Hoje a internet é parte integral das nossas vidas. Se, em outros tempos, ela não passava de uma rede básica para compartilhamento de informações, hoje vivemos uma outra realidade. Neste artigo vamos falar sobre o que é a Web3 e como ela se aplica no dia a dia. Vem ler!
Não é nenhuma novidade que a internet tenha mudado drasticamente ao longo dos anos. A cada inovação tecnológica, ganhamos mais recursos para nos comunicarmos e nos expressarmos na internet.
Mas quais as aplicações disso no cotidiano? Esse é um assunto pertinente tanto à vida pessoal quanto profissional. Por isso, neste artigo, vamos falar sobre ele…
Boa leitura!
Índice:
O que é Web3?
A Web3 pode ser definida como a geração da internet que usa como base tecnologias de inteligência artificial e blockchain. O conceito foi usado pela primeira vez pelo engenheiro britânico Gavin Wood, co-fundador da criptomoeda Ethereum.
Alguns pesquisadores da área utilizam o termo de modo bem abrangente, para definir o futuro da internet que usamos hoje. Nesse futuro, os usuários retomam o controle sobre os seus dados e não concentram o poder nas mãos das chamadas big techs – grandes empresas de tecnologia como o Google, Meta, Apple e mais.
Em outras palavras, a Web3 trata da modernização da internet, oferecendo aos usuários ferramentas para ter mais controle sobre seus dados e atividades online.
Atualmente, podemos ver alguns primeiros sinais da Web3 em compras de NFTs – os tokens não fungíveis –, por exemplo. Isso acontece quando pessoas podem comprar arte de seus músicos e artistas favoritos sem precisar de intermediários, usando apenas a tecnologia blockchain.
Qual a importância da Web3?
A Web3 é importante pois representa uma verdadeira revolução na maneira como as pessoas usam a internet se relacionam com conteúdos e informações dentro dela. A ideia é que, com o surgimento das novas tecnologias impulsionadas pela Web3, a internet se torne um lugar mais privado e seguro para o compartilhamento de dados.
A privacidade e a segurança são duas grandes preocupações para aqueles que usam e estudam a internet. Por isso, o objetivo é que cada vez mais recursos sejam empregados na busca por uma internet mais anônima e descentralizada.
Dentro desse contexto, é possível entender que a Web3 é considerada importante pois promete mudar toda a forma como usamos a internet dentro de um futuro muito próximo.
O que veio antes da Web3?
Assim como todas as tecnologias, a internet também passou por diversas evoluções e mudanças desde a sua disponibilização para o público, em 1991.
Sendo assim, entender quais foram as evoluções mais marcantes ao longo dos anos pode nos ajudar a entender para onde essas tecnologias vão nos levar no futuro. Vamos traçar um breve panorama agora…
Web 1.0
A Web 1.0 foi a primeira versão da internet disponibilizada ao público. Essa foi uma verdadeira revolução em termos de acesso à informação. Ela durou, mais ou menos, de 1991 até 2004.
Dentro da Web 1.0, a maior interação disposta ao usuário era o de leitura. A navegação consistia em páginas estáticas, que apenas permitiam funções básicas de pesquisa. Esse foi o período da internet com a menor regulamentação, conhecida como um período “livre” para os usuários da rede.
Web 2.0
A Web 2.0 é marcada pela evolução tecnológica que a tornou mais dinâmica para o usuário. Nela, o foco era não apenas na leitura, mas também na produção de conteúdo – em sua maioria textual.
É nessa época que observamos o crescimento dos blogs, sites, redes sociais e demais plataformas. Esse foi um período marcado por ferramentas que promoviam a interação não só entre o usuário e o conteúdo, mas também aos usuários entre si.
Web 3.0
A Web 3.0 também é chamada de Web Semântica. Isso porque ela se baseia no conceito de que o conteúdo também pode ser transformado em dados estruturados, ou seja, informações que podem ser lidas por programas.
Existem divergências sobre quando e como a Web 3.0 entra em vigor. A principal ideia, no entanto, é que vivemos hoje em uma era de transição entre a Web 2.0 e a Web 3.0.
