Passo a passo para criar um programa de indicação que funciona
Por Ana Clara Magalhães
Publicado em 24 de novembro de 2025
10 min de leitura
Conteúdo escrito por humano
Pontos principais do artigo:
Programa de indicação é quando seus próprios clientes viram divulgadores da marca – eles compartilham produtos, trazem novos compradores e ganham benefícios por isso;
Seu programa deve ter um propósito claro e uma recompensa justa. Como nas boas comunidades, confiança e reciprocidade fazem o cliente indicar de forma natural;
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Todo mundo adora indicar algo que deu certo, né?
Aquela loja que entrega rápido, o produto que surpreende, o atendimento que faz a pessoa se sentir especial.
Não à toa, no Ecommerce, essa energia do “boca a boca digital” é um motor de crescimento real.
Neste artigo, você vai entender o que está por trás de um programa de indicação que funciona – e como criar um.
Quer transformar a confiança dos seus clientes em um sistema que gera novas vendas?
Continue neste artigo para aprender na prática.
Índice:
O que é um programa de indicação?
Um programa de indicação é uma estratégia de vendas e relacionamento.
Nela, você recompensa seus clientes por indicarem a sua loja para outras pessoas.
Na prática, ele funciona como o velho “boca a boca”, só que potencializado pelo digital.
Sabe quando uma amiga posta que amou o produto que comprou e marca a loja?
Ou quando o cliente fiel manda o link da sua página no grupo da família?
Isso é marketing de indicação acontecendo.
E por que essa estratégia é relevante?
Porque as pessoas confiam mais em pessoas, do que em empresas.
Segundo o Instituto Nielsen, 92% dos consumidores confiam mais na recomendação de um amigo do que em qualquer tipo de propaganda (Valor Econômico).
Por que o programa de indicação é importante para quem vende online?
O programa de indicação resolve uma das maiores dores de quem vende online: o custo de adquirir novos clientes.
No marketing digital, esse custo é chamado de CAC (Custo de Aquisição de Clientes).
Ele cresce toda vez que você precisa investir em anúncios, influenciadores ou promoções para gerar novas vendas.
O problema é que esses canais, embora importantes, são voláteis:
Mudam conforme o algoritmo;
Encarecem com a concorrência;
Exigem investimento constante para manter o resultado.
Com o programa de indicação, essa lógica muda completamente.
Em vez de depender de mídia paga, você cria um canal de aquisição previsível e de baixo custo, em que cada novo cliente chega por influência direta de outro cliente satisfeito.
O investimento é controlado – uma recompensa clara e limitada – e o retorno tende a ser maior.
Na prática, é uma estratégia que melhora a relação entre CAC e LTV (Lifetime Value).
Você gasta menos para trazer o cliente e ele permanece mais tempo comprando.
Isso torna o crescimento mais saudável, menos dependente de anúncios e mais apoiado naquilo que realmente sustenta um negócio – a confiança e a venda recorrente.
Isso é o que explica Pedro Ballesteros, especialista em Nuvem Marketing:
"O grande objetivo na recompra e na fidelização é a gente gerar promotores, pessoas que, no fim do dia, sejam vendedores também da nossa marca. Esse é o melhor jeito da gente começar a criar essa maquininha de vendas que não para mais."
Pedro Ballesteros – Especialista em Nuvem Marketing
Como criar um programa de indicação passo a passo
Montar um programa de indicação é mais sobre estratégia do que sobre ferramentas.
Nos próximos tópicos, você vai ver como estruturar cada etapa para que o seu programa gere resultados de verdade.
Vamos lá?
1. Defina o objetivo
Antes de pensar em recompensas ou ferramentas, o primeiro passo é entender por que você quer criar um programa de indicação.
Esse objetivo é o que define todo o resto – desde o tipo de incentivo até a forma de comunicação com os clientes.
Você pode usar a estratégia para:
Atrair novos clientes, ampliando o alcance da sua marca sem depender de mídia paga;
Aumentar a recompra, premiando quem indica e quem volta a comprar;
Fortalecer a comunidade, incentivando clientes fiéis a se tornarem embaixadores da marca.
