Pontos principais do artigo:
- Vender na Shein é uma ótima oportunidade para quem já tem operação estruturada, estoque e vende moda ou acessórios com preço competitivo;
- A plataforma exige volume, histórico de vendas e possui um processo rigoroso de aprovação, dando preferência para negócios já experientes;
- Quer descobrir onde mais você pode vender além da Shein? Baixe o Mapa dos Marketplaces, é gratuito. 📘
A Shein é mais do que uma vitrine mundial de moda – é uma máquina de alcance e conversão.
Com milhões de acessos diários só no Brasil, a plataforma deixou de ser “só uma loja gringa” e virou um canal de vendas com oportunidades reais para lojistas brasileiros.
Mas aqui vai o ponto: vender lá não é tão simples quanto começar a vender em marketplaces como Shopee ou Mercado Livre.
Neste artigo, vamos explicar tudo…
Índice:
O que é a Shein?
A Shein é uma gigante do varejo de moda.
Nasceu na China em 2008 e virou, com o tempo, a maior empresa de moda exclusivamente online do mundo – superando até mesmo a Amazon em número de downloads de app.
Ela começou como uma marca que revendia roupas de terceiros (bem no estilo dropshipping).
Hoje, já não é mais assim…
A Shein mudou completamente o jogo quando passou a criar suas próprias peças com uma equipe de mais de 800 designers.
Hoje, esse marketplace de moda também abre espaço para que lojistas brasileiros vendam seus próprios produtos ali dentro.
Caso você já venda moda, acessórios, decoração, itens de lifestyle ou até itens para pet, a Shein deve ser um canal de vendas no seu mapa.
Mas pra entrar, é preciso entender como ela pensa – e o que ela espera de quem vende por lá.
↪️ Leia também: Como ser afiliado Shein? Entenda requisitos e passos
Como vender na Shein?
Agora que você já entendeu como a Shein funciona e o que ela representa no mercado, é hora de partir para a prática: como começar a vender seus produtos na plataforma.
O processo é simples, mas exige atenção.
A Shein é criteriosa e, diferente de outros marketplaces, não aprova qualquer cadastro de imediato.
Então vamos por partes:
1. Acesse a página oficial “Venda na Shein”
A página Venda na Shein é a porta de entrada para quem quer se tornar um seller na plataforma.
Nela, você vai encontrar:
- As vantagens de ser parceiro;
- Comissões atualizadas;
- Regras da plataforma;
- O botão para iniciar seu cadastro.
A Shein já teve essas informações separadas sob o nome “Vendedores Locais”.
Hoje, o botão de entrada aparece com mais destaque, mas vale a pena visitar as duas páginas para entender todo o cenário.
2. Faça seu cadastro como vendedor
Você será direcionado ao Portal de Cadastro de Vendedores da Shein, onde o primeiro passo é escolher o tipo de negócio que representa sua operação.
A Shein exige comprovações específicas conforme o seu perfil de seller.
Veja alguns dos critérios:
- Ter um CNPJ regularizado;
- Comprovar faturamento mínimo, que varia conforme seu canal (como Shopee, outros marketplaces ou site próprio);
- Enviar documentos e fotos reais da sua operação, como estoque, equipamentos ou loja física;
- Em alguns casos, também é necessário ter registro de marca ou comprovação de importações recentes.
3. Envie os documentos e aguarde análise
Depois de preencher o cadastro, a Shein vai pedir que você envie uma série de documentos e imagens.
Isso não é um detalhe – é parte essencial da aprovação.
Você vai precisar enviar:
- Documentos da empresa ou do representante (CNPJ, identidade, etc.)
- Fotos reais da sua operação: estoque, escritório, área de embalagem, até fachada da loja ou máquinas, se for o caso
Em alguns casos, eles pedem até foto da sala de costura, cartão de visita, tudo mesmo. E sim, é obrigatório.
Depois disso, seu pedido entra em análise.
E aqui vai um aviso sincero: esse retorno pode demorar – semanas ou até meses.
É um processo manual, e a alta demanda por novos cadastros no Brasil tem deixado tudo mais lento.
Quem pode (ou não) vender na Shein
Como você já percebeu, a Shein é bem criteriosa na hora de aprovar novos vendedores.
O objetivo é manter a experiência de compra dentro de um padrão.
Preparamos um resumo dos requisitos para vender na Shein.
