Dropshipping vale a pena ainda? Entenda

Pontos principais do artigo:

• O dropshipping vale a pena em muitos casos. Ele pode ser considerado uma “porta de entrada” para o Ecommerce, já que permite começar sem gastar muito;  

• No entanto, há alguns pontos de atenção, margens menores e  taxas. Eles afetam, principalmente, quem atua como dropshipping internacional; 

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Se você está se perguntando se o dropshipping vale a pena, saiba que não está sozinho. 

Muitos empreendedores querem começar a vender usando esse modelo logístico e já adiantamos que o cenário para isso é positivo.

Segundo a Grand View Research, o mercado de venda sem estoque deve crescer 22% ao ano até 2030.

Quer entender se o dropshipping vale a pena mesmo e como ter sucesso?

É isso que você vai descobrir aqui. 😉 

O que é dropshipping?

Dropshipping  é um modelo logístico no qual não é preciso manter estoque. 

Nele, você monta uma loja, divulga os produtos e, quando alguém compra, o pedido vai direto para o fornecedor, que envia o produto para o cliente em seu nome. 

Como funciona o dropshipping?

O dropshipping funciona em três passos:

1. Você anuncia os produtos em uma loja virtual, sem precisar ter esses produtos em estoque;
   
2. O cliente faz a compra na sua loja e faz o pagamento;
   
3. O pedido é repassado ao fornecedor de dropshipping, que envia o produto direto para a casa do cliente.

O seu licro é a diferença entre o preço que o cliente pagou e o valor cobrado pelo fornecedor. Tudo isso sem tocar no produto.

Dropshipping vale a pena?

Sim, dropshipping ainda vale a pena – desde que você encare como um negócio de verdade, e não como um atalho.

A verdade é que dropshipping não é um negócio por si só. É uma forma de operar dentro do Ecommerce. 

E enquanto as pessoas continuarem comprando pela internet, o dropshipping vai continuar funcionando. 

Agora, se o dropshipping vale a pena para você, depende… 

Quem está pensando em vender produtos sem grande esforço  e ter retorno rápido,  tem boas chances de se frustrar. 

Mas quem leva a sério, estuda e aprende a vender ao longo do tempo, certamente pode transformar dropshipping em uma ótima porta de entrada no mundo dos negócios digitais.

↪️ Leia também: Dropshipping: o pesadelo disfarçado de sonho?

Vantagens do dropshipping

Sem estoque, com menos investimento e mais liberdade, esse modelo permite testar ideias com agilidade e foco total no que realmente faz vender.

A seguir, você vai ver as principais vantagens que fazem do dropshipping uma escolha tão popular.

1. Baixo investimento inicial

Como não existe a necessidade de comprar estoque antecipadamente, boa parte dos custos fixos de um negócio tradicional simplesmente não existem aqui. 

Dá pra começar investindo pouco, principalmente se você montar a loja de dropshipping com uma plataforma com bom custo-benefício.

2. Liberdade geográfica e operacional

Uma das maiores vantagens do dropshipping é a liberdade que ele oferece. 

Como você não precisa manter um estoque físico nem lidar com envios manuais, pode gerenciar o negócio de qualquer lugar, com um notebook e conexão à internet.

Isso significa que você pode operar do interior do Brasil ou até de outro país, sem que isso afete o funcionamento da sua loja.

Além disso, o dropshipping permite vender para qualquer região, o que é especialmente relevante num país como o nosso, onde a demanda varia muito de estado para estado. 

3. Testes rápidos de produto

No dropshipping você escolhe um produto, coloca no seu site e começa a divulgar. 

• Se vender bem, ótimo – você escala. 
• Se não sair do lugar, você troca o item, ajusta a oferta e tenta de novo. 

Sem prejuízo com mercadoria parada, sem depender de grandes investimentos iniciais. 

É uma forma direta de enxergar o que tem potencial no mercado.

Produtos novos aparecem o tempo todo no mercado e, no dropshipping, você tem mais agilidade.

4. Foco em marketing e vendas (o que realmente faz o dinheiro girar)

O que constrói um negócio de verdade não é só ter produto no estoque, é saber como vender esse produto todos os dias.

E o dropshipping permite que você foque nisso.

Ele tira da sua frente o que pode ser terceirizado e, especialmente no início, quando tempo e dinheiro são curtos, isso faz toda diferença. 

