Pontos principais do artigo:
- A Black Friday nos marketplaces é um pouco diferente, pois você não controla todas as regras. Apesar disso, esses são canais que não devem ser ignorados;
- Para ter sucesso nas vendas, construa sua reputação antes da data e negocie com os fornecedores os produtos que vão entrar em oferta.
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A Black Friday continua sendo o momento mais intenso do comércio online no Brasil.
Em 2024, o Ecommerce bateu mais um recorde: segundo a CNN, as vendas online somaram R$ 4,27 bilhões só na sexta-feira oficial, um crescimento de 8,4% em relação a 2023.
Mas para quem ainda está começando ou tentando escalar as vendas, essa oportunidade costuma vir com um dilema: como aproveitar o movimento sem sair no prejuízo?
É aqui que entram os marketplaces.
De acordo com dados da Conversion, as 10 maiores lojas do país detêm 57,8% da audiência de Ecommerce no Brasil. E 9 delas são marketplaces.
Estar presente nesses canais pode colocar o seu produto no ponto de partida de milhões de compradores.
Então, vamos entender como fazer isso?
Índice:
O que muda para quem faz Black Friday nos marketplaces?
Ao vender em marketplaces durante a Black Friday, o lojista não define todas as regras do jogo.
As plataformas controlam a forma de exibir os produtos, as taxas cobradas e até as campanhas de desconto.
Então, para ter bons resultados, o vendedor precisa entender como cada plataforma funciona e adaptar sua estratégia.
Alguns pontos fazem diferença:
- Concorrência: em marketplaces você divide espaço e atenção com lojistas que vendem itens semelhantes. E isso é potencializado durante períodos de pico, como a Black Friday;
- Reputação: anúncios com boas avaliações e respostas rápidas ganham mais visibilidade;
- Operação: o fluxo de pedidos aumenta e exige estoque organizado, embalagens prontas e equipe reforçada;
- Campanhas específicas: cada marketplace tem seu próprio formato de promoção; vale escolher as que fazem sentido para o seu produto.
O lado bom é o alcance.
Os marketplaces colocam seu produto diante de milhões de pessoas.
Com planejamento e execução, essa pode ser a data em que o seu negócio realmente ganha tração.
↪️ Leia também: Produtos mais vendidos na Black Friday no Brasil [Lista].
Como fazer Black Friday em marketplaces? 8 passos
A Black Friday nos marketplaces é um teste de preparo.
Em poucos dias, tudo acontece ao mesmo tempo: pedidos, mensagens, anúncios, prazos e clientes mais exigentes do que nunca.
Mas com um pouco de organização e foco nos pontos certos, dá para transformar esse caos em resultado real.
A seguir, estão 8 passos práticos para planejar, vender e sair da Black Friday com lucro:
1. Escolha poucos marketplaces
Escolher os marketplaces certos é o primeiro passo para ter resultado de verdade na Black Friday.
Em vez de tentar estar em todos, vale focar nos canais que mais combinam com o seu produto e com a estrutura que você tem hoje.
Cada marketplace tem um público, uma taxa e um jeito diferente de vender:
- O Mercado Livre, por exemplo, costuma ter mais volume, mas exige agilidade na entrega e atendimento constante;
- A Shopee atrai quem busca preço baixo e variedade;
- Já o Magalu e a Amazon valorizam reputação e qualidade no serviço, por isso são voltados para lojistas com estrutura maior.
O importante é começar pequeno, aprender o comportamento do público e só depois expandir para outros marketplaces, se fizer sentido.
2. Planeje sua operação para o pico de vendas
Durante a Black Friday, a operação costuma ser o ponto que mais dá dor de cabeça.
O volume de pedidos sobe rápido e, se o negócio não estiver preparado, tudo começa a travar: atrasos, reclamações e até bloqueio de conta no marketplace.
O segredo é se antecipar e deixar tudo pronto antes da correria.
Algumas coisas fazem muita diferença:
- Estoques organizados: separe os produtos que vão entrar em promoção e garanta que estão todos disponíveis e revisados. Vender o que não tem é o erro mais caro da Black Friday;
- Embalagens compradas com antecedência: papelão, fitas e demais materiais podem sumir do mercado no fim de outubro. Comprar antes evita atraso na expedição;
- Equipe de apoio: se puder, contrate ajuda temporária para empacotar, enviar e atender. Faz diferença no ritmo do dia;
- Processos definidos: quanto mais simples for o seu fluxo de pedidos, melhor. Tenha etiquetas prontas, use automação de mensagens e defina horários para despachar.
A Black Friday exige que o lojista pense na operação antes de pensar no anúncio.
Quem já entra com tudo ajustado consegue aproveitar o volume de vendas sem ficar apagando incêndio.
↪️ Leia também: Cyber Monday: o que é e como vender mais nessa data.
3. Invista em reputação e atendimento antes da Black Friday
A reputação é uma métrica que mostra como o marketplace enxerga o seu desempenho como vendedor.
