisa bater o olho e sentir: “essa loja é diferente, tem a ver comigo”.

Então, o que você deve fazer na prática?

  • Escolha um layout profissional: nada de improviso. Um tema limpo, organizado e fácil de navegar aumenta a confiança de quem entra;
  • Use sua identidade visual: cores, tipografia e logo precisam estar alinhados ao estilo que você quer passar. Se a sua marca promete delicadeza, a paleta e os elementos devem refletir isso;
  • Fotos de impacto: lembre-se, acessórios são produtos muito visuais. Invista em boas fotos, de preferência mostrando a peça no corpo e em close;
  • Descrição que conecta: não basta falar “brinco de argola dourada”. Conte sobre o estilo, para quem é a peça, como pode ser usada. Isso cria desejo e diferencia seu catálogo.

E um insight: pense no mobile antes do desktop: 87% dos brasileiros usam o smartphone para fazer compras pela internet (CNDL).

A maioria dos clientes vai conhecer sua loja pelo celular. 

Se no smartphone a navegação trava, as imagens ficam tortas ou o checkout é confuso, você perde venda na hora.

6. Configure pagamentos e organizar o frete

O cliente chegou até a sua loja, gostou do produto, colocou no carrinho. 

Agora ele precisa pagar e receber. 

6.1. Pagamentos

Vamos começar com os pagamentos; sua configuração não é só uma questão técnica. 

Aqui, você precisa considerar o que o consumidor já está acostumado a usar no dia a dia. 

E os números do Banco Central deixam isso bem claro:

  • Pix: hoje ele já responde por 47% de todas as operações de pagamento realizadas no país. Isso significa que quase metade das compras já são feitas por Pix e se você não oferece, está perdendo vendas;
  • Cartões: continuam protagonistas. O destaque vai para o crédito (+11%) e o pré-pago (+19,2%), que juntos ajudam a explicar por que existem hoje 235 milhões de cartões de crédito ativos no Brasil;
  • Celular como canal de pagamento: 2024 registrou 58,9 bilhões de operações feitas por telefone, 18 bilhões a mais que no ano anterior. É o que falamos no outro tópico: seu cliente não só compra online, ele compra pelo celular.

Com esses dados em mente, a estratégia fica clara: Pix, crédito e débito precisam estar disponíveis. 

6.2. Frete

Frete não é só transporte, é parte da experiência. O que funciona melhor é combinar opções:

  • Correios (PAC e Sedex): cobertura nacional e cálculo automático de prazo e preço;
  • Transportadoras integradas (via Nuvem Envio ou Melhor Envio): muitas vezes mais baratas que o Sedex;
  • Entrega local (motoboy ou retirada em mãos): ótima para quem está começando e já tem clientes na cidade.

Dois pontos críticos aqui:

  1. Prazo realista: não prometa entrega em 3 dias se sabe que vai levar 7. A confiança se perde em uma única experiência ruim;
  2. Embalagem adequada: acessórios são pequenos, mas precisam chegar inteiros. Caixas firmes, envelopes acolchoados e saquinhos individuais evitam trocas e dores de cabeça.

↪️ Leia também: Lista com 20 fornecedores de bijuterias para revenda. 

7. Capriche na embalagem e na experiência de unboxing

Se tem um detalhe que muita gente subestima, é a embalagem. 

O acessório pode ser lindo, mas se chega jogado num saquinho qualquer, a experiência perde força. 

Aqui estão algumas dicas para não decepcionar nesse quesito: 

  • Proteção antes de tudo: acessórios pequenos precisam estar em saquinhos individuais, bem fechados, dentro de uma caixa firme ou envelope acolchoado. Isso evita arranhões, quebras e trocas desnecessárias;
  • Tamanho adequado: nada de caixas enormes para peças mínimas. Correios cobram pelo volume também, então embalagem proporcional economiza no frete e evita desperdício;
  • Identidade da marca: uma tag personalizada, um adesivo ou até um cartãozinho com o logo já ajudam a fixar a imagem da loja. Não precisa ser caro, precisa ser consistente.