5. Possibilidade de aprender e evoluir para outros modelos

O dropshipping é uma das formas mais inteligentes de “testar as águas” no Ecommerce. 

Por permitir que qualquer pessoa comece com baixo investimento e sem estoque, ele reduz a principal barreira de entrada: o medo de perder dinheiro. 

Muita gente que começa no dropshipping depois decide evoluir para modelos com estoque, ou até migrar para marcas próprias, white label e PL (Private Label). 

E faz isso de forma muito mais segura, porque já domina a operação básica, que é escolher produto, montar oferta e divulgar.

Desvantagens do dropshipping

A mesma facilidade que atrai tanta gente para esse modelo também traz armadilhas, especialmente para quem chega achando que vai ganhar dinheiro fácil.

Se você quer construir algo sólido, precisa conhecer os riscos do dropshipping antes de entrar no jogo.

Vamos lá? 

1. Margens menores que em estoque próprio

Como o produto já sai pronto para o cliente, com envio incluso, o preço pago ao fornecedor é mais alto que no modelo com estoque próprio. 

O resultado? A margem de lucro do dropshipping é bem menor. 

Isso limita sua flexibilidade para promoções e pode comprometer o lucro, especialmente se você investir em tráfego pago (o que é recomendado). 

Quem não domina bem marketing e precificação sente esse impacto logo de cara.

↪️ Leia também: Dropshipping de produtos personalizados: como começar? 

2. Prazos de entrega maiores

Os prazos de entrega no dropshipping já melhoraram, especialmente com fornecedores de dropshipping nacionais. 

Mas ainda assim, quem entra nesse mercado precisa lidar com uma concorrência pesada…

Grandes players como Mercado Livre e Amazon estão acostumando o consumidor a receber encomendas rapidamente, muitas vezes, no mesmo dia.

E isso já pode ser visto nos dados.

De acordo com uma pesquisa da Capterra publicada na revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, 73% dos brasileiros já esperam entregas ultrarrápidas. 

Isso pressiona quem vende via dropshipping, onde o envio costuma levar alguns dias a mais.

3. Alta dependência dos fornecedores

No dropshipping, boa parte da experiência do cliente depende do seu fornecedor – desde a qualidade do produto até o prazo de entrega. 

E como você não tem controle direto sobre estoque, embalagem ou envio, qualquer erro do fornecedor recai sobre a sua loja. 

Por isso, escolher bem é decisivo e, se você estiver na dúvida de como selecionar esses parceiros, siga a dica de Bruno de Oliveira: 

4. Taxas e tarifas alfandegárias

Esse é um desafio que afeta quem faz dropshipping internacional, como por exemplo quem vende produtos da China.

Como os produtos entram no Brasil como importação, eles são taxados pela Receita Federal, por meio do Programa Remessa Conforme.

Esse é um acordo da Receita Federal com plataformas internacionais (como AliExpress, Shein, Shopee) que:

• Formaliza a cobrança de impostos na hora da compra;

• Facilita o processo de liberação da encomenda na alfândega;

• Garante mais transparência para quem compra ou revende produtos do exterior.

A taxa de importação varia de 20% a 60%, além de outros impostos como ICMS e Cofins, o que pode elevar bastante o custo final. 

Em alguns casos, o valor dos tributos ultrapassa o próprio preço do produto.

5. Concorrência alta com produtos genéricos

No dropshipping, a maioria dos revendedores acessa os mesmos catálogos de produtos, especialmente quem usa sites como AliExpress. 

Isso significa que milhares de lojas estão vendendo exatamente o que você vende, com a mesma descrição, mesmas fotos e até o mesmo preço.

Se diferenciar nesse cenário vira um desafio real.

Por isso, sempre reforçamos que não basta colocar o produto no ar.

É preciso saber transformar aquele item comum em uma oferta irresistível, algo que resolva um problema específico do cliente. 

Já já vamos falar mais sobre isso! 😉

Como fazer dropshipping hoje? 

Com a concorrência cada vez mais acirrada e o consumidor mais exigente, o que faz diferença mesmo é saber montar uma operação simples, mas bem feita.

A seguir, você vai ver o que realmente funciona para fazer dropshipping hoje. 

1. Atenda dores reais do público

No dropshipping, vende mais quem entende o problema que o cliente quer resolver.

Vamos usar de exemplo um produto muito comum nos fornecedores de dropshipping: as microcâmeras de segurança.

Um produto como esse não vende só pela tecnologia. 

