Há quem diga que a comparação é a inimiga do sucesso, mas quando falamos sobre o desempenho de empresas, as coisas não são bem assim. Nesse artigo vamos falar sobre benchmarking, o que é essa prática, qual a sua importância e como aplicá-la em sua companhia.
Você já ouviu falar sobre benchmarking? Também conhecida como estudo de concorrência, a prática tornou-se uma das mais populares do mundo corporativo atual, ajudando empresas dos mais variados segmentos a melhorarem o seu desempenho.
Essa, no entanto, não é uma comparação qualquer. Quando falamos de benchmarking, estamos nos referindo a um estudo aprofundado, que precisa seguir algumas regras e boas práticas.
Neste guia completo sobre o assunto, vamos explicar para você quais são essas recomendações. Preparado para levar a sua empresa para o próximo nível por meio do benchmarking? Vem com a gente…
Índice:
O que é benchmarking?
Em tradução livre para o português, o termo “benchmarking” significa algo como marcar um ponto de referência e, por si só, essa tradução já diz muito sobre o que todo o processo significa.
Resumidamente, podemos dizer que o benchmarking é um processo de pesquisa e comparação de concorrência direta. Essa prática tem como objetivo ajudar empresas a terem um melhor entendimento sobre seus produtos ou serviços.
De forma geral, o benchmarking serve para que uma empresa entenda melhor qual o seu posicionamento dentro de um determinado mercado.
Os elementos mais importantes de um benchmarking variam de acordo com a empresa e o seu momento de mercado. Por exemplo, podem ser feitos benchmarkings relacionados à logística, produto, branding e por aí vai…
Todo o ponto do benchmarking é observar a maneira como outras empresas funcionam a fim de melhorar processos internos e tornar-se mais competitivo.
Por que fazer benchmarking: os benefícios dessa prática
Existem muitos motivos pelos quais as empresas optam por fazer um benchmarking. Vamos falar sobre alguns deles agora:
Cultura de inovação
Você já ouviu falar no ditado “quem fica parado, anda para trás”? Esta frase pode ser aplicada em muitas esferas da vida, mas em nenhum lugar ela é tão verdadeira quanto no mundo dos negócios.
A verdade é que o cenário corporativo não é o mesmo de quando você abriu a sua empresa. E ele não será o mesmo daqui a 5 ou 10 anos. Manter-se sempre atualizado é parte essencial do sucesso de um empreendimento.
Ao longo dos anos, vão surgindo novas tecnologias, novas práticas e novas maneiras de se realizar processos. E é exatamente nesse quesito que o benchmarking pode ajudar. Ao manter-se atento às empresas concorrentes, você é capaz de antecipar muitas tendências
Estímulo ao autoconhecimento
Antes de reinventar uma empresa, é preciso saber exatamente o que ela é. Lembre-se: se reinventar só é possível se você entende o que faz e está disposto a mudar.
Ao olhar para outras empresas, sejam concorrentes ou não, fica mais fácil identificar o que você mesmo tem pode melhorar.
Em alguns momentos, ajustes finos podem fazer toda a diferença. Em outros, é necessário repensar toda a estrutura para manter seu negócio viável. De qualquer forma, o benchmarking pode ajudar nesse processo.
Direcionamento inteligente de esforços
Ao aplicar práticas que já foram testadas e aprovadas por outras empresas, você consegue dar atenção às etapas finais dos processos, o que economiza tempo e dinheiro. Além disso, o risco de traçar estratégias que não sejam funcionais diminui muito, uma vez que os estudos já guiam sua empresa na direção correta.
Decisões inteligentes
Ideias inovadoras podem resolver problemas de forma barata e eficaz. Direcioná-las da melhor forma te faz gastar menos tempo no processo de criação e implementação de novas práticas e processos. Somados, os dois fatores garantem que sua empresa tome decisões acertadas, inteligentes e lucrativas.
Leia mais: 7 dicas para saber como lidar com a concorrência
Os 5 tipos de benchmarking
Como falamos lá no começo deste artigo, um benchmarking não é uma mera comparação. Existe muito método por trás desse processo e, dependendo do objetivo da empresa, as etapas podem ser completamente diferentes.
É por este motivo que a prática costuma ser dividida em 5 diferentes tipos. Vamos falar sobre cada um deles agora. Confira:
Competitivo
O benchmarking competitivo é considerado uma categoria de benchmarking externo, e foca especialmente nos resultados dos principais concorrentes diretos.
Esse tipo de benchmarking é um dos mais complicados de se fazer, afinal, requer a observação de dados que, na maioria das vezes, são confidenciais. É por isso que o benchmarking competitivo é um dos estudos mais solicitados por empresas especializadas em pesquisa.
Genérico
A pesquisa de mercado genérica tem o intuito de entender, de forma mais abrangente, como os mesmos processos podem ser realizados por duas empresas diferentes. Neste caso, é comum que sejam analisados tópicos como estrutura, fluxo de funcionamento, serviços, dentre outros pontos.
Um bom exemplo do benchmarking genérico acontece quando uma equipe de um Ecommerce faz compras em sites concorrentes, a fim de entender como acontece a disposição dos produtos, a descrição, o checkout, o suporte pós-venda e por aí vai…
Performático
O benchmarking de performance, por sua vez, tem como objetivo rastrear métricas relacionadas ao desempenho, seja ele de vendas, atração de novos clientes, ou qualquer que seja a métrica de interesse.