E tem mais um ponto que hoje é muito relevante: o unboxing virou conteúdo

Muita gente filma e compartilha quando a experiência é boa. Basta dar uma olhada rápida no Reels ou TikTok para ver vários exemplos… 

Ou seja, uma embalagem pensada com carinho pode se transformar em marketing gratuito para a sua marca.

Olha esse exemplo da loja de acessórios femininos Anna Marianna, especializada em vender laços:

E não apenas conteúdo, mas um unboxing bem-feito pode ser uma ferramenta para trazer o cliente para mais perto, criar uma conexão.

É isso, pelo menos, que outros empreendedores do ramo de acessórios experimentam.

Veja o que conta Yasmin Menegoi, fundadora da YSY Acessórios:

“Todos os clientes falam do nosso unboxing. Eles dizem que parece que estão recebendo um presente. A gente coloca nosso cheirinho, escreve à mão o nome do cliente no cartão, manda brindes e organiza tudo bonitinho na caixa. Isso aproxima muito, porque a pessoa se sente realmente querida e lembrada.”

Yasmin MenegoiYasmin Menegoi, Fundadora da YSY


Por tudo isso, encare a embalagem como parte do produto. 

Quando o cliente abre, ele não deve ver só o acessório, mas sim sentir que está recebendo algo feito para ele. 

➡️ Quer conhecer os bastidores da YSY Acessórios? Assista o quadro "Por trás do Ecommerce", em nosso canal do YouTube.

8. Divulgue nas redes e crie conteúdo que chama atenção

Abrir a loja é só metade do caminho. 

O que vai trazer cliente de verdade é como você atrai clientes em potencial, sem parecer que está “empurrando produto”.

E aqui não tem mistério: se o seu público passa boa parte do tempo no Instagram e no TikTok, por exemplo, é lá que você precisa estar. 

Só que não basta postar foto de produto e esperar a mágica acontecer.

O conteúdo tem que gerar interesse, desejo e, principalmente, confiança.

Falaremos mais sobre isso em breve, então continue lendo! 👀

9. Crie relacionamento com os clientes

Venda feita não é o fim do processo, mas o começo da relação. 

O cliente que comprou um brinco ou uma pulseira precisa sentir que não é só mais um pedido. 

Esse cuidado simples é o que faz ele voltar e ainda indicar sua loja.

Algumas formas práticas de fortalecer esse vínculo:

  • Agradeça: um cartãozinho na embalagem ou uma mensagem pós-compra já fazem diferença;
  • Mantenha contato: e-mails curtos ou mensagens no WhatsApp avisando de lançamentos e novidades;
  • Mostre atenção: responda rápido nas redes, compartilhe fotos de clientes e crie enquetes para ouvir sua comunidade;
  • Recupere oportunidades: carrinhos abandonados podem virar vendas com um lembrete simpático.

10. Acompanhe os resultados e ajuste

Depois que a loja está no ar e as primeiras vendas acontecem, é comum achar que o trabalho acabou. 

Mas é justamente aí que entra a parte mais importante: acompanhar os resultados

O que acompanhar na prática?

  • Vendas: quanto entrou no mês, qual produto vendeu mais, qual ficou parado;
  • Ticket médio: quanto, em média, cada cliente gasta por compra;
  • Canais de tráfego: de onde vêm seus clientes (Instagram, WhatsApp, loja virtual);
  • Frete e devoluções: prazos cumpridos, problemas recorrentes e custo por envio.

Esses números não estão aí para te assustar, mas para te mostrar o que precisa de ajustes. 

Se, por exemplo, um produto encalhou, pode ser falta de divulgação ou ajuste de preço. 

Se a maioria das vendas veio do Instagram, talvez seja hora de investir mais em conteúdo e anúncios lá.

O ponto é: acompanhar e ajustar é um ciclo – um que você vai repetir de novo e de novo, enquanto tiver um negócio.

Você olha os dados, entende o que funcionou e o que não funcionou, faz pequenas mudanças e observa de novo. 