Quando o objetivo está claro, o programa deixa de ser uma ação solta e passa a funcionar como parte do seu plano de crescimento.
2. Escolha a recompensa certa
A recompensa é o combustível do programa de indicação.
E não, ela não precisa ser cara para funcionar.
O que importa é que ela faça sentido para o seu cliente e esteja alinhada com o valor do seu produto.
É aqui que muita gente erra: foca no desconto genérico eesquece de pensar no que realmente motiva o cliente a compartilhar.
Os programas mais eficientes seguem o modelo “Give-Get”, aquele em que quem indica e quem é indicado ganham algo juntos.
Esse formato gera uma sensação de troca justa e cria uma experiência positiva para os dois lados.
No Ecommerce, isso pode ser:
Um cupom de desconto para ambas as partes;
Frete grátis na próxima compra;
Um brinde exclusivo ou acesso antecipado a um lançamento;
Cashback acumulado para futuras compras.
O segredo é simples: a recompensa precisa ter valor percebido, não apenas valor financeiro.
Quando o cliente sente que está oferecendo algo realmente vantajoso para outra pessoa – e não apenas empurrando uma venda –, a indicação vira um gesto natural de confiança.
Eles têm um programa de indicação no qual cada participante ganha um link ou código para compartilhar e recebe benefício atrelado às vendas geradas.
Fonte: Site YSY Acessórios
Esse programa funcionou bem porque se tornou uma extensão natural do que já acontecia no dia a dia: clientes satisfeitas recomendavam os produtos para amigas.
O momento mais forte para gerar uma indicação é logo depois da compra.
É nessa fase que a percepção de valor está no auge.
A abordagem deve ser técnica, mas humana: o sistema precisa automatizar o convite, mas a mensagem deve soar pessoal e contextualizada.
Em vez de empurrar um link genérico, o ideal é usar gatilhos de gratidão e reconhecimento.
Para estruturar esse processo:
Automatize mensagens pós-compra com um tom de agradecimento e o convite para compartilhar a experiência;
Acione o gatilho no momento certo: logo após a entrega, uma avaliação positiva ou um feedback de satisfação;
Personalize o contato: “Adoramos ter você com a gente! Que tal indicar alguém que também vai curtir essa experiência?”;
Simplifique o fluxo: inclua um link único de indicação no e-mail, WhatsApp ou SMS, já pronto para ser compartilhado;
Meça a conversão dessas comunicações – taxa de cliques, cadastros e indicações concretizadas – para ajustar linguagem e timing.
3. Crie recompensas irresistíveis para quem compartilha
A recompensa é algo que faz o cliente sentir que ganhou um privilégio por compartilhar, não apenas um benefício financeiro.
De novo, a palavra-chave é:valor percebido.
Os modelos mais eficazes são os de recompensa dupla, em que quem indica e quem é indicado ganham juntos.
Aqui vão alguns formatos de recompensa que funcionam bem:
Descontos progressivos: aumentam conforme o número de amigos indicados;
Cashback imediato: valor creditado na próxima compra, reforçando recompra;
Brindes personalizados: produtos exclusivos que geram desejo e reforçam o senso de pertencimento;
Acesso antecipado a lançamentos ou promoções: recompensa de status, que valoriza a relação e não o preço.
O ponto central é alinhar a recompensa à identidade da marca e ao comportamento do público.
4. Divulgue o programa no seu site e na jornada de compra
A divulgação dentro da própria jornada de compra é o que garante que o programa de indicação não passe despercebido.
O cliente precisa ver o convite para participar no momento em que está mais envolvido com a marca – navegando, comprando ou finalizando o pedido.
Por isso, o programa deve estar integrado à experiência de compra, não escondido em uma aba distante do site.
O ideal é criar pontos de visibilidade natural, que apareçam de forma sutil, mas estratégica:
Banners na home ou página de produto, reforçando o benefício (“Ganhe R$20 indicando amigos”).
Pop-ups inteligentes, que surjam após a compra ou durante o checkout, com linguagem direta e botão de compartilhamento.
