Pontos principais do artigo:
- Neste artigo você entende como abrir um sex shop online com dicas de especialistas sobre público, produtos e marketing;
- O mercado de sex shop já movimenta R$ 2 bilhões por ano no Brasil e, até 2030, deve valer US$ 75 bilhões globalmente;
- Para seguir os passos deste guia, baixe gratuitamente um modelo de plano de negócios em PDF. ⬇️
O mercado de bem-estar sexual e sex shop vem mudando rápido.
Hoje, ele já deixou de ser um interesse de nicho para se tornar parte da rotina de quem busca mais prazer, saúde e conexão.
Se você pensa em empreender nesse segmento ou quer entender o que está por trás desse movimento, fique neste artigo.
Tem muita coisa relevante para a gente conversar! 😉
O mercado de sex shop no Brasil
Hoje, o mercado de sex shop brasileiro já movimenta mais de R$ 2 bilhões por ano e segue em expansão, com previsão de crescer cerca de 8% ao ano até 2028 (Jornal O Tempo).
Esse crescimento vem embalado por mudanças culturais e pela digitalização das vendas.
O consumidor passou a enxergar produtos eróticos como algo ligado à saúde, ao bem-estar e até à autoestima.
Além disso, a internet derrubou barreiras de vergonha ou constrangimento, permitindo que mais gente explore esse mercado sem receio.
Para te dar uma ideia mais clara do cenário:
- O mercado global de brinquedos sexuais deve valer US$ 75 bilhões em 2030, com um crescimento médio anual (CAGR) de 12,97% (Spherical Insights);
- Mais de 60% das vendas do setor já acontecem online, impulsionadas pelo desejo do consumidor de comprar com discrição e comodidade (Terra).
- Cerca de 64% desses negócios são microempreendedores individuais (MEI), com faturamento anual de até R$ 81 mil, enquanto 24% correspondem a microempresas, que faturam até R$ 360 mil por ano (Monitor Mercantil).
Esses números deixam claro que existe espaço de sobra no mercado de sex shop – para consumidores e empreendedores.
↪️ Leia também: Como ganhar dinheiro com vendas: 20 ideias para começar hoje.
Como montar um sex shop online?
Montar um sex shop online vai muito além de escolher produtos e abrir uma loja virtual.
Você vai precisar entender o comportamento do público e lidar com algumas regras específicas desse nicho.
Vamos falar sobre tudo isso agora!
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Ele pode ser totalmente personalizado para diferentes tipos de empreendimentos — inclusive para quem quer abrir um sex shop online.
Com esse material, fica muito mais fácil colocar em prática as dicas de planejamento de forma objetiva e organizada.
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Depois de fazer o download, é só ir preenchendo enquanto avança na leitura dos próximos tópicos.
Vamos seguir?
2. Analise o mercado
Antes de abrir um sex shop online, é essencial olhar com atenção para o mercado.
Não dá pra entrar nesse segmento só com a intuição ou achando que basta ter produtos diferentes.
A sexóloga Luana Lumertz, fundadora do Egalité Sex Shop, é também professora do Ecommerce na Prática e responsável pelo curso “Sex Shop Online de Sucesso”.
Com anos de experiência no mercado, ela resume bem como esse setor mudou:
“Hoje, a gente percebe uma evolução muito grande no mercado – na linguagem, no visual, na curadoria de produtos. É tudo bem diferente do que a gente via antigamente.”
Luana Lumertz - Fundadora do Egalité Sex Shop e professora do Ecommerce na Prática
Essa transformação abriu espaço para novos perfis de consumidores e novas formas de empreender.
Algumas das principais tendências que emergiram no mercado de sex shop no Brasil são:
- Sex care e autocuidado: o consumidor busca cada vez mais produtos que unam prazer e bem-estar, como lubrificantes naturais, óleos de massagem e cosméticos íntimos;
- Produtos inteligentes: dispositivos eróticos controlados por aplicativos ou inteligência artificial estão em alta, atraindo consumidores que valorizam tecnologia e personalização;
- Sustentabilidade: cerca de 30% das empresas do setor já trabalham com materiais sustentáveis, como silicone de grau médico, e investem em embalagens recicláveis (Terra);
- Edutainment e produtos para casais: no mercado de sex shop, Edutainment significa criar produtos ou experiências que, além de divertir, ajudam a ensinar algo.