A mais recente revolução da internet, a Web 3.0, se baseia em conceitos como transparência e individualidade para dar aos seus usuários a independência que, em outros tempos, era o padrão da navegação na Web.
Existe diferença entre Web3 e Web 3.0?
Sim, existe. Ainda que os conceitos de Web 3.0 e Web3 sejam confundidos com frequência, eles não significam a mesma coisa.
Vamos explicar…
A Web 3.0, como falamos anteriormente, é a Web Semântica. Ela é chamada dessa forma pois sua ideia central é criar documentos e plataformas que atendam tanto às pessoas quanto aos programas que fazem leituras de código.
Esse é um processo em contínuo desenvolvimento. Ainda hoje, os desenvolvedores precisam separar os documentos que conversam com o usuário e os que conviveram com outros programas.
Por isso que o código por trás de uma página e a interface que o usuário vê são coisas bem diferentes. Dentro do Ecommerce nós podemos observar isso durante a criação de sites de venda, por exemplo.
Por outro lado, nós temos visto a ascensão do processamento de linguagem natural. Essa é uma tecnologia baseada na inteligência artificial (IA), que permite aos computadores compreender, processar e, em alguns casos, até imitar a linguagem humana.
Em todo caso, a Web 3.0 é marcada pela evolução de processos que tornam a experiência de navegação do usuário mais fluida e satisfatória.
Enquanto isso, o que chamamos de Web3 é o conjunto de tecnologias que estão surgindo para que novos serviços sejam criados na internet.
Então, resumindo: a Web3 tem a ver com a criação de novas ferramentas para o uso da Internet de forma mais descentralizada, enquanto a Web 3.0 diz respeito à padronização de sites e navegadores para que essas tecnologias sejam usadas.
Um dos mais belos exemplos de tecnologias da Web3 são o Bitcoin e a blockchain. Ainda assim, essas são ferramentas que estão dando os seus primeiros passos. É muito difícil, hoje, determinar com segurança quais serão os impactos da Web3 no uso da internet. Mas eles certamente soam muito promissores, não acha?
Web3: quais os seus impactos e desafios?
Ainda que a Web3 seja, por enquanto, apenas um conceito, é importante entendermos como essas aplicações podem impactar o dia a dia dos usuários da internet.
Afinal de contas, esse é um segmento de mercado que vem recebendo muitos investimentos ao longo dos anos e, mais cedo ou mais tarde, vai começar a ter implicações no cotidiano.
Muitas dessas mudanças prometem ser positivas, mas isso não significa que o caminho para alcançá-las vem sem nenhum desafio.
Neste tópico, vamos mostrar algumas das alterações que essas tecnologias pretendem implementar, além dos desafios que podem ser encontrados no meio do caminho. Veja agora:
1. Proporciona mais privacidade e autonomia para seus usuários
O principal intuito das tecnologias da Web3 é proporcionar aos usuários da internet uma experiência mais privativa do que as que temos hoje. Atualmente, por exemplo, quando você usa um site ou faz uma compra na internet, dados sobre a sua experiência são armazenados.
Esses dados estão sob posse das grandes empresas – como Google, por exemplo – e podem ser usados para os mais diversos fins. O mais comum deles, hoje, é o marketing.
A partir do novo conceito, no entanto, o usuário terá mais controle sobre as informações que compartilha. Isso já acontece com o uso da blockchain para pagamentos que não dependem de um intermediário financeiro, como os bancos.
2. Requer uma grau maior de informação
Golpistas estão presentes na internet desde o seu surgimento. E não é a evolução da Web3 que vai pará-los.
A grande verdade é que o anonimato e privacidade proporcionados por essas novas tecnologias também servem aos propósitos daqueles que estão mal-intencionados. E isso pode variar desde o compartilhamento de notícias falsas até o roubo de informações.
Especialistas têm alertado para que usuários da internet informem-se sobre os processos por trás dos armazenamentos de dados para que possam evitar cair em golpes e fraudes.
Aproveite para ler também: Antifraude para Ecommerce: o que é e qual a sua importância
3. Pode ser aplicada em diversos campos do conhecimento
As aplicações das tecnologias da Web3 podem ser aplicadas em campos como o entretenimento – já podemos ver isso acontecendo com a realidade aumentada, por exemplo – finanças, investimentos e mais.
