Principais pontos do artigo:

  • O empreendedorismo para jovens está em alta. Segundo dados da Sebrae, 16% de todos os negócios brasileiros hoje são chefiados por jovens;
  • A maioria dos jovens empreendedores operam no ramo de serviços e comércio, são homens e ainda estudam – mais de 80%, no nível superior;
  • Você não precisa de experiência ou muito dinheiro para começar sua empresa. Aprenda o método na aula gratuita Ecommerce do Zero agora, de graça! 💙 

Não é mais “coisa de adulto” ter uma empresa.

O empreendedorismo para jovens vem ganhando força e já representa uma fatia importante da economia brasileira. 

Em apenas dez anos, o número de jovens empreendedores cresceu 23%. 

Hoje, eles já são 16,5% de quase 30 milhões de donos de negócio no Brasil, segundo o Sebrae

Ou seja, cada vez mais jovens estão transformando suas ideias em empresas de verdade. 

Quer descobrir como seguir esse caminho e construir algo sólido desde cedo? 

Então segue com a gente. 😉

O cenário do empreendedorismo jovem no Brasil

O empreendedorismo jovem no Brasil ganhou força nos últimos anos, mas não é um movimento simples de entender. 

Existe uma dualidade clara: parte dos jovens começa por propósito e oportunidade, enquanto muitos outros enxergam no negócio próprio a saída para o desemprego.

O maior obstáculo ainda está na formalização: só 27,2% têm CNPJ, e entre os mais novos (18 a 24 anos) esse índice cai para 16%. 

E sem CNPJ, o acesso a crédito, programas de apoio e até mesmo crescimento sustentável fica muito mais difícil.

Para desenhar melhor esse cenário, vale olhar alguns números do Empreendedorismo jovem no Brasil 2025, do Sebrae:

  • Mais de 4,9 milhões de jovens entre 18 e 29 anos já empreendem, o que equivale a 16% de todos os negócios do país;
  • O perfil predominante é composto por 62,6% homens, 57,7% negros e 45,5% com ensino médio completo;
  • A renda média gira em torno de R$ 2.376, ainda 26% abaixo da média nacional;
  • 10,9% dos jovens empreendedores ainda estudam, sendo que mais de 80% desses estão no ensino superior;
  • Jovens empreendedores trabalham, em média, 38 horas semanais de trabalho, o que é próximo da média geral (39h).

No fim das contas, esse perfil revela uma juventude que encara o empreendedorismo tanto como possibilidade de ascensão quanto como saída para a falta de vagas formais. 

Eles estudam, trabalham pesado e criam espaço em setores competitivos, mas ainda enfrentam desafios para ganhar mais, formalizar seus negócios e equilibrar estudo, vida e empresa.

↪️ Leia também: Veja 50 ideias para ganhar dinheiro na internet

O que um jovem pode empreender?

Um jovem pode empreender em qualquer segmento. 

Não existe uma regra que determine o caminho certo: tudo depende de afinidade, oportunidades e criatividade. 

Mas os dados do Sebrae ajudam a enxergar por onde a maioria começa e quais áreas estão em alta.

  • Serviços e comércio são os grandes favoritos, concentrando 74,5% dos jovens empreendedores. A explicação é simples: exigem menos investimento inicial e permitem começar pequeno, muitas vezes com algo que já faz parte da rotina – desde vender roupas até oferecer serviços digitais;
  • Dentro desse cenário, o Ecommerce vem crescendo rápido, puxado pela força do Instagram, TikTok e modelos como dropshipping;
  • Além disso, surgem cada vez mais jovens em segmentos como moda, educação, turismo, empreendedorismo sustentável e economia criativa, áreas que dialogam bem com propósito e inovação.

Como começar a empreender jovem? 8 passos 

Depois de entender o cenário e o perfil de quem já está fazendo acontecer, chega a hora mais prática: como dar os primeiros passos. 

Empreender jovem pode parecer muito difícil, mas os desafios são os mesmos; não importa a idade do empreendedor

E quando a gente tem alguém ajudando, fica tudo mais fácil, não é? 💙

A seguir, você vai ver um passo a passo com 8 passos para transformar uma ideia em negócio real.

1. Faça uma pesquisa de mercado para validar sua ideia

Antes de pensar em ganhar dinheiro na internet, é essencial olhar ao redor e entender se existe espaço para aquilo que você quer vender. 

