Imagine criar um negócio único, de maneira sustentável e sem qualquer tipo de concorrência? Pode parecer bom demais para ser verdade, mas isso é totalmente possível. Nesse artigo, quero contar para você como usar a Estratégia do Oceano Azul para tornar a concorrência irrelevante.

O que é a Estratégia do Oceano Azul?

W. Chan Kim e Renée Mauborgne apresentaram em seu livro, A Estratégia do Oceano Azul, a tese de que se você deseja superar a concorrência, deve parar de concorrer.

Parece contraditório, mas, ao entender melhor a estratégia, é possível notar que faz muito sentido.

Parar de concorrer não é sobre deixar de ser competitivo ou desistir do seu negócio. O real significado é o seguinte: não faz sentido viver brigando com a concorrência por uma participação de mercado quando é totalmente possível criar um mercado novo.

Leia mais: 7 dicas para saber lidar com a concorrência

É daí que vem a metáfora que dá nome à estratégia. O Oceano Azul ilustra a possibilidade de entrar em um mercado novo e inexplorado, onde se navega sozinho em uma mar de oportunidades.

O inverso disso seria o Oceano Vermelho. Esse é um mercado saturado, com concorrência acirrada e baixas margens de lucro.

Portanto, a ideia é fugir dos Oceanos Vermelhos e das batalhas sangrentas por espaço. Em vez disso, foque em inovação de valor para criar e explorar mercados completamente novos.

Mas, Matheus, como isso é possível?

Vou te contar os principais pontos para implementar essa estratégia, mas, antes, quero ilustrar como a funciona o Oceano Azul na prática.

a estrategia do oceano azul

Negócios no Oceano Azul

Os autores da estratégia utilizaram em seu estudo mais de 30 segmentos de mercado e um recorte histórico de 100 anos para chegar a essa definição.

Porém, não precisamos ir tão longe para observar bons exemplos de empresas que navegam em Oceanos Azuis. Muitas delas estão presentes em nosso dia a dia.

Você deve conhecer a Netflix, empresa americana famosa pelo seu imenso catálogo de filmes e séries disponibilizados por meio do serviço de streaming.

A Netflix observou uma oportunidade no mercado de locação e soube aproveitar, ultrapassando gigantes estabelecidas há muito tempo tempo, como a Blockbuster.

Durante bons anos, a Netflix navegou praticamente sozinha nesse mercado, chegando a números estrondosos de assinantes e faturamento. Atualmente, são mais de 137 milhões de usuários na plataforma que geram mais de 11 bilhões de dólares em receita anual.

E não é só em mercados ligados à tecnologia que é possível inovar de maneira disruptiva.

Existem grandes cases fora do mercado tecnológico, inclusive no varejo, mercado conhecido pela concorrência ferrenha.

Um deles é o da Casas Bahia, que criou um mercado totalmente novo apenas modificando estratégias de comunicação, preços e formas de pagamento.

Enquanto os grandes varejistas do setor de eletrodomésticos brigavam por um mercado já conhecido, a Casas Bahia inovou ao atender as classes mais baixas.

Através de uma estratégia de baixos custos e pagamentos facilitados, dominou o mercado brasileiro durante longos anos.

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Os Princípios para Criar Mercado

Antes de mais de nada, você precisa entender o conceito de inovação de valor. Nessa abordagem, você deve inovar ao mesmo tempo em que se preocupa em criar valor com seu negócio. Para criar mercado, não adianta fazer um sem o outro:

  • Inovar e não criar valor: o produto pode estar além do entendimento do cliente
  • Criar valor e não inovar: não garante a diferenciação necessária para criar um novo mercado.

O Google Glasses é um bom exemplo onde houve inovação sem geração de valor.  Embora tenha sido uma inovação tecnológica, o mercado não entendeu a real utilidade e o dispositivo caiu no esquecimento.

A Zeedog, por outro lado, é um exemplo de criação de valor sem inovação. Essa é uma empresa especializada em produtos pet que agrega valor ao seus produtos a fim de proporcionar diferenciação no mercado. Contudo, não há inovação necessária para criar um novo mercado.

