Já pensou que produtos que já foram aproveitados o suficiente pelo seu dono podem ser uma oportunidade de mercado? É a partir dessa lógica que surge o conceito de Recommerce, ou recomércio, cujo é a revenda de produtos de segunda mão.
Essa prática pode trazer benefícios tanto para os consumidores como para as empresas, sendo interessante para explorar novas frentes de mercado e atuar de forma competitiva.
Vamos entender mais sobre essa realidade que pode ser vantajosa para impulsionar as vendas e o faturamento dos negócios.
Índice:
Recommerce: Contexto e Oportunidades
O ano de 2020 demandou que as pessoas do mundo todo permanecessem em suas casas por conta da pandemia. Esse cenário acarretou na exploração por novas maneiras de gerar rendimentos para passar por desafios financeiros, em que a venda de produtos usados cresceu bastante no último ano.
Ainda, ao ficar mais em casa, muitas pessoas começaram a perceber itens em desuso e passaram a comercializá-los, como aparelhos eletrônicos, roupas, livros e móveis.
Com isso, o recommerce está sendo muito desfrutado, todavia, não é uma atividade nova, em que há negócios explorando essa lógica a mais de década.
Hoje em dia, há diversos negócios que implementaram o recommerce nas suas práticas, estruturando um processo de compra, renovação e revenda de produtos usados.
O Recommerce agrega opções no seu portfólio de produtos
À vista disso, não é necessário abandonar as suas soluções atuais para inserir um recommerce no seu negócio. Ainda, isso potencializa a conquista por novos clientes e promove o negócio como um todo, pois esses podem vir a adquirir os demais produtos da empresa.
Portanto, é uma boa estratégia para oferecer produtos a preços mais baixos, tornando-os mais acessíveis e atrativos aos consumidores.
Desse modo, é possível atender um grupo maior de pessoas, as quais podem estar buscando por produtos mais baratos ou mais sustentáveis.
Nesse sentido, algumas vantagens que o Recommerce oferece são novas oportunidades de vendas para produtos usados, diminuição nos custos de produção, o alcance de novos públicos, aumento no faturamento e nos lucros, e um aumento no market share da organização.
Outro fator importante para salientar é referente ao desempenho do negócio. Ao aumentar as suas opções de ofertas e expandir o seu público, você estará, consequentemente, ampliando as suas fontes de receita. Dessa forma, através de uma boa gestão e comunicação, é possível alcançar resultados muito melhores.
Há também outros modelos de negócio ganhando ascensão com o Recommerce, como a forma de atuar como intermediador entre um usuário que deseja vender produtos já usados e o comprador.
Nessa perspectiva, a empresa faz a divulgação e a intermediação entre um ofertante e o consumidor final, ganhando participação nas vendas.
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Negócios mais Sustentáveis
O aumento da conscientização das pessoas para a sustentabilidade econômica e ambiental impactou em mudanças nos hábitos dos consumidores, os quais estão buscando um consumo mais consciente.
Junto a isso, a procura pelo recommerce vem crescendo, pois esse propicia o reaproveitamento de produtos que seriam descartados, aumentando a vida útil destes e diminuindo o desperdício.
Com isso, o Recommerce vem ganhando prioridade nas escolhas de compra dos consumidores por ser uma maneira de colaborar com o meio ambiente.
Desse modo, o conceito se aproxima de uma economia circular, apresentando um desenvolvimento sustentável e econômico que prioriza insumos mais duráveis, recicláveis e renováveis.
Além disso, conversa com a ideia do Upcycling, cujo consiste em dar um novo propósito a materiais que seriam descartados.
A percepção de compra dos consumidores está mudando, os quais levam cada vez mais em conta questões éticas na hora de optar por uma solução.
Sendo assim, é também uma forma de melhorar a imagem da marca, associando-a a princípios econômicos sustentáveis.
A partir disso, muitas empresas têm percebido a oportunidade de se destacar, incorporar suas formas de atuação e expandir suas receitas através do recommerce.
Logo, várias passaram a investir nesse modelo, o qual pode ser explorado em diversos setores do mercado, como o de moda, tecnologia, automobilístico, varejo, entre outros. Vamos conferir alguns exemplos a seguir.
Cases de Recommerce
O recommerce está fazendo muito sucesso, principalmente para o comércio eletrônico. Dessa maneira, os e-commerces e varejos online têm se beneficiado dessa estratégia para aparecerem mais para um maior número de pessoas e ampliar as suas ofertas.
O Ebay é um ótimo exemplo de recommerce, que trabalha dessa maneira desde o seu princípio, criando um espaço para as pessoas comprarem e venderem bens usados, evitando que esses acabem em aterros sanitários.
Relatórios da empresa mostram que ela gerou um impacto econômico positivo em 2020, e, já no primeiro trimestre de 2021, apresenta uma receita no valor de 3 bilhões de dólares e a geração de 855 milhões de dólares de fluxo de caixa livre. Outras organizações que seguem o mesmo modelo de atuação do Ebay e que vem aumentando a sua receita com o recommerce, são o Mercado Livre e a OLX.
O Setor de Moda
O setor da moda é outro que vem se beneficiando bastante dessa estratégia, em que a venda de roupas de segunda mão está cada vez mais ganhando espaço no mercado. Os brechós são um exemplo clássico de recommerce de peças de vestuário, onde as pessoas buscam vender peças próprias que não desejam mais.
Hoje, além de lojinhas virtuais e páginas no Instagram, há também ferramentas e e-commerces para a revenda de roupas, as quais alcançam um novo público e se aproximam de uma moda sustentável.
No Brasil, a empresa Enjoei está se destacando bastante no mercado, com a proposta de oferecer soluções de consumo colaborativo.
Esta, vem chamando a atenção dos consumidores, em que cada vez mais usuários se cadastram na plataforma.
A marca está se posicionando de forma a associar valor a esses produtos de segunda mão, em que está realizando campanhas e parcerias com famosos e influenciadores digitais para divulgar e também comercializar suas próprias peças de roupas através da plataforma.
Isso tem gerado uma percepção de exclusividade, um maior engajamento, uma maior confiabilidade e mais valor agregado para a marca.
Ademais, ela conseguiu desenvolver um recurso em que cada usuário possui o seu espaço para vender e divulgar as suas peças, como se fosse um pequeno negócio dele.
Com isso, aprimorou a experiência dos usuários e a dimensão de funções que podem desempenhar.
O Recommerce está ganhando força no Mercado
A realidade do recommerce não é uma novidade, mas vem ganhando força no mercado mundial, e é uma tendência que tende a continuar a crescer. Esta, está sendo uma oportunidade econômica para muitos, que devido a quarentena, tiveram que encontrar novas fontes de renda.
Com isso, os hábitos de consumo ao redor do mundo estão mudando, em que essa lógica da revenda sustentável veio para ficar. Assim como os exemplos citados, há inúmeros outros que seguem esse modelo para diversos tipos de produtos, em que há muito para explorar nesse campo de atuação.
Dessa maneira, provavelmente iremos ver outros cases de sucesso que surgirão a partir dessa lógica, visto que não falta espaço para inovar em diversas esferas do meio, como nos produtos, nos processos, na comunicação, nas formas de pagamento, nos sistemas, entre outros.
Portanto, se isso fizer sentido para o contexto do seu negócio, pode vir a ser uma boa estratégia de vendas e uma grande oportunidade para elevar os seus ganhos.
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