Dê uma olhada:
Tipo de negócio | Requisitos para vender na Shein |
---|---|
Ecommerce |
• CNPJ • Faturamento mínimo: – R$15 mil/mês na Shopee – ou R$30 mil/mês em outro marketplace – ou R$100 mil/mês em site próprio |
Distribuidora |
• CNPJ • Compras acima de R$80 mil • Nota fiscal das compras • Fotos reais do estoque |
Fábrica |
• CNPJ • Ser proprietário do negócio • Ter no mínimo 6 máquinas de produção • Fotos do maquinário |
Importadora |
• CNPJ • Comprovante de importações nos últimos 12 meses • Importar ao menos 1/2 contêiner por pedido |
Loja Física |
• CNPJ • Contrato de aluguel ou posse do imóvel • Fotos do espaço físico da loja |
Loja Oficial (Marca) |
• CNPJ • Registro da marca (INPI) • Termo de autorização (distribuidor) • E atender um dos critérios: – 10+ pontos de venda físicos – ou marca global – ou loja oficial em outro marketplace |
Aqui vai um resumo:
☑️ Quem pode vender na Shein:
A Shein abre as portas para empresas com operação já estruturada. Isso inclui:
- Ecommerces com faturamento comprovado;
- Lojas físicas em funcionamento;
- Fábricas com produção ativa;
- Importadoras com histórico recente;
- Distribuidoras com estoque e nota fiscal;
- Marcas oficiais com registro no INPI
Além disso, todos os sellers precisam ter CNPJ e enviar documentos e fotos que comprovem a estrutura da operação.
✖️ Quem ainda não pode vender na Shein:
- Negócios iniciantes sem vendas recorrentes;
- Quem trabalha com dropshipping ou sob demanda;
- Vendedores sem estoque próprio;
- Empreendedores informais (sem CNPJ);
- Quem atua fora dos nichos prioritários da plataforma.
A Shein quer sellers que consigam atender muito tráfego, com estrutura, amplo estoque de moda e organização.
Se esse é o seu caso, siga em frente – você pode ter um ótimo canal de vendas nas mãos.
É o que explica Ana Clara Magalhães, especialista em marketing:
“O canal da Shein não é para quem está começando do zero. Eles analisam o histórico da loja, o volume de vendas e a estrutura para atender uma demanda alta – e exigem quantidade, não só variedade. É uma plataforma que precisa de volume real de estoque.”
Ana Clara Magalhães - especialista em marketing e redes sociais
Se esse não for o seu caso ainda, tudo bem.
Existem outros marketplaces perfeitos para quem está começando, e você pode se preparar com calma para chegar lá.
↪️ Leia também: Como ganhar dinheiro na Shein sendo afiliado ou lojista
O que vender na Shein?
O foco da Shein é moda e lifestyle. Então, se você vende nesses nichos e tem estoque pronto para rodar, está no caminho certo.
Os produtos com mais aderência são:
- Roupas femininas (inclusive coleções sazonais e virais);
- Moda plus size;
- Moda pet;
- Acessórios (bolsas, bijus, cintos);
- Decoração leve (almofadas, objetos pequenos);
- Moda infantil e masculina (em menor volume, mas com procura).
Mas não basta só “caber” na categoria.
A Shein preza por preço acessível, estoque com variedade e quantidade e apelo visual (boas fotos, fotos editoriais).
Mas, e o que não vende bem?
- Produtos muito caros ou artesanais;
- Itens personalizados sob demanda;
- Nichos que fogem de moda e lifestyle.
Qual a taxa para vender na Shein?
Atualmente, a Shein cobra uma comissão de 16% sobre o valor final do produto vendido, já considerando cupons ou descontos criados pelo próprio vendedor.
A comissão só é cobrada em pedidos realmente concluídos.
Se houver cancelamento, devolução ou reembolso, nada é descontado.
E tem benefício para quem está começando: novos vendedores têm isenção total de comissão por 30 dias.
5 estratégias de marketing para aplicar na Shein
A Shein não virou uma das maiores plataformas de moda do mundo à toa.
Ela domina como poucas marcas o chamado marketing de moda: uma combinação de conteúdo, comunidade e experiência digital.
E muitas dessas estratégias podem (e devem) ser adaptadas por quem vende dentro do marketplace.
Vamos explicar 5 dessas estratégias agora:
1. Segmente produtos para filtros locais
A Shein tem investido em logística nacional porque sabe que o público quer entrega rápida e sem susto com imposto.
Isso favorece quem já vende do Brasil.
De acordo com a Forbes, a própria Shein já declarou que espera que 85% das vendas no Brasil até 2026 venham de vendedores nacionais ou produtos locais.
Ou seja, quem já está aqui, com operação local, sai na frente.
2. Aproveite as lives para gerar urgência
Esse formato de compra ao vivo ativa dois gatilhos poderosos: urgência e escassez.
Durante a live, o apresentador libera descontos com tempo limitado, sorteia pontos (que viram desconto em compras) e cria aquela sensação de que, se você piscar, perde.
Como vendedor, vale ficar atento ao calendário de transmissões e, sempre que possível, tentar alinhar sua participação com as campanhas da plataforma.
Mesmo que seu produto não apareça diretamente, o tráfego geral aumenta e a atenção dos consumidores também.
Além disso, observe como os apresentadores falam, mostram os produtos e descrevem os diferenciais.
Essa é praticamente uma aula de marketing de moda ao vivo, com roteiro pensado para a conversão.
Use isso como inspiração para descrever seus próprios produtos.
