Todo negócio que depende de compras e vendas precisa lidar com fornecedores.
Mas mais do que simplesmente fazer pedidos, é necessário saber gerenciar bem esses parceiros para garantir que a operação funcione sem surpresas.
A boa notícia é que esse controle não precisa ser complicado!
Com alguns ajustes e processos simples, você consegue ter mais previsibilidade, melhorar as negociações e manter sua loja sempre preparada para vender.
Neste artigo, reunimos tudo o que você precisa saber para colocar a gestão de fornecedores em prática no seu dia a dia.
Vamos começar agora mesmo!
Índice:
Qual é a importância da gestão de fornecedores?
A gestão de fornecedores é importante porque faz com que a sua loja tenha os produtos certos, no momento necessário e com qualidade.
Sem esse controle, você corre o risco de atrasar pedidos, perder vendas e comprometer a experiência do cliente.
É ela que ajuda a manter o estoque em dia, negociar melhores condições e evitar surpresas que afetam diretamente o seu faturamento.
Em termos práticos, com a gestão de fornecedores, você consegue saber:
Quando precisa fazer um novo pedido;
Quais são os prazos de entrega médios;
Se um fornecedor está atrasando com frequência;
Qual fornecedor entrega melhor custo-benefício;
Quais parceiros você pode acionar em momentos de alta demanda.
O atacadista compra em grande quantidade de vários fabricantes e revende para lojistas. Ele não fabrica nada, mas serve como intermediário.
Costuma trabalhar com os empresários que buscam uma ampla variedade de mercadorias e, por isso, seus preços unitários acabam sendo mais vantajosos.
Fazendo uma boa gestão, você consegue negociar preços competitivos e manter o estoque sempre abastecido, sem comprometer tanto o fluxo de caixa.
Independentes
São os pequenos produtores ou fornecedores locais que trabalham com tiragens limitadas.
Eles podem oferecer produtos exclusivos ou artesanais, isto é, com um diferencial relevante para se destacar no mercado.
Um exemplo são os fornecedores de cosméticos naturais feitos à mão. Para marcas que querem vender com propósito ou criar uma identidade mais personalizada, essa pode ser uma excelente escolha.
Importadores
Se o seu produto vem de fora do Brasil, você provavelmente vai lidar com um importador.
Pode ser uma empresa especializada em trazer produtos de outros países ou um fornecedor internacional com estrutura para atender o mercado brasileiro.
É preciso atenção com prazos (que costumam ser maiores), impostos (como os relacionados à remessa conforme) e políticas de troca e devolução.
Ainda assim, muitos lojistas escolhem a importação de produtos para ter produtos diferentes e preços mais competitivos.
💡 O relacionamento com fornecedores é um tema que te interessa? Você vai encontrar discussões sobre esses e outros assuntos no D2C Summit, evento da Nuvemshop feito para quem vive o universo das vendas diretas ao consumidor.
Como fazer a gestão de fornecedores?
Agora que você já entendeu o papel dos fornecedores no seu Ecommerce, chegou a hora de colocar a mão na massa.
A gestão acontece no dia a dia, com processos, decisões, acompanhamento e, principalmente, organização.
Não existe uma receita única, mas alguns passos ajudam a estruturar esse trabalho de forma mais clara e eficiente.
Vamos a eles a seguir:
1. Mapeie os processos de compras da sua empresa
Antes de tentar melhorar qualquer coisa, você precisa entender como as compras de produtos ou matérias-primas estão funcionando hoje no seu negócio.
Quem faz os pedidos? Com que frequência? Existe algum controle sobre o que foi comprado, recebido ou pago?
O objetivo aqui é ter uma visão clara do caminho que o produto faz desde o momento em que você percebe a necessidade de compra até ele chegar ao estoque.
Mesmo que o processo ainda esteja desorganizado, vale a pena colocar tudo no papel ou em uma planilha. Isso ajuda a enxergar gargalos e oportunidades de melhoria.
💡 Para te ajudar nisso, liberamos a planilha de Controle de Estoque, criada pelos especialistas da nossa escola. Aproveite, é gratuita!
2. Classifique os fornecedores
Nem todo fornecedor vai ter o mesmo peso na sua operação – e está tudo bem.
O que realmente importa é identificar quem são os parceiros mais estratégicos, quem costuma ter mais problemas, quais entregam com mais agilidade, entre outros critérios.
Uma boa dica é criar categorias como: “fornecedores principais”, “alternativos”, “em avaliação”, “com risco alto” e por aí vai.
Assim, será mais fácil manter tudo organizado e tomar decisões mais rápidas.
Se um pedido urgente surgir, por exemplo, você já sabe quem responde melhor nesses casos.
