O guia prático para fidelizar clientes e crescer de verdade
Por Vitória Freitas
Publicado em 17 de setembro de 2025
10 min de leitura
Conteúdo escrito por humano
Pontos principais do artigo:
Para fidelizar clientes, mantenha quem já comprou perto da marca, estimule novas compras e fortaleça a confiança entre consumidor e empresa;
A fidelização do cliente é o conjunto de estratégias para manter quem já comprou engajado, fortalecendo o vínculo com a marca e elevando o valor ao longo do tempo;
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Fidelizar clientes é o que dá estabilidade a qualquer negócio, já que conquistar novos sai caro e exige esforço constante.
E ao contrário do que muitos pensam, fidelizar não depende de grandes investimentos.
Mesmo pequenos gestos criam uma experiência marcante e fazem o cliente escolher sempre a sua marca.
E é sobre isso que vamos falar neste artigo!
Aqui você vai encontrar estratégias simples, exemplos práticos e métricas fáceis de aplicar para transformar compradores em fãs de verdade. 😉
Índice:
O que é fidelizar clientes?
Fidelizar clientes é o processo de reter quem já comprou, aumentando a recorrência de vendas e fortalecendo a confiança entre cliente e marca.
Em outras palavras, é transformar compradores pontuais em clientes leais, que voltam a consumir e ainda indicam a experiência para outras pessoas.
E isso vai muito além de uma boa primeira impressão.
Fidelizar envolve criar uma experiência positiva em todos os pontos de contato com a marca.
Isso pode envolver:
Um atendimento que resolve sem enrolação,
Um pós-venda que acompanha o processo de entrega de perto;
O envio de um mimo inesperado;
Ou uso de um grupo VIP no WhatsApp com descontos exclusivos.
Percebeu como a diferença está no detalhe? Quando a marca mostra cuidado real, o cliente sente e decide permanecer.
↪️ Leia também: Tipos de clientes: conheça os 20 principais e como tratá-los.
Por que fidelizar clientes é importante?
Falar em fidelizar clientes não é só papo bonito de marketing.
É estratégia para manter o negócio de pé e crescer com segurança.
Afinal, conquistar novos clientes custa cada vez mais…
De acordo com a Harvard Business Review, adquirir um novo cliente pode custar de 5 a 25 vezes mais do que manter um cliente existente.
Então, vamos ver na prática como fidelizar clientes impacta o negócio?
1. Menos custo de aquisição e mais lucro por cliente
Atrair novos clientes sai caro. Em média, reter um cliente custa de 5 a 7 vezes menos do que conquistar um novo, de acordo com Philip Kotler – considerado o “pai do marketing moderno”.
E tem mais: aumentar a taxa de retenção em apenas 5% pode elevar os lucros de uma empresa em até 95%, segundo estudo da Bain & Company.
Faz sentido investir onde o retorno é maior, certo?
2. Receita mais previsível
Clientes fidelizados compram de novo e de novo. Isso dá estabilidade ao caixa.
O Gartner Group aponta que 80% da receita futura de uma empresa vem de apenas 20% dos clientes atuais (Forbes).
Ou seja, quanto mais confiança a marca gera, mais previsível fica o faturamento.
3. Indicações espontâneas e feedbacks mais valiosos
Quem confia na marca não só compra mais, como também recomenda.
Uma pesquisa da Nielsen mostra que 92% dos consumidores dizem confiar completamente em recomendações de pessoas que conhecem.
Um índice maior do que qualquer outra forma de marketing…
O segundo tipo de mídia que mais inspira confiança nos consumidores são as opiniões postadas online de outros compradores.
Isso significa que cada experiência positiva pode se transformar em propaganda gratuita.
Percebeu a força disso?
Quanto mais clientes satisfeitos, mais avaliações autênticas aparecem nas redes, marketplaces e sites.
Esse boca a boca digital funciona como prova social e pesa muito na decisão de novos clientes.
4. Diferenciação frente à concorrência
Quando a concorrência vende o mesmo produto, o que faz o cliente escolher uma marca é a experiência.
O relatório CX Trends revelou que 57% dos consumidores consideram a qualidade do atendimento como um dos principais fatores de fidelização.
Um atendimento humano, rápido e resolutivo se transforma em vantagem competitiva.
5. Base sólida para crescer
Para negócios que dependem só de novos clientes, fica mais difícil criar uma base forte, pronta para sustentar o crescimento.
Afinal, é essa base que permite testar novidades, expandir canais e investir em estratégias de longo prazo.
O LTV mostra quanto um cliente gera de receita ao longo do tempo em que se relaciona com a marca.
Em outras palavras, é o valor total que um cliente deixa na empresa enquanto continuar comprando.
Para calcular, pegue o ticket médio de compra e multiplique pela frequência de compras no período e depois pelo tempo médio de relacionamento.
