Pontos principais do artigo:
- Agentic commerce é o termo usado para definir inteligências artificiais autônomas. Elas pesquisam, negociam e compram sozinhas, agindo em nome do consumidor;
- No comércio agêntico quem vende ganha eficiência e novas oportunidades de alcance, já que os agentes reduzem atrito. O desafio é manter visibilidade num mercado mediado por IA;
- Faça parte da única escola que vai te ajudar a construir uma loja online lucrativa e conquistar uma vida com mais liberdade: a escola Ecommerce na Prática. 💙
Aqui no Brasil, mais da metade (52%) das pessoas já usaram IA em alguma etapa da compra, você sabia? (Adyen).
Essa é uma mudança e tanto no cenário de uns anos para cá…
E a próxima onda de inovação no Ecommerce já tem nome: comércio agêntico, ou agentic commerce.
Nesse modelo, a inteligência artificial não só ajuda, mas age por conta própria para pesquisar, comparar, negociar e até comprar.
E o tamanho disso é gigantesco.
De acordo com a McKinsey, o Agentic Commerce deve movimentar de 3 a 5 trilhões de dólares até 2030.
Será que a sua loja está preparada para vender nesse modelo?
Neste artigo, vamos falar sobre o que muda quando as decisões de compra passam a ser tomadas por máquinas.
Além disso, vamos mostrar o que quem vende precisa fazer para continuar no jogo.
Vamos lá? 🤖
Índice:
O que é agentic commerce?
Agentic commerce é o nome dado a inteligência artificial que deixa de responder comandos e passa a agir sozinha – de ponta a ponta – para alcançar um objetivo definido pelo usuário.
É quando a tecnologia não apenas ajuda na compra, mas toma decisões e executa tarefas:
- Compara preços;
- Escolhe o melhor frete;
- Aplica cupons;
- Finaliza o pedido sem precisar de intervenção humana.
Na prática, é como se cada consumidor tivesse um assistente digital que entende suas preferências e faz compras por ele.
E o mercado está correndo para acompanhar essa mudança.
O setor de IA agêntica deve crescer 43,88% ao ano até 2033 no mundo, enquanto a América do Norte já concentra 37,9% de todo esse mercado (Market.US).
Esse é um sinal de que o movimento já saiu do laboratório e entrou nas estratégias de negócio.
A diferença em relação à IA que a gente já conhece é simples: a inteligência generativa cria textos, imagens e respostas; a agêntica age com propósito.
Ela entende o que precisa ser feito e executa, conectando sistemas, plataformas e pagamentos sem precisar que alguém clique em nada.
É o próximo passo natural da automação.
A imagem abaixo mostra bem essa evolução:

↪️ Leia também: 13 ferramentas de inteligência artificial para vender mais.
O que o agentic commerce significa para quem vende hoje?
O Agentic Commerce muda o jogo porque a forma de vender online começa a depender menos de quem clica e mais de quem programa.
Um estudo da Gartner, por exemplo, mostra que até 2027, o uso de aplicativos móveis diminuirá em 25% devido aos assistentes de IA.
Ou seja, em pouco tempo, grande parte das decisões de compra, atendimento e recomendação vai ser tomada por sistemas e não por pessoas.
Para quem vende, isso significa duas coisas: novas oportunidades e novos desafios.
De um lado, o potencial de eficiência é enorme.
De acordo com estudo da Amazon Web Services (AWS), 95% das empresas que usam IA registram aumento de receita.
Mas, do outro, ainda existe um obstáculo…
Dados do mercado mostram que, até 2027, 80% das empresas não conseguirão dimensionar iniciativas digitais – e muito menos uma IA agêntica.
Isso acontece devido a uma abordagem não integrada de governança de dados e análise. (Gartner)
Os agentes só conseguem agir se tiverem acesso a informações completas e integradas – catálogo, estoque, preço, histórico de clientes, tudo atualizado em tempo real.
Por isso, a preparação para essa nova era não começa criando um robô de vendas…
Começa organizando o negócio para conversar com esses agentes.
Vamos falar agora sobre como fazer isso?
Como o pequeno e médio empreendedor pode se preparar?
O que podemos adiantar é que não é preciso reinventar o negócio do zero.
O caminho passa por dar passos estratégicos agora, com o que já existe – criando a base para conversar com essas novas inteligências.
Quem se adiantar nesse movimento vai chegar na frente quando o agentic commerce deixar de ser tendência e virar rotina.
1. Centralize seus canais e dados
Antes de falar em inteligência artificial, é preciso arrumar a base.
E isso começa com uma pergunta simples: onde estão os seus dados?
Se as informações do seu negócio estão espalhadas, a IA não vai conseguir fazer milagre.