Ela é calculada com base em indicadores como taxa de atraso, índice de cancelamento e tempo de resposta.
Um dos sistemas de reputação mais famosos do Ecommerce brasileiro é o termômetro do Mercado Livre, por exemplo.
Esses dados formam um “score” que o algoritmo usa para decidir com que frequência seu anúncio vai aparecer.
Durante a Black Friday em marketplaces, isso também é um fator a ser considerado.
Esses canais tendem a dar destaque para os vendedores com bom histórico, porque eles oferecem menos risco para o cliente.
O problema é que essa reputação não pode ser construída de uma hora para outra.
É um trabalho de semanas ou meses.
Por isso, o ideal é começar a cuidar desses indicadores o quanto antes.
Aqui estão algumas ações práticas ajudam a subir a sua nota e entrar na data em vantagem:
- Monitore seus prazos de envio: o tempo médio de despacho é um dos fatores mais importantes para o algoritmo. Ajuste o prazo prometido se necessário, mas cumpra o que está no anúncio;
- Reduza cancelamentos ao mínimo: revise o estoque antes de ativar uma promoção para evitar vender o que não tem;
- Responda clientes em menos de 24 horas: marketplaces medem o tempo de resposta e priorizam vendedores ágeis;
- Peça avaliações positivas de forma ética: depois que o pedido for entregue, envie uma mensagem simples pedindo feedback.
Cuidar da reputação antes da Black Friday é um investimento em visibilidade.
Quem entra na data com um bom histórico tem mais chances de aparecer nas primeiras posições e participar das campanhas oficiais.
O que nos leva ao próximo tópico…
4. Participe das promoções certas de cada marketplace
Cada marketplace tem um jeito próprio de trabalhar as promoções da Black Friday, e entender essas diferenças é o que faz o vendedor aproveitar bem a data.
Entrar em todas as campanhas sem analisar o custo pode gerar muito volume e pouco lucro.
O ideal é participar apenas das promoções que se encaixam no tipo de produto que você vende e na margem que tem disponível.
Alguns pontos ajudam a decidir em quais promoções vale entrar:
- Avalie o custo total. Inclua a taxa do marketplace, o desconto aplicado e o custo de envio antes de aceitar qualquer campanha;
- Priorize produtos de curva B e C. Esses itens podem girar estoque e aumentar o faturamento sem comprometer sua margem principal;
“Não queime a sua curva A na Black Friday. O que você tem que apertar é a sua curva B e C, com ofertas mais agressivas para eliminar estoque parado.”
Babi Tonhela - Consultora especialista em Ecommerce
- Entenda o objetivo de cada promoção. Algumas campanhas são de visibilidade, outras de liquidação. Saber a diferença evita expectativas erradas;
- Leia as regras do marketplace. Cada plataforma define prazos, condições e descontos mínimos para participar. Ignorar isso pode gerar penalidades.
5. Converse com seus fornecedores antes da correria começar
Depois do primeiro semestre, muitos fornecedores já sabem quais produtos ficaram parados e costumam oferecer descontos para girar esses itens.
Aproveitar essas oportunidades permite montar promoções com margem mais saudável, como explica Babi Tonhela:
“Converse com seus fornecedores agora para identificar produtos que você pode comprar com um preço mais bacana e ter maior poder de oferta durante a Black Friday.” Babi Tonhela - Consultora especialista em Ecommerce
Além disso, ter o estoque garantido evita depender de reposições de última hora, que quase sempre saem mais caras.
Alguns cuidados ajudam a fazer boas negociações e evitar falta de produto no meio da campanha:
- Faça um levantamento dos itens que mais vendem. Use o histórico de pedidos e priorize o que tem saída constante;
- Negocie prazo e volume. Comprar um pouco mais e pedir pagamento parcelado costuma abrir espaço para descontos maiores;
- Peça condições de reposição rápida. Combine datas de entrega e transporte para evitar ficar sem produto no pico;
- Confirme disponibilidade de insumos. Fornecedores também sofrem com o aumento da demanda, então alinhar prazos agora evita surpresas.
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6. Use a Curva ABC para determinar os produtos que entram em promoção
O foco da data deve estar nos produtos que precisam girar, e não nos que já garantem o lucro da operação.
Como explica Babi Tonhela, consultora especialista em Ecommerce:
“Identifique a sua curva ABC. A curva A são poucos produtos com alta lucratividade; a B tem mais volume, mas menos lucro; e a C são os produtos que precisam ir embora logo.”
Babi Tonhela - Consultora especialista em Ecommerce
A Curva A é o coração do negócio e deve ter descontos menores ou nenhum, para não comprometer a margem.
Já os produtos da Curva B e C são os melhores candidatos para as ofertas da Black Friday, porque ajudam a liberar espaço no estoque e aumentam o giro de caixa.
Alguns passos práticos ajudam a aplicar a Curva ABC na preparação da campanha:
- Liste todos os produtos vendidos nos últimos meses. Analise quantidade, faturamento e lucro de cada um;
- Classifique por importância. Os 20% que geram a maior parte do lucro são a Curva A. A faixa intermediária forma a Curva B. Os produtos de baixa saída ou encalhados entram na Curva C;
- Monte as promoções com base nisso. Crie descontos agressivos para a C, modere na B e mantenha a A estável.