“Uma coisa essencial que a gente aprendeu é que a internet é super intencional. Se você não tiver números, vai tomar decisão no achismo. E o que você acha muitas vezes não é o que se traduz pro cliente. Decisão tem que ser baseada em dados.”

Matheus TardinMatheus Tardin, Fundador da YSY

↪️ Leia também: Marketplace de moda: quais os melhores para vender roupas? 

Como divulgar sua loja de acessórios femininos? 

A loja está estruturada, os produtos estão prontos, mas ainda falta um ponto essencial: fazer com que as pessoas conheçam a sua marca. 

É o momento de colocar energia em ações que realmente tragam visibilidade e clientes.

Aqui estão algumas dicas:

1. Use Reels e TikToks 

Se o seu cliente está nas redes sociais, é lá que você precisa aparecer. 

E os números confirmam isso: 65% dos brasileiros já usam redes sociais para comprar online, com destaque para Instagram (61%), Facebook (52%) e TikTok (19%) (CNN Brasil). 

Ou seja, não é só sobre entretenimento – essas plataformas são canais de venda poderosos.

Agora, como usar isso a favor da sua loja de acessórios?

  • Reels e TikToks: são o formato mais consumido hoje. Mostre a peça em movimento, o brilho real, como ela transforma um look simples. É rápido, direto e gera desejo instantâneo;
  • Posts educativos: ensine de forma simples. Um vídeo mostrando como limpar prata ou como escolher o brinco certo para cada formato de rosto resolve dúvidas reais e gera autoridade para sua marca;
  • Bastidores da loja: abrir a caixa de novidades, organizar estoque ou embalar pedidos são conteúdos que humanizam a marca e criam proximidade. O cliente gosta de sentir que está acompanhando a vida real da loja;
  • Vídeos de unboxing: registre o processo de abrir a embalagem, mostrar os detalhes e o cuidado no envio. Isso encanta e ainda pode ser replicado pelos próprios clientes, funcionando como marketing espontâneo.

O ponto central é simples: redes sociais não são vitrine estática, mas espaço de interação. 

Se você transforma seu perfil em um lugar que informa, inspira e aproxima, ele naturalmente vira também um canal de vendas.

2. Use o WhatsApp

O WhatsApp pode ser um dos canais de vendas mais fortes da sua loja, não só um canal de atendimento. 

O cliente já está ali no dia a dia, e quando você consegue se comunicar de forma clara e rápida, a confiança cresce.

Na prática, vale explorar três pontos básicos:

  • Catálogo organizado: com o WhatsApp Business, você cadastra seus produtos com fotos, preços e descrições. Assim o cliente consulta sozinho sem precisar pedir imagens;
  • Atendimento ágil: responder dúvidas de frete, material ou prazo em poucos minutos pode ser o que fecha a venda;
  • Pós-venda inteligente: um agradecimento ou aviso de novidades mantém o cliente por perto e abre espaço para futuras compras.

E existe ainda uma estratégia avançada que funciona muito bem: o Lançamento Explosivo.

  • Dias antes, você cria expectativa, avisando que vem aí uma oferta especial;
  • Os interessados entram em um grupo exclusivo, onde recebem informações em primeira mão;
  • No dia da ação, você abre o carrinho por tempo limitado ou até o estoque acabar. Isso gera senso de urgência e concentra as vendas em 24 a 48 horas.

⚠️ Só não esqueça: sempre peça permissão antes de enviar mensagens promocionais. Isso mostra respeito e evita que o cliente se sinta invadido.

O WhatsApp, quando usado com estratégia, deixa de ser apenas um suporte de atendimento e vira um motor real de vendas.

↪️ Leia também: Monte o estoque inicial de loja de roupas com 6 passos práticos. 

3. Experimente lives para vender em tempo real 

As lives são uma ferramenta poderosa porque unem duas coisas que o cliente adora: ver o produto de perto e sentir que está participando de algo exclusivo. 

Diferente de uma foto ou vídeo pronto, a live mostra a peça em uso, em movimento, sob vários ângulos.