Lembretes no e-mail de confirmação ou no rastreio de pedido, transformando a comunicação transacional em oportunidade de engajamento.
5. Reforce a confiança com depoimentos e cases reais
Mostrar histórias reais do seu programa de indicação cria identificação e diminui a sensação de risco.
Duas coisas essenciais para tomada de decisão do cliente.
O que indicamos é que você use a prova social como parte da narrativa.
Na prática, isso pode ser:
Depoimentos curtos e diretos, mostrando o resultado (“Indiquei três amigas e garanti meu frete grátis do mês”);
Posts ou stories de clientes reais, com a recompensa visível ou o agradecimento da marca;
Mini cases no site ou no e-mail marketing, explicando rapidamente o impacto (“Em um mês, nossos clientes ativos geraram 120 novas compras por indicação”);
Conteúdo colaborativo, em que os próprios clientes ensinam outros a participar – isso reforça o senso de comunidade e pertencimento.
Transparência também é parte da confiança: mostre como a recompensa é entregue, o tempo de processamento e o que é necessário para validar a indicação.
Como acompanhar resultados e ajustar seu programa?
Sem olhar para os números, dá para ter a impressão de que tudo vai bem.
Mas às vezes o programa só parece ativo, quando na verdade não está gerando retorno.
A ideia é simples: medir sempre e corrigir rápido.
Essas são as métricas que precisam estar no radar:
Número de indicações geradas: mede o alcance e o engajamento do programa;
Taxa de conversão das indicações: mostra quantos indicados realmente viraram clientes;
ROI (Retorno sobre o Investimento): compara o lucro gerado com o custo das recompensas;
LTV (Lifetime Value): avalia se os clientes vindos por indicação compram mais e ficam mais tempo.
Com esses dados, dá pra entender o que precisa melhorar.
Se muita gente indica, mas poucos compram, o problema pode estar na recompensa – talvez ela não esteja clara ou não seja atrativa o bastante.
Se quase ninguém indica, pode ser que o cliente nem saiba que o programa existe.
Ferramentas de automação e painéis simples ajudam muito nessa parte.
No fim das contas, o objetivo é deixar o programa leve, fácil de acompanhar e com resultado visível, tanto pra você quanto pra quem indica.
Qual a diferença entre programa de indicação e programa de afiliados?
O programa de indicação é voltado para os clientes, enquanto o programa de afiliados é pensado para pessoas que divulgam produtos em troca de comissão.
Os dois modelos parecem semelhantes, mas têm objetivos diferentes.
Aspecto
Programa de Indicação
Programa de Afiliados
Foco
Clientes atuais
Promotores e influenciadores
Tipo de recompensa
Benefício pessoal
Comissão por venda
Relação com a marca
Afetiva
Comercial
Melhor para
Lojas com base de clientes fiéis
Negócios com parcerias de mídia
💡 Dica Ecommerce na Prática: comece pelo programa de indicação. Ele cria base e confiança para, no futuro, lançar um programa de afiliados bem estruturado.
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Depois de ler esse artigo, você já sabe como criar um programa de indicação para seu Ecommerce.
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Você não precisa de experiência para ter um Ecommerce de sucesso.
É uma estratégia em que clientes indicam sua loja para amigos em troca de benefícios, ajudando a atrair novos compradores de forma natural e confiável.
Qual a diferença entre programa de indicação e programa de afiliados?
O de indicação envolve clientes reais e recompensas simples; o de afiliados trabalha com influenciadores e parceiros que ganham comissão por venda.
Como criar um programa de indicação para minha loja virtual?
Defina o objetivo, escolha a recompensa, automatize o processo com ferramentas de referral e divulgue nas redes para estimular o compartilhamento.
Ana Clara Magalhães é senior manager de aquisição do Ecommerce na Prática e especialista em marketing e redes sociais. Pós-graduada em gestão de Marketing, ela foi responsável por desenvolver a estratégia de conteúdo da maior escola de e-commerce do país e, desde 2018, compartilha seu conhecimento ministrando treinamentos e criando conteúdos focados em auxiliar empreendedores a alcançarem o sucesso nas vendas online.
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