3. Defina os objetivos e as metas da gestão de fornecedores
Sem um norte, fica difícil saber se a gestão está funcionando, concorda?
Atento a isso, o seu próximo passo deve ser a definição do que você deseja alcançar com esse processo.
Pode ser reduzir o tempo médio de entrega, diminuir o número de erros nos pedidos, negociar melhores prazos de pagamento ou até encontrar novos fornecedores para diversificar o catálogo.
Tenha atenção apenas em traçar metas que estejam alinhadas com o momento atual do seu negócio.
Se você está crescendo e vendendo mais, talvez o objetivo seja melhorar o abastecimento do estoque.
Mas, caso esteja reduzindo custos, focar em negociações mais vantajosas pode ser o caminho.
Objetivos definidos? Ótimo! Agora chegou o momento de montar um plano simples para conseguir alcançá-los.
Já avisamos que não há a necessidade de ser algo formal demais ou engessado – opte pelo simples!
O importante é saber quais ações serão feitas, quando, por quem e com que frequência.
Vamos a um exemplo prático: imagine que a sua meta seja apenas melhorar a comunicação com os fornecedores.
O plano pode incluir reuniões mensais de alinhamento, envio de pedidos com mais antecedência e a padronização das solicitações por e-mail ou algum sistema.
Tenha em mente que esse plano precisa ser viável dentro da sua rotina.
Não adianta criar uma lista enorme de tarefas se você não vai conseguir colocá-las em prática.
Comece com ações simples, que já tragam um bom resultado, e vá aprimorando aos poucos.
5. Execute o plano de ação
Planejar é ótimo, mas é na execução que os resultados aparecem. E não é à toa que aqui entra uma dica valiosa: seja consistente.
Mesmo que você não consiga aplicar tudo de uma vez, vá ajustando aos poucos e mantenha o controle do que está sendo feito. Faça acompanhamentos regulares.
Pode ser que, no começo, você enfrente resistência de alguns fornecedores ou dificuldades para implementar mudanças. Não estranhe, pois isso é normal.
Atenha-se ao que planejado e ajuste a rota quando necessário.
6. Avalie os resultados
Não adianta só fazer, é preciso entender se está funcionando.
Reserve um tempo – pode ser todo mês ou a cada trimestre – para analisar se os fornecedores estão entregando no prazo, se os erros diminuíram, se as condições de compra melhoraram.
Você pode usar indicadores simples:
Número de pedidos entregues no prazo;
Nível de satisfação com cada fornecedor;
Frequência de falhas;
Entre outros.
Se algo não estiver indo bem, essa é a hora de ajustar o plano ou buscar novas soluções.
Fazer uma boa gestão de fornecedores não é só uma tarefa “administrativa”.
O processo impacta diretamente no resultado das suas vendas, no relacionamento com os clientes e nas finanças do seu negócio.
A seguir, você vai entender por que vale tanto a pena cuidar bem dessa parte da operação:
Qualidade do produto final
Quando você acompanha de perto o desempenho dos fornecedores, consegue fazer com que o produto chegue até o cliente com a qualidade prometida.
O principal reflexo disso é a redução das chances de devoluções, reclamações e comentários negativos que podem afetar sua reputação online.
Pense que, com bons fornecedores, você entrega exatamente o que o cliente espera – e isso vale ouro no digital.
Cumprimento de prazos
Em termos simples, ter fornecedores confiáveis significa ter mais previsibilidade.
Ou seja, você sabe quando o produto vai chegar, consegue se organizar melhor e evita atrasos nas entregas ao cliente.
E quanto mais pontual for a entrega, maior a satisfação do cliente. Algo que afeta diretamente as avaliações e a fidelização.
Aumento da colaboração
Outra vantagem interessante é que os fornecedores podem ser tornar verdadeiros parceiros quando a gestão é feita corretamente.
Sabe por quê? Por que eles não precisam ser apenas executores de pedidos.
Os seus parceiros podem te avisar sobre novidades, sugerir melhorias, negociar prazos em momentos difíceis e ajudar a criar soluções quando algo sai do previsto.
No fim do dia, essa proximidade torna o relacionamento mais leve e produtivo, beneficiando os dois lados.
“O relacionamento entre lojistas e fornecedores hoje precisa ser muito mais bilateral. É um jogo de quatro mãos. Às vezes o lojista tem que ceder um pouco, às vezes o fornecedor tem que ceder também. Se quer mais prazo, talvez tenha que abrir mão de preço. Se quer mais preço, talvez tenha que abrir mão de prazo. É esse tipo de jogo.”