Além de apresentar os acessórios, você pode:

  • Mostrar combinações: por exemplo, como um brinco funciona melhor junto de um colar da mesma linha;
  • Responder dúvidas na hora: alguém pergunta se a peça é hipoalergênica e você já esclarece, sem deixar margem para insegurança;
  • Oferecer promoções relâmpago: descontos ou frete grátis válidos apenas durante a transmissão aumentam o senso de urgência.

Outro detalhe importante: as lives funcionam como um “teste de vitrine”. 

Se um modelo gera muitas perguntas ou elogios durante a transmissão, você já tem um indicativo de que vale a pena investir mais divulgação nele.

O objetivo aqui não é só vender na hora, mas também criar proximidade. 

4. Faça remarketing 

Nem sempre o cliente compra na primeira vez que vê sua loja. 

Ele pode navegar, olhar um brinco, salvar um colar e até colocar algo no carrinho, mas sair sem finalizar. 

Isso não significa que ele não tenha interesse, apenas que precisa de um incentivo a mais para voltar. 

É aí que entra o remarketing: trazer de volta quem já demonstrou interesse.

Uma das ferramentas mais eficientes para isso são as redes sociais, como explica Matheus Tardin:

“O principal anúncio que funciona para a gente é o catálogo em remarketing. Mas ele só funciona porque já existe entrada de pessoas alinhadas com a marca, que consomem nossos conteúdos. Quando aparece o produto, elas já têm interesse em comprar.”

Matheus TardinMatheus Tardin, Fundador da YSY

Na prática, você pode usar o remarketing assim:

  • E-mails de carrinho abandonado: lembre o cliente do que ficou para trás;
  • Mensagens com promoções direcionadas: um desconto exclusivo ou um brinde pode ser o empurrão final;
  • Anúncios no Instagram: você pode continuar mostrando à pessoa as peças que ela já demonstrou interesse.

O ponto aqui é simples: remarketing não é empurrar produto.

Como bem explica Matheus, essa é uma estratégia que funciona muito melhor quando você tem uma audiência engajada no conteúdo orgânico e se relaciona com a sua marca.

5. Crie um programa de indicação 

Uma das formas mais inteligentes de crescer é transformar clientes em promotores da sua marca. 

Quando alguém indica sua loja para um amigo ou familiar, essa recomendação tem um peso enorme. 

E os dados confirmam: segundo um estudo da Nielsen, 92% dos consumidores confiam mais em indicações de pessoas próximas do que em qualquer tipo de publicidade tradicional.

O que isso significa na prática? 

Que criar um programa de indicação pode trazer clientes novos com muito menos esforço do que investir apenas em anúncios.

Como estruturar:

  • Benefício para quem indica: pode ser um desconto, frete grátis ou até um brinde em uma próxima compra;
  • Benefício para quem chega: o indicado também precisa ganhar algo, nem que seja um cupom de boas-vindas;
  • Comunicação clara: explique de forma simples como funciona, para que o cliente saiba exatamente o que fazer.

Esse tipo de programa não só gera vendas, mas também fortalece a comunidade em torno da sua marca. 

50 nomes para loja de acessórios femininos

O mercado de acessórios é cheio de concorrentes de peso e, muitas vezes, o nome da marca é a primeira forma de se diferenciar.

O nome certo pode até vir de inspiração, mas no fim das contas ele precisa refletir a essência da sua marca e o público que você quer conquistar. 

Claro que esse processo é muito pessoal, mas buscar referências ajuda bastante a clarear as ideias.