A pesquisa de mercado ajuda a identificar quem são os concorrentes, o que eles estão entregando bem e, principalmente, onde estão deixando brechas. 

É justamente nesses “gaps” que podem surgir as melhores oportunidades.

Pesquisar não significa complicar: pode ser conversar com potenciais clientes, observar hábitos de consumo no seu círculo ou até analisar comentários em redes sociais de marcas concorrentes. 

O importante é ter clareza sobre três pontos:

  • Quem é o público-alvo e o que ele realmente valoriza;
  • Quais diferenciais o negócio pode oferecer;
  • Se existe espaço real para entrar e crescer naquele nicho.

Essa etapa evita entrar em modismos passageiros

Certamente você lembra de alguns produtos que viraram febre, mas depois caíram em popularidade. 

Um produto como esse não sustenta uma empresa no longo prazo. 

Com uma pesquisa, por outro lado, a chance de construir algo consistente aumenta muito.

2. Monte um plano de negócios simples e objetivo

Quem começa sem rumo acaba gastando mais energia e dinheiro do que deveria. 

É por isso que montar um plano de negócios faz tanta diferença.

E não é preciso criar algo cheio de páginas para começar. O que importa é colocar no papel os pontos essenciais:

  • Quanto precisa ser investido para tirar a ideia do papel;
  • Quais serão os custos fixos e variáveis;
  • Qual é o público-alvo e como será possível alcançá-lo;
  • O que diferencia o negócio em relação aos concorrentes.

Esse passo não serve para engessar, mas para dar segurança. 

Quem entra no jogo sem um mínimo de planejamento acaba tomando decisões no impulso e comprometendo o futuro do negócio. 

Com um plano de negócios, até os ajustes ficam mais fáceis, porque já existe uma base clara para comparar resultados e corrigir o caminho.

↪️ Leia também: 100 frases de empreendedorismo feminino para te inspirar. 

3. Construa sua marca e identidade visual desde o início

Muita gente acha que marca é só ter um logo bonito, mas é muito mais do que isso. 

Construir uma identidade para sua empresa significa, dentre muitas coisas, decidir como o negócio vai ser lembrado.

Isso passa por tom de voz, paleta de cores, muitas coisas… 

Ela precisa refletir o posicionamento: vai ser uma marca mais minimalista, formal, divertida ou cheia de cores? 

Alguns pontos que não podem faltar nesse processo:

  • Naming: escolha um nome para loja virtual que faça sentido com a proposta;
  • Tom de voz: a forma como a marca fala, seja descontraída como o Duolingo, por exemplo, ou mais séria;
  • Identidade visual: cores, tipografia e elementos que ajudem a fixar a marca na mente do público;
  • Branding: como tudo isso se traduz no produto, no atendimento e na comunicação.

Definir esses elementos no início evita mudanças bruscas no futuro. 

Aqui, não nos entenda mal: sua marca pode mudar com o tempo – na verdade, a maioria delas muda! – e você não precisa ter respostas definitivas agora. 

Mas se você investir um tempinho agora na criação dessa marca, talvez no futuro você consiga aproveitar uma base mais forte. 

4. Estruture seu Ecommerce

Vender só por WhatsApp ou redes sociais pode até funcionar no começo, mas não sustenta um negócio que quer crescer. 

É por isso que abrir uma loja virtual desde cedo faz toda a diferença. 

Ele funciona como a loja física do mundo digital: precisa ser organizada, confiável e transmitir a identidade da marca.

A grande vantagem é que hoje criar um site não exige investimento alto nem conhecimento técnico avançado. 

Plataformas como a Nuvemshop oferecem planos gratuitos para quem está começando e dão a possibilidade de escalar junto com o crescimento do negócio. 

Na prática, uma empresa de Ecommerce bem montada traz benefícios imediatos:

  • Profissionalismo: passa mais confiança do que vender só pelas redes sociais;
  • Organização: centraliza pedidos, pagamentos e entregas em um único ambiente;
  • Escalabilidade: permite atender mais clientes sem perder tempo em tarefas manuais;
  • Integrações: facilita conectar o site a meios de pagamento, envios, sistemas de gestão e até redes sociais.

5. Crie a presença digital da sua empresa

Hoje, se a empresa não tem presença digital, é como se ela nem existisse.

Uma pesquisa mostra que 72% dos usuários já compraram algo que descobriram no Instagram (Opinion Box).