7. Faça anúncios pagos com critério
Durante a Black Friday, o custo dos anúncios dispara.
Por isso, é importante anunciar com critério e não sair impulsionando tudo o que está no catálogo.
A melhor estratégia é concentrar o investimento em produtos com boa margem e histórico de vendas.
É o que grandes operações de marketplace fazem: testam campanhas antes da data e já chegam na Black Friday sabendo quais produtos performam melhor.
Alguns pontos ajudam a planejar campanhas de forma mais eficiente:
- Defina um orçamento máximo. Estabeleça um valor diário e respeite esse limite. Se o custo por clique subir demais, pause o anúncio e analise o resultado;
- Priorize produtos campeões. Dê visibilidade para itens que já vendem bem e têm margem suficiente para segurar o custo da mídia;
- Teste anúncios antes da data. Use setembro e outubro para entender quais criativos e palavras-chave trazem mais resultado;
- Acompanhe o retorno em tempo real. Durante a Black Friday, monitore cliques, conversões e custo de venda. Se um anúncio não estiver performando, realoque o investimento.
8. Meça resultado em lucro, não em “recorde de pedidos”
Cada marketplace tem suas próprias taxas e condições.
Quando somamos comissão, custo de frete, taxas de pagamento, descontos e anúncios, o lucro real pode ser bem menor do que parece.
Por isso, medir o resultado de forma completa é essencial para entender se a campanha valeu a pena.
Alguns pontos ajudam a ter essa visão clara:
- Registre todos os custos. Inclua taxas do marketplace, custo de envio, embalagem, anúncios pagos e eventuais devoluções;
- Calcule o lucro por produto. Compare o preço de venda com todos os custos envolvidos. Assim, você sabe o que realmente trouxe retorno;
- Analise canal por canal. Às vezes, um marketplace gera mais pedidos, mas outro é mais lucrativo. Entender isso ajuda a direcionar esforços para o próximo ciclo;
- Revise o que funcionou. Produtos com boa margem e alta saída podem virar parte fixa do seu portfólio.
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Qual é o melhor marketplace para vender na Black Friday?
O melhor marketplace para vender na Black Friday depende mais do seu tipo de produto e do quanto a sua operação está preparada do que do tamanho da plataforma.
Ainda assim, olhar os números ajuda a escolher bem.
De acordo com o relatório mais recente da Conversion:
- O Mercado Livre continua sendo o líder do Ecommerce brasileiro, com 35,3% do tráfego total;
- Ele é seguido pela Shopee, com 25,8%;
- E pela Amazon Brasil, com 16,3%.
Juntas, essas três plataformas concentram mais de 77% de todo o movimento de compra online no país.
Ou seja, se o cliente está comprando na Black Friday, é quase certo que ele está dentro de um desses três canais.
O que muda é o perfil de quem compra e o tipo de produto que se destaca em cada um.
Mercado Livre: visibilidade e confiança
O Mercado Livre é o maior do Brasil e tem uma estrutura sólida de logística e pagamento.
Ele é ideal para quem já tem um mínimo de organização e quer ganhar escala.
O segredo para performar bem é cuidar da reputação, porque o algoritmo prioriza quem entrega rápido e responde com agilidade.
Vale a pena investir nele se:
- O seu produto tem boa saída e preço competitivo;
- Você consegue manter prazos de envio curtos;
- Está pronto para lidar com grande volume de pedidos.
É o canal mais completo para quem quer crescer com consistência, mas exige atenção diária e operação afinada.
Shopee: alto volume e competição intensa
A Shopee é o marketplace do preço baixo e da compra rápida.
Ela tem um público muito ativo no celular e responde por quase 30% do tráfego via aplicativo no Brasil.
Por outro lado, a concorrência é alta e a margem costuma ser mais apertada.
Vale considerar se você:
- Trabalha com produtos de ticket menor;
- Quer girar estoque ou testar novos itens;
- Tem frete competitivo e pode entregar rápido.
É um ótimo canal para atrair novos clientes, mas precisa de planejamento para não vender com prejuízo.
Amazon Brasil: foco em qualidade e experiência
A Amazon é o marketplace da confiança.
O cliente que compra lá valoriza prazo, produto e atendimento.
Ela é uma boa escolha para marcas que buscam posicionamento e querem vender com credibilidade.
Vale apostar se você:
- Tem produtos de ticket médio ou alto;
- Consegue garantir qualidade e descrição detalhada;
- Busca um público disposto a pagar mais por conveniência.
A Amazon tem políticas mais rígidas e taxas diferentes, mas oferece um ambiente seguro e um público fiel.
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Com esse guia, você vai aprender:
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- Onde concentrar seus esforços para vender com segurança e lucro;
- Formas práticas de divulgar suas ofertas sem gastar mais do que precisa;
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