O primeiro passo é colocar tudo para conversar:
- Integre os canais de venda, atendimento e pagamento;
- Use ferramentas para Ecommerce que conectem sua loja online às redes sociais, marketplaces e sistemas de gestão;
- Crie um painel único para acompanhar o que realmente importa: vendas, produtos, entrega e comportamento do cliente.
Depois, padronize.
Nome de produto, categorias, políticas, formas de entrega… tudo precisa seguir a mesma lógica em todos os canais.
Quanto mais consistente for o seu banco de informações, mais fácil fica para qualquer sistema – humano ou inteligente – entender o que está acontecendo.
2. Invista em automação leve
Automação não precisa ser complicada – o ideal é começar com o que já dá resultado rápido.
E o melhor lugar para isso é nas tarefas que você repete todos os dias: responder mensagens, enviar atualizações, avisar sobre entrega.
Ferramentas simples já ajudam muito nesse começo.
Com o Nuvem Chat, por exemplo, dá para automatizar respostas no WhatsApp e fechar a venda na própria conversa – sem fazer o cliente sair do aplicativo.
É como explica Samuel Lima, fundador do canal Quero Aprender:
“O Nuvem Chat é um assistente inteligente, potencializado por inteligência artificial. Ele usa o tom da marca para falar com o cliente. Fica disponível 24 por 7. [...] A mesma pergunta que alguém fez ontem, se for fazer outra hoje, é outra resposta, vem mais aprimorada.”
Samuel Lima - Fundador do canal Quero Aprender
A Nuvemshop, inclusive, é a primeira plataforma de Ecommerce do mundo a oferecer essa funcionalidade…
Isso reduz o tempo de atendimento e evita aquelas situações em que o cliente fica esperando retorno.
Outro passo é usar automações de carrinho e envio de e-mails personalizados.
Mensagens automáticas que lembram o cliente de finalizar a compra ou informam que o pedido foi despachado fazem diferença real na experiência e nas vendas.
↪️ Leia também: Conversational commerce: como usar essa tendência para vender mais.
3. Crie processos que a IA possa aprender
A inteligência artificial aprende com o que você faz de forma consistente.
Quanto mais claro for o passo a passo das suas tarefas, mais rápido a IA consegue se adaptar.
É como explica Fabio Ludke, empresário e consultor de Ecommerce:
“Uma IA, independente do que for, só funciona bem se você passar bons parâmetros. É uma ferramenta, ela não vai fazer mágica para você. E é igual um colaborador. Se você não passar um bom direcionamento para ele, ele não vai conseguir executar bem aquilo que você está propondo.”
Fabio Ludke - Empresário e consultor de Ecommerce
Aqui vão alguns pontos para colocar em ordem:
- Padronize o cadastro de produtos: nome, descrição, categoria e imagens devem seguir o mesmo padrão. Isso evita confusão e ajuda qualquer sistema a recomendar ou atualizar itens com precisão;
- Documente as rotinas que se repetem: como você responde um cliente, processa um pedido ou calcula frete? Ter isso registrado em um fluxo simples ajuda a transformar tarefas em automações;
- Use ferramentas que gerem histórico: sistemas que guardam interações, vendas e comportamento do cliente criam a base de dados que a IA vai usar para aprender;
- Defina o que é sucesso em cada processo: exemplo: o que caracteriza um pedido concluído, um cliente satisfeito, uma devolução bem resolvida. Isso ensina a IA a medir e aprimorar resultados.
O objetivo é criar uma rotina que funcione mesmo quando você não estiver ali clicando em tudo.
4. Acompanhe as tendências (sem pânico)
A tecnologia muda rápido, e o Ecommerce muda junto.
Mas isso não quer dizer que todo novo termo que aparece precisa virar ação imediata.
A ideia aqui é acompanhar o movimento sem se perder na correria da inovação.
Por isso, acompanhe portais e profissionais que traduzem tecnologia para realidade do varejo.
E em vez de tentar acompanhar tudo o tempo todo, defina um momento da semana para ler, assistir ou testar algo novo.
5. Transforme tempo em estratégia
Automação e tecnologia não servem só para agilizar tarefas.
O verdadeiro ganho vem quando esse tempo que sobra é usado para pensar no crescimento do negócio.
É aqui que muita gente erra: automatiza o operacional, mas continua presa no dia a dia.
A ideia é virar a chave, sair do modo “apagar incêndio”.
E dá para começar com atitudes simples:
- Bloqueie tempo para pensar: reserve um horário na semana só para revisar números, olhar tendências ou planejar campanhas. Sem celular, sem WhatsApp;
- Reveja suas prioridades: liste o que realmente traz resultado e o que pode ser delegado, automatizado ou até eliminado;
- Use dados a seu favor: as informações que você coleta nas vendas e nos atendimentos são um mapa – mostram o que funciona e onde vale investir mais energia;
- Monte pequenas metas: em vez de tentar fazer tudo de uma vez, foque em avanços mensais: melhorar conversão, reduzir abandono, testar uma nova estratégia de tráfego.
No fim, tempo livre só faz diferença quando é usado com propósito.
A tecnologia entra para tirar o peso das tarefas manuais – e você passa a focar no que nenhuma IA substitui: visão e estratégia.
↪️ Leia também: 14 exemplos de inteligência artificial no dia a dia dos negócios.
Exemplos de agentic commerce que já estão acontecendo
Parece conversa de futuro distante, mas o comércio agêntico já está acontecendo agora..
Empresas gigantes estão testando, adaptando e lançando soluções que colocam a inteligência artificial para agir sozinha.
E o mais curioso é que isso já tá mudando o jeito como as pessoas compram, mesmo sem perceberem.
“Buy for Me” da Amazon
A Amazon já colocou o comércio agêntico para funcionar com o recurso Buy for Me, disponível em fase beta no app Amazon Shopping.
Ele permite que o cliente peça para a Amazon comprar produtos em sites de outras marcas, mesmo quando esses itens não estão à venda dentro da própria plataforma.
Quando o usuário pesquisa um produto, aparece uma nova seção chamada “Shop brand sites directly”.
Se o item exibe o botão Buy for Me, basta tocar para abrir a página do produto dentro do app e autorizar a compra.
A partir daí, a IA da Amazon faz todo o trabalho sozinha:
- Acessa o site da marca;
- Preenche dados de pagamento e entrega;
- Aplica taxas e confirma o pedido.
O resultado é uma experiência contínua: o cliente compra tudo dentro do app, e as marcas ganham visibilidade e conversão sem precisar integrar seu estoque à Amazon.

Mastercard e Google: segurança para compras autônomas
A Mastercard também entrou de vez na corrida do comércio agêntico.
Em parceria com Google, Stripe e Antom, a empresa está criando uma nova geração de sistemas de inteligência artificial que fazem e processam pagamentos de forma totalmente autônoma.
O foco é o programa Agent Pay, o agente de IA da Mastercard.
Ele foi projetado para permitir que assistentes virtuais e plataformas de IA executem transações em nome das pessoas e das empresas.
Tudo isso com segurança e autorização verificável.
Na prática, é como se o cartão de crédito ganhasse um “modo automático”: a IA consegue pagar, negociar prazos e até administrar compras complexas, sem precisar de aprovação manual a cada ação.
Instant Checkout do ChatGPT
A OpenAI deu um passo enorme na integração entre IA e comércio digital com o Instant Checkout.
Essa é uma funcionalidade que transforma a função do ChatGPT no Ecommerce – o aplicativo vira um canal direto de vendas.
Agora, o usuário pode descobrir um produto durante uma conversa e comprá-lo ali mesmo, sem ser redirecionado para outro site.

Por trás dessa experiência está o Agentic Commerce Protocol (ACP) – um padrão criado pela OpenAI em parceria com a Stripe.
Ele define como os sistemas de IA se comunicam com plataformas de Ecommerce e processadores de pagamento, garantindo transações seguras, automáticas e padronizadas.
Em termos simples, é a “linguagem universal” que permite que o ChatGPT fale com lojas, marketplaces e meios de pagamento de forma fluida e confiável.
↪️ Leia também: Como usar Inteligência Artificial para vendas?
Desafios e cuidados com o agentic commerce
Toda revolução vem com um pacote de oportunidades e riscos.
O comércio agêntico traz conveniência, velocidade e automação, mas também abre uma nova fronteira de desafios – principalmente em segurança, confiança e controle.
Quando os agentes passam a decidir e agir sozinhos, cada transação precisa ter um nível extra de proteção, rastreabilidade e ética.
Vamos falar sobre isso agora?
1. Segurança passa a ser proativa, não reativa
Com o avanço da IA, o número de transações digitais deve disparar – e junto vem um aumento natural nas tentativas de fraude.
Mas o que muda agora é que os ataques também estão ficando automatizados, realizados por sistemas tão rápidos quanto os próprios agentes legítimos.
O cenário exige uma nova postura: segurança que antecipa o problema, em vez de correr atrás dele.
Os sistemas antifraude tradicionais, baseados em regras fixas (“se isso acontecer, bloqueie”), já não são suficientes.
Um agente de compra pode parecer um bot, mas ser legítimo.
A solução está em modelos de segurança baseados em comportamento, que usam IA para entender padrões de compra e detectar anomalias em tempo real.
Na prática, isso significa três ações simples:
- Integrar monitoramento inteligente: plataformas de pagamento e e-commerce já oferecem módulos de IA que analisam o histórico de transações e comportamento dos usuários para identificar ações suspeitas antes que o dano ocorra.
- Verificar identidade digital: garantir que o agente que realiza a compra seja autenticado de forma segura – seja por tokens, certificados ou sistemas de validação por API – é o novo padrão de prevenção.
- Atualizar políticas de acesso: quanto mais conectada a operação, mais importante é limitar quem (ou o quê) tem permissão para acessar dados sensíveis. Definir níveis de permissão entre sistemas evita falhas simples que podem gerar prejuízos grandes.
O foco agora é criar ambientes digitais que reconheçam o comportamento legítimo dos agentes e consigam distinguir o “bom comprador” do “bot malicioso”.
2. Confiança digital será a nova moeda
Quando uma inteligência artificial faz uma compra sozinha, surge uma pergunta inevitável: quem está, de fato, autorizando essa transação?
É o consumidor? É o agente? É a plataforma que intermediou tudo?
Esse é o tipo de dúvida que mostra por que a confiança virou o novo ativo mais valioso do Ecommerce.
A próxima geração de pagamentos vai precisar provar, com clareza, que cada ação feita por uma IA tem autorização, origem e responsabilidade definidas.
É aqui que entram os novos padrões de segurança, como o Agentic Commerce Protocol (ACP) e o conceito de Know Your Agent (KYA) – o “saiba quem é o agente”.
Essas tecnologias criam algo como uma identidade digital para cada agente.
Ela garante que o sistema que está agindo em nome de alguém é legítimo, autorizado e auditável.
Em outras palavras, elas dão à IA o equivalente a um RG e um CPF no mundo digital.
3. Marcas fracas viram apenas fornecedores
Um dos efeitos mais profundos do comércio agêntico é o risco de as marcas perderem o contato direto com o cliente.
Quando a compra é feita por um agente, o consumidor pode nem saber de qual loja veio o produto – ele só vê que chegou.
E isso muda completamente a lógica do varejo…
A disputa deixa de ser pela atenção do consumidor e passa a ser pela preferência dos agentes.
Consultorias como a BCG já alertam: se as empresas não se prepararem, podem acabar virando utilidades de fundo.
Ou seja, sua loja pode se tornar um fornecedor invisível dentro de um sistema controlado por plataformas maiores.
É o mesmo que ser o “estoque do marketplace”, sem protagonismo, sem relacionamento, sem diferenciação.
Para evitar esse apagamento, é preciso fortalecer a identidade da marca.
Alguns passos ajudam a construir essa presença:
- Invista em branding e conteúdo útil: os agentes se baseiam em dados e reputação para escolher fornecedores. Marcas que produzem conteúdo claro, confiável e bem estruturado têm mais chance de aparecer nas recomendações automáticas;
- Otimize seus catálogos: informações detalhadas, padronizadas e com metadados bem organizados ajudam os sistemas de IA a entender o que você vende e a recomendar seus produtos corretamente;
- Crie experiências diretas: mesmo que os agentes façam parte da jornada, ainda há espaço para conexão humana – programas de fidelidade, comunidades, atendimento personalizado;
- Construa sua base própria: e-mails, CRM e dados de clientes são o que mantém o relacionamento vivo, independentemente da plataforma.
Ter um CRM próprio, aliás, é uma estratégia que funciona HOJE, e se você vende na internet ela deve ser aplicada PARA ONTEM.
Não é algo que deve ser encarado como investimento futuro, para a era do comércio agêntico.
Pedro Ballesteros, especialista em Nuvem Marketing, reforça:
“O e-mail marketing está validado como a estratégia de marketing com maior ROI de todos. Isso está comprovado. Se vocês não estão fazendo hoje, provavelmente vocês estão deixando dinheiro em cima da mesa.”
Pedro Ballesteros – Especialista em Nuvem Marketing
Em resumo: no mundo dos agentes, quem não é lembrado pelo nome, vira apenas um item de entrega.
Marcas que criam significado, autoridade e consistência de dados continuam sendo escolhidas – por pessoas e por algoritmos.
Domine o futuro das vendas com o Agentic Commerce
A era do Ecommerce inteligente já começou – e quem se prepara agora sai na frente.
Aprenda a usar automação, IA e estratégias reais para escalar suas vendas com a Escola Ecommerce na Prática.
⤵️ Ao se tornar aluno do Ecommerce na Prática, você terá acesso a:
- +40 cursos com tudo sobre Ecommerce;
- Comunidade exclusiva e suporte individual;
- Novos cursos e conteúdos todo mês.
Entre agora e transforme seu negócio antes da próxima revolução digital:

Samuel Lima - Fundador do canal Quero Aprender
Fabio Ludke - Empresário e consultor de Ecommerce
Pedro Ballesteros – Especialista em Nuvem Marketing