Esse é o tipo de benchmarking que pode ser feito externamente, ou seja, comparando o desempenho de concorrentes, ou internamente, comparando resultados da própria empresa.
Interno
Nesse tipo de benchmarking a empresa tem como referência não uma concorrente, mas a si própria. Este último caso é comum em companhias que têm mais de uma unidade física, por exemplo.
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No benchmarking interno a organização passa a acompanhar seus próprios indicadores, entendendo quais são as boas práticas que podem ser replicadas.
Cooperativo
No benchmarking cooperativo, ou colaborativo, empresas tendem a buscar parcerias com outras organizações. Esse é um método bastante útil, afinal, a confiabilidade dos dados é muito maior quando retirada diretamente da fonte.
Além de fomentar o crescimento do segmento, o benchmarking colaborativo também pode ajudar a criar uma relação de parceria entre empresas. Todo mundo ganha!
Diferença entre benchmarking e benchmark
O benchmarking é o processo de pesquisa e comparação com empresas que se destacam em seu segmento, o que inclui, sobretudo, seus concorrentes diretos. O benchmark, por sua vez, é o termo usado para definir a empresa alvo do estudo de benchmarking, ou seja, a empresa de referência.
Resumidamente, portanto, o benchmarking é o processo de estudo e o benchmark é a empresa estudada.
Pilares de benchmarking
Toda grande empresa tem, nos bastidores, uma porção de processos que levam a companhia a ter bons resultados. O papel do benchmarking é, como já vimos até agora, entender quais são esses processos em busca de replicá-los.
E, para que você entenda ainda melhor o que há por trás desse conceito, é importante saber que o benchmarking é dividido em três pilares principais. São eles:
Legalidade
Todos os dados coletados precisam ser de fontes legais e transparentes. Não é ético utilizar informações confidenciais que não foram expressamente liberadas pelas empresas concorrentes.
Confidencialidade
Todas as informações confiadas à sua empresa para fins de estudo devem permanecer confidenciais, a não ser que seu compartilhamento seja expressamente permitido. O vazamento de informações sensíveis ao negócio pode prejudicar grandemente a sua empresa e seus concorrentes, portanto, tenha atenção à segurança.
Reciprocidade
Se você faz uma solicitação de informações específicas para concorrentes, uma boa prática é oferecer as mesmas informações de volta, mostrando um ato de boa-fé. Essa é uma maneira de manter as relações da sua empresa transparentes, criando uma confiança mútua.
Como fazer benchmarking: passo a passo
Agora que você já conhece um pouco mais sobre o processo de benchmarking, que tal aprendermos como aplicar essa estratégia na prática? Siga os seguintes passos:
Passo 01 - Planejamento
A primeira etapa do benchmarking – e também uma das mais importantes. Nessa etapa, você precisa delimitar as informações que serão utilizadas como referência. Lembre-se: seja bem específico. A comparação entre empresas funciona muito melhor quando se tem um foco sobre a área a ser analisada.
Passo 02 - Coleta de dados
Esse é o estágio no qual você escolhe quais as técnicas que vão ser utilizadas para extrair os dados. Existem algumas opções interessantes, tais como pesquisas de mercado, pesquisas internas, eventos corporativos, estudos de caso e por aí vai…
Passo 03 - Análise dos dados
Depois de ter os dados coletados, é hora de fazer uma força-tarefa para analisar todas essas informações. Dali podem sair insights muito preciosos para sua empresa, portanto, é preciso ter muito cuidado nessa etapa.
Passo 04 - Otimização de processos
Por último, mas não menos importante, temos a etapa onde tudo que você aprendeu com as análises deve ser colocado em prática. Esse é o momento de avaliar os processos internos da sua empresa e aprimorar o que não está bom.
Por vezes, esses ajustes serão meros detalhes, mas em alguns casos, as mudanças podem demandar reestruturações profundas. Esteja preparado para ambas as ocasiões, afinal de contas, o futuro da sua empresa depende disso.
Exemplos de benchmarking
Se você ainda não entendeu o que é benchmarking, talvez seja interessante conhecer alguns exemplos de aplicação dessa prática:
Exemplo 1:
A norte-americana Xerox é conhecida por ter sido a primeira empresa a usar o benchmarking com sucesso.
Em meados de 1970, a companhia enfrentou uma crise devido à forte concorrência das empresas do Japão.
Para entender como seus concorrentes vendiam produtos mais baratos que os seus, a Xerox passou a comprar máquinas japonesas e desmontá-las.
Exemplo 2
Um exemplo bem simples e objetivo de como aplicar o benchmarking é a prática de visitar empresas para conhecê-las por dentro.
Muitos empreendedores fazem esse tipo de visita não só para criar um relacionamento, mas também para analisar e aprender com o próximo.
A ideia é identificar o que os outros estão fazendo para melhorar processos e adotar inovações internas.
Cuidados com a análise: boas práticas na hora de fazer um benchmarking
Para finalizar, vamos compartilhar com você algumas boas práticas para fazer um benchmarking com sucesso. Confira:
- Invista um tempo para conhecer a sua própria empresa, delimitar objetivos e determinar quais etapas precisam ser otimizadas;
- Faça uma pesquisa interna, ou com clientes, sobre quais os processos que precisam ser melhorados;
- Defina qual o tipo de benchmarking que você vai utilizar, mapeando também quais podem ser as possíveis fontes de dados;
- Caso você precise entrevistar ou conversar diretamente com pessoas, seja transparente sobre o objetivo da conversa.
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