Outro ponto para a estratégia do Oceano Azul é de inovar com valor enquanto reduz custos, indo contra ao pensamento comum de que só se consegue um ou outro.

Portanto, a inovação de valor acontece quando se combina inovação, utilidade para os compradores e redução de custos que possibilitam ofertas em preços adequados.

Entendido tais princípios, como você pode colocar em prática.

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Aplicando a Estratégia do Oceano Azul

A aplicação da estratégia envolve vários pontos e ferramentas, mas a base para tudo é pensar totalmente fora da caixa.

Você precisa direcionar a sua visão de negócio para desdobrar possibilidades que, geralmente, não são imaginadas no seu mercado.

Entre as diversas ferramentas disponíveis, destaco o Modelo das Quatro Ações. Esse modelo possibilita entender e reconstruir o que de fato gera valor para determinado mercado.

Por meio de 4 questões relacionados aos atributos de valor, é possível identificar o que pode ser modificado a fim de criar um mercado totalmente novo. Para utilizar tal ferramenta, você deve responder algumas perguntas.

Em relação ao mercado no qual atuo ou pretendo atuar, quais elementos:

  • Podem ser dispensados e devem ser eliminados?
  • Podem ser reduzidos abaixo dos padrões?
  • São diferencias e devem ser elevados acima dos padrões?
  • São exclusivos, nunca foram oferecidos pelo setor e devem ser criados?

Como exemplo, podemos usar o famoso caso do Cirque du Soleil.

Os criadores do negócio identificaram que o mercado de circos e espetáculos de teatro eram completos oceanos vermelhos. Analisando através do Modelo das Quatro Ações, podemos identificar:

  • O que pode ser eliminado? O Cirque du Soleil eliminou os espetáculos com animais, prática que era habitual ao setor de Circos na época.
  • O que pode ser reduzido? O Cirque du Soleil reduziu os níveis de humor dos espetáculos, característica forte em show habituais.
  • O que pode ser elevado? A companhia conseguiu transmitir alta percepção de valor ao seus espetáculos, possibilitando cobrar valores muito mais elevados do que a média do setor.
  • O que pode ser criado? Aqui foi onde o Cirque du Soleil criou grandes diferenciais. Ao unir espetáculo circense com peças teatrais, implementou temática, produções artísticas, ambientações e diversos elementos que nunca haviam sido pensados para Circos.

Ao realizar tal análise em seu setor, é possível identificar oportunidades que não estão sendo exploradas.  Esse é um dos primeiros passos rumo ao Oceano Azul.

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É possível se perpetuar no Oceano Azul?

Uma pergunta comum é: por quanto tempo pode durar uma empresa no Oceano Azul?

Voltando ao exemplo das Casas Bahia: atualmente, ela está novamente em um Oceano Vermelho. É natural que concorrentes, ao identificarem uma empresa pioneira, tentem imitar os passos para chegar lá também.

Conforme mais concorrentes passam a replicar a estratégia, o oceano deixa de ser azul.

Daí, surge um novo desafio: É possível se perpetuar no oceano azul?

Sim, é possível e temos exemplos disso.

Existem várias empresas que não só criaram mercados, mas que conseguiram  se perpetuar: Cirque du Soleil, Uber, Apple e várias outras criaram propostas de valor única e difíceis de serem replicadas.

Mas um grande case de sucesso atual é o Youtube, a plataforma de vídeos que vem criando novos mercados a todo momento.

Por mais que surjam outros sites e ferramentas para compartilhamento de vídeos, o Youtube segue inabalável - e, mais do que isso, segue crescendo.

Mas, afinal, por que isso acontece?

Um dos segredos para se perpetuar no Oceano Azul, na verdade, não é segredo nenhum.

Não se deve parar de criar inovações de valor.

Sempre que o Youtube parece ameaçado, ele surge com uma nova proposta de agregar valor ao seus clientes de maneira inovadora e segue com destaque no mercado.

Leia mais: Como criar um canal no Youtube para vender mais

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