MRP: o que é, como funciona e vantagens de implementá-lo

O MRP (Material Requirements Planning) é um sistema de controle de estoque que ajuda gestores e donos de negócios no planejamento eficiente dos processos de produção e fabricação de uma empresa. Quer entender tudo sobre MRP? Leia este artigo na íntegra!

No universo dinâmico das vendas online, em que a precisão e a eficiência são essenciais para atender às demandas cada vez mais exigentes dos consumidores, é comum surgirem ferramentas que ajudam as operações. O MRP é uma delas. 

Por meio da análise minuciosa de dados, previsões de vendas e estruturas de produtos, o sistema torna possível um planejamento preciso e uma alocação inteligente de recursos, elevando a capacidade das empresas de aprimorar seus resultados e enfrentar os desafios do mercado.

Neste artigo, nós vamos explicar o que é MRP, como ele funciona, quais são suas vantagens para as empresas e mais. Boa leitura!

O que é MRP?

O MRP – sigla para Material Requirements Planning ou Planejamento das Necessidades de Materiais, em português –,  é um sistema de planejamento e controle que visa otimizar a forma como os materiais necessários para a produção são gerenciados.

Em outras palavras, é um método que ajuda a determinar as quantidades adequadas de matérias-primas, componentes e produtos acabados que devem estar disponíveis no estoque. 

O processo de MRP envolve a análise de informações essenciais, como dados de vendas, níveis de estoque, prazos de entrega de fornecedores e tempos de produção. Com base nisso, o sistema utiliza cálculos matemáticos e algoritmos para calcular as necessidades de materiais. 

Podemos dizer que ele, basicamente,  determina as quantidades específicas de materiais que precisam ser adquiridas ou produzidas para atender às demandas de vendas projetadas. 

Assim, um dos principais objetivos do MRP é evitar a ocorrência de dois cenários indesejados: a falta de produtos no estoque, o que pode levar à perda de vendas e insatisfação dos clientes, e o excesso de estoque, que gera custos adicionais de armazenamento e risco de obsolescência.

Como funciona o MRP?

O MRP funciona a partir do mapeamento de todo o processo de produção, a fim de identificar o que é necessário para cada uma de suas etapas. O objetivo é sempre evitar desperdícios ou excesso de insumos.

É possível dizer, então, que o sistema executa um planejamento de necessidades de materiais a partir das seguintes etapas:

• Controle do estoque;
• Monitoramento de demandas;
• Previsão de matéria-prima;
• Criação de ordens de compras;
• Modelo e quantidades de materiais necessários;
• Tempo para reposição;
• Tempo para fabricação.

Qual é a diferença entre o MRP e o ERP?

O MRP concentra-se na gestão de materiais e componentes para a produção. Já o ERP (Enterprise Resource Planning ou, em português, Planejamento dos Recursos da Empresa),  abrange uma gama mais ampla de áreas, como finanças, RH, vendas e muito mais.

Como vimos, o MRP calcula as quantidades exatas necessárias para produção de produtos, com base nas estruturas deles, nas vendas, dentre outros fatores. No dia a dia dos negócios, ele é ótimo para evitar falta ou excesso de estoque e manter um controle de estoque eficiente.

Por outro lado, o ERP integra processos diversos em um sistema único, visando automação e visão abrangente das operações. Na prática, a sua atuação é um pouco mais ampla, englobando, inclusive, a atividade do MRP.

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Qual a diferença entre MRP I e MRP II?

O MRP I é a versão inicial do sistema de planejamento de necessidades de materiais. Sua principal ênfase está na otimização do suprimento de materiais e componentes necessários para a produção.

Já o MRP II representa uma evolução do MRP I, apresentando uma abordagem mais ampla para a gestão de recursos. Ele não se limita apenas à gestão de materiais, mas engloba todos os recursos necessários para a produção, como programação de produção, planejamento de capacidade, gerenciamento de compras e recursos financeiros.

Dessa forma, é possível afirmar que a principal diferença entre o MRP I e o MRP II está no escopo e na abrangência da gestão. Enquanto o MRP I se concentra principalmente na gestão de materiais, o MRP II amplia essa visão para abranger todos os recursos necessários para a produção, resultando em uma abordagem mais abrangente e estratégica.

Para deixar os dois conceitos mais claros, vamos apresentar as características  básicas de cada um deles…

Características do MRP I

• Plano de produção;
• Solicitações de compra;
• Cadastro de matérias-primas;
• Gestão de pedidos;
• Políticas de estoque;
• E mais.

Características do MRP II

• Todos os elementos do MRP I;
• Tabela dos recursos disponíveis; 
• Roteirização e lead time da produção;
• Calendário de disponibilidade dos insumos;
• E mais.

Quais são os benefícios do sistema MRP?

A adoção do sistema MRP gera uma série de benefícios que desempenham um papel crucial na otimização no controle de estoque e produção. Conheça cada um deles a seguir:

Maior precisão no planejamento de produção

Com a implementação do MRP, o planejamento de produção ganha uma nova dimensão de precisão. O sistema analisa informações detalhadas, como as vendas projetadas, prazos de entrega e tempos de produção, resultando em um cronograma mais alinhado com as demandas reais do mercado. 