Fica assim:
LTV = Ticket médio x Número de compras por período x Tempo de relacionamento
Então, por exemplo, se o cliente gasta R$ 200 em média, compra 3 vezes por ano e fica ativo por 2 anos, o LTV é R$ 1.200.
O LTV é essencial para entender até onde vale a pena investir em aquisição.
Se o custo para trazer o cliente (CAC) for maior do que o LTV, o negócio perde dinheiro.
Agora, quando o LTV é bem maior que o CAC, significa que a base de clientes está saudável e fiel.
É o sinal verde para investir mais em marketing e acelerar o crescimento.
2. Taxa de recompra
A taxa de recompra mostra quantos clientes voltam a comprar em um período definido.
É a prova real de que a marca conseguiu criar confiança e uma experiência que deu certo.
Para calcular, pegue o número de clientes que compraram mais de uma vez e divida pelo total de clientes no período.
Depois, multiplique por 100 para chegar em porcentagem:
Taxa de recompra = (Clientes com 2+ compras ÷ Total de clientes) x 100
Por exemplo, se 200 clientes compraram na loja e 60 voltaram pelo menos mais uma vez, a taxa de recompra é 30%.
Essa métrica serve para acompanhar se as estratégias de fidelização estão funcionando.
Promoções direcionadas, grupos VIP no WhatsApp, brindes inesperados... tudo isso ajuda a aumentar a taxa.
Quanto mais alta, mais previsível fica a receita.
3. Net Promoter Score (NPS)
O NPS mede o quanto os clientes estão dispostos a recomendar a marca.
Em resumo, mostra se a experiência foi tão boa que o cliente viraria promotor espontâneo.
Você provavelmente já recebeu essa pergunta de alguma marca:
“De 0 a 10, quanto você indicaria nossa marca para um amigo?”
Notas 9 e 10 = Promotores;
Notas 7 e 8 = Neutros;
Notas 0 a 6 = Detratores.
Com os resultados da pesquisa, a seguinte fórmula é aplicada:
NPS = (% Promotores – % Detratores)
O NPS é ideal para medir a confiança e o boca a boca que a marca gera.
Quanto maior o NPS, mais chances de ter indicações gratuitas e crescimento orgânico.
Além disso, ouvir quem deu nota baixa ajuda a ajustar atendimento, produto ou entrega.
↪️ Leia também: O que dar de mimos para clientes? Veja 15 ideias surpreendentes.
4. Taxa de engajamento nos canais
A taxa de engajamento mostra se os clientes realmente interagem com a marca nos canais de comunicação.
Não adianta só mandar e-mail, postar no Instagram ou disparar no WhatsApp.
O que vale é se o cliente abre, curte, comenta, clica ou responde.
O cálculo exato depende do canal, mas a lógica é a mesma:
E-mail: (Cliques ÷ E-mails abertos) x 100;
Redes sociais: (Curtidas + Comentários + Compartilhamentos ÷ Total de seguidores ou alcance) x 100;
WhatsApp: (Mensagens respondidas ÷ Mensagens enviadas) x 100.
Essa métrica é essencial para medir se a comunicação está gerando conexão.
Quanto maior o engajamento, mais próximo o cliente se sente da marca e maiores são as chances de fidelização.
5. Retenção por cohort
A retenção por cohort mostra se os clientes que chegaram em um mesmo período continuam ativos ao longo do tempo.
Em outras palavras, ajuda a entender se quem comprou no mês 1 ainda está comprando no mês 3, 6 ou 12.
Como calcular:
Agrupe os clientes por período de aquisição (ex.: mês de primeira compra);
Acompanhe, mês a mês, quantos deles voltaram a comprar;
Compare esses grupos (os cohorts) para identificar padrões de retenção.
Por exemplo, se 100 clientes compraram em janeiro e 40 voltaram em março, a retenção do cohort de janeiro no mês 3 é de 40%.
Essa métrica é poderosa para avaliar o efeito das ações de fidelização no longo prazo.
10 táticas de baixo custo para fidelizar clientes
Fidelizar clientes nem sempre depende de grandes investimentos.
Muitas vezes, são ações simples e criativas que fazem a experiência ganhar destaque.
Vamos conhecer 10 táticas baratas que funcionam de verdade?
1. Kit de experiência simples
Um detalhe que parece pequeno, mas pode transformar totalmente a percepção do cliente é o unboxing.
Isso porque quando a caixa chega na casa do cliente, essa é, muitas vezes, a primeira experiência física dele com sua marca.
É nesse momento que a marca tem a chance de encantar de verdade.
E não é preciso grandes investimentos para criar um efeito “uau”.
Um cheirinho característico, um cartão escrito à mão, um brinde inesperado ou até a organização cuidadosa dos itens já fazem o cliente se sentir especial.