Aqui estão algumas sugestões: 

Perfeito! Aqui está a lista completa com os 50 nomes únicos já numerados:

  1. Glamour Bijoux
  2. Pulseiras & Charme
  3. Encanto de Bijus
  4. Luz do Sol Acessórios
  5. Brilho e Elegância
  6. Bijoux da Lua
  7. Magia das Pedras
  8. Estilo & Glamour
  9. Jóias da Vida
  10. Elegância Pura
  11. Bijoux Delicadeza
  12. Estrela Acessórios
  13. Luxo e Brilho
  14. Joias do Dia
  15. Charme e Estilo
  16. Shine & Chic
  17. Tiaras e Afins
  18. Brilho & Beleza
  19. Toque de Classe
  20. Joias & Afins
  21. Diva Acessórios
  22. Bela & Fina
  23. Pedras e Encantos
  24. Aura Feminina
  25. Luz e Charme
  26. Essência Única
  27. Pérola Urbana
  28. Vento & Verso
  29. Flor de Prata
  30. Alma Cristalina
  31. Versátil Acessórios
  32. Horizonte Dourado
  33. Encanto Secreto
  34. Cora Acessórios
  35. Brisa Chic
  36. Nó de Estilo
  37. Estilo Solar
  38. Rosé Atelier
  39. Simetria Feminina
  40. Voz do Aço
  41. Fio de Seda
  42. Prisma Boutique
  43. Maré de Estilo
  44. Aurora Fashion
  45. Luar Essencial
  46. Ponto Fino
  47. Cintilante Store
  48. Jardim de Zircônias
  49. Trama & Beleza
  50. Essência Lumina

Tendências para loja de acessórios femininos

O mercado de acessórios femininos cresce rápido, mas não basta acompanhar – é preciso estar um passo à frente. 

Conhecer as tendências ajuda você a escolher produtos certos, criar coleções mais atrativas e alinhar sua marca ao que o consumidor realmente valoriza hoje. 

A seguir, estão alguns movimentos que já estão moldando o setor e que podem direcionar suas próximas decisões: 

1. Sustentabilidade em primeiro plano

Cada vez mais, o cliente quer saber de onde veio a peça que ele está comprando

E pesquisas já mostram isso: sustentabilidade já interfere na decisão de compra de 95% dos consumidores (Consumidor Moderno)

É por isso que, querendo ou não, a sustentabilidade deve ser um pilar a ser considerado quando você estiver montando sua loja de acessórios femininos. 

Um exemplo incrível é o trabalho da Amana Ateliê

Lá, a produção é feita por apenas duas pessoas, Isabelle e Samuel, que são botânicos. 

Eles cultivam e coletam plantas como lavanda, alecrim e orquídeas, desidratam cada espécie num processo que pode levar até três semanas. 

como montar uma loja de acessórios femininos
Colar Grãos de Café vendido pelo Amana Ateliê

Cada brinco ou colar é feito à mão, camada por camada de resina epóxi transparente, preservando a cor natural das plantas. 

O resultado é um acessório único, artesanal, que carrega história e conexão com a natureza.

2. Estilos em contraste: minimalismo e maximalismo

O público de acessórios hoje não é linear. 

Há momentos em que a cliente quer discrição: colares finos, argolas pequenas, peças quase invisíveis que combinam com qualquer look. 

Mas há ocasiões em que ela busca impacto: maxi brincos, colares volumosos e cores vibrantes que viram protagonistas da produção.

O segredo, para quem tem loja, é entender isso na hora de montar o mix de produtos

3. Valorização do design autoral

Hoje o cliente não quer só um acessório bonito, ele quer algo com identidade. 

É por isso que peças autorais e artesanais se destacam: elas carregam a marca de quem fez e uma história por trás.

E aqui entra outro ponto forte: personalização

Um anel com iniciais, um pingente com símbolos que têm significado pessoal ou até a possibilidade de montar combinações únicas tornam o produto parte da identidade do cliente.

Um belo exemplo de design autoral no Ecommerce é o trabalho do pessoal da D. Martarello – alunos do Ecommerce na Prática. 💙

como montar uma loja de acessórios femininos
Anel personalizado vendido pela D. Martarello

Hoje a empresa é uma referência no mercado de artesanato

Basta dar uma olhada rápida nos comentários nas redes sociais deles para entender o peso que a personalização tem em atiçar o desejo do consumidor. 

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Mas terminar de ler esse guia é só o primeiro passo. 

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