No TikTok, não é muito diferente: 4 em cada 10 pessoas já compraram por indicação na plataforma (Opinion Box).

Mas não é preciso ficar só nos números.

Pense rápido: qual foi a última vez que você comprou algo que apareceu em uma rede social?

E aí surge a dúvida: como divulgar minha empresa sem gastar com influenciadores?

O que se vê hoje é um movimento diferente.

Muitas marcas crescem quando o próprio dono vira o rosto da empresa.Vídeos falados, bastidores, rotina do negócio.

Esse tipo de conteúdo humaniza, aproxima e cria confiança, como explica Yasmin Menegoi, fundadora da YSY Acessórios:

“É muito mais fácil vender se a pessoa tiver confiança no que você mostra. Ter pessoas por trás é diferente de só um perfil bonito mostrando peças.”

Yasmin MenegoiYasmin Menegoi - Fundadora da YSY

O Instagram da marca está cheio de conteúdos feitos pela Yasmin e suas colaboradoras, além de postagens da clientes.

Veja só um exemplo: 

Aqui estão alguns pontos importantes para construir essa presença digital:

  • Escolher os canais certos: não é preciso estar em todas as redes, mas sim nas que fazem sentido para o público;
  • Produzir conteúdo humanizado: falar com a câmera, mostrar bastidores e usar uma linguagem próxima gera muito mais impacto do que seguir modinhas passageiras;
  • Acompanhar tendências sem depender delas: transições de look, por exemplo, tiveram seu auge, mas já foram substituídas por formatos mais caseiros e íntimos;
  • Construir constância: postar sempre, mesmo que em menor volume, é mais eficiente do que aparecer uma vez e desaparecer depois.

↪️ Leia também: Como fazer vela artesanal do zero e vender online. 

6. Cuide das finanças e da gestão do negócio

Vender é importante, mas é só uma parte da equação. 

Sem cuidar das finanças e da gestão, qualquer negócio pode travar no meio do caminho. 

⚠️ É aqui que muitos jovens erram: empolgam-se com as vendas, mas não controlam despesas.

  1. A primeira regra é simples: organizar o fluxo de caixa. Saber quanto entra e quanto sai. Sem esse controle, promoções mal planejadas corroem o lucro e geram dor de cabeça;
  1. Outro ponto essencial é separar o que é dinheiro da empresa e o que é dinheiro pessoal. Misturar tudo parece prático no começo, mas impede que se entenda se o negócio realmente é lucrativo.

Além disso, a gestão vai além das finanças. 

Envolve criar rotinas claras, entender a logística, acompanhar indicadores de desempenho e até se preparar para escalar quando as vendas aumentarem.

Algumas práticas ajudam muito nessa fase:

  • Registrar todas as movimentações, mesmo as menores;
  • Usar planilhas ou sistemas simples de gestão para acompanhar vendas e estoque;
  • Definir metas mensais realistas, baseadas em dados, não em palpites;
  • Criar parcerias e networking com fornecedores confiáveis para evitar imprevistos.

7. Construa networking e parcerias estratégicas

O networking é uma das chaves para acelerar resultados, principalmente quando se está começando.

Ter bons contatos abre portas para fornecedores melhores, oportunidades de colaboração e até indicações de clientes.

Alguns passos simples já fazem diferença:

  • Participar de eventos e feiras para conhecer pessoas do setor;
  • Trocar experiências em comunidades online de empreendedores;
  • Criar colaborações com marcas que tenham públicos parecidos, mas não concorram diretamente;
  • Manter relacionamento próximo com fornecedores e parceiros de confiança.

8. Mantenha constância e disciplina para crescer

Grandes ideias são importantes, mas não sustentam um negócio sozinhas. 

O que realmente faz diferença é a constância. Criar metas realistas e cumpri-las, dia após dia.

Disciplina aqui não significa rigidez, mas sim compromisso: 

  • Prometeu postar conteúdo três vezes na semana? Então é isso que deve acontecer, mesmo que os primeiros resultados pareçam pequenos;
  • Definiu como meta fazer uma venda por dia? A dedicação precisa se manter até que isso se torne realidade.

3 exemplos de jovens empreendedores 

Nada inspira mais do que ver histórias de verdade, não concorda? 

Por isso, trouxemos 3 exemplos que mostram que não existe idade mínima para criar impacto…

Com criatividade, disciplina e coragem, dá para construir algo relevante desde cedo. 