Ela vende porque responde à ansiedade de quem precisa sair e quer ter certeza de que está tudo bem com o filho, com o pet ou com a casa. 

Esse é o tipo de dor que gera vendas.

Por isso, na hora de entender por onde começar no dropshipping, foque mais em diversificar do que em um nicho específico.

Esse formato dá liberdade para testar diferentes nichos e ofertas com agilidade, sem se comprometer com uma linha de produtos específica desde o início. 

Depois que você entender o que o público realmente procura e como vender de verdade, aí sim é hora de pensar em marca própria, branding e diferenciação mais profunda.

↪️ Leia também: Os melhores cursos de dropshipping para começar a vender 

2. Use ferramentas que automatizam tudo

Cadastro de produto, atualização de estoque, repasse de pedidos, integração com fornecedor… fazer tudo isso na mão aumenta o risco de erro.

Por isso, o ideal é usar ferramentas que automatizam esse fluxo.

Uma boa plataforma de loja virtual, já cobre a parte da estrutura. 

Hoje, consideramos que a melhor plataforma para fazer dropshipping é a Nuvemshop.

Mas o pulo do gato mesm está em conectar isso com ferramentas como o Dropi.

Ele te ajuda a encontrar fornecedores nacionais e internacionais, importar produtos direto para sua loja, atualizar preços e ainda gerencia os pedidos do começo ao fim.

3. Valide produtos antes de escalar

Testar no dropshipping é simples: você sobe o produto, cria uma oferta atrativa e começa a divulgar, seja de forma orgânica ou com tráfego pago, se tiver verba. 

Se as vendas começarem a acontecer, é sinal verde para escalar. 

Produto validado é produto que já provou seu valor para o cliente. 

Só depois disso é que vale a pena investir em anúncio, estrutura e até pensar em estoque próprio no futuro.

Um bom exemplo disso é a Jhoy Pet. 

A loja começou no dropshipping com um único produto: capa de transporte para pets. 

Acertaram em cheio na dor – tutores que querem evitar sujeira e arranhões no carro – e, com comunicação direta, transformaram esse item específico no principal produto da sua loja. 

4. Comunique prazos com clareza e crie uma política transparente

No dropshipping, a entrega pode levar alguns dias a mais. 

E o cliente, cada vez mais acostumado com entregas rápidas, não perdoa surpresa no prazo.

Por isso, a regra é simples: comunique tudo com clareza antes da compra. 

Mostre o tempo estimado de entrega já na página do produto, e detalhe sua política de envios, trocas e devoluções num lugar fácil de achar.

Transparência, nesse modelo, vale mais que velocidade.

5. Monte uma loja com cara de negócio sério (identidade visual e branding contam)

Não é porque você faz dropshipping que sua loja precisa parecer amadora. 

Dá pra construir uma marca forte mesmo sem estoque – e tem gente provando isso todos os dias.

A Loja do Autista, por exemplo, nasceu com um posicionamento muito claro: atender pessoas com Transtorno do Espectro Autista, oferecendo produtos pensados especificamente para esse público.

Outro caso é o da Muri, uma marca de moda que usa dropshipping, mas se posiciona no segmento sustentável. 

A cada peça vendida, eles plantam uma árvore. 

Essas marcas mostram que branding sério não depende de estoque, e sim de intenção. 

O consumidor não sabe (nem quer saber) se você opera do seu quarto ou de um galpão. 

O que ele quer é sentir confiança no que está vendo.

Ferramentas acessíveis como Canva e ChatGPT já ajudam você a criar uma identidade visual básica. 

E só isso já te coloca na frente da maioria das lojas que só copiam o visual genérico dos fornecedores

6. Crie conteúdo que vende

O que mais vende no dropshipping, como já discutimos, é o que resolve um problema da sua audiência e cria desejo.

Por isso, no dropshipping, o melhor jeito de conseguir vender é com conteúdo.

Em vez de depender só de anúncios pagos, criar conteúdo nas redes sociais ajuda a construir autoridade, engajamento e desejo de compra. 

Funciona para mostrar o uso do produto no dia a dia, responder dúvidas e até gerar prova social com depoimentos ou testes reais.

Bruno de Oliveira resume bem essa estratégia:

Guia gratuito | Comece a fazer dropshipping do jeito certo

Se depois de tudo isso você entendeu que o dropshipping vale a pena, mas ainda não sabe por onde começar… a gente facilita esse caminho. 

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