3. Conheça bem o seu público
Não tem como falar em sucesso num sex shop online sem falar em conhecer profundamente quem é o seu cliente.
Esse é um segmento delicado, que mexe com intimidade, desejos e até inseguranças das pessoas.
Se você tentar falar com “todo mundo”, vai acabar não falando com ninguém.
Como a própria Babi Tonhela, consultora especialista em Ecommerce, diz:
“Quando a gente vai fazer anúncios e nos comunicar com os clientes, é importante segmentar; fale com o nicho. Assim, você consegue ser mais assertivo na comunicação.”
Babi Tonhela - Consultora especialista em Ecommerce
No mercado de sex shop, isso faz ainda mais sentido.
O público que busca produtos eróticos não é único.
Por exemplo, a pesquisa Portal Mercado Erótico, feita em parceria com a INTT Cosméticos, mostra diversidade do público do mercado de sex shop:
- Mulheres são maioria, representando 55,6% do público consumidor no mercado erótico no Brasil. A faixa etária predominante vai dos 26 aos 45 anos, com maior concentração entre 26 e 35 anos (57,8%);
- Cerca de 70% dos consumidores compram pelo menos um produto erótico por ano, o que revela um consumo regular e consolidado nesse segmento;
- 73,3% dos consumidores gastam até R$ 150 por compra – o que reflete o perfil do consumidor: a maioria está nas classes B e C;
- Melhorar o relacionamento é a principal motivação de compra para 55,6% dos consumidores, enquanto 24,4% buscam produtos para autoconhecimento ou cuidados com a saúde sexual.
Por isso, o ideal é que você crie uma persona (ou algumas personas) para sua loja.
A persona é uma representação fictícia do seu cliente ideal.
Aqui estão algumas ideias:
3.1. Fernanda, solteira
- Idade: 28 anos;
- Profissão: estudante de pós-graduação;
- Descrição: Fernanda está num momento de se conhecer melhor. Quer entender seus próprios desejos e descobrir novas formas de prazer, mas ainda sente insegurança em relação a alguns produtos. Procura conteúdos educativos, linguagem acolhedora e marcas que falem com mulheres de forma respeitosa. Prefere começar com compras pequenas.
3.2. Renata, casada
- Idade: 39 anos;
- Profissão: nutricionista;
- Descrição: Renata está casada há anos e sente que a rotina esfriou um pouco. Quer trazer novidades pro relacionamento, mas sem nada muito ousado. Busca produtos que ajudem na intimidade do casal e aprecia dicas de uso. Costuma planejar bem suas compras, mas não se importa em investir mais se sentir confiança na loja.
3.3. Carla, solteira
- Idade: 42 anos;
- Profissão: empresária no ramo de beleza;
- Descrição: Carla vê sexualidade como parte do autocuidado e da saúde. Gosta de cosméticos íntimos, produtos naturais e novidades que unam bem-estar e prazer. Costuma gastar um pouco mais, mas espera qualidade e discrição em troca.
↪️ Leia também: Como vender lingerie: 10 dicas para quem quer começar
4. Escolha sua plataforma de Ecommerce
Ter uma loja virtual própria permite criar um ambiente seguro e discreto para seu cliente.
Nele, quem está comprando pode navegar sem medo e até contar com atendimento personalizado…
Esse é um diferencial para considerar, ainda mais quando sabemos que muitas pessoas ainda têm receio ou vergonha na hora de comprar.
💡Por aqui, sempre indicamos a Nuvemshop.
Além de ser a maior plataforma de Ecommerce da América Latina, a Nuvemshop tem um plano gratuito que permite fazer muita coisa.
Eles foram eleitos pela ABComm como a Melhor Plataforma de E-commerce 3 vezes e, não à toa, é usada por 68,84% dos nossos alunos.
5. Escolha o nome do seu sex shop online
O nome da loja virtual é um dos elementos mais importantes da identidade da marca.
É ele que influencia desde como o público enxerga sua loja até como ele vai te encontrar nas buscas do Google.
Muita gente acha que precisa escolher um nome de duplo sentido, mas não necessariamente.