Bruno de Oliveira - Fundador do Ecommerce na Prática e sócio Nuvemshop
Preços mais competitivos
O que muitos empreendedores nem desconfiam é que a negociação com fornecedores melhora bastante quando existe uma boa relação entre as partes.
Na prática, isso pode abrir um excelente espaço para discutir condições de pagamento, descontos por volume, fretes mais baratos ou até exclusividades.
E, consequentemente, tudo isso te dá margem para aplicar preços mais atrativos sem comprometer o lucro. Interessante, não acha?
Crescimento estruturado
Uma verdade quase que inquestionável é que os negócios que crescem desorganizados acabam tropeçando nos próprios processos.
Não à toa, com uma gestão de fornecedores bem feita, você cria uma base sólida para expandir, seja aumentando o mix de produtos, vendendo em novos canais ou atendendo uma demanda maior.
Assim, o crescimento acontece de forma sustentável e sem causar confusão na operação.
Redução de perdas financeiras
Falta de controle com pedidos, estoque parado, produtos com defeito… tudo isso gera prejuízo.
Quando você gerencia os fornecedores com atenção, identifica esses problemas com mais rapidez e consegue agir antes que causem problemas no seu caixa.
Basicamente, evitar desperdícios e retrabalho ajuda a manter o negócio mais saudável financeiramente.
E com menos dinheiro indo embora por falhas operacionais, sobra mais margem para investir no que realmente faz o negócio crescer.
Antecipação frente aos riscos
Por último, mas não menos importante, há a vantagem da maior previsibilidade de possíveis riscos.
Problemas com entrega, aumento repentino de preços, instabilidade de produção… Sejamos francos? Tudo isso pode acontecer.
Mas quando você tem uma visão mais completa dos seus fornecedores, consegue identificar sinais de alerta com antecedência.
Dessa forma, dá para ganhar tempo para buscar soluções antes que o problema vire uma crise..
Dicas para uma boa gestão de fornecedores
Não existe uma fórmula mágica, mas algumas atitudes podem facilitar o seu relacionamento com os fornecedores.
São práticas simples, que ajudam a evitar dor de cabeça, melhoram os resultados e trazem mais segurança para a sua operação.
Veja só:
1. Realize uma pesquisa de mercado
Pode parecer básico, mas não é: antes de fechar com qualquer fornecedor, tire um tempo para entender o que o mercado oferece.
Então, pesquise nomes, reputações, prazos, condições de pagamento, avaliações de outros lojistas…
Isso evita escolhas por impulso e te dá mais argumentos na hora de negociar. Quanto mais você conhece o cenário, mais poder de decisão você tem.
A Babi Tonhela, referência no mercado quando o assunto é ter um Ecommerce de sucesso, Ainda ressalta alguns pontos importantes:
“Você só vai conseguir ter bons fornecedores se dedicar tempo na pesquisa por esses parceiros. Considere pontos como: a qualidade dos produtos que eles oferecem; a confiabilidade nos prazos de entrega; os preços, que precisam ser competitivos; a inovação dos produtos que ofertam; e a sustentabilidade do negócio desse fornecedor”
Babi Tonhela - Consultora especialista em Ecommerce
2. Solicite propostas e compare
Conversar com diferentes fornecedores é importante para enxergar as variações de preço, prazo e qualidade.
Quando você solicita propostas, torna-se possível colocar tudo lado a lado e avaliar o que realmente vale a pena.
Às vezes, o preço mais baixo não compensa se o prazo for muito longo ou a qualidade deixar a desejar. O ideal é encontrar equilíbrio.
3. Diversifique os fornecedores
Algo que reforçamos constantemente em nossos cursos é a necessidade de não depender de apenas um fornecedor.
Se algo sair do controle – atraso, aumento de preço, falta de estoque – seu negócio não pode parar.
Ter mais de uma opção te dá flexibilidade e mais poder de negociação. Mesmo que um fornecedor principal funcione bem, é sempre bom manter alternativas mapeadas.
Amigos, amigos. Negócios à parte. Por mais que o relacionamento seja bom, sempre formalize o acordo.
Um contrato evita mal-entendidos e garante que os dois lados saibam exatamente o que esperar.
Coloque no papel prazos de entrega, formas de pagamento, responsabilidades, penalidades em caso de descumprimento e outros pontos importantes. Isso traz segurança jurídica e organiza a relação de forma profissional.
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Vimos que uma das bases do gerenciamento de fornecedores é encontrar parceiros confiáveis, certo?
Formada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, atua desde 2013 na produção de conteúdo em áreas como Empreendedorismo e Educação. Certificada em Google Marketing pela M2BR Academy, é redatora do blog do Ecommerce na Prática, em que cria conteúdos diários para empreendedores e profissionais de Ecommerce que buscam alavancar seus negócios.
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