Veja:

1. YSY 

Empreender muitas vezes nasce da adversidade. Esse foi o caso de Yasmin Menegoi, de Nova Friburgo (RJ). 

Durante a pandemia, sem possibilidade de trabalhar presencialmente, decidiu apostar no digital. 

Com apenas R$ 800 de capital inicial, dentro de um quarto de república universitária, nasceu a YSY Acessórios.

Yasmin precisou aprender sozinha e o que manteve a operação de pé foi a mentalidade de melhoria contínua: estudar, testar e ajustar processos sem parar.

Ela mesma lembra do quanto foi desafiador começar sem apoio:

“No início ninguém apoia. A gente escutava muito: ‘Vai largar a odontologia para vender bijuteria?’. Mas se a gente não tivesse acreditado, persistido e continuado, não estaria aqui hoje.”

Yasmin MenegoiYasmin Menegoi - Fundadora da YSY

Hoje, os números falam por si:

  • R$ 6,4 milhões em faturamento em 2024;
  • Mais de 75 mil pedidos enviados para todo o Brasil;
  • 220 mil acessos mensais ao site.

O negócio que começou para suprir uma necessidade pessoal hoje é uma operação de mais de 440 m², com equipe dedicada e impacto nacional.

empreendedorismo para jovens
Fonte: @ysyacessorios

↪️ Quer ver os bastidores completos dessa história inspiradora? Assista ao episódio da YSY Acessórios no quadro ‘Por Trás do E-commerce’, disponível no canal do Ecommerce na Prática no YouTube.

2. LV Store

Em 2015, aos 17 anos, enquanto ainda cursava o primeiro semestre de jornalismo, Letícia Vaz decidiu investir R$ 500 em roupas para revender. 

O que parecia apenas um plano B para ajudar a custear a faculdade se transformou em uma das marcas de moda mais queridas pelo público feminino no Brasil: a LV Store

O negócio, que começou com duas máquinas de costura em um quarto, hoje é referência:

  • mais de 60 colaboradores;
  • R$ 10 milhões em faturamento anual;
  • 3.000 pedidos enviados por mês;
  • 1 milhão de acessos mensais ao site;
  • e uma rede de 400 embaixadoras espalhadas pelo país.

A virada de chave da LV Store veio quando a marca decidiu apostar em conteúdo interativo no site, inspirado na dinâmica das redes sociais. 

Vídeos no estilo Reels e Stories aumentaram em 300% o tempo médio de navegação e fizeram a taxa de conversão crescer 2,5 vezes.

Essa estratégia não surgiu por acaso. Desde o início, Letícia entendeu que o caminho era criar conexão real com o público. 

Ela mesma se colocava (e ainda se coloca) como o rosto da marca, gravando vídeos, mostrando bastidores e fazendo do conteúdo a principal arma para vender.

empreendedorismo para jovens
Fonte: @lvstore

↪️ Leia também:  Como ganhar dinheiro com vendas sem complicação. 

3. Neurofood 

A Neurofood mostra como transformar um desafio em oportunidade pode abrir caminho para um negócio inovador. 

Criada por Mark Kenzler Facciolla, aos 27 anos, a marca surgiu depois de um layoff que o fez repensar sua carreira. 

Em vez de seguir pelo caminho seguro, ele decidiu empreender ao lado de Lucas Zappia, influenciador digital do nicho de vida saudável.

O ponto de virada veio com o lançamento da banheira de gelo portátil, produto praticamente inédito no Brasil e que rapidamente conquistou atletas e entusiastas da alta performance. 

empreendedorismo para jovens
Fonte: Neurofood

Em uma pré-venda, a empresa faturou R$ 500 mil em apenas dois meses, consolidando a marca no mercado.

Mark resume esse momento de escolha e coragem em uma frase que reflete bem o espírito da Neurofood:

“Muito dificilmente você vai ter um momento ideal para começar. Cada pessoa vai ter um momento específico, mas é um mix de contexto favorável e ousadia, coragem de dar o primeiro passo e entender que não precisa ser perfeito. Tudo bem dar errado, o processo envolve falhar e aprender com isso."

Mark Kenzler FacciollaMark Kenzler Facciolla - Cofundador da Neurofood.

↪️  Quer ouvir o próprio Mark contar como a Neurofood nasceu e se tornou um sucesso em tão pouco tempo? Veja o vídeo no canal do Ecommerce na Prática no YouTube.

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