Aqui vão algumas dicas para criar o nome:
- Use nomes simples e diretos;
- Escolha algo fácil de falar e lembrar;
- Relacione o nome ao universo do prazer ou bem-estar;
- Aposte na sutileza, se quiser transmitir discrição;
- Fuja de nomes apelativos ou constrangedores;
- Solte a criatividade, mas sem exageros.
Uma boa prática é anotar todas as ideias e depois ir eliminando aquelas que não combinam com o negócio
O nome é o primeiro contato do cliente com a marca, então ele precisa causar impacto, mas do jeito certo.
6. Tenha um planejamento financeiro
Ter um planejamento financeiro é o primeiro passo sério para criar um negócio.
Aqui, o que você precisa fazer é mapear todos os custos e entender o que você pode (ou não) fazer.
Alguns custos que precisam entrar na conta são:
- Compra do estoque inicial;
- Plataforma de e-commerce e domínio do site;
- Embalagens discretas e materiais de envio;
- Investimento em marketing digital e produção de conteúdo;
- Custos com fornecedores, especialmente se houver importação;
- Fretes e parcerias logísticas;
- Impostos e taxas bancárias.
7. Legalize o seu negócio
Quem compra produtos eróticos quer confiança, e ter empresa aberta, CNPJ ativo e notas fiscais em dia é considerado o básico nesse mercado.
Na legalização, o método mais comum é o MEI (Microempreendedor Individual) – mais barato e menos burocrático.
E, de fato, pode ser uma opção para quem vai começar pequeno…
Mas, o MEI tem certas limitações:
- Faturamento anual de até R$ 81 mil;
- Não ser dono, sócio ou administrador de outra empresa;
- Ter, no máximo, um funcionário contratado para o seu negócio.
Por isso, se o objetivo é ter um negócio que possa crescer sem travas, muitas vezes vale a pena abrir direto como Microempresa (ME).
8. Faça parcerias com bons fornecedores
Fornecedores são o pilar de qualquer negócio, mas no segmento de sex shop, eles são ainda mais importantes.
Isso porque itens como lubrificantes e produtos que entram em contato direto com o corpo podem ter regras específicas da Anvisa sobre rotulagem, composição e comercialização.
Quem está começando não precisa investir alto em estoque ou arriscar comprando grandes quantidades de um único produto. Como a Babi Tonhela ensina:
“Para quem está começando, revender produtos de outras marcas ajuda a identificar quais itens têm mais saída e descobrir os produtos estrela.”
Babi Tonhela - Consultora especialista em Ecommerce
Essa estratégia evita dinheiro parado no estoque e permite entender o comportamento real do cliente.
Você começa com produtos já conhecidos no mercado, observa o que vende melhor e, só depois, decide em quais categorias ou marcas vale a pena investir mais.
Outra dica importante da Babi é sobre onde comprar:
“Comprar direto de distribuidora agora e não de fabricante é importante, porque distribuidoras têm uma variedade maior de produtos, mesmo pagando um pouco mais caro.”
Babi Tonhela - Consultora especialista em Ecommerce
↪️ Leia também: Como criar um site de vendas gratuito? 10 passos
9. Defina os meios de pagamento e envio
No mercado de sex shop, discrição, segurança e confiança são o mínimo esperado. E isso se estende à entrega e pagamento também.
A primeira dica que temos para você nesse sentido também vem da Babi:
“Vale apostar em embalagens discretas, sem logo ou identificação, para que a cliente se sinta à vontade ao receber o pedido.”
Babi Tonhela - Consultora especialista em Ecommerce
Feito isso, sua loja deve operar com a mesma eficiência de qualquer outra loja online…
Ofereça opções variadas de pagamento, principalmente Pix e cartão de crédito, que são os métodos preferidos dos brasileiros (Mastercard via Meio&Mensagem).
Outro ponto importante é escolher transportadoras ou plataformas logísticas que permitam rastreamento, prazos rápidos e bons preços.
Aqui, usar um gateway de frete pode fazer muita diferença.
10. Divulgue seu sex shop
Quando o assunto é divulgar um sex shop online, muita gente ainda acha que tudo precisa ser exageradamente sensual ou provocativo.
Não é bem assim.
Existe espaço para criar uma comunicação mais natural, divertida e acolhedora, que fale sobre prazer de forma leve.
Como esse é um dos pontos mais importantes para quem quer vender bem nesse segmento, aqui vão dicas mais detalhadas:
10.1. Seja a cara do seu negócio
No mercado de sex shop online, mostrar quem está por trás da loja faz toda a diferença.
Esse cuidado ajuda a construir confiança num segmento que ainda carrega alguns tabus.
Veja a dica que Luana Lumertz, fundadora do Egalité Sex Shop, dá ems sua aula na nossa escola:
“Uma coisa que vai te ajudar muito a produzir conteúdo é você estar à frente do seu negócio. Isso faz diferença na hora de passar credibilidade para o cliente. Afinal, pessoas compram de pessoas”
Luana Lumertz - Fundadora do Egalité Sex Shop e professora do Ecommerce na Prática
Essa presença não precisa ser exagerada ou fora do seu estilo.
Pode ser mostrar o rosto em vídeos, contar histórias nos bastidores ou apenas aparecer vez ou outra nos stories.
O importante é mostrar que existe alguém real cuidando do negócio, disposto a orientar e tirar dúvidas.
10.2. Redes sociais: presença é fundamental
As redes sociais se tornaram um dos principais canais pra quem busca informações antes de comprar qualquer produto, inclusive produtos eróticos.
95,6% dos consumidores usam essas plataformas pra pesquisar ou se influenciar.
Além disso, 46,7% aumentaram suas compras no último ano graças ao conteúdo que encontraram por lá (Portal Mercado Erótico e INTT Cosméticos).
Por outro lado, a mesma pesquisa mostra que ainda existe muito receio no mercado:
- 66,7% sentem constrangimento ou vergonha ao comprar produtos eróticos;
- 17,7% não conhecem bem os produtos ou têm dúvidas sobre como usá-los
É aí que entra um ponto de virada: educar antes de vender.
Produzir conteúdo que esclareça dúvidas, explique usos e normalize o tema ajuda o público a se sentir mais confortável.
Pode ser vídeo curto, post de carrossel, Reels ou até Stories respondendo perguntas comuns.
Além de informar, isso gera confiança e aproxima o cliente, mostrando que o mundo do sex shop não é intimidador, mas algo que pode ser divertido.
Veja, por exemplo, como a Egalité faz:
↪️ Leia também: 15 ideias de como empreender em casa.
10.3. Anúncios pagos: onde e como investir
Quem pensa em crescer com um sex shop online precisa saber que anunciar nesse segmento exige atenção especial.
As plataformas têm regras mais rígidas para produtos adultos, o que pode gerar bloqueios ou até derrubar contas se a comunicação não estiver dentro das normas.
Como alerta Babi Tonhela:
“O Google Ads pode funcionar para sex shop, mas é importante evitar o Google Shopping, que tem restrições mais rígidas para produtos adultos. Vale apostar em campanhas de pesquisa, escolhendo palavras-chave, sem termos explícitos.”
Babi Tonhela - Consultora especialista em Ecommerce
Quando você compra as palavras-chave, por exemplo, vai aparecer apenas para as pesquisas que buscam por aquele item especificamente.
Além do Google, existem outras plataformas como Taboola ou redes de publicidade específicas para o mercado adulto, que permitem trabalhar campanhas mais segmentadas.
Mas, em qualquer caso, é preciso criar anúncios conceituais, com imagens suaves e textos discretos.
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Agora você já tem tudo que precisa para abrir um sex shop online e colocá-lo no caminho do sucesso…
Desejamos boa sorte e boas vendas! 📈
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Comentários
Aprendi bastante com o seu conteudo mas eu queria saber mais sobre SEO de sex shop? nesse "quero criar meu ecommerce do zero" fala sobre isso?
Ele vai mostrar a estrutura que precisa montar para vender online, independente do segmento, Fernando. Sobre SEO de Sexshop, se me permite deixar uma dica, faz uma busca no SEMRush, Google Keyword Planner e também Google Trends sobre o que as pessoas buscam - produtos e temas relacionados. Esses temas relacionados são o que te permitem ter uma porta de entrada de conteúdo além de apenas a divulgação de produtos (ensinamos isso no nosso curso Marketing de Conteúdo para Negócios). Além disso, também indico que estude Marketing de Influência. Temos tudo isso na nossa escola, conheça: https://ecommercenapratica.com/enp-sp/?utm_source=blog&utm_medium=comentario&utm_campaign=in_sales&utm_content=como-montar-sex-shop