3. Ofereça brindes para aumentar o ticket médio
Os brindes no carrinho funcionam assim: ao atingir um valor mínimo na compra, o cliente desbloqueia a opção de escolher um presente.
Isso aumenta a percepção de valor e reduz a fricção na hora de completar o pedido.
É aquela sensação de estar ganhando algo, não perdendo dinheiro, sabe?
Essa é uma estratégia fácil de aplicar e realmente incentiva o consumidor a colocar mais coisas no carrinho
4. Estimule reviews com fotos
Na Shein, os comentários dos clientes são parte central da experiência de compra.
Fotos, avaliações e relatos reais aparecem logo abaixo dos produtos e ajudam a reduzir a dúvida de quem está prestes a comprar.
Você pode aproveitar isso para estimular o comportamento de forma simples:
- Avise nas descrições dos produtos que o review com foto gera pontos no app;
- Inclua um recado gentil na embalagem incentivando a avaliação;
- Valorize os produtos que já têm comentários positivos, destacando isso no título ou nas imagens.
5. Crie conteúdo nas redes sociais
Se tem uma estratégia que impulsionou a Shein ao topo, foi a forma como ela usou (e ainda usa) as redes sociais para transformar compradores em divulgadores espontâneos.
Publicar conteúdo em plataformas como TikTok e Instagram – especialmente vídeos curtos mostrando o produto, os detalhes, o caimento ou até o “unboxing” – ajuda sua marca a aparecer muito além da própria Shein.
Algumas dicas para colocar em prática são:
- Mostre bastidores da sua produção ou envio;
- Faça vídeos com as peças sendo usadas, com foco em detalhes;
- Use hashtags como #sheinhaul ou #sheinbrasil para alcançar mais gente;
- Reposte avaliações e vídeos de clientes (com autorização).
Vale a pena vender na Shein?
Depende. A Shein vale a pena para quem já está em ritmo de crescimento – e está pronto para competir com preço, volume e velocidade.
Além disso, a plataforma está investindo pesado no Brasil e tudo indica que os vendedores brasileiros terão muito espaço para crescer nos próximos anos.
Mas se você está começando agora, sem estrutura de estoque ou sem histórico de vendas, a Shein não é o melhor primeiro canal.
Guia gratuito | Descubra onde mais sua loja pode crescer além da Shein
Se vender na Shein já parece uma boa ideia, imagine o que você pode conquistar com uma estratégia multicanal bem estruturada.
Shopee, Mercado Livre, Amazon, Aliexpress...
Cada marketplace tem suas regras, comissões, perfis de consumidor e vantagens específicas.
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- Quais são os marketplaces mais relevantes hoje (nacionais e internacionais);
- As taxas, prazos e regras de cada plataforma;
- O perfil de consumidor ideal para cada canal;
- E o que você precisa para começar a vender em cada um deles.
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Perguntas Frequentes
O que é a Shein?
A Shein é uma varejista asiática fundada em 2008 por Chris Xu. Ela é considerada a maior empresa de fast-fashion do mundo e está presente em mais de 220 países.
Quanto custa vender na Shein?
Os novos vendedores possuem uma isenção de 90 dias de cobrança de taxa. Depois desse período, a Shein cobra uma comissão de 10% por cada venda efetuada dentro da loja.
O que vender na Shein?
Na Shein é possível comercializar produtos dos seguintes segmentos: Moda, Utensílios domésticos, Decoração e Pet.
Quais são as vantagens de vender na Shein?
As vantagens de vender na Shein são: período inicial sem cobrança de taxa, campanhas exclusivas, maior visibilidade, cupons de desconto, ciclo de pagamento ágil e atendimento exclusivo para sellers.
Como vender na Shein?
O primeiro passo para vender na Shein é acessar a página "Venda na Shein". Depois, é preciso fazer o cadastro, enviar os documentos solicitados e aguardar a aprovação da plataforma.
Comentários
Excelentes informações.
Só fiquei em dúvida em relação a vendedor CPF ... parece que eles só aceitam com CNPJ.
Sim, por enquanto só CNPJ
Ansiosa para começar!
tenho uma loja de roupas feminina em Trindade-Go, tem como cadastrar pra vender pela shein?
Pode cadastrar seguindo os passos. Nesta caso, Shein funcionará como um marketplace - como Mercado Livre, Amazon, Dafiti, etc. O ideal, Tatiane, é que além desses marketplaces você também tenha sua própria loja virtual, ok? Assim pode trabalhar bem sua marca. Uma estratégia bem legal que gosto de indicar para quem vende em marketplace é que envie, junto com o produto, um "mimo" ou uma "cartinha" com o site e redes sociais junto com um cupom de desconto na próxima compra dentro do seu site. Isso pode estimular as pessoas a entrarem no seu site e comprarem por lá, em vez de na Shein, o que aumenta sua margem.
Sucesso nas vendas!
Que artigo fantástico, super objetivo, com certeza me ajudara!