É possível também que essas tecnologias sejam aplicadas em segmentos como a saúde, por meio do registro e armazenamento de dados médicos com privacidade e segurança.
Ou até mesmo no âmbito profissional, já que a distribuição de conteúdo autoral poderá ser controlada e artistas podem ganhar dinheiro com suas obras, mesmo sem depender de instituições parceiras. Hoje isso é feito por meios dos tokens não-fungíveis, ou NFTs.
4. Pode ser mais difícil retirar uma informação do ar
Ainda hoje é possível dizer que este é um processo complicado, já que não podemos saber quantas cópias foram feitas de uma determinada imagem ou documento.
Dentro do contexto de anonimato e descentralização que a Web3 propõe, esse é um problema maior. E isso pode ser ainda mais preocupante quando lidamos com conteúdos que propagam o ódio, a difamação ou são considerados impróprios por qualquer outro motivo.
5. Torna o uso da internet mais ágil
Com a adoção da inteligência artificial e do machine learning, é possível agilizar processos e tornar a experiência de uso da Internet ainda mais fluida e satisfatória para os usuários. Por exemplo, com o uso dos algoritmos, é possível mostrar apenas os conteúdos mais relevantes para uma pessoa.
Essa, é claro, é uma função que deve ser observada com cuidado.
Da mesma forma que a inteligência artificial pode proporcionar uma experiência de conteúdo mais personalizada, ela também pode ser perigosa ao oferecer informações tendenciosas, que tiram o poder de crítica do usuário.
Leia também: Inteligência Artificial: Faça Seu Negócio Crescer.
Como anda a aplicação da Web3 hoje?
Apesar de ter várias aplicações práticas hoje, a Web3 ainda é um conceito em desenvolvimento.
Sua utilização em escala global requer a superação de alguns desafios, como a falta de informação clara disponível para o público, a acessibilidade de softwares, custos para implementação de ferramentas e mais.
Ainda assim, é importante ter em mente que essas tecnologias estão em processo de desenvolvimento e, mais cedo ou mais tarde, farão parte da nossa realidade cotidiana.
Acompanhar a sua evolução, portanto, é um cuidado essencial para manter-se atualizado e poder colher os seus benefícios, uma vez que eles comecem a ser popularizados. Esse é um processo importante tanto em um nível pessoal, quanto profissional.
Principalmente se você trabalha com as vendas na internet.
O comércio eletrônico é diretamente dependente das tecnologias e o avanço delas impacta a forma como as compras e vendas acontecem. A Web3 promete muitas mudanças para o Ecommerce – e elas não são as primeiras, nem serão as últimas.
Um erro que muitos empreendedores digitais cometem é identificar tendências e tentar aproveitá-las a todo custo, sem se informar sobre o seu contexto e seus impactos. Por isso, muitos optam por investir em uma consultoria especializada.
Esse é um serviço que ajuda o seu negócio a navegar por meio das tendências de mercado de forma segura, implementando apenas o que faz mais sentido.
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Perguntas Frequentes
O que significa Web3?
A Web3 pode ser definida como a geração da internet que usa como base tecnologias de inteligência artificial e blockchain. O conceito foi usado pela primeira vez pelo engenheiro britânico Gavin Wood, co-fundador da criptomoeda Ethereum.
Como funciona a Web3?
A Web3 se baseia na criação de tecnologias para criar uma experiência de navegação mais segura, privada e descentralizada. Alguns dos principais exemplos da Web3 hoje são os NFTs e a blockchain.
Como acessar Web3?
A Web3 não é um site ou plataforma que pode ser acessada, mas sim um conceito usado para definir algumas tecnologias e processos que surgiram nos últimos anos e prometem uma navegação mais descentralizada e anônima para os usuários.
O que é Web2 e Web3?
A Web2 refere-se à versão da internet que nós conhecemos hoje, também chamada de Web 2.0. Enquanto isso, a Web3 é um conceito usado para denominar tecnologias que proporcionam uma navegação privada. Um exemplo é a blockchain.
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