Essa precisão aprimorada do planejamento minimiza a superprodução, que gera custos desnecessários, e a subprodução, que pode levar a atrasos e insatisfação dos clientes. Assim, o MRP age como um guia confiável para a alocação de recursos e a produção, melhorando a eficiência como um todo.

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Gestão de estoque mais eficiente

Outro benefício do MRP é sua capacidade de otimizar a gestão de estoque. Ele calcula cuidadosamente as quantidades exatas de materiais e componentes necessários para atender à demanda. 

Basicamente, ele garante que os níveis de estoque sejam mantidos nos pontos ideais, evitando desperdícios e proporcionando uma alocação eficiente de recursos.

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Diminuição de custos

O MRP apresenta um impacto direto na redução dos custos operacionais. Ao evitar faltas de estoque, a empresa evita custos associados à perda de vendas e à necessidade de aquisições urgentes. 

Além disso, ao otimizar o uso de recursos, como mão de obra e matérias-primas, o MRP reduz o desperdício e o retrabalho, resultando em economia de custos. A programação precisa da produção também minimiza a necessidade de estoque em excesso, que pode gerar despesas de armazenamento e manutenção.

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Como calcular o MRP?

Com as informações captadas pelo MRP, o sistema baseia os cálculos em três fatores básicos: demanda, lista de materiais e saldo de estoque. Vamos explicar um pouco mais…

A demanda nada mais é do que a quantidade certa de produto para ser vendida, o que inclui também as previsões de vendas para um determinado período. Já a lista de materiais engloba todas as matérias-primas necessárias para a produção acontecer.

Por fim, o saldo de estoque, como o nome já indica, é a quantidade de cada um desses materiais que ainda está no estoque da empresa. Simples, não é verdade?

Lembrando que o cálculo também pode ser feito a partir das etapas de produção e no tempo necessário para o início e a conclusão de cada uma delas. A ordem correta seria: definição do plano de produção, identificação das matérias-primas necessárias e o cálculo. 

Exemplos práticos do uso do MRP

Agora que você já sabe o que é MRP, como funciona, quais são suas vantagens e vários outros pontos importantes, que tal conferir alguns exemplos práticos de sua aplicação? Veja a seguir:

MRP na Logística

Imagine um Ecommerce que vende uma variedade de produtos online. Usando o MRP na logística, os gestores podem prever a demanda com base em dados históricos de vendas e tendências sazonais. Com essas previsões, o sistema calcula as quantidades exatas de produtos a serem adquiridos, otimizando o processo de compra. 

Além disso, ele ajuda a planejar a distribuição eficiente dos produtos para diferentes centros de distribuição ou locais de entrega, garantindo que os produtos certos estejam nos lugares certos no momento adequado.

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MRP na fábrica

Imagine uma fábrica que produz roupas e acessórios. Nela, o MRP ajuda no planejamento da produção. Com base nas previsões de vendas e na estrutura das peças, o sistema calcula a quantidade necessária de tecidos, botões, zíperes e outros materiais para cada lote de produção. 

Ele também organiza as etapas de fabricação, definindo quando cada peça deve ser cortada, costurada e finalizada. Isso garante que a fábrica tenha os insumos certos e produza as quantidades necessárias para atender à demanda do Ecommerce de forma eficiente.

MRP na administração

Suponha que uma empresa de Ecommerce esteja expandindo suas operações para incluir novos produtos em seu catálogo. O MRP na administração ajuda a planejar essa expansão de forma estratégica. 

Ele analisa as previsões de vendas, a disponibilidade de matérias-primas e a capacidade de produção. Com esses dados, o sistema ajuda a determinar quando iniciar a produção dos novos produtos, quais materiais serão necessários e em que quantidades. 

No geral, isso permite que a empresa introduza os novos produtos de maneira organizada, evitando a falta de estoque ou a sobrecarga de produção.

Quando implementar o MRP?

A decisão sobre quando implementar um sistema MRP depende de vários cenários. O primeiro deles é quando a empresa está enfrentando dificuldades na gestão de estoque, seja por excesso ou falta de produtos. Neste caso, o MRP pode trazer maior precisão nesse controle.

Um segundo é quando as operações de produção são complexas, envolvendo diversos produtos, etapas de fabricação e insumos. O sistema pode oferecer uma maneira eficiente de coordenar todos esses processos.

Por último, mas não menos importante, quando a empresa deseja expandir para novos mercados, introduzir novos produtos ou aumentar a escala das operações. Aqui, o MRP pode auxiliar no gerenciamento mais preciso do estoque e produção.

Estes são apenas alguns dos momentos em que uma companhia pode optar por implementar o MRP. Contudo, sabemos que nem sempre é fácil tomar esse tipo de decisão, afinal de contas, um negócio possui diversas áreas e necessidades diferentes, dando um pouco mais de trabalho para o empreendedor encontrar o caminho certo a seguir.

Por isso, caso precise de ajuda para entender o que faz mais sentido para o seu negócio, nós temos uma sugestão…

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