Atualizado em 05/09/2022 por Karina Ono
O objetivo de quem entra no universo digital para vender costuma ser um só: ganhar dinheiro. E acham que, para isso, é necessário criar uma loja virtual. Se você chegou até aqui, é possível que seja uma dessas pessoas. Então vou te falar de uma vez que abrir uma loja virtual pode ser muito ruim para o seu negócio.
Continue lendo este artigo e entenda a razão pela qual criar uma loja virtual no início do seu negócio é um erro que pode custar muito caro. Além disso, também irei mostrar a maneira certa de começar um negócio saudável e bem direcionado.

Ao pensar em vender pela internet, a primeira ideia que vem à cabeça é a de abrir uma loja virtual. A imagem que se forma é clara: assim que abrir, as pessoas vão comprar muito e a sua conta bancária vai triplicar em pouco tempo. Mas o que chega rápido – nos bons casos – é a consciência de que o negócio não deu certo. Existe um motivo para isso: a loja virtual não é a melhor opção.
Recebo todos os dias mensagens no Instagram com pessoas em busca de apoio. Pessoas que:
- Não entendem de Ecommerce e estão abrindo uma loja online;
- Empreendedores que pagaram terceiros para desenvolver o site da loja sem nem ter validado o produto antes;
- Lojistas físicos que abriram loja virtual e perceberam que estavam patinando.
Talvez você seja uma dessas pessoas ou, de repente, quer abrir um negócio online, mas não tem dinheiro para investir numa loja virtual.
Os cenários são inúmeros e, para todos eles, tenho uma notícia: abrir uma loja virtual na primeira fase do negócio, mesmo que já esteja no mundo físico, é um erro grave.
Índice:
Abrir uma loja virtual é um erro
Muitas pessoas acham que comércio digital se resume à loja virtual, que não há outra opção. Além disso, acreditam que, só por colocar este site no ar, as pessoas irão chegar naturalmente e comprar.
Este pensamento está intimamente ligado à nossa relação com as lojas físicas, mas, infelizmente, não funciona na internet.
Pensa comigo:
Logística e estoque à parte, quando falamos sobre abrir uma loja física, pensamos num espaço de pequeno ou médio porte num centro comercial. Este lugar pode ser um shopping ou outro ponto da cidade onde mora, dependendo de onde seu cliente está.
Com o ponto de venda determinado, você precisa se apressar para loja o mais rápido possível. Sem essa loja aberta, não há outra forma de fazer com que seus produtos cheguem aos seus clientes. Então, quando ela abre, as pessoas ficam sabendo que há uma loja nova por perto e, cedo ou tarde, vão te visitar. É assim que as vendas acontecem a princípio.
É claro que vai precisar fazer ações de marketing para chamar mais clientes, mas, ainda assim, como as pessoas estão próximas do seu ponto, elas conseguem ver que há algo novo e ficam interessadas em conhecer. A simples existência da loja chama atenção do público do arredor e acarreta em vendas.

Seria incrível se o mesmo acontecesse com a loja virtual. Quer dizer, como hoje somos 116 milhões de usuários de internet no Brasil, seria como abrir um ponto no lugar mais movimentado de todos. Só há um problema: a internet não funciona como o mundo físico.
Abrir um site logo de cara é o mesmo que decidir colocar sua loja no lugar mais vazio da cidade, onde ninguém frequenta. Ela fica lá, acumulando poeira entre os produtos, porque ninguém sabe que sua loja existe. Ninguém sabe que ela abriu, o que ela vende, quem é você.
Seu ponto está isolado.
Portanto, é bastante provável que você não vá fazer nenhuma venda.
Para reverter este quadro, terá que investir em propaganda e marketing. Isso significa que vai precisar investir um bom dinheiro em anúncios para conseguir algo que ainda não tem: tráfego. Agora, convenhamos que não é tão simples fazer esse investimento quando se tem pouco dinheiro e não sabe ao certo qual público quer atingir.
Só que, sem isso, sua loja virtual não vai a lugar nenhum, nem você.

