O cenário econômico mudou devido aos impactos do Coronavírus ao redor do mundo. Com isso, todas as estimativas de venda no comércio eletrônico para este ano, independente do segmento, tiveram os seus números alterados. Uns para mais, outros para menos.
O fato é que o mercado virou de cabeça para baixo e, hoje, vivemos em uma nova rotina, na qual as prioridades de compra são outras. Itens que, antes, eram considerados essenciais, já não são mais. Enquanto isso, outros, que tinham menos busca, ganham destaque.
Durante o mês de março (início do isolamento social voluntário no Brasil), de acordo com o levantamento feito pela Konduto, as categorias como supermercado (448,09%), farmácia (74,70%) e entregas (55,66%) tiveram uma porcentagem de crescimento exponencial.
Finalizando o mês de abril, esses números já mudaram. O cenário não é mais o mesmo e podemos notar mais uma mudança no comportamento de compra do consumidor à medida que o isolamento prolonga.
Ao longo deste artigo, fizemos um panorama do comércio eletrônico com os principais setores que cresceram ou entraram em declínio durante a quarentena.
Índice:
Panorama geral do Ecommerce

As mudanças repentinas no hábito de consumo dos clientes - devido à necessidade de ficar em casa - transformou o Ecommerce em principal meio de compra e venda durante a quarentena.
Com os shoppings e comércio de rua totalmente fechados para evitar aglomerações e a proliferação do Coronavírus, comprar pela internet se tornou uma necessidade. A partir deste novo cenário, as pessoas passaram a comprar pela internet todos os itens considerados essenciais.
Seguindo essa ideia, a tendência era que, no primeiro momento, o comércio eletrônico tivesse um crescimento muito significativo nas vendas.
Para a nossa surpresa, segundo o levantamento feito pela Associação Brasileira de Ecommerce (Abcomm) e a Konduto, as vendas realizadas na internet tiveram uma queda de 19,24% na segunda quinzena de março, em comparação com a primeira, quando ainda não tinha isolamento.
Felizmente, no fim do mês de março e no início de abril, as vendas voltaram a progredir, alcançando a média de 28,83% com relação à quinzena anterior (15 a 28 de março).
Neste mesmo levantamento, foram classificados 16 categorias de produtos que estiveram em alta ou em declínio durante o período entre 01/03 até 08/04.
Vamos mostrar as principais categorias para você ter uma ideia de como o mercado está se comportando durante a quarentena.
Análise das categorias
1- Bijuterias
As bijuterias tiveram uma variação grande durante o mês de março para o início do mês de abril. Por não ser um item essencial, durante a segunda quinzena de março, houve uma queda de 13,68% nos pedidos feitos por dia.
Entre os dias 29/03 a 08/04 o segmento voltou a crescer e teve um aumento de 31% nos pedidos. Por outro lado, o ticket médio caiu de R$ 266,00 para R$196,90.
2- Calçados
Assim como as bijuterias, os calçados tiveram uma queda de 6,22% no período entre 15 e 28 de março, mas, logo em seguida, houve um aumento de 6,93% até o dia 8 de abril. O ticket médio teve uma variação de -0,58%.
3- Cosméticos
Esse foi um dos setores mais afetados pelos impactos do Coronavírus, mas também voltou a crescer com o decorrer da quarentena.
O segmento cresceu em 88% no número de pedidos feitos por dia e, até o último período, da pesquisa o ticket médio se manteve em R$113.
4- Eletrônicos
A categoria de aparelhos eletrônicos como smartphones, tablets e notebooks também sofreu com a crise econômica, principalmente devido ao isolamento social. Na segunda quinzena de março, houve uma queda de 14,66% na variação de pedidos.
Em abril, dentro dessa nova fase no comportamento de consumo das pessoas, os pedidos por dia cresceram em 21,50%.
5- Moda
Esse é a categoria mais afetada pela situação atual do mercado de consumo. O segmento de moda proporciona uma experiência mais completa nas lojas físicas, onde os clientes podem experimentar as roupas e acessórios antes de comprar.
Na internet, a experiência de compra é bem diferente para quem está acostumado a comprar as roupas na loja física. Além disso, como falamos anteriormente, as prioridades das pessoas neste momento são outras.
Apesar dessa tendência, o mercado de moda conseguiu se adaptar ao Ecommerce e, no último período do estudo - entre 29/03 e 8 de abril -, os pedidos feitos por dia tiveram um aumento incrível de 62%.
Nota: Vale ressaltar que estamos falando do mês de março até o início do mês de abril. Todos esses dados, provavelmente, já variaram ao longo deste mês e logo teremos mais dados sobre este período mais recente.
6- Brinquedos
Brinquedos foi a única categoria que não cresceu no último período de análise. Esse setor teve uma queda de 37,54%. Enquanto isso, o ticket médio aumentou em quase 6%.
Número interessante, pois, quando esta categoria estava em alta, logo no início da quarentena, o ticket médio teve uma queda brusca de 25% com relação ao período pré-isolamento.
7- Autopeças
O segmento de autopeças é muito popular entre nossos alunos e têm muita relevância na internet. Durante os dias 15 e 28 de março, essa categoria teve uma queda de quase 58% no número de pedidos com relação ao período anterior.
Já até o dia 8 deste mês, os pedidos tiveram um aumento de quase 15%. Uma mudança significativa em tão pouco tempo.
8- Livraria
Esse setor já vem passando por complicações nas vendas há algum tempo. Em 2019, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o setor de livros teve um recuo de 14,7% em comparação com o ano anterior.
Por conta da quarentena, o mundo dos livros teve um grande declínio, com um número expressivo de menos 46,43% no volume de pedidos entre os dias 15 e 28 de março.
Mas, para a felicidade dos empreendedores desse ramo, do dia 29 de março ao dia 8 de abril, os pedidos por dia cresceram 17% e o ticket médio subiu 13% (R$141,72).
O que podemos aprender com esses dados?
Ao analisar cada porcentagem e o período equivalente aos crescimentos ou declínios das categorias apresentadas, podemos ver que o comportamento do consumidor foi mudando aos poucos.
Num primeiro momento, o comércio eletrônico no geral sofreu com os impactos do Coronavírus, assim como as lojas físicas.
Foi uma fase adaptação. Além disso, muitas pessoas nunca tinham comprado pela internet até então e tiveram que se aventurar comprando de uma forma diferente do habitual.
Mas, como podemos ver, em praticamente todas as categorias houve um aumento relevante no número de pedidos após a primeira quinzena de isolamento.
Aos poucos, as pessoas começaram a retomar às compras não apenas em itens essenciais, mas também em supérfluos.
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