Yasmin Menegoi, fundadora da YSY Acessórios, foca no unboxing em sua loja e ressalta:
“Todos os clientes falam do nosso unboxing. Eles dizem que parece que estão recebendo um presente. A gente coloca nosso cheirinho, escreve à mão o nome do cliente no cartão, manda brindes e organiza tudo bonitinho na caixa. Isso aproxima muito, porque a pessoa se sente realmente querida e lembrada.”
Muita gente acha que a venda acaba quando o pedido é enviado.
Só que a verdade é o contrário: é no pós-compra que a confiança se fortalece.
Um cliente bem atendido depois da venda tem muito mais chance de voltar.
E não precisa ser complicado. Um fluxo simples, com três toques, já adianta bastante coisa:
O primeiro toque é a confirmação. Um e-mail ou mensagem rápida dizendo que o pedido foi recebido e já está a caminho passa segurança;
O segundo é a instrução de uso. Pode ser um vídeo curto, um guia ou até um card no pacote explicando como cuidar do produto;
O terceiro é a checagem de satisfação, acompanhada de um convite para avaliar. Um “Gostou? Conta pra gente” abre espaço para feedback e ainda gera prova social.
Alguns produtos têm ciclo natural de uso. Acabam rápido ou precisam ser repostos com frequência.
Quem vende cosméticos, suplementos, café, ou até artesanato sabe bem disso.
Se o cliente compra uma vez e não recebe nenhum lembrete, corre o risco de simplesmente esquecer da marca.
A ideia do calendário de recompra é antecipar esse movimento.
Se o produto costuma durar 30 dias, a marca pode programar uma mensagem no dia 25.
Algo simples, como: “Está na hora de repor seu kit, quer garantir com desconto?”.
Esse cuidado facilita a vida do cliente e mantém a marca presente no momento certo.
4. Grupo VIP no WhatsApp
Quem vende online sabe: o WhatsApp já virou vitrine, SAC e até caixa registradora.
Mas existe um uso ainda mais poderoso – os grupos VIP.
Diferente de lista de transmissão ou disparo em massa, aqui o cliente sente que faz parte de um círculo fechado, quase como uma comunidade da marca.
Esse é um lugar para dar acesso antecipado a promoções, compartilhar novidades antes do Instagram e criar a sensação de prioridade – tudo o que o cliente quer.
Juliana Neves, especialista da nossa escola, tem uma visão interessante sobre isso:
"O segredo dos grupos está na proximidade. Ali, o cliente sente que está recebendo algo exclusivo, seja uma promoção antes de todo mundo, seja um lançamento que não foi para o Instagram ainda. É essa sensação de 'prioridade' que faz o engajamento e as vendas dispararem."
Juliana Neves - Fundadora da Negaju Acessórios Afro
5. Programa de fidelidade “light”
A ideia de um programa de fidelidade “light” é criar um benefício claro para quem volta a comprar, sem exigir planilhas, sistemas caros ou regras difíceis de entender.
Pode ser algo direto como:
“A cada 5 compras, a próxima tem frete grátis”;
Ou “Acumulou R$ 300 em compras, ganha um cupom de R$ 30 de desconto”.
Também dá para usar um grupo VIP no WhatsApp como explicamos e liberar promoções exclusivas só para quem já comprou.
O importante é que o cliente entenda rápido como participar e sinta que vale a pena continuar.
6. Conteúdo que ajuda a usar melhor o produto
Depois que o pedido chega, começa outra etapa: mostrar como aproveitar o produto da melhor forma.
E é aí que muita marca perde oportunidade.
O cliente recebe, usa do jeito que sabe e, se tiver dúvida ou dificuldade, pode acabar frustrado.
Agora, quando a empresa entrega junto instruções claras, dicas criativas e até inspirações de uso, a experiência sobe de nível.
Esse conteúdo pode vir em várias formas:
Um guia rápido impresso na embalagem;
Vídeos curtos mostrando como usar;
Posts no Instagram com combinações de looks;
Ou até QR Codes que levam para tutoriais.
Quem vende semijoia, por exemplo, pode mostrar como conservar a peça.
E quem vende cosméticos pode ensinar o passo a passo da rotina. Quem vende café pode compartilhar receitas.
Fidelização do cliente é transformar quem comprou uma vez em alguém que volta, indica e confia, porque teve uma experiência marcante em cada contato com a marca.
Qual a melhor forma de fidelizar um cliente?
A melhor forma de fidelizar é surpreender no detalhe: atendimento rápido, pós-venda ativo, mimos inesperados e proximidade que fazem o cliente se sentir prioridade.
Como os clientes são fidelizados?
Clientes são fidelizados quando percebem cuidado real. Um grupo VIP, uma troca sem atrito ou um simples bilhete no pacote mostram que a marca valoriza cada compra.
Formada em Estudos de Mídia pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e certificada em UX Writing pela PUC-Rio e Mergo. Com especializações pela HubSpot Academy, Coderhouse, M2BR Academy e Aldeia.cc, ela acumula 4 anos de experiência criando conteúdo estratégico, que ajudam empresas a vender mais.
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