E o grande problema não é apenas este. O grande problema é que, mesmo com todos os esforços e com fluxo na loja, é possível que seu produto não seja ideal para o mercado que quer alcançar na internet. Ainda que ele venda bem na sua loja física, talvez, no digital, a busca seja muito baixa.
Neste cenário, significa que investiu um bom dinheiro para vender algo que não vale a pena.
Imagino que você esteja se perguntando: mas se a loja virtual não vale a pena num primeiro momento, como conseguirei entrar no Ecommerce?
Loja virtual x Ecommerce

Por definição, o Ecommerce é uma operação que diz respeito a começar um negócio para vender produtos utilizando a internet como meio. Já a Loja Virtual é um espaço de contato com o público, um site no qual o consumidor pode adquirir produtos.
Diante disto, fica claro que loja virtual não é sinônimo de Ecommerce. Pelo contrário: a loja virtual é uma das muitas pernas que o Ecommerce tem.
É possível, portanto, ser um empresário de Ecommerce sem ter uma loja virtual. Aliás, não apenas possível; é também mais barato e seguro.
O melhor caminho para começar
Agora que já descartamos a ideia de começar com uma loja virtual, vou te dar o pulo do gato: você vai buscar um marketplace.
O marketplace representa um shopping na internet. É um site que abriga diversas lojas ou comerciantes independentes com a finalidade de oferecer produtos e serviços para os consumidores. É uma facilidade, uma vez que, em vez de buscar por diversos sites, o usuário pode simplesmente navegar pelo marketplace e ter contato com N lojas e produtos diferentes.
Você provavelmente conhece alguns marketplaces, porque eles são populares no Brasil. O Mercado Livre é o maior do país, mas existem outros, como: B2W, Netshoes, Enjoei, etc.
Mas vale lembrar que, apesar do marketplace ser um caminho mais prático e seguro, você também pode começar a vender pelas redes sociais, como: Facebook, Instagram, Whatsapp…
Por que usar um marketplace?

Uma vez que esses espaços já são reconhecidos, eles recebem milhares de consumidores diariamente. O que você vai fazer é “pegar emprestado” esses consumidores para te ajudar a validar seu produto e para começar a criar uma base de leads. É a partir desta base que vai criar relacionamento e, aos poucos, vai conseguir uma base de contatos para o seu negócio.
Estes contatos serão importantes para suas futuras ações de marketing. Se quer saber um segredo, a coisa mais importante para um negócio online (e qualquer negócio, na verdade) é a sua base de clientes. Isto é algo que ninguém poderá te tirar ou copiar, portanto, deve cuidar bem dela e usá-la de modo eficaz para suas vendas.
Quando sua base se tornar robusta e suas vendas passarem a ser constantes, aí, sim, poderá pensar em criar uma loja virtual para tocar junto com o marketplace. Antes disso, arrisco dizer que estará se precipitando demais.
Não sabe ainda o que vender? Confira estas ideias.
Como começar um Ecommerce do Zero

Antes de qualquer coisa, você vai precisar pensar num segmento, de preferência, ligado a um assunto que goste ou tenha interesse. Pensa só: você vai trabalhar com isso diariamente, respondendo dúvidas e criando conteúdo, então é bom que goste do universo ao qual seu produto pertence.
Quando decidir o segmento, o próximo passo é entender em qual nicho vai atuar. Vamos supor, por exemplo, que você escolheu atuar no segmento de jogos. Existe uma porção de coisas que pode vender dentro deste segmento, inclusive os próprios jogos. Mas, se for cobrir todo o segmento, precisará de uma infinidade de produtos, o que vai custar caro e será difícil administrar.
Sugiro que escolha um produto a princípio, no máximo dois. Você precisa se tornar muito bom vendedor deste produto para depois expandir seu portfólio com base nos interesses que os clientes despertarem.
Se não sabe qual produto vai escolher dentro do segmento, você pode pesquisar entre os mais vendidos nos marketplaces e na internet. Esta, inclusive, é uma ótima alternativa (caso não saiba qual nicho seguir).

Ao olhar nos marketplaces, vai descobrir que, em jogos, headphones são itens com grande volume de venda. Este, então, é um caminho a seguir. De quebra, ainda te revela um nicho claro: o de gamers (os jogadores).
Headphones vendem bem porque um gamer precisa deles para imergir no jogo e se comunicar com seus colegas de equipe ou amigos. Esta é uma necessidade que você vai suprir. E nem estou falando sobre profissionais, apenas.
Imagine uma pessoa que joga em casa, na sala, e vive com a família: não é muito legal fazer todo mundo ao redor ouvir as conversas e o som alto do jogo. É desconfortável.
Então, quando você sabe o que vender, chegou a hora de buscar os fornecedores. Esta é a parte em que a maioria dos empreendedores erra, acredita? Porque acabam pagando caro demais pelo produto e não conseguem uma boa margem de lucro na hora da venda.
Não disse antes, mas acho importante esclarecer: ainda que você escolha o melhor produto para o melhor nicho, seu negócio só vai dar certo se você tiver margem de lucro. Do contrário, as contas não vão fechar no final do mês e o negócio vai quebrar.
Percebeu que a busca por fornecedores é um passo essencial, certo?

Mas tem outra coisa que precisa considerar: no início, a ideia é que você valide o negócio e, para isso, não precisa ter estoque.
Isso mesmo: sem estoque.
Só que nem todos os fornecedores vão aceitar vender com preço de custo apenas um produto por vez. Então é possível que, no início, se não encontrar bons fornecedores que aceitem suas condições, você pague um pouco mais caro pela unidade do produto.
Isso não é um problema, tudo bem? É melhor gastar um pouco mais na unidade e validar o produto do que estocar um monte de coisa em casa para só depois descobrir que entrou numa furada.
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Se você tiver interesse em aprofundar esse conhecimento e encontrar os melhores fornecedores, nós temos um curso chamado Ecommerce do Zero que aprofunda este assunto, entre outras coisas.
Esse curso é um passo a passo aprofundado para alcançar os primeiros 10 mil reais em venda sem precisar de uma loja virtual. Ele abrange desde a definição de público e escolha de mercado até o cadastro de produtos e melhor modo de fazer anúncio nos marketplaces e outros canais de venda.
Após os fornecedores definidos, vai precisar validar esse produto.
Mas o que é essa tal validação?
É uma estratégia que o Bruno de Oliveira ensina para testar o seu produto em canais de venda antes de investir em estoque e em loja virtual. Isso significa que você gasta menos dinheiro para começar o seu negócio e reduz em quase 100% o risco relacionado à criação da sua empresa.
Ou seja: a falta de dinheiro e o medo de arriscar-se deixam de ser um impeditivo para você ter seu negócio próprio.
Esta estratégia consiste, de forma resumida, em você colocar o seu produto no canal de venda, fazer anúncios com teste A/B (duas opções de anúncio, pelo menos, para ver qual converte) e ver se ele vende. Só que não adianta vender uma ou duas vezes; isso precisa acontecer de maneira constante por, no mínimo, 10 dias. É assim que você descobre que seu produto está validado.
“Então, depois dessa validação, posso abrir a loja virtual?”
Não. Lembra do que eu disse anteriormente? Você precisa de tráfego e fluxo de clientes na sua loja virtual. É no marketplace e nas redes sociais que você vai começar a criar relacionamento para ter uma base de clientes robusta. Só depois é que vem a loja virtual.
No método do Ecommerce do Zero, idealizado pelo próprio Bruno de Oliveira com base nos seus 17 anos de Ecommerce, a indicação é que antes de pensar em loja virtual, você consiga organizar e estruturar bem o negócio dentro do marketplace e redes sociais.
Assista ao vídeo abaixo para saber mais sobre o assunto:
Quero levar meu negócio para o próximo nível!

Depois de ler este artigo, você já entendeu alguns erros que não pode cometer. É possível, inclusive, que, com esta leitura e os artigos complementares que indiquei, você consiga montar o negócio todo sem ajuda. Pode fazer tudo sozinho, só você e o computador.
No entanto, ao fazer isso, você vai gastar muito tempo e dinheiro com testes para entender o que funciona e o que dá errando por conta própria.
Sei disso porque vi essa história acontecer com o Bruno – cá entre nós, não existiam muitos cursos e eventos online de qualidade nos anos 2000, quando ele começou, para ajudá-lo em sua trajetória no Ecommerce.
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Com a quantidade de informações que temos na internet, é difícil priorizar os conteúdos que realmente importam para o seu momento de negócio, certo?
Foi por isso que criamos a assinatura